O FIM DA GRANDE TRIBULAÇÃO
A volta pessoal de Cristo.
ARTIGO MAURICIO BERWALD
O texto de Zacarias 14.3,4 indica a
intervenção divina sobre o monte das Oliveiras, em Israel. As nações reunidas
pelo Anticristo para combater e destruir Israel serão surpreendidas pela vinda
do Senhor. O texto de Jl 3.2,12 fala do vale de Josafá, identificado também
como o Cedrom, localizado entre Jerusalém e o monte das Oliveiras. Será nesse
lugar o encontro do Senhor contra as nações inimigas de Israel. O monte das
Oliveiras, o lugar exato de onde Cristo subiu ao céu, também sobre ele descerá
gloriosamente.
A seqüência dos
eventos finais (Mt 24.27-30).
Nesses versículos Jesus apresentou a
realidade da Tribulação (Mt 24.21). No v.27, Ele fala de sua vinda visível como
“o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. No v.28, Jesus
retrata mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a ilustração dos
abutres atraídos pela matança. No v.29, dá a entender que a Sua vinda será logo
depois da tribulação daqueles dias. No v.30, fala do sinal dessa vinda no céu,
uma prova de que Ele, o Messias, virá sobre as nuvens do céu.
Em Seu discurso no
Monte das Oliveiras, respondendo às interrogações
dos discípulos, Jesus mencionou a vinda dum período de tributação sem paralelo
em toda a história do povo de Deus. Mt 24.21,22. Não devemos confundir essa
profecia com os sofrimentos dos habitantes de Jerusalém por ocasião da queda
dessa cidade no ano 70, provocada pelos exércitos romanos sob o general Tito.
Há várias coisas que não aconteceram em 70 que deverão acontecer em algum tempo
futuro, por exemplo, a vinda de Cristo logo depois dessa tribulação. Mt 24.30.
O profeta Jeremias
teve uma visão profética concernente a Israel em que viu como essa nação ficou
liberta do jugo das nações gentílicas, sendo restaurada ao favor divino. Mas
antes que isso acontecesse, ele viu que Israel passou por um tempo de
"tribulação" sem igual. Jeremias o chamou do "tempo da angústia
para Jacó". Jr 30.4-9.
O profeta Ezequiel
teve a mesma revelação, vendo Israel trazido de novo para a sua terra,
procedente das nações gentílicas para onde fora espalhado. Israel, segundo esta
visão, será purificado, sendo os rebeldes contra o Senhor separados do seu
meio, "passando debaixo do cajado" do Senhor, como um pastor de
ovelhas separa o seu rebanho. Ez 20.33-44. Em Ez 22.17-22 o mesmo processo de
purificação é repetido sob a figura do fogo do refínador. Ml 3.1-3.
Daniel recebeu do
Senhor uma revelação especifica sobre este tempo de tribulação no fim deste
"século" presente em que temos um vislumbre da relação entre as
regiões celestiais e as terrestres. As hostes celestiais, sob o comando de
Miguel, o arcanjo, entrarão em choque com os inimigos de Israel, tanto os
visíveis como os invisíveis, conseguindo libertar os israelitas fiéis.
Em várias profecias do
Velho Testamento encontramos a expressão "o dia do Senhor" (ou Jeová)
que se refere ao juízo de Israel e das nações gentílicas e ao tempo da Grande
Tribulação de modo geral. Is 2.10-22; Jl 1.15; 2.1; 3.14; Am 5.18-20. Estas
profecias às vezes referem-se a algo que ia acontecer em futuro imediato, no
tempo do profeta, mas, no entanto o contexto revela que muitas vezes se referem
também a um juízo muito remoto e que precede por pouco o tempo da restauração
de Israel. Sem dúvida a expressão "o dia do Senhor" refere-se à
Tribulação. No Novo Testamento também encontramos semelhante expressão, "o
dia do Senhor". I Co 5.5; II Ts 2.2,3, e "o dia de Cristo" (I Co
1.8; II Co 1.14; Fl 1.6-10), expressões que se referem ao período de tempo
entre o Rapto da Igreja e a Revelação de Jesus Cristo. Será nesse
"dia" em que a Igreja receberá o seu galardão e será unida com Cristo
nas Bodas do Cordeiro. Encontramos ainda no Novo Testamento a expressão "o
dia de Deus", a qual evidentemente se refere à renovação da terra por fogo
e o início do perfeito estado eterno. II Pe 3.12.
