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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Historicidade do diluvio


                         
                              A historicidade do Dilúvio



Encontrava-me em Herculândia, no interior de São Paulo, em 26 de dezembro de 2004, quando a CNN noticiou a ocorrência de um inesperado e terrível maremoto que acabara de devastar o litoral de doze países asiáticos. A tragédia causada por aquele tsunani que, em japonês, significa águas do porto, era apocalíptica: mais de 250 mil pessoas eram dadas como mortas e desaparecidas. Apesar de encontrar-me num lugar aprazível, e até certo ponto imune a desastres naturais, pus-me a relembrar de uma catástrofe universal ocorrida há milhares de anos, quando a humanidade ainda ensaiava seus primeiros passos como civilização.

De acordo com The Reese Chronological Bible, o Dilúvio aconteceu no ano 2.319 a.C. Embora não estejamos seguros quanto à data, pois há sérias divergências entre os estudiosos sobre a cronologia dos eventos que se deram antes da chamada de Abraão, de uma coisa temos absoluta convicção: o Dilúvio pode ser comprovado tanto histórica quanto cientificamente. Pois há mais provas acerca deste fato do que, por exemplo, da existência de Homero.

Entretanto, o que foi o Dilúvio? Por que Deus deflagrou este formidável cataclismo que destruiu toda uma civilização, dando lugar a uma outra realidade histórica, sociológica, lingüística e política?  

I. O QUE FOI O DILÚVIO

Nas línguas clássicas, a palavra dilúvio carrega significados muito parecidos entre si, provando-nos, insofismavelmente, a historicidade da inundação do planeta conforme o relato do Gênesis. Este evento, embora ocorrido há milhares de anos, continua a alertar-nos acerca da santidade e da justiça de um Deus que, conquanto misericordioso e longânimo, não pode tolerar a maldade entre as suas criaturas morais.

1. Definição etimológica. A palavra dilúvio é originária do vocábulo latino diluviu que, entre outras coisas, significa: inundação universal, grande chuva. No hebraico, o termo é representado pela palavra mabbûl. Segundo alguns lingüistas, a palavra denota: destruição, inundação e ciclone. No grego do Novo Testamento, são usados os seguintes termos para descrever o dilúvio que sobreveio à geração de Noé: kataklusmos: grande inundação;kankluzo: inundação extraordinária; plemmura: inundação do mar e do rio; e potamos: rio, torrente.

2. Definição teológica. Irrompido por Deus a fim de punir a apostasia humana, configurou-se o Dilúvio numa inundação universal que destruiu a primeira civilização humana, dando espaço para que surgisse uma sociedade ordeira e temente a Deus.

O relato do Dilúvio acha-se devidamente registrado nos capítulos 6, 7 e  8 de Gênesis.

II. A UNIVERSALIDADE DO DILÚVIO

Afinal, o Dilúvio foi universal? Ou parcial? A descrição que o autor bíblico faz do cataclismo leva-nos a concluir: o Dilúvio foi, de fato, um acontecimento que abrangeu totalmente a terra. Vejamos por que é racional e lógico acreditar em sua universalidade:

• Além da chuva ininterrupta de quarenta dias e quarenta noites, relata a Bíblia que as fontes do grande abismo romperam-se, aumentando desmedidamente a inundação (Gn 7.11).

• Registra o autor sagrado que as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra até que os seus pontos mais elevados fossem de todo cobertos (Gn 7.19,20).

• As águas eram tantas que prevaleceram sobre a terra por 150 dias. Terminado este período, entretanto, Noé e sua família foram obrigados a permanecer na arca por mais 200 dias aproximadamente, até que o planeta estivesse completamente seco (Gn 7.24; 8.1-6).

Logo, foi o Dilúvio um cataclismo universal, cuja historicidade é referendada por evidências bíblicas e científicas.

III. EVIDÊNCIAS BÍBLICAS DILÚVIO UNIVERSAL

A historicidade do Dilúvio não está limitada ao livro de Gênesis. O autor do livro de Jó, por exemplo, refere-se à grande inundação como algo destrutivo e real (Jó 22.16). Davi, por seu turno, menciona-o como resultado da soberania divina (Sl 29.10). Tendo este como figura de grandes tragédias, Isaías a ele se reporta como advertência aos ímpios (Is 30.30).

Se estes testemunhos são insuficientes, busquemos o depoimento do Cristo: “Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.38.39).

Pedro também aludiu ao Dilúvio ao realçar a justiça divina: “Porque Deus não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios” (2 Pe 2.4,5).

