TEORIA
DO ARREBATAMENTO PARCIAL
NOS NÃO ADOTAMOS ESTA TEORIA
Esta teoria ensina que o
arrebatamento ocorre antes da Tribulação, mas apenas os que estiverem
totalmente preparados, vigiando e esperando a vinda do Senhor, e tiverem
alcançado um certo nível de espiritualidade que os torne dignos de ser
incluídos no arrebatamento. Os outros cristãos permanecerão na Terra durante a
Tribulação para serem provados e purificados mediante grandes sofrimentos,
sendo arrebatados posteriormente. Esta posição tem sido pouco adotada devido a
sua semelhança com a doutrina católica do purgatório, segundo a qual o
sofrimento pode purgar pecados.
Apresente era, em relação
à verdadeira igreja, termina com a translação da igreja à presença do Senhor. A
doutrina da translação da igreja é uma das considerações mais importantes da
escatologia do Novo Tes¬tamento (Jo 14.1-3; 2Ts 2.1; l Ts 4.13-18; 1 Co 1.8;
15.51,52; Fp 3.20,21; 2 Co 5.1-9). É uma das questões em que os estudiosos da
Bíblia mais discor¬dam atualmente. Intérpretes da escola pré-milenarista estão
divididos em campos como o parcialista, que levanta a questão de quem
partici¬pará do arrebatamento, e os pré-tribulacionista, mesotribulacionista e
pós-tribulacionista, que levantam a questão da ocasião do arrebatamento em
relação ao período tribulacional.
A teoria do arrebatamento
parcial, uma opinião minoritária entre pretribulationistAs, afirma que o
arrebatamento-ressurreição dos crentes é para aqueles que estão apenas "observando
e esperando" para o retorno de Cristo. Nem todos os crentes
serão arrebatados; somente aqueles que têm algum grau de realização espiritual
que os torna dignos do arrebatamento. Assim, os sujeitos, não com o
momento, do arrebatamento está em questão. e genuíno, não apenas
professam, os cristãos são seus súditos. o Arrebatamento é visto
como uma recompensa, não um privilégio.
Após o êxtase inicial de todos "preparado" crentes no retorno de
Cristo no ar, diversos grupos serão arrebatados durante a tribulação -. Quanto
eles estão preparados espiritualmente A tribulação
"expurgo" dos crentes que tenham ficado de seu pecado e carnalidade
(com base em Rev. 7: 9-14, 12:. 5; 16:15) No entanto, se tais
crentes não muda em nada durante a tribulação, eles até mesmo perder a segunda
vinda e do milênio - a ser ressuscitado no final do o milênio (Ap 20, 5).
Um grande propósito da tribulação é o teste de mornas e rasas, os cristãos de
Laodicéia, passando pela tribulação. Assim como as virgens loucas,
que foram deixados para trás, porque eles não estavam atentos.
Esta visão restritiva do arrebatamento foi articulada pela primeira vez em
meados do século 19 por um pequeno grupo de pretribulationists na
Inglaterra. Sua publicação principal era The Dawn. o primeiro
proponente da moderna teoria do arrebatamento parcial foi Robert Govett (1853),
mas sua mais hábil defensor foi GH Lang. Líderes, como DM Panton (editor
de The Dawn ), R. Govett, DMPanton, GHPember, JASeiss, Austin Faísca, e alguns
outros, sinceramente ensinou e escreveu. Mas eles foram em sua
maioria considerada heterodoxa pela sua companheiros pretribulationists.
Alguns "textos de prova" dos rapturists parciais são: (1) Matt. 24:
41-42 "Duas mulheres estarão moendo ... um será tomado"; (2) Lucas
21:36 "Vigiai ... para que sejais considerados dignos de escapar
..."; (3) I Coríntios. 15:23 "Todo homem, na sua ordem",
mostrando uma divisão nas fileiras dos crentes; (4) Phil. 3:11, onde até mesmo
Paul estava em dúvida sobre a sua própria ressurreição; (5) 2 Tm. 4: 8 "a
todos os que amam a sua vinda"; (6) Heb. 09:28 "para eles, olhar para
ele é que ele aparecerá segunda vez ..."; (7) Rev. 03:10 "Porque
guardaste a palavra ... Eu também irá manter a partir da hora ...")