2. A Duração da
Tribulação. A duração deste
período é calculada pelo estudo da passagem em Daniel 9.24-27. Foi revelado a
Daniel na ocasião de sua fervorosa oração em favor do seu povo, Israel, que
"Setenta Semanas" (ou seja "setes" de anos e não de dias,
como o versículo 2 indica) foram determinadas (ou "marcadas") sobre o
seu povo e a cidade santa, Jerusalém. Nesse período seriam realizados os
seguintes seis importantes eventos: 1) "fazer cessar a transgressão"
(vers. 24), isto é, por fim à rebelião secular de Israel contra Deus. Israel
crucificou o Messias quando Ele chegou ao mundo, e conseqüentemente foi
castigado. Sua incredulidade será transformada em fé à segunda vinda de Cristo,
quando essa nação aceitar Jesus como Messias. Toda a nação "nascerá de
novo". Rm 11.25-29; Is 66.7-10; Ez 36.24-30. 2) "dar fim aos
pecados" (vers. 24), isto é, por um ponto final aos muitos pecados e à
rebelião de Israel, evento que se realizará depois da Tribulação. Ez 36.24-30;
37.24-27; 43.7; Zc 14.1-21. 3) "expiar a iniqüidade" (vers. 24), isto
é, realizar a expiação em favor desse povo espiritualmente perverso. Isso
aconteceu na cruz do Calvário em favor do mundo todo, mas Israel, como nação,
até hoje não se valeu dessa maravilhosa providência divina. Mas à vinda de
Cristo, Israel se arrependerá dessa atitude. Zc 13.1-7; Rm 11.25-27. 4) "trazer
a justiça eterna" (vers. 24), isto é, a justiça que Cristo proveu pela
morte na cruz. Is 9.6,7; 12.1-6; Dn 7.13,14,18,27; Mt 25.31-46; Rm 11.25-27. 5)
"selar a visão e a profecia" (vers. 24), isto é, chegar ao
cumprimento das profecias concernentes a Israel e Jerusalém. Todos conhecerão
ao Senhor, desde o menor até ao maior deles. Jr 31.34; Is 11.9. 6) "ungir
o Santo dos Santos" (vers. 24), isto é, a purificação do lugar santíssimo
do templo dos judeus e a cidade de Jerusalém dos efeitos da "abominação da
desolação" e demais sacrilégios praticados pelos gentios durante a
Tribulação. Incluirá também a consagração do templo milenial previsto em Ez
40-43; Zc 6.12,13.
Este período de
"Setenta Semanas", ou seja setenta vezes sete anos, corresponde, portanto, a
490 anos sacros de 360 dias em cada ano. O período teria início com um decreto
para reconstruir a cidade de Jerusalém. Tal decreto foi realmente expedido por
Artaxerxes, rei da Pérsia, no "dia 4 de março do ano 445 antes de Cristo.
Na profecia ficou revelado a Daniel que esse tempo de 490 anos seria dividido
em três períodos da seguinte maneira: 1) Sete "setes", ou seja 49
anos sacros. Dn 9.25. Reinaram sobre a Pérsia os reis Ciro, Xerxes e Artaxerxes.
Foi este último rei que lavrou o decreto ao qual se refere a profecia, em 445
a.C, que é mencionado em Neemias 2.1-6.19. A profecia cumpriu-se com a
restauração de Jerusalém no tempo de Neemias, 49 anos depois, quando havia
terminado o cativeiro babilônico. 2) Sessenta e dois "setes", ou seja
434 anos sacros. Este período teve início logo após o primeiro período de 49
anos é continuou sem interrupção até ao tempo quando Jesus, o Messias foi
morto. Dn 9.26. A palavra hebraica "karath", traduzida "tirado"
(Almeida) refere-se à crucificação de Cristo, fato que se deu no dia 10 de
Nisan, do ano 30 a.D. que corresponde ao dia 6 de abril do nosso calendário.
Com esse acontecimento haviam decorrido exatamente as "Sessenta e nove
Semanas", ou seja 483 anos sacros. Isso deixa ainda "uma semana"
de anos, ou seja sete anos, a se cumprir depois da crucificação de Cristo. 3)
Um "sete" de anos sacros, ou seja um período de 7 anos sacros que
completará o período de 490 anos previsto na profecia de Dn 9.24-27. Com a morte
de Cristo por crucificação, que significou a recusa total do Messias por parte
de Israel, Deus também suspendeu suas relações com esse povo. Israel ficou
"quebrado" na sua incredulidade. Rm 11.17. Temos esperado por
dezenove séculos para o início deste último período de 7 anos da profecia.
Agora que Israel está novamente na posse de sua terra, parece iminente a
realização desta "semana" que ainda está faltando. Estes sete anos
serão o fim da Dispensação da Graça e durante este período haverá um pacto entre
Israel e o Anti-cristo e todos os eventos previstos em Ap 6.1 a 19.21 terão
então seu cumprimento. Esta "semana" terá seu início logo depois do
Rapto da Igreja, à segunda vinda de Cristo. O período de intervalo que tem
havido entre a 69a. e a 70a. "semana" tem sido o período da Igreja,
du-rante o qual Israel é rejeitado. O plano de Deus foi este que as nações
gentilicas tivessem a sua grande oportunidade de encontrar a salvação em
Cristo, o Messias.
