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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Modismo e desvios modernos



               Modismos e desvios modernos (PARTE 1) 


Simpatia não se trata aqui, nessa abordagem que faremos do assunto, do mero significado desse verbete, isto é, do seu sentido real nos nossos dicionários. O Dicionário Aurélio define simpatia como “participação em, ou sensibilidade ao sofrimento do outro; sentimento caloroso e espontâneo que alguém experimenta em relação a outrem” etc. Porém, essa palavra tem sido metaforizada, significando popularmente “ritual posto em prática, ou objeto supersticiosamente usado, para prevenir ou curar uma enfermidade ou mal-estar”. Existe uma outra definição mais forte que identifica essa prática supersticiosa como “simpatia como a maneira ritual de forçar poderes ocultos a satisfazerem a nossa vontade”.

No mundo místico das pessoas que acreditam em “simpatias”, a utilização de rituais e objetos é creditada a forças ocultas invocadas para a realização da prática. Utiliza-se nos rituais folhas de árvores, unhas e pêlos de animais, pingos de vela, gotas de azeite, sangue de animais, flores, fitas coloridas, posturas físicas e um arsenal de coisas. Tudo isso faz parte de um folclore popular injetado, na maioria, pelos cultos afros de ocultismo. Na verdade, esses rituais praticados parecem, à primeira vista, inofensivos, mas escondem na ingenuidade das pessoas o perigo da bruxaria e outras formas de ocultismo.

O pior de tudo é a adesão disfarçada de “simpatias” no seio de algumas igrejas, ao serem utilizados símbolos bíblicos e banalizado-os com práticas inaceitáveis pela Palavra de Deus. Coisas como a utilização de textos bíblicos, especialmente dos Salmos, para servirem de proteção contra mal-olhado, contra doenças, contra espíritos maus, contra azar. São velas acesas, defumadores, azeite de Israel, pano vermelho representando o sangue de Jesus, Salmo 91 e o 113, rosa do amor, madeira tipificando pedaços da cruz de Cristo etc.

Fé e Superstição

É lamentável que cristãos se utilizem desses meios para alcançar bênçãos em suas vidas, tornando Deus um deus pequeno e manipulado pelas suas necessidades e interesses. Na verdade, é o Diabo quem tira proveito dessa ignorância espiritual e que acaba inspirando pseudo-pastores de igrejas a utilizarem essas práticas. A Bíblia diz que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela Palavra de Deus” (Rm 10.17). Ainda que a Bíblia apresente figuras materiais em alguns casos para ilustrar a fé, especialmente no Antigo Testamento, já no Novo Testamento não necessitamos de figuras, porque temos a fé como o instrumento vital para obtermos as bênçãos de Deus.

Precisamos ter o cuidado para não transformarmos os símbolos evangélicos (bíblicos) em artefatos de superstições. É lamentável quando certos movimentos, especialmente, os neopentecostais, transformam objetos, palavras e fatos históricos da Bíblia em superstições. A fé cristã não pode ser aviltada, mas deve ser exercida como elemento espiritual. Paulo declarou que “tudo o que não é por fé é pecado” (Rm 14.23).



Modismos e desvios modernos (PARTE 2)

A ênfase exagerada ao papel dos anjos em relação às suas atividades no tempo presente, especialmente em relação à igreja, tem produzido crendices que fogem completamente da doutrina sobre anjos na Bíblia.

O texto que melhor explica a angelolatria em nossos dias está na Carta de Paulo aos Colossenses 2.18: “Ninguém vos domine a seu bel prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, mentendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão”. Quando Paulo escreveu essa carta, destacou sua preocupação com a tendência idolátrica resultante do povo daquela região, que costumava freqüentar o lugar dos deuses tutelares da Frígia para ter comunhão com eles.

Os falsos mestres que se introduziram no meio cristão declaravam que haviam tido contato com anjos e, por isso, defendiam a idéia de que os anjos podiam ser mediadores entre Deus e os homens. Insinuavam que, uma vez que Deus parecia tão distante e tão ocupado, os anjos seriam os melhores mediadores de bênçãos aos crentes. Entretanto, essa idéia desfaz a declaração bíblica de que Cristo é o nosso mediador.

Paulo condena aqueles que se metem em coisas que não viram. A igreja de Cristo tem sofrido com falsos líderes espirituais que, “com pretexto de humildade”, mas na verdade orgulhosos e presunçosos, querem dominar as pessoas. O “culto dos anjos” aparece nos hinos cantados, em pretensas visões e revelações. Do ponto de vista bíblico, o culto dos anjos é condenado por Deus. Os anjos são identificados por duas categorias: os que servem a Deus (Hb 1.14)  e os que seguiram o caminho da rebelião de Lúcifer (Ez 28.13; Ap 12.9 e Is 14.12). O papel dos anjos de Deus em relação aos crentes é o de servirem em favor deles, e nunca o de tomar o lugar do Espírito Santo, que vive no interior dos crentes.

O serviço dos anjos na Era Neotestamentária difere da Era do Antigo testamento. Paulo começou declarando: “Ninguém vos domine a seu bel-prazer”, v18. Ora, havia uma preocupação do apóstolo acerca de certos mestres falsos, os quais, para terem domínio sobre as pessoas, aludiam a si mesmos como portadores de poderes espirituais e manifestavam falsa humildade para impressionarem os incautos. Esses mesmos elementos com falsa espiritualidade afirmavam terem contato com anjos e, por isso, deviam ser adorados. Baseando-se em visões que não tiveram, induziam as pessoas à adoração de anjos. Porém, ao entrarem por esse caminho dúbio, aquelas pessoas renegaram a Cristo como “cabeça da Igreja”.

Nenhum anjo de Deus fará qualquer revelação que contrarie o que está revelado nas Escrituras. Nenhum anjo de Deus jamais tomará o lugar de Cristo.
notas CPADNEWS

 


 

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