MATEUS: O EVANGELHO DO REINO
(Lição 01 - 3 de Julho
de 2016)
TEXTO ÁUREO
“E percorria Jesus
toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino,
e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 4.23).
VERDADE APLICADA
O evangelho de Mateus
demonstra que o Senhor Jesus é o Rei prometido previsto no Antigo Testamento.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
· ENSINAR os elementos usados por Mateus para a
redação de seu evangelho;
· MOSTRAR o que Mateus tinha em mente quando
reuniu todo o material que comportaria o seu evangelho;
· APRESENTAR características peculiares ao
evangelho de Mateus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 4.23 - E percorria
Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do
reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Mt 4.24 - E a sua fama
correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam, acometidos de
várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos, e os
paralíticos, e ele os curava.
Mt 4.25 - E seguia-o
uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judeia, e de
além do Jordão.
INTRODUÇÃO
O estudo do evangelho
de Mateus nos irá proporcionar a alegria e o prazer de conhecer Jesus, não só
como salvador, mas também como o Rei Eterno, cuja trajetória começa com sua
genealogia e nascimento (Mt 1 e 2) e vai até sua morte e ressurreição (Mt 26 a
28). No entanto, o destaque do livro está na visão do evangelista acerca do
caráter messiânico de Jesus e de sua visão do Reino dos Céus. É este Reino
instaurado entre os homens que fez e continua fazendo a diferença na humanidade
(Mt 3.1 a 7.29). O estudo desta primeira lição tem como proposta refletir sobre
os aspectos gerais do Evangelho de Mateus, também denominado: Evangelho do Reino.
1. QUEM FOI MATEUS?
Na ordem bíblica,
Mateus é aceito pela maioria dos estudiosos como o autor do primeiro livro do
Novo Testamento. Chamava-se Levi, e era filho de Alfeu (Mc 2.14-17; Lc
5.27-31). Seu nome em aramaico era “Mattatyah” e significa “Dádiva de Deus”. É
consenso entre os estudiosos que o autor do Evangelho, além de judeu e cristão,
tinha também profundo conhecimento do trabalho dos publicanos (Mt 5.46;
9.10-11). Ele tinha também uma mente extremamente organizada e procurou
estruturar seu livro de forma a facilitar a compreensão por parte dos leitores.
Com isso, o seu trabalho, além de organizado e fácil de ser estudado é também
pedagógico e próprio para leituras públicas, com estrutura própria não só para
o ensino, como também, para o uso nos cultos, o que tornou o seu evangelho, não
só o mais lido, como também, o mais utilizado e comentado pelos cristãos
primitivos.
1.1. Mateus, um
coletor de impostos
Mateus era um cobrador
de impostos e servia ao rei Herodes Antipas em Cafarnaum, no porto do Mar da
Galileia (Lc 3.1). Provavelmente coletava os impostos sobre os produtos que
passavam pelo porto, bem como dos pescadores que ali exerciam suas profissões.
O Império Romano certamente mantinha também pessoas espalhadas pelo reino
encarregadas de recolher impostos e taxas que o povo devia ao imperador. Por
serem funcionários públicos a serviço de Roma, eram também conhecidos como
publicanos (Mt 10.3). Essas pessoas, obviamente, não eram bem-vistas pelos
próprios conterrâneos, pois, tinham esse trabalho como uma afronta à liberdade
de seu povo, além de os acusarem de extorquir propinas e de receberem subornos
(Lc 3.12-14). Mateus, como bem disse o comentarista da lição, não era um
publicano comum. Ao que parece ele exercia muita influência sobre os demais
cobradores de impostos (Mt 9.9-13). Era homem rico, educado, conhecedor da
língua grega e aramaica, mas sua profissão fazia com que ele fosse desprezado
pelos judeus, que os considerava como pecadores (Mt 11.19; Mc 2.16; Lc 7.34;
15.1-2). Mateus estava em pleno exercício de sua ocupação profissional quando
Jesus o chamou para seguir. “Depois, indo adiante, Jesus viu assentado na
alfândega um homem, chamado Mateus, e lhe disse: Seja meu seguidor” (Mt 9.9).