Agora, o que
acontecerá durante a Grande Tributação, este período de sete anos? Vamos considerar Dn
12.1 e as profecias que a antecedem. No fim do capítulo 11, vers. 36 a 45, está
prevista a chegada ao poder, nos últimos dias, de um imponente governante que é
"o rei" (vers. 36). Esse personagem é o Anti-cristo (II Ts 2.3-10),
que proferirá blasfêmias e se exaltará muito num regime o mais autocrático
possível. Não respeitará as leis estabelecidas e nem as religiões, vers.37. Por
meio de suas conquistas militares e sua riqueza (vers. 38,39), ele terá o
domínio do Oriente Médio (Síria, Egito e Palestina) e se colocará como rei em
Jerusalém, vers. 40-45. Certos judeus apóstatas (Dn 12.10) aliar-se-ão a ele,
mas um remanescente permanecerá fiel a Deus. Em favor desse grupo Deus agirá
por meio do anjo Miguel. Dn 12.1. Isso ocorrerá durante a segunda metade desse
período de sete anos (Dn 12.7), que o profeta denominou "tempo, tempos e
metade dum tempo", significando três anos e meio.
O apóstolo João em sua
visão na ilha de Patmos (Ap 12) tomou conhecimento do mesmo período da grande
Tribulação concernente a Israel. Na visão, Israel era representado
simbolicamente como uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos pés e com
uma coroa de doze estrelas na cabeça. Ela deu à luz um "filho varão",
que por alguns é tido como sendo o grupo dos 144.000 israelitas. Ap 7.1-9;
12.5; 14.1-5. O mesmo arcanjo Miguel vem proteger Israel nos últimos dias (Ap
12.7), por ocasião da guerra nos céus. Nota-se que as passagens Ap 12.6,14 e Dn
12.7 são cronologicamente idênticas. Esta peleja espiritual tem por alvo vencer
Satanás e preservar a "mulher", para que ela não seja destruída nesta
derradeira investida do Diabo visando destruir o povo de Israel. Esse esforço
da parte das nações, de inspiração satânica, para destruir os judeus, será para
esse povo "o tempo da angústia de Jacó". Durante a Segunda Guerra
Mundial o ditador alemão Hitler ordenou o massacre de 6 milhões de judeus.
Foram asfixiados em câmaras de gás e seus corpos cremados. O autor destas
linhas teve oportunidade de visitar um desses campos de concentração em Dachau,
na Alemanha, onde centenas de milhares dessas pobres vítimas pereceram. Não
duvidamos em dizer que essa perseguição anti-semita de tão tremendas proporções
constitue ao menos uma parte do cumprimento das profecias a respeito do povo de
Israel.
Os Eventos que
acontecerão durante a Tributação. No princípio deste período de sete anos o Anti-cristo
fará uma aliança com o povo de Israel que na maioria será um povo apóstata. Dn
9.27. No meio da semana, ou seja depois de três anos e meio, ele quebrará a
aliança cujas cláusulas certamente permitiriam o restabelecimento da antiga
religião judaica e a reconstrução do Templo no mesmo lugar onde Salomão o
construiu. Por enquanto o local é ocupado pela Mesquita de Ornar, um dos mais
sagrados lugares da religião muçulmana. O Anti-cristo então erguerá no Santo
dos Santos desse Templo reconstruído o que Daniel e Jesus chamaram "a
abominação da desolação". Dn 9.27; Mt 24.15. Isso bem pode ser uma imagem
de si próprio, como os antigos imperadores romanos costumavam fazer, a qual
seria obrigatoriamente adorada por todos. Veja Ap 13.15. Assim, a segunda
metade da septuagésima "semana" de Daniel será a GRANDE TRIBULAÇÃO
propriamente dita. Mt 24.15,21.
Em resumo, vemos então
como a Grande Tributação concerne diretamente a Israel e constitue o juízo de
Deus sobre essa nação em face de sua prolongada apostasia e negligência para
com seu Rei, Jesus Cristo, o Messias. A Grande Tribulação será ao mesmo tempo
um processo de refinamento para preparar alguns para receber Cristo e expurgar
os rebeldes entre eles. A Tribulação também afetará o mundo todo, pois o
problema do povo judeu é um problema mundial. O novo Estado de Israel foi
reconhecido em 1948 pela Organização das Nações Unidas. As quatro guerras entre
Israel e as nações árabes, em 1948, 1956, 1967 e 1973, têm sido causa de
agitação e preocupação em todos os meios políticos em todo o mundo. Não deixam
de ser sinais dos tempos da Tributação que estão chegando. A Guerra do
"Yom Kippur" em outubro de 1973 teve repercussões as mais intensas,
provocando a crise mundial do petróleo, que também ameaça lançar toda a
civilização moderna na maior depressão deste século. Já se nota as
características dos dias descritos no livro do Apocalipse. Aparentemente, o
início da Grande Tribulação será um tempo de grande prosperidade quando todos
estarão proclamando "paz e segurança" (I Ts 5.3), por terem alcançado
o estado muito deseja o de "Utopia" sob o governo do
"superhomem", o grande dirigente político universal que a Bíblia
chama de Anti-cristo.