A maioria dos evangélicos rejeitam a teoria do arrebatamento parcial, pelas
seguintes razões:
(1) A maioria dos "textos de prova" acima são erroneamente
interpretados como lidar com o Arrebatamento (em vez de a Segunda Vinda); outros
textos simplesmente descreveu a santificação posicional de cada crente; ea
passagem Filipenses descreve o desejo de Paulo para se destacar (e não apenas
para estar presente) no arrebatamento.
(2) A teoria do arrebatamento parcial, com base em um princípio
obras, afeta negativamente a doutrina da soteriologia.
Evangélica geralmente carrega a experiência de êxtase a forte crença de
"salvação somente pela graça."
(3) A Bíblia retrata o Corpo de Cristo como uma unidade. E se a
divisão é indicado, geralmente é entre a verdadeira ou professar (false)
crente. Mas rapturists parciais dividido o antigo em crentes dignos
e indignos. Isto divide o Corpo de Cristo.
(4) As passagens do Arrebatamento imagens de uma cobertura all-inclusive: 1 Cor.
15:51 ("nós todos ..."); 1 Tes. 4:14 ("se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou": a crença de cardinal); versículo 16 ("mortos
em Cristo"); 1 Tes. 1: 9-10; 02:19; 5: 4-11)
(5) 1 Tes. 5: ". Quer assistir ou são unwatchful" 9-10 ("Quer
acordar ou dormir") poderiam ser contextualmente traduzidas como
(6) Se os crentes que vivem despreparados devem passar pela tribulação, mortos
crentes então logicamente despreparados também deve estar em algum tipo de
"purgatório". E em nenhum lugar que a Bíblia ensina um
purgatório.
DEFINIÇÃO DOS TERMOS
.
Seria bom, neste momento,
apresentar as várias palavras usadas no Novo Testamento em relação ao segundo
advento de Cristo: parousia, apokahipsis e epiphaneia. Embora essas palavras
sejam muitas vezes consi¬deradas técnicas, com designações específicas,
Walvoord escreve:
É a opinião do escritor
que todos esses três termos são usados em sentido geral e não técnico, e
referem-se tanto ao arrebatamento quanto ao retor¬no glorioso de Cristo à terra
[...]
I. PAROUSIA
A palavra mais
freqüentemente usada nas Escrituras em referência ao retorno de Cristo é
[parousia] [...] ela ocorre 24 vezes no Novo Testa¬mento numa variedade de
conexões. Como a sua etimologia indica, a palavra significa estar perto ou ao
lado [...] Ela envolve tudo o que a pala¬vra portuguesa presença denota [...]
Passou a significar não só presença, mas o ato pelo qual a presença é
realizada, i.e., a vinda do indivíduo.
Um breve resumo de seu
uso no Novo Testamento inclui [...] l Coríntios 16.17 [...] 2Coríntios 7.6,7
[...] Filipenses 1.26 [...] 2Tessalonicenses 2.9... 2Pedro 3.12. Todos são
forçados a concordar que esses casos são gerais e não técnicos.
[...] O fato de que é
usada freqüentemente com relação ao arrebata¬mento da igreja é claro nas
seguintes referências (1 Co 15.23; l Ts 2.19; 4.15; 5.23; 2Ts 2.1 [?]; Tg
5.7,8; 2 Pe 3.4 [?]; l Jo 2.29) [...]
No entanto, a palavra
também é usada com relação ao retorno de Cristo à terra com a igreja em várias
passagens (Mt 24.3,27,37,39; l Ts 3.13; 2Ts 2.8; 2Pe 1.16) [...]