Se não aceitarmos como verdadeiras tais evidências, seremos obrigados a tê-las como mentirosas. Aliás, seremos forçados a rejeitar, inclusive, o testemunho do Filho de Deus.   

IV. EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E HISTÓRICAS SOBRE O DILÚVIO

Não são poucas as evidências antropológicas, históricas e científicas, que atestam a realidade do Dilúvio. Examinando-as, os que optam pelo bom senso logo concluem pela historicidade da inundação universal de conformidade com o relato bíblico.

1. Evidências arqueológicas. Em 1852, o arqueólogo inglês, George Smith, descobriu entre as ruínas da Babilônia uma série de tijolinhos, gravados em caracteres cuneiformes, com uma narrativa bastante similar a do dilúvio bíblico. Se pesquisarmos detidamente as crenças dos gregos, romanos, eslavos, tupis e guaranis, etc, constataremos: quase todos os povos são capazes de reconstituir, ainda que de forma distorcida, a ocorrência de uma grande inundação, cujo objetivo básico foi punir a rebeldia do homem contra o seu Criador.

Os arqueólogos vêm encontrando, igualmente, cemitérios fósseis nas mais diversas regiões do mundo, indicando a ocorrência de uma repentina catástrofe geológica. A aparência desses animais petrificados é de que eles  foram, de fato, sepultados de forma violenta e súbita por uma indescritível inundação.

Acerca do assunto, escreve o arqueólogo F. C. Hibben: “Há evidências de perturbações atmosféricas, de violência sem igual. Tanto mamutes como bisões foram dilacerados e torcidos como que por mãos cósmicas em fúria divina. Os animais foram simplesmente dilacerados e espalhados através da paisagem como se fossem palha e barbante, embora alguns deles pesassem várias toneladas”.

Por conseguinte, os sítios arqueológicos não evidenciam a existência de um parque de dinossauros; evidenciam a ocorrência de um dilúvio que, inesperadamente, acabou com a vida no planeta, com exceção de Noé e de sua família e dos animais que se achavam com ele na arca.

2. Evidências históricas. Há vários relatos de viajores, indicando a presença de um grande barco na região de Ararate, onde pousou a arca de Noé (Gn 8.4). Em 1954, o explorador norte-americano, John Liibi, reportou que, em sua expedição a um dos montes de Ararate, entre a Rússia e a Turquia, ficou a menos de 60 metros da arca. Aliás, em 1917, um piloto russo, ao sobrevoar a região, confirmara a presença de uma descomunal embarcação, exatamente onde John Liibi chegaria algumas décadas depois.

3. Evidências científicas. Alegam os céticos que não haveria água em volume suficiente, na atmosfera, para submergir o planeta. Ignoram eles, porém, que o Dilúvio não foi causado apenas pela chuva torrencial que fustigou a terra por quarenta dias e quarenta noites. Houve, de igual modo, sucessivos e ininterruptos maremotos. Se um único tsunani foi suficiente para alagar o litoral de doze países, o que não terá causado uma longa série desses fenômenos?

Argumentam ainda alguns pseudo-cientistas que seria impossível cobrir altos montes como o Everest, cujo topo ultrapassa os sete mil metros. Todavia, a altitude média do planeta é de apenas 800 metros acima do nível do mar, ao passo que a profundidade média dos oceanos é de quatro mil metros.

Levemos em conta, outrossim, as águas que, originalmente, encontravam-se na chamada expansão aérea (Gn 1.7). Formando um escudo aerotelúrico, essas águas impediam a ação dos raios cósmicos sobre a terra,  possibilitando um perfeito sistema ecológico. Sob tal atmosfera, era possível  uma qualidade de vida excelente e uma longevidade proverbial como a de Matusalém.

No Dilúvio, porém, foi destruído o escudo aerotelúrico. Toda a água que o formava abateu-se sobre a terra, aumentando consideravelmente a área ocupada pelos oceanos. Aliás, o que os cientistas chamam de período glacial do planeta foi, na verdade, uma inundação global acompanhada de um resfriamento da terra.

CONCLUSÃO

Outros argumentos poderiam ser apresentados sobre a historicidade do dilúvio universal registrado em Gênesis. Creio, porém, que as evidências já mostradas são mais que suficientes para levar os incrédulos a uma reflexão quanto à justiça divina. Pois os dias de hoje em nada diferem daqueles que antecederam ao Dilúvio conforme adverte o Senhor Jesus:

“Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.38,39).notas CPADNEWS


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