Na segunda parte da
Grande Tribulação Deus derramará seus
juízos, cada vez mais severos (V. Ap 16) e a terra sofrerá grandes pragas como
o Egito sofreu as pragas nos dias de Moisés. Esses juízos virão porque os homens
serão mais depravados ainda do que os homens nos dias de Noé e Ló. Gn 6; Mt
24.37-39; Lc 17.22-37; II Tm 3.1-12. Os homens rejeitarão a verdade ao ponto de
acreditar no "engano de injustiça" propagado pelo Anti-cristo, que
resultará em sua condenação. II Ts 2.8-12; II Pe 3.1-9. Mesmo depois que se
iniciaram esses juízos terríveis sobre os homens, esses desafiarão ao próprio
Deus. Ap 9.20,21, 6.2-11; 17.1-18; 18.1-24. Não há palavras para descrever a
rebelião e a iniqüidade praticadas pelos homens durante este período da
derradeira luta entre Deus e Satanás pela posse da Terra. Ap 11.15; 12.7-12;
19.11-21; 20.1-3. No fim deste período, quando Jerusalém estiver cercada pelos
exércitos nas nações aliadas sob o Anti-cristo (Zc 14.1-4; Jl 3.9-17), e quando
Israel não dispuser de mais nenhum meio de resistência, e quando parecer que
Israel desaparecerá como nação e sendo totalmente destruído, nesse momento esse
povo se arrependerá, invocando o nome do Senhor, pedindo-lhe socorro. Is 64; Zc
12.8-10. O Senhor se manifestará do céu, vindo como seu Libertador e
vingando-se dos seus inimigos. Ele julgará as nações e implantará seu glorioso
governo de 1.000 anos de paz sobre a terra. A capital desse governo será a
própria cidade de Jerusalém. Mt 24.27-31; 25.31-46.
A derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap
19.15-21).
Nos versículos
anteriores ao 14, Cristo aparece como um grande general de exército (como nos
tempos bíblicos), e o v.15 mostra um Cristo preparado para fazer juízo sobre a
impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía da sua boca uma espada afiada,
para ferir com ela as nações”. A partir do v.17, uma grande ceia é apresentada
para comer as carnes de todos os inimigos do povo de Israel que se ajuntaram
para destruí-lo. Mas eles serão aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20,
a Besta, que é o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta são presos e
lançados vivos no Lago de Fogo. Esses dois personagens não são meras figuras ou
metáforas, mas realmente dois homens da parte do Diabo, que se levantarão
naqueles dias.
A vinda em glória (Ap 19.11-16)
Refere-se
especialmente a forma da descida gloriosa de Cristo sobre um cavalo branco. O
cavaleiro que monta o cavalo do capítulo 19 de Apocalipse é Jesus, porque é
identificado como “Fiel e Verdadeiro”. Nada tem a ver com o cavaleiro do cavalo
branco do capítulo 6 de Apocalipse o qual se refere ao Anticristo. O v.14 de
Apocalipse fala dos santos que acompanham a Cristo na Sua volta à Terra. Eles
montam cavalos brancos e os seus cavaleiros estão vestidos de linho finíssimo.
São os anjos e a Igreja de Cristo que gloriosamente participam da Sua
conquista.
O renascimento do Império
Romano
O Novo Império Romano já é uma
realidade. É através dele que o espírito do Anticristo está implantando a sua
plataforma de governo.Os versículos 33-35 do capítulo 2 do livro de Daniel
referem-se ao final do período dos gentios, no vale do Armagedom, onde os dez
reinos escatológicos (que são uma extensão do Império Romano), serão destruídos
pela pedra, que é Cristo, surgindo um novo reino.
No capítulo 7 de Daniel, temos a visão
dos quatro animais que representam a história moral e religiosa desses quatro
reinos: o leão — Babilônia (4); o urso — Média e Pérsia (5); o leopardo —
Grécia (6); o animal terrível — Roma (7). Os dez dedos da estátua correspondem
aos dez chifres do animal e aos dez da besta (Dn 2.41; 7.24; Ap 13.1; 17.12),
que representam dez regiões administrativas que abrangerão um território maior
do que o Antigo Império Romano. O Novo Império Romano dará apoio ao Anticristo
(Dn 7.25), mas será um governo instável (Dn 2.41-43), marcado por guerras (Dn
7.24) e por sistemas políticos distintos — ferro e barro (Dn 2.33).
O renascimento do Império Romano não é
uma hipótese. Se ao término da Segunda Guerra Mundial, parecia ele utopia numa
Europa humilhada e destruída, hoje mostra-se mais real do que nunca. Não
importa o nome que se lhe dê: União Europeia ou Novo Império Romano. O terrível
animal, visto por Daniel, acha-se prestes a pisar e a despedaçar a quantos se
lhe opuserem. Esse reino, que não terá paralelo na história dos grandes
impérios, devido a sua maldade, dará todo o suporte político, econômico e
religioso ao Anticristo, a fim de que este venha a dominar o mundo todo.
O Senhor Jesus, porém, o abaterá,
reduzindo-o a um monturo. O Rei dos reis e Senhor dos senhores não tolerará a
soberba do inimigo.A Europa reunificada, por conseguinte, não é um mero
fenômeno político, mas o cumprimento da profecia bíblica. É o que veremos nesta
lição.