É inevitável concluir que
a mesma palavra é usada em todas essas passagens em sentido geral e não
específico. Sua contribuição à doutrina é realçar a presença corporal de Cristo
[...]
II. APOKALUPSIS
A segunda palavra
importante para a vinda de Cristo [...] [apokalupsis] ocorre [...] 18 vezes na
forma de substantivo, 26 vezes na forma de verbo. Ela é obviamente derivada de
[...] [apo] e... [kaluptõ], a última significando cobrir, ou esconder, e com o
prefixo, descobrir ou desvendar, e assim, revelar [...]
Uma pesquisa daquelas
passagens em que a palavra é usada em relação a Cristo demonstra que em várias
ocorrências ela é usada para descrever a segunda vinda de Cristo (l Pe 4.13;
2Ts 1.7; Lc 17.30) [...]
Em outras passagens,
todavia, ela é claramente usada com referência à vinda de Cristo nos ares para
buscar a igreja (1 Co 1.7; Cl 3.4; l Pe 1.7,13)
A doutrina em jogo no uso
da palavra em relação a Cristo é uma ênfase na manifestação futura da glória de
Cristo [...]
III. EPIPHANEIA
A terceira palavra usada
para o retorno de Cristo é [...] [epiphaneia] [...] [epi] e [phanês]. O
significado de trazer a luz, jazer brilhar, mostrar, é encontrado de Homero em
diante (Thayer). A adição da preposição dá a ela um significado intensivo [...]
ela é usada para a primeira vinda de Cristo à terra em Sua encarnação (Lc 1.79;
2Tm 1.10) [...]
Quando empregada em
referência ao retorno do Senhor, em dois casos ela se refere ao arrebatamento
da igreja, e em dois casos parece refe¬rir-se à segunda vinda de Cristo [...]
parece sã exegese classificar l Timóteo 6.14 e 2 Timóteo 4.8 como referências
ao arrebatamento [...]
Em 2Timóteo 4.1 e Tito
2.13, no entanto, parece haver referência à Sua segunda vinda [...]
A ênfase dada à verdade
no uso de [...] [epiphaneia] serve para asse¬gurar que Cristo realmente
aparecerá, será reconhecido e manifesto de maneira visível. (John F.
WALVOORD, New Testament words for the Lord's coming, Bibliotheca Sacra,
101:284-9, July 1944.)
Essas palavras, então,
ressaltam três grandes fatos em relação ao se¬gundo advento: Cristo estará
visivelmente presente, Sua glória, por conse¬guinte, será de todo revelada, e
Ele mesmo será totalmente manifesto.
A Teoria do Arrebatamento
Parcial
A primeira teoria associada
à translação da igreja não está relacio¬nada ao período tribulacional, mas sim
aos indivíduos que sofrerão a translação. Argumenta-se que nem todos os crentes
serão levados na translação da igreja, mas apenas os que estiverem
"vigiando" e "espe¬rando" por esse acontecimento, que
tenham atingido certo nível de espiritualidade que os torne dignos de ser
incluídos. Essa teoria foi de¬fendida por homens como R. Govett, G. H. Lang, D.
M. Panton, G. H. Pember, J. A. Seiss e Austin Sparks, entre outros. Essa teoria
é defini¬da por Waugh, que diz:
Há, todavia, não poucos
homens —alguns deles profundos e devotos estu¬diosos das Escrituras— que crêem
que apenas uma parte preparada e es¬perançosa dos crentes será então
transladada. Eles crêem que uma conclu¬são clara de Lucas 21.36 é que os
crentes que não "vigiarem" não vão "esca¬par de todas estas
cousas que têm de suceder", e não serão dignos de "estar em pé na
presença do Filho do Homem". Eles extraem de passagens como Filipenses
3.20, Tito 2.13, 2 Timóteo 4.8 e Hebreus 9.28 o conceito de que somente serão
levados os que "aguardarem" e "amarem a sua vinda" (Thomas
WAUGH, When Jesus comes, p. 108)
A. As dificuldades
doutrinárias da teoria do arrebatamento parcial. A posição do arrebatamento
parcial baseia-se em certos mal-entendidos com relação às doutrinas da Palavra.