Ele imediatamente deixa as suas responsabilidades profissionais de coletor de
impostos e se torna um discípulo de Jesus (Mt 9.9; Mc 2.14; Lc 5.27-28). A
exemplo de Mateus, quantas pessoas também tem sido atingidas pelo evangelho em
seu ambiente de trabalho, desenvolvendo suas habilidades profissionais? A
Palavra de Deus deve chegar até os pecadores não importa onde e a quem! (Mc
16.15; Mt 28.19-20).
1.2. Mateus, um dos
doze apóstolos
Não há dúvida, quanto
à identidade do antigo publicano Levi com o posterior Apóstolo Mateus,
principalmente, quando se compara as passagens paralelas (Mc 2.14-17; Lc
5.27-31), bem como os costumes dos judeus de adotarem novo nome, por ocasião de
alguma circunstância ou evento importante na vida (Gn 17.5; 35.10; Mc 3.16; Jo
1.42; At 4.36; 12.12; 13.9). Ao incluir seu nome na lista dos apóstolos, é trocado
o nome de “Levi” por “Mateus”, porém, mantém o cognome de “o publicano”, ou
seja, trocou o seu antigo nome, mas não suprimiu seu cognome, ainda que fosse
desprezível (Mt 10.3; Mc 3.18, Lc 6.15). Segundo o comentarista da lição,
apesar dele ser citado poucas vezes no dia a dia do ministério de Jesus, não
significa dizer que ele não tenha participado ativamente junto com o mestre e
os demais apóstolos. Ele é citado, por exemplo, junto com os demais fazendo
parte da comissão enviada por Jesus para evangelizar (Mc 3.18; Lc 6.15). Estava
também com os outros discípulos no cenáculo depois da ascensão de Cristo (At
1.13), etc. O martirologista Inglês, John Fox, no “Livro dos Mártires”, diz que
o Apóstolo Mateus passou seus últimos anos de vida na proclamação do evangelho
na Etiópia e outras regiões. Morreu martirizado na cidade de Nadabá no ano 60
dC.
1.3. Mateus, um
evangelho precioso
Do ponto de vista
literário, o evangelho de Mateus, tem sido dentre todos os demais evangelhos, o
mais precioso. A literatura cristã dos primeiros séculos faz mais citações a
Mateus do que qualquer outro evangelho. Os pais da igreja colocaram o evangelho
de Mateus no começo do Cânon do Novo testamento, provavelmente, por causa da
influência e da importância que lhes atribuíam. De fato, o livro de Mateus é
precioso em seus materiais e por isso não pode ser estudado e analisado sob
apenas um aspecto ou fator. O Comentário Bíblico Broadman, disse que: “Mateus
foi um livro eclesiástico destinado a satisfazer muitas necessidades: evangelismo,
missões, apologia, ensino, disciplina e adoração.”
2. AS ORIGENS E O
PROPÓSITO DO EVANGELHO
Mateus, assim como os
demais evangelistas, não escreveram para satisfazer a curiosidade em torno da
história de Jesus. Apesar deste não ser o objetivo, Mateus e os outros
evangelistas acabaram traçando uma biografia de Jesus no Novo testamento. O
propósito primordial do evangelho de Mateus era mostrar a gloriosa culminação
do tipo e da profecia do Antigo testamento, ou seja, provar que Jesus Cristo era
o filho de Davi, o rebento do tronco de Jessé, o Messias prometido; e, revelar
também que o nascimento, a vida, o sofrimento, a morte e a ressurreição de
Cristo são cumprimentos da Antiga Aliança, o qual fornece evidencias tanto pela
tábua genealógica, no qual reivindica que Jesus é o Filho de Davi, como pela
referencia contínua que faz ao Velho Testamento. Ele inclui em seu livro 53 citações e pelo menos 76 referências ao
Antigo Testamento. Usa, por exemplo, inúmeras vezes a frase “para que se
cumprisse”, mostrando que em Jesus estava se cumprindo as grandes profecias da
antiguidade (Mt 1.22; 2.15,23; 4.14-17; 5.17-20; 12.17-18; 13.34-35; 21.4-5;
27.9-10). Estes foram os principais fatos cujo autor desejava imprimir aos seus
leitores.