A ORIGEM DO IMPÉRIO ROMANO
Fundada em 753 a.C, foi a cidade de
Roma estendendo-se até assenhorear-se dos mais distantes e desconhecidos
reinos. Seus domínios iam da Europa à Babilônia, englobando o Norte da África e
o Oriente Médio.Em 66 a.C, as forças romanas chegaram à Terra Santa. Comandadas
pelo general Pompeu, conquistaram o território israelita e subjugaram
Jerusalém. Mostrando nenhum respeito ao vencido, Pompeu invade a Casa de Deus,
escarnece dos ministros do altar e profana o Santo dos santos.O terrível animal
começava a exibir suas garras.
O IMPÉRIO ROMANO NA BÍBLIA
A profecia de Moisés. A Europa era praticamente
desabitada, quando Moisés profetizou a ascensão de Roma como a grande opressora
dos filhos de Israel: “O SENHOR levantará contra ti uma nação de longe, da
extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;
nação feroz de rosto, que não atentará para o rosto do velho, nem se apiedará
do moço” (Dt 28.49,50).
Foi exatamente isso o que aconteceu no
ano 70 de nossa era, quando os exércitos romanos, comandados por Tito,
destruíram Jerusalém, derribaram o Santo Templo e dispersaram os poucos judeus
que sobreviveram à ira romana.
A profecia de Daniel. Em duas ocasiões distintas, o
profeta Daniel refere-se tipologicamente ao Império Romano. No capítulo dois,
descreve ele a aparência exterior deste; ao passo que, no capítulo sete, revela
sua índole e caráter.
a) Sua aparência exterior. “E o quarto reino será forte como
ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as
coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).
b) Seu caráter. “Depois disso, eu continuava
olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e
muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em
pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que
apareceram antes dele e tinha dez pontas” (Dn 7.7).
No capítulo 13 de Apocalipse, o Império
Romano é mostrado como a base para os dois representantes de Satanás: a Besta e
o Falso Profeta. Veja como as profecias de Daniel acham-se em perfeita harmonia
com as de João.
TENTATIVAS DE SE ERGUER O IMPÉRIO
ROMANO
Não foram poucas as tentativas de se
ressuscitar o Império Romano. O que dizer do Sacro Império Romano Germânico? Ou
das tentativas da Igreja Católica em ocupar o espaço deixado pelos imperadores
de Roma?No início do século XIX, o imperador francês, Napoleão Bonaparte, à
frente de um formidável exército, saiu a unificar uma Europa retalhada por
ódios e nacionalismos irreconciliáveis. Ele, porém, fracassou como haveria de
fracassar Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial.Se por um lado, ostenta
a Europa a dureza do ferro; por outro, mostra ser tão frágil quanto o barro.
Além do mais, como pode o ferro unir-se ao barro?
O IMPÉRIO ROMANO NA ERA
ESCATOLÓGICA
Que ninguém se engane! A era
escatológica já chegou. E uma de suas maiores evidências é o ressurgimento do
Império Romano que, desta feita, terá as seguintes características:
Apesar das aparências, estará
cronicamente dividido. “E,
como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma
parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro
misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se
ligarão um ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro” (Dn
2.42,43).
Houve um tempo na Europa que, não
obstante o parentesco de seus monarcas, estavam estes sempre em guerra.
Foram-se quase todos os reis, e veio a União Europeia; a situação, porém, em
nada foi alterada. Os ingleses continuam a não aturar os franceses, que
desconfiam dos alemães, que não se dão com os italianos, que não aturam os
espanhóis...É justamente sobre bases tão frágeis que está sendo construído o
Novo Império Romano.
A formação administrativa do Novo
Império Romano. Tanto Daniel como
João mostram o Novo Império Romano constituído a partir de dez unidades (Dn
2.41,42; Ap 13.1). Pensava-se, de início, que seria ele formado por apenas dez
nações. Hoje, porém, já são 25 os países que formam a União Europeia. Como
entender esta aparente contradição?
Na verdade, não são dez países; e, sim,
dez regiões administrativas que abrangerão um território maior do que o Antigo
Império Romano. Logo, o Novo Império Romano ocupará não somente a Europa, mas
também o Norte da África e o Oriente Médio. Por conseguinte, cada região
administrativa será composta por mais de um país.
O objetivo do Novo Império
Romano. Terá o Novo Império
Romano, por objetivo, sustentar o governo que Satanás, através da Besta e do
Falso Profeta, implantará no mundo logo após o arrebatamento da Igreja. De
acordo com Apocalipse 13, o domínio do Anticristo abrangerá tanto a economia e
a política como a religião. Todavia, este reino não subsistirá; Cristo fará
dele um monturo.
A destruição do Novo Império
Romano. Ainda que o Império
Romano se reerga, Cristo o destruirá. Nosso Senhor é aquela pedra que, sem
esforço humano, abateu-se sobre a estátua vista por Nabucodonosor (Dn
2.34,35,44).
Daniel continua a descrever a ruína do
Novo Império Romano, agora mostrado como aquele animal terrível: “Estive
olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo, desfeito e entregue para ser
queimado pelo fogo” (Dn 7.11). Por quem foi o animal morto? Pelo Filho de Deus!