1. A posição do
arrebatamento parcial está baseada numa inter¬pretação errônea do valor da
morte de Cristo para libertar o pecador da condenação e torná-lo aceitável a
Deus. Essa doutrina está ligada a três palavras do Novo Testamento:
propiciação, reconciliação e redenção.
Com respeito à
propiciação, Chafer escreve:
Cristo, ao derramar Seu
próprio sangue, como se aspergido, sobre o Seu corpo no Gólgota, torna-se na
realidade o Propiciatório. Ele é o Propiciador e fez propiciação ao suprir
dessa maneira as justas exigências da santida¬de de Deus contra o pecado, de
tal maneira que o céu se tornou propício. O fato de a propiciação existir deve
ser aceito [...]
A propiciação é o lado
divino do trabalho de Cristo na cruz. A morte de Cristo pelo pecado no mundo
alterou toda a posição da humanidade no seu relacionamento com Deus, pois Ele
reconhece o que Cristo fez pelo mundo, quer o homem aceite isso, quer não.
Nunca se afirma que Deus foi reconciliado, mas Sua atitude em relação ao mundo
foi mudada quan¬do a relação do mundo para com Ele se tornou radicalmente
diferente por meio da morte de Cristo. (Lewis Sperry CHAFER, Systematic
theology, VII, p. 259)
Com respeito à
reconciliação, o mesmo autor diz:
Reconciliação significa
que alguém ou algo é totalmente mudado e ajus¬tado a algo que é um padrão, como
um relógio pode ser ajustado a um cronômetro [...] Por meio da morte de Cristo
em nosso lugar, o mundo inteiro está totalmente mudado no seu relacionamento
com Deus [...] O mundo está tão alterado na sua posição com respeito aos santos
julga¬mentos de Deus por meio da cruz de Cristo que Deus não está mais
atri¬buindo-lhes seu pecado. O mundo então é declarado redimível [...]
Já que a posição do mundo
diante de Deus está completamente muda¬da pela morte de Cristo, a própria
atitude de Deus com relação ao homem não pode mais ser a mesma. Ele está
disposto a lidar com as almas agora à luz daquilo que Cristo fez [...] Deus
[...] acredita completamente naquilo que Cristo fez e o aceita, de forma que
continua justo apesar de capaz de justificar qualquer pecador que aceite o
Salvador como sua reconciliação. (Ibid., VII, p. 262-3.)
Com respeito à redenção,
ele escreve:
A redenção é um ato de
Deus pelo qual Ele mesmo paga como um resgate o preço do pecado humano que
insultou a santidade e o governo que Deus exige. A redenção oferece a solução
ao problema do pecado, como a reconciliação oferece a solução ao problema do
pecador, a propiciação oferece a solução ao problema de um Deus ofendido [...]
A redenção proporcionada
e oferecida ao pecador é uma redenção do pecado [...] Redenção divina é pelo
sangue — o preço do resgate— e pelo poder. (Ibid., III, p. 88)
O resultado desse
tríplice trabalho é uma salvação perfeita, por meio da qual o pecador é
justificado, torna-se aceitável a Deus, é colocado em Cristo posicionalmente
para ser recebido por Deus como se fosse o próprio Filho. O indivíduo que tem
essa posição com Cristo jamais pode ser algo menos que completamente aceitável
a Deus. O parcialista, que insiste em que apenas os que estão
"aguardando" e "vigiando" serão transladados, subestima a
posição perfeita do filho de Deus em Cristo e o apresenta diante do Pai na sua
própria justiça experimental. O pecador então deve ser menos que justificado,
menos que perfeito em Cristo.