2.1. Data
Não se conhece a data
exata em que foi escrito este Evangelho. Na verdade o que existe são apenas
especulação em torno da data e da língua à qual foi escrito originalmente. Uns
admitem ter sido escrito entre os anos 50 e 60 dC, outros entre os anos 60 e 70
dC, outros depois do ano 70 dC. Contrário do que supõe o nosso comentarista e
outros estudiosos, pode-se duvidar de que tenha sido escrito depois do ano 70
d.C., pois na profecia de que trata sobre a ruína de Jerusalém, não se alude à
referida queda como fato consumado (Mt 24.1-28). Os que dizem ter sido escrito
posterior ao ano 70, são geralmente os mesmo que não atribuem a Mateus a
autoria. Já quanto à especulação originaria da língua à qual foi escrito o
evangelho, os pais da igreja concordam em afirmar que este evangelho, não só
foi escrito por Mateus, como também ele escreveu primeiro em aramaico e depois
traduzido para o grego, muito embora, não se tenha evidências sobre a
existência do original em aramaico, mas somente no grego.
2.2. Destinatários
Muito embora alguns
textos do livro de Mateus e o testemunho dos pais da igreja deixem entender que
ele tenha sido destinado aos judeus recém-convertidos, como uma espécie de
manual de instrução na fé, não podemos deixar de observar, como fez o
comentarista da lição, de que esse é o mais universal de todos os evangelhos
(2.1-12; 8.11-12; 13.38; 21.43; 28.18-20). O fato de o evangelista fazer
inúmeras citações e alusões ao Antigo Testamento, bem como não perder tempo com
explicações sobre costumes judaicos, demonstra que ele escreveu direcionado a
uma comunidade que conhecia bem esses costumes. No entanto, não podemos afirmar
que Mateus restringiu seu evangelho somente a estes. Assim, não obstante os
textos indicarem que seu público alvo seja os judeus, ou judeus convertidos,
sua visão é universal, pois também visava satisfazer ás necessidades da igreja
em crescimento. Ele tinha uma visão muito clara entre a Antiga e a Nova
Dispensação, entre o Judaísmo e o Cristianismo (Mt 9.16-17).
2.3. O propósito
Como bem disse o
comentarista da lição, o Evangelho de Mateus cumpre vários propósitos
simultaneamente. Ao mesmo tempo em que ele escreve com o propósito de provar
que Jesus de Nazaré era o Messias prometido, também, escreve com o propósito de
levar as Boas Novas provendo aos seus leitores um relato da vida e ministério de Cristo. Para levar a efeito os
seus propósitos, ele destaca a linhagem davídica e abraâmica de Jesus (Mt 1.1).
Este texto liga imediatamente às duas importantes alianças do Velho Testamento.
A aliança Davídica de estabelecer seu trono eterno (2 Sm 7.8-16; Is 9.6-7; Jr
23.5-6) e a aliança abraâmica da promessa (Gn 12.3; Gl 3.8; Jr 23.5; 33.15; Hb
11.17-19). Assim, simultaneamente ele apresenta Cristo como o Messias
Prometido, o descendente direto do trono de Davi, bem como, expõe relatos da
vida terrena do Filho do Homem.
3. CARACTERISTICAS
GERAIS DO EVANGELHO
Nas características
gerais apresentadas pelo comentarista da lição, ele introduz fazendo algumas
perguntas: quem era Jesus e o que pretendia? Como Ele se destaca no evangelho
de Mateus? O evangelista Mateus apresenta um Jesus do qual ninguém pode
ignorar. A despeito de tudo que ele apresenta, do nascimento miraculoso até a
ressurreição em glória, para provar que Jesus era o Filho de Deus, o Messias
Prometido. Ignorá-Lo seria uma grande loucura. Ele próprio interroga seus
leitores dizendo: “Quem é este que até o vento lhe obedece?” (Mt 8.27). Mateus
e o próprio Jesus quer que nós saibamos quem de fato Ele é! Ele quer que nós O
conheçamos! (Mt 16.13-19). Sabes tu dizer quem Ele era? Se Jesus não era tudo o
que Mateus alegava que Ele era, teremos no livro de Mateus, e, porque não dizer
na Bíblia, a maior fraude de toda a história da humanidade. Mateus e todos os
demais escritores bíblicos seriam mentirosos e Jesus um doente mental, pois
nenhum ser humano, em sã consciência, seria capaz de falar o que Jesus disse de
si mesmo (Jo 11.25-26; Jo 8.51-59). Particularmente, não tenho dúvida! Jesus é
o Filho de Deus, Salvador e Senhor Supremo e Absoluto na minha vida!