E. assim, recebe o Senhor Jesus o poder, a glória e a majestade.Por mais
poderosos que se mostrem os reinos deste mundo, não subsistirão ante a
soberania divina. Roma dominou nações e reinos; pisou os mais aguerridos povos
e humilhou os mais altivos soberanos. Mas nada poderá fazer contra o Senhor
Jesus. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
Não tarda o dia em que o Império
Romano, base do governo do Anticristo, haverá de prestar contas a Deus por
todos os seus pecados e iniquidades. Ainda que renascido, não subsistirá.Senhor
Jesus, quem poderá subsistir ante o teu poder? Que a honra, a força e a glória
sejam-te tributadas para todo o sempre.
“[...] Consideração das
principais escolas escatológicas:
Preterista. Interpreta as profecias de Daniel
e do Apocalipse como já cumpridas, com exceção de umas poucas....
Nessa visão das profecias, quase todo o
livro de Daniel se cumpriu no período interbíblico (antes de Cristo) e o
Apocalipse, na sua quase totalidade, foi cumprido nos primeiros três séculos da
Era Cristã....
Progressista. Como o próprio nome já indica,
interpreta Daniel e o Apocalipse como o desenvolvimento histórico do mundo.
[...] Ela procura os cumprimentos proféticos nos grandes eventos, como o
papado, a Reforma, a Revolução Francesa etc, e seus adeptos chegaram a marcar
diversas datas para a volta de Cristo, sendo a principal delas a de 22 de
outubro de 1844....Futurista. Segundo
essa escola, quase todas as profecias de Daniel e do Apocalipse se cumprirão
durante os sete anos que se seguirão ao arrebatamento da Igreja, que, por sua
vez, ocorrerá repentinamente.” (ALMEIDA, A. Israel, Gogue e o Anticristo.11.ed.,
RJ: CPAD, 1999, pp.122-3).
EIXO
CENTRAL DO PROGRAMA ESCATOLÓGICO DIVINO
A história do plano divino em relação à
humanidade tem seu eixo central na existência do povo de Israel. É o relógio
pelo qual podemos acompanhar todos os eventos históricos e escatológicos do
mundo. Jesus apontou-nos esse sinal de Sua vinda no sermão profético registrado
em Lc 21.27-30: “E, então, verão o Filho do Homem numa nuvem, com poder e
grande glória. Ora, quando essas coisas começarem a acontecer, olhai para cima
e levantai a vossa cabeça, porque a vossa redenção está próxima. E disse-lhes
uma parábola: Olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já começam
a brotar, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão”.
Encontramos respaldo para crer na Palavra
de Deus através das profecias bíblicas cumpridas e, a se cumprirem, nos fatos
da vida de Israel.
Dispersão e regresso. Tanto as profecias sobre a
dispersão do povo de Israel entre as nações quanto as referentes ao retomo à
sua terra, têm tido o fiel cumprimento (Gn 12.1,2,7; Dt 32.9-11; Lv
26.33,36,37; Jr 24.6; Ez 36.24,28).
A reunião progressiva de Israel
em sua terra. Há duas importantes
reuniões de Israel na sua terra que mostram a veracidade da profecia
bíblica. A primeira diz respeito ao sentimento de volta ao lar que tiveram
todos os israelitas dispersos pelas nações. Esse sentimento se tornou forte com
o movimento sionista iniciado em 1897 por Teodoro Herzl. Pouco a pouco,
sistemática e continuamente, o povo começou a voltar. Não era um simples
sentimento de um homem ou de um povo e, sim, um impulso do Espírito de Deus na
mente e no coração de cada judeu disperso, em cumprimento da Palavra de Deus
(Jr 24.6; Ez 36.24,28).
Em 1948, Israel já estava bem instalado
na Palestina e a sua proclamação pela ONU como Estado foi o clímax da
efetivação da promessa divina quanto ao seu retorno.
A segunda reunião de Israel. Esta reunião acontecerá no futuro
próximo por ocasião da “angústia de Jacó”, conhecida como a Grande Tribulação
(Ap 16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e indescritível para o
povo de Israel. Ele estará mobilizado para a grande batalha do Armagedom. Os
reis da terra, isto é, os governantes do mundo todo estarão reunidos com seus
exércitos e armas destrutivas para o maior combate já registrado na história
mundial. Talvez seja esta a terceira guerra mundial. Será no clímax dessa
batalha que Jesus, o Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, virá e
destruirá os inimigos do seu povo, e implantará o Seu reino milenial (Ap
19.11-21).
A profecia de Ezequiel 37.1-11 trata da
restauração nacional, moral e espiritual de Israel. Alguns aspectos dessa
profecia já tiveram o seu cumprimento e outros estão se cumprindo. Porém, o
cumprimento cabal só acontecerá no período da Grande Tribulação e com a
intervenção de Cristo, o Messias, em Jerusalém. Nesse período, a Igreja não
estará na Terra, porque foi antes arrebatada para estar com o Senhor.
A DESTRUIÇÃO PROGRESSIVA DO POVO
DO NORTE
Os textos de Ez 38 — 39 e Jl 2.20
tratam a respeito da profecia bíblica sobre um bloco de nações ao norte de
Israel.