2. O parcialista precisa
negar o ensinamento do Novo Testamento sobre a unidade do corpo de Cristo. De
acordo com l Coríntios 12.12,13, todos os crentes estão unidos ao corpo do qual
Cristo é o Cabeça (Ef 5.30). Essa experiência de batismo está presente em todo
indivíduo re¬generado. Se o arrebatamento inclui apenas parte dos redimidos,
então o corpo, do qual Cristo é o cabeça, será um corpo desmembrado e
des¬figurado quando levado a Ele. A construção, da qual Ele é a pedra
prin¬cipal, estará incompleta. O sacerdócio, do qual Ele é o Sumo Sacerdote,
estará sem uma parte de seu complemento. A noiva, da qual Ele é o Noivo, será
desfigurada. A nova criação, da qual Ele é o cabeça, será incompleta. Isso é
impossível de imaginar.
3. O parcialista precisa
negar a totalidade da ressurreição dos cren¬tes na translação. Já que nem todos
os santos poderiam ser arrebatados, logicamente nem todos os mortos em Cristo
poderiam ser ressurretos, visto que muitos deles morreram em imaturidade
espiritual. Mas, já que Paulo ensina que "transformados seremos
todos", e que todos "os que dormem" Deus trará (1 Co 15.51,52; l
Ts 4.14), é impossível admitir uma ressurreição parcial.
4. O parcialista confunde
o ensinamento bíblico sobre os galardões. Os galardões são dados gratuitamente
por Deus como recompensa pelo serviço fiel. O Novo Testamento deixa bem claro o
ensinamento sobre os galardões (Ap 2.10; Tg 1.12; l Ts 2.19; Fp 4.1; 1 Co 9.25;
l Pe 5.4; 2 Tm 4.8). Em nenhum lugar no ensinamento sobre os galardões o
arrebata¬mento é incluído como recompensa pela vigilância.
Tal ensinamento faria dos
galardões obrigação legal por parte de Deus, em vez de pre¬sente de
misericórdia.
5. O parcialista confunde
a distinção entre lei e graça. Se essa posi¬ção estivesse correta, a posição do
crente diante de Deus dependeria das suas obras, pois o que ele fez e as
atitudes que ele desenvolveu seriam então a base de sua aceitação. Não é
preciso dizer que a aceita¬ção por Deus estará somente na base da posição do
indivíduo em Cris¬to, não na sua preparação para a translação.
6. O parcialista deve
negar a distinção entre Israel e a igreja. Será observado na discussão de
passagens problemáticas a seguir que ele usa as passagens aplicadas ao plano de
Deus para Israel e as aplica à igreja.
7. O parcialista precisa
colocar parte da igreja crente no período tribulacional. Isso é impossível. Um
dos propósitos do período tribulacional é julgar o mundo em preparação para o
reino a seguir. A igreja não precisa de tal julgamento, a não ser que a morte
de Cristo seja ineficaz. A partir dessas considerações, acredita-se então que a
teo¬ria do arrebatamento parcial não possa ser sustentada.
B. Passagens
problemáticas. Há certas passagens que o parcialista usa para apoiar sua
posição, as quais, à primeira vista, parecem apoiar essa teoria.
1. Lucas 21.36:
"Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas
estas cousas que têm de suceder e estar em pé na pre¬sença do Filho do Homem"
(Cf. G. H. LANG, Revelation, p. 88-9). Observaremos que a referência principal
nesse capítulo é à nação de Israel, que já está no período tribulacional, e
portanto isso não se aplica à igreja. As coisas das quais é preciso esca¬par
são os julgamentos associados "àquele dia" (v. 34), isto é, o Dia do
Senhor. A igreja tem ordens de estar vigilante (l Ts 5.6; Tt 2.13) sem que isso
implique ser digna de participar da translação.
2. Mateus 24.41,42:
"Duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra.
Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor" (Cf. R.