3.1. Contexto
histórico inicial do evangelho
O contexto histórico
apresentado por Mateus para a primeira vinda de Jesus situa-se dentro de um
ambiente cultural da civilização grego-romana e de um ambiente político do
Império Romano. Depois de um século de relativa independência, sob a influência
dos gregos, os judeus caíram sob o domínio romano em 63 a.C. O império foi
hierarquicamente estruturado em inúmeras províncias. A Palestina era uma das
províncias de Roma e Herodes, o grande era quem governava (Mt 2.1-19). O termo
“Herodes” não era um nome propriamente dito, mas um título, dado a um clã de
governadores no tempo de Jesus. A vida e o destino dos membros deste clã quase
todos cruzaram com a vida de Jesus e de seus apóstolos. Vários membros desse
clã são mencionados no Novo Testamento, o que gera confusão na hora de
identificar cada um deles. Quando Herodes, o grande, morreu, ainda na infância
de Jesus, Roma dividiu a palestina em quatro partes, cada qual governada por um
tetrarca (tetrarca significa governante de um quarto). Três filhos de Herodes,
o grande (Arquelau, Herodes Antipas e Herodes Filipe II) recebeu cada um uma
parte e um quarto foi conferido a um homem que não pertencia ao clã, chamado
Lisânias (Lc 3.1). Arquelau foi constituído tetrarca da Judeia, Samaria e
Idumeia (Mt 2.19–23); Herodes Filipe II, tornou-se tetrarca da Itureia e de
Traconite (Lc 3.1), e; Herodes Antipas, simplesmente conhecido como “Herodes”
nas Escrituras (Lc 8.3) tornou-se tetrarca da Galileia e Pereia (Mt 14.1; Lc
3.1, 19; 9.7; At 13.1). Este se tornou o Herodes mais conhecido do Novo
Testamento, pois reinou na Galileia durante o ministério pessoal de Jesus e foi
o responsável pela decapitação de João Batista (Mt 2.13-18; 14.1-12; Mc
6.14–29).
3.2. A apresentação de
Jesus
Mateus, como os demais
evangelhos apresentam alguns traços comuns da vida e da humanidade de Jesus,
ainda que não tão quanto à sua divindade. De uma maneira geral, o credo da
cristandade formula a natureza de Jesus como sendo plenamente Deus e plenamente
humano, ou seja, o Deus encarnado assumiu completamente a forma humana (Jo
1.14), tornando-se passível das mesmas limitações físicas e psicológicas comuns
a todos os homens. No entanto, o estudo sobre a humanidade de Jesus, ainda que
aceito por todos, é pouco falado, estudado e na maioria das vezes, mal
compreendido. Embora sua concepção tenha sido um pouco diferente dos demais
seres humanos (foi gerado pelo Espírito santo), os demais estágios da vida
como: nascimento, crescimento, desenvolvimento, vida familiar, etc foram
idêntico ao de qualquer ser humano normal, tanto no seu aspecto físico como
intelectual e emocional (Mt 1.1-17; 4.3; 9.36; 14.14; 15.32; 20.34; 26.37; Mc
3.5; 10.14; 11.12; Lc 2.6-7; 2.52; Jo 4.6; 11.33-38; 18.22; 19.2-3; 19.28). No
entanto, vale ressaltar que embora Ele tenha assumido todos esses reveses da
natureza humana, não abriu mão de sua natureza divina (Fp 2.6-7).