As nações do Norte. Por causa da etnia dos povos que
habitam aquela região vários nomes geográficos podem ser identificados. O
profeta fala de Magogue, Meseque e Tubal (Ez 38.2,3), regiões ocupadas pelos
antigos citas e tártaros, as quais hoje correspondem à Rússia. Nome como o de
Meseque converteu-se em Moscou ou Moskva. Tubal é a moderna cidade russa de
Tobolsk. Em Ez 38.2 temos a palavra “chefe”, tradução do termo rosh, dando a idéia do
nome Rússia. No bloco das nações aliadas aparecem os nomes de Gômer, Togarma
(Ez 38.6). Gômer veio a ser a Germânia (atual Alemanha) e, Togarma corresponde
à Armênia e Turquia. Em Ez 38.5 destacam-se os persas, os etíopes e Pute. Hoje,
os persas são o Irã; os etíopes, a Etiópia; e, Pute, a Líbia.
Queda e ressurgimento da confederação
do Norte. Devemos entender
que a queda da União Soviética não significa que a profecia tenha perdido sua
validade. Na verdade, essa potência mundial está se levantando e
mostrando sua força, quando se esforça para participar das conversações de paz
entre Israel e os países árabes, aos quais ela sempre apoiou. Ela perdeu o seu
poder sobre o aludido bloco de nações, e alguns estudiosos interpretam essa
queda como algo para acontecer em plenitude no futuro. Parte dessa profecia já
começou a ter o seu cumprimento porque a Rússia caiu como potência bélica e
econômica.
A Confederação do Norte combaterá
a Besta na Grande Tribulação. A profecia diz que a confederação do Norte, tendo como líder Gogue,
colocará seus exércitos contra a autoridade da Besta, ou seja, o Anticristo (Ez
38.2-6). A profecia indica que Gogue, chefe da terra de Magogue invadirá a
terra de Israel nos últimos dias (Ez 38.8,16). É possível que essa invasão
venha acontecer no período da Grande Tribulação. Os motivos principais para a
invasão do “rei do norte” estão expostos em Ez 38.11,12. A idéia de “tomar o
despojo e de arrebatar a presa” não é difícil entender pelo fato de a antiga
União Soviética ter perdido seus principais intelectuais e cientistas (na
maioria judeus), os quais retornaram para Israel. Diz a Bíblia que esse invasor
será destruído pela intervenção divina (Ez 38.20), nos montes de Israel (Ez
39.4). Então, as nações da Terra reconhecerão o Deus de Israel (Ez 39.21,22).
Devemos entender que essa invasão nada tem a ver com a batalha do Armagedom, e
a guerra decorrente que acontecerá no início da “semana profética” de Daniel
(Dn 9.27). A batalha do Armagedom se dará no final da “semana”, pois o seu
líder será o Anticristo, a Besta (Zc 12.3; 14.2; Ap 16.14).
O RESSURGIMENTO DO ANTIGO IMPÉRIO
ROMANO
Os textos de Dn 2.33,34,44; 9.24-27;
7.7,8,24,25; Ap 13.3,7; 17.12,13 são relativos à profecia sobre uma confederação
de nações formada na área geográfica do antigo Império Romano.
O sentido duplo de interpretação. Essa profecia, numa parte
refere-se literalmente àquelas nações adjacentes ao Mediterrâneo, as quais
formavam o núcleo do Império Romano e, na outra parte, figuradamente refere-se
apenas às características daquele Império. Tal como existiu o Império Romano,
também, se levantará um da mesma forma dentro da realidade atual.
A União Européia, uma sombra do
antigo Império Romano. Especula-se
muito sobre a atual União Européia como um retrato dessa confederação
profetizada. Não temos base consistente na Bíblia para afirmar positivamente.
Mas não podemos evitar o fato de que as características dessa confederação
profetizada (Dn 2.33,34,44) conferem com a profecia de Daniel. E perigoso
estabelecer suposições como fatos. Por isso, o aconselhável é ficarmos dentro
dos limites impostos pela profecia bíblica. No entanto, a evidência dos sinais
da vinda do Senhor Jesus em nossos dias é fortalecida pela clareza da profecia
e do seu cumprimento.
A UNIDADE MUNDIAL E A MANIFESTAÇÃO DO
ANTICRISTO
"Têm estes um só
pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem" (Ap
17.13).
Esse texto das Escrituras
é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. As palavras um só
pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os
"dez reis" não são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta,
mas que eles "oferecerão à besta o poder e a autoridade que
possuem". Obviamente é decisão unânime dos dez reis permitirem
que uma pessoa governe, ao invés de dez.
O velho provérbio:
"Unidos, resistiremos; divididos, cairemos", aplica-se a este caso.
Com que propósito os "dez reis" entregarão seu poder e sua
autoridade? No versículo seguinte temos a resposta: "Pelejarão
eles contra o Cordeiro..."
Quanta arrogância! Não se
trata de um mal-entendido causado por um erro de comunicação, mas claramente de
uma ação deliberada contra o Senhor. O versículo 12 nos mostra que estes dez
reis"...recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma
hora", indicando que a besta faz parte da estrutura de poder dos
dez reis que voluntariamente transfere sua autoridade à pessoa chamada "a
besta". O ímpeto final de todas as nações é dirigido contra o Cordeiro.