GOVETT, One taken and one left. The Dawn, 22:515-8, Feb. 15,1936). Essa
passagem também está no discurso em que o Senhor descreve Seu plano para
Israel, que já está no período tribulacional. A levada vai ao julgamento e a
deixada fica para a bênção milenar. Essa não é a perspectiva futura da igreja.
3. Hebreus 9.28:
"... aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a
salvação". A expressão "aos que o aguardam" é usa¬da aqui como
sinônimo de "crentes" ou a "igreja", já que essa atitude
constitui a atitude normal dos redimidos de Deus. Os crentes são os que
"aguardam o Salvador" (Fp 3.20) ou esperam a "bendita esperana"
(Tt 2.13). Os que esperam por Ele não são comparados aos que não o esperam.
Essa passagem simplesmente ensina que, da mesma forma que Ele apareceu uma vez
para tirar o pecado (v. 26) e agora se encontra no céu intercedendo por nós (v.
24), aparecerá novamente (v. 28) para completar o trabalho de redenção. A
conclusão é que o mesmo grupo a quem Ele apareceu, e por quem Ele agora
intercede, será aquele a quem Ele aparecerá.
4. Filipenses 3.11:
"Para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Cf.
R. GOVETT, Entrance into the kingdom, p. 35). Alguns acreditam que Paulo
duvidava de seu pró¬prio arrebatamento. O contexto não apóia essa teoria. O v.
11 retoma o v. 8, no qual Paulo revela que, por causa do valor superior do
conhecimen¬to de Cristo Jesus, ele abriu mão de tudo aquilo em que confiava
para "ganhar a Cristo", e, tendo achado Cristo, "alcançar a
ressurreição den¬tre os mortos". A ressurreição, então, é demonstrada como
resultado de "ganhar a Cristo", não como resultado de se preparar
para a translação. Ele revelou o segredo mais profundo de Seu serviço, uma
devoção completa a Cristo desde que O encontrou na estrada para Damasco.
5. 1 Coríntios 15.23:
"Cada um [...] por sua própria ordem". Isto é usado pelo parcialista
para ensinar a divisão em níveis para o crente na ressurreição da igreja. No
entanto, devemos lembrar, Paulo não está instruindo sobre a ordem da
ressurreição da igreja, mas sim sobre as divisões ou os "grupos"
dentro de todo o plano de ressurreição, que incluirá não só os santos da
igreja, mas também os santos do Antigo Testamento e os santos da tribulação.
6. 2 Timóteo 4.8:
"... mas também a todos quantos amam a sua vin¬da". Isto é usado
pelos defensores dessa posição para mostrar que o arrebatamento deve ser
parcial. No entanto, devemos notar que não se tem em mente nessa passagem o
sujeito da translação, mas sim a ques¬tão da recompensa. O segundo advento foi
criado por Deus para ser uma esperança purificadora (l Jo 3.3). Por causa de
tal purificação, uma nova vida é produzida em vista da expectativa do retorno
do Senhor. Portanto, os que realmente "amam a sua vinda"
experimentarão novo tipo de vida que lhes trará um galardão.
7. 1 Tessalonicenses
1.10: "E para aguardardes dos céus o seu Filho [...] que nos livra da ira
vindoura" e 1 Tessalonicenses 4.13-18, junta¬mente com 1 Coríntios
15.51,52, são usados pelo parcialista para ensinar que a igreja que não estava
preparada para o arrebatamento encon¬trará o Senhor nas nuvens em Seu retorno à
terra no segundo advento (Cf. G. H. LANG, op. cit., p. 236-7). Tal posição
coincide com a interpretação do pós-tribulacionista, que demonstraremos ser
contrária ao ensinamento das Escrituras.
Um exame das passagens
bíblicas usadas pelos parcialistas para apoiar sua posição mostra que sua
interpretação não é coerente com a verdadeira exegese. Já que essa teoria não
está em harmonia com a ver¬dadeira doutrina e a verdadeira exegese, deve ser
rejeitada.
FONTE
JAMREIS.BLOGSPOT.COM
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