3.3. Questões
escatológicas
As questões
escatológicas apresentadas pelo comentarista da lição se referem a uma rápida
apresentação dos aspectos presentes e futuros do Reino dos céus. Mas, se um de
seus alunos lhe exigisse maiores explicações sobre o Reino dos céus, o que você
diria a ele? Por que os evangelhos sinóticos de Marcos e de Lucas citam somente
a expressão “Reino de Deus” (Mc 4.11,26,30; 10.30; Lc 7.28; 8.10; 13.18,29) e,
Mateus cita tanto “Reino dos céus” como “Reino de Deus”? (Mt 19.23 e 24). Há
distinção entre os dois reinos? Ainda que para alguns essas citações paralelas
entre os sinóticos se refiram à mesma coisa. Mateus, ao contrário, parece enxergar
algo além nestas duas expressões. Se não fosse assim, ele não teria usado por
cinco vezes a expressão “Reino de Deus” e trinta e duas vezes a expressão
“Reino dos Céus”. O Reino dos Céus pode ser o Reino de Deus, mas o Reino de
Deus não é, necessariamente, o Reino dos Céus. Assim, o Reino dos Céus é parte
do Reino de Deus, porém, distinto deste. O Reino de Deus pode ser definido como
o governo universal de Deus e inclui tanto os seres celestiais como os terrenos
de todos os tempos (Lc 13.28-30). É o governo soberano que Deus exerce sobre
tudo e sobre todos (1 Co 15.24-28). Este é Eterno e vai de antes da criação do
mundo até a eternidade. Já o Reino dos céus pode ser entendido como o governo
que se manifestou gloriosamente sobre a face da terra (Mt 6.10; 3.1-2; 4.17). É
o governo terreno do Messias, pois se trata do reino prometido no pacto
estabelecido com os descendentes de Davi (2 Sm 7.7-10; Zc 12.8;
Lc 1.32-33). Ele é espiritual e se torna prático com a igreja, por isso,
é uma realidade presente no mundo hoje (Jr 23.5; Mt 6.1; 10.7). Diferentemente
do Reino de Deus, o Reino dos céus é temporal e vai de João Batista até o final
do Milênio (Ap 11.15). O Reino de Deus receberá o Reino dos Céus quando Cristo
houver completado sua missão de salvação e tiver colocado todos os seus
inimigos debaixo de seus pés (1 Co 15.24-28). O fato do “Reino dos Céus” está
inserido no “Reino de Deus”, provavelmente, levaram os evangelistas, Marcos e
Lucas, a usarem somente a expressão geral: ”Reino de Deus”. Entretanto, Mateus,
por ser o Evangelho do Reino, usa as duas expressões como se quisesse trazer ao
nosso conhecimento uma distinção entre duas as expressões. Parafraseando os
aspectos presente e futuro do Reino dos céus, seria mais ou menos assim: No seu
aspecto presente (Dispensação da Graça), Deus trata com a Igreja, para
inseri-la no seu Reino (Jo 3.3-7, Hb 12.14). No aspecto futuro, com a Grande
Tribulação, Deus vai tratar com os Judeus, a fim de inseri-los no seu Reino (Zc
12.10; 14.4; Is 66.8; Mt 24.29-31; Rm 11.26); e, no Milênio, Jesus vai tratar
com as Nações, para inseri-las no seu Reino (Jl 3.2, 9-16; Ap 20.8-9).
CONCLUSÃO
Era muito conhecida
entre o povo a promessa que Deus fizera a Davi de que a partir de sua semente
viria o Messias. Naquela época já havia uma expectativa geral pelo seu
aparecimento (Mt 9.27; 15.22; 20.30; Mc 10.47; Lc 18.35). Assim, a ideia de
Mateus era apresentar claramente aos seus contemporâneos e cristãos que o Reino
dos Céus estava sendo instaurado através de Jesus, o Messias. Para Mateus o
Reino dos céus não é algo indescritível, nem é uma ideia vaga ou uma esperança
utópica, mas uma realidade que se evidencia em superação de doença, sofrimento,
pecado, morte, bem como, em libertação dos poderes maléficos que aprisionam os
homens. Sendo assim, Jesus não só anunciou a chegada do Reino (Mt 4.17) como
também a notificou através de seu ministério de cura, expulsão de demônios e de
muitos outros milagres (Mt 11.1-5; 12.28). Mateus foi uma testemunha competente
de tudo aquilo que registrou nos dando ampla evidência de que podemos crer que
Jesus é o autêntico Filho de Deus e compartilhar com aqueles que ainda duvidam!
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PAZ DO SENHOR
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