Por quê? Porque todas as nações estão sujeitas ao governo do príncipe das
trevas, o deus deste mundo!
Mil anos antes de Cristo,
o salmista escreveu: "Os reis da terra se levantam, e os príncipes
conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus
laços e sacudamos de nós as suas algemas" (Sl 2.2-3). Não devemos
minimizar a afirmação de que as nações se opõem ao Senhor e escolhem o deus
deste mundo. Esses versículos bíblicos acabam com qualquer dúvida de que todas
as nações são fundamentalmente contrárias ao Senhor e Seu Ungido.
Alguém pode fazer uma
pergunta legítima: "Por que as nações se levantariam contra o
Senhor?" O apóstolo Paulo responde: "Ora, o aparecimento do
iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios
da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não
acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que
Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Ts
2.9-11).
Eles optarão entre "sinais,
e prodígios da mentira" e "o amor da verdade". Essa
é a obra do pai da mentira que engana as nações. As massas humanas o seguirão
voluntariamente, de maneira que no final os dez líderes mundiais eleitos
entregarão sua autoridade e seu poder ao anticristo.
Em contraste, a intenção
de Deus está claramente revelada em João 3.16: "Porque Deus amou
ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A rejeição intencional
da oferta da salvação é o motivo pelo qual Deus "lhes manda a
operação do erro".
Quero salientar que:
pelas aparências, o mundo imagina que segue a justiça. Os líderes políticos e
religiosos pretendem estabelecer a verdade e a prosperidade na terra através da
imposição pacífica da democracia em toda parte. Pouco se pode dizer contra os
surpreendentes progressos alcançados no que se refere ao nosso padrão de vida –
em especial no Ocidente. Que o digam as classes inferiores da sociedade! Poucos
sonhavam, há 50, 60, ou 70 anos atrás, adquirir tanto com seus salários. O
conforto com que contamos hoje era inconcebível há algumas décadas. Quem, no
início deste século, imaginaria possuir telefone, geladeira, ar-condicionado, e
um automóvel deslizando suavemente pelas rodovias? Quem alguma vez pensou que
teríamos acesso a qualquer tipo de alimento fresco no mercado 24 horas por dia?
Estes avanços tornaram-se tão abundantes, graças à unificação dos países. O
Estado norte-americano da Carolina do Sul, por exemplo, testemunhou a
triplicação da economia num período de apenas duas décadas. Mas, apesar de todo
este progresso em benefício da humanidade, o homem continua insatisfeito; há um
vazio em seu íntimo.
Em minha visita ao
Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, um professor enfatizava
entusiasticamente, numa conferência de duas horas, que o sucesso e a riqueza da
Europa são apenas o começo. Mais de 30.000 funcionários em inúmeros escritórios
trabalham com os 626 representantes eleitos do Parlamento, comunicando-se em 11
idiomas com a ajuda de 7.500 tradutores profissionais. O conferencista
enfatizou de forma clara a pretensão da União Européia em assumir as
responsabilidades dos países-membros soberanos. "Precisamos de mais
europeização", enfatizou o orador. "Identidades nacionais",
continuou, "são prioridades secundárias". Tornar-se membro da União
Européia é extremamente difícil, mas é impossível retirar-se dela. A
constituição não prevê o desligamento de membros. "Isso é para
sempre!", disse o orador.
O espírito de unificação
é irresistível e infindáveis são as possibilidades. No passado se perguntava:
Quem são estes dez reis? Referem-se a dez nações européias? Em 1967 o Dr. Wim
Malgo, fundador da "Obra Missionária Chamada da Meia-Noite",
escreveu: "Não procuremos por dez países-membros do Mercado Comum Europeu
como sendo o cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao invés disto, procuremos as dez
estruturas de poder que se desenvolverão por iniciativa européia, mas serão de
alcance mundial."
Vemos a globalização não
só na política e na economia mas também na religião. A maioria dos conflitos
militares, tanto no passado como no presente, têm sido basicamente em torno de
questões religiosas. No Sudão, os muçulmanos estão assassinando cristãos, mas
na antiga Iugoslávia os maometanos foram dizimados por "cristãos"
sérvios mais fortes. O conflito entre a Índia e o Paquistão, na verdade, é uma
questão religiosa entre muçulmanos e hindus.
Desta forma, a unificação
é o próximo passo para a Nova Ordem Mundial globalmente democrática que prosperará
pacificamente. Por isso, não fico surpreso ao ver o grande sucesso de
movimentos que têm por objetivo unir as denominações. Depois de conseguido
isto, o anelo dos homens se voltará para um líder que, de acordo com muitos
estudiosos da Bíblia, só espera a hora de se manifestar. Um rei terrível,
de "feroz catadura" (Dn 8.23), a besta, o
anticristo, está por vir!
À luz de todos estes
fatos, como crentes no Senhor Jesus Cristo, o que devemos fazer? A resposta
está em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos,
permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por
palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus,
o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela
graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa
palavra."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.