A TEOLOGIA LIBERAL E SUAS IMPLICAÇÕES
PARA A
FÉ BÍBLICA (Parte I).
Estamos certos de que em nossos dias é emergente buscarmos nos libertar
da teologia liberal. É espantoso como é crescente o número de livros (inclusive
publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de
teologia, ou tecem comentários favoráveis. Apesar de esta teologia ter nascido
com os protestantes, hoje seus maiores expoentes são os católicos romanos.
Basta entrar em uma livraria católica e ver a grande quantidade de livros
publicados por editoras católicas defendendo e propagando a teologia
liberal. E também pela forma com que alguns seminários e igrejas vêm
se comprometendo com os ensinos desta teologia. De fato, a libertação da
teologia liberal não só é necessária como também vital para a Igreja brasileira
que hoje esta ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo.
Entretanto, apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias
representaram uma grave ameaça à ortodoxia, como a história comprovou. O
movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações
históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da
doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o
relativismo moral e a incredulidade aberta. Atualmente, a maioria dos
evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa
da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros
modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais
relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade.
Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o
“protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia editado
por Alan Richardson e John Bowden nos traz uma boa noção do termo.
Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico:
1. É receptivo à ciência, às artes e
estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre.
Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a
verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e revelação. A verdade deve
ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e
autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo;
2. Tem-se mostrado simpatia para com
o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A
Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em
registrar a experiência de pessoas abertas para a presença Deus. Sua tarefa
contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da
melhor pesquisa histórica e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da
narrativa evangélica;
3. Os liberais ressaltam as
implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido,
mas é um modo de viver e conviver, caminho de vida. Mostraram-se inclinados a
ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância.
Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e
para outros é motivo de certa satisfação por ser considerado portador de uma
mente aberta para o diálogo com posições contrárias.
As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das
grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no
intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa,
especificamente na Alemanha, em que a Teologia Liberal abraçava as teorias
destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram
retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo
histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fieis a sã doutrina,
tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si
os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não se deixou alternativa
para uma grande parte dos fundamentalistas, senão sair destas denominações e se
organizarem em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares que
formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares (1932), Batistas
independentes, Igrejas Bíblicas, Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja
Presbiteriana dos Estados Unidos (1936), que mudou seu nome para Igreja
Presbiteriana Ortodoxa, a Igreja Presbiteriana Bíblica (1938), a Associação
Batista Conservadora dos Estados Unidos (1947), as igrejas Fundamentalistas
Independentes dos Estados Unidos (1930) e muitas das denominações
fundamentalistas que ainda existem atualmente.
Podemos dizer
que algumas das características de um cristianismo ortodoxo se baseiam nos
seguintes pontos:
· Manter uma fidelidade
incondicional à Bíblia que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
· Acreditar que o que a Bíblia diz é
verdade (e verdade absoluta, que é verdade sempre, em todo lugar e momento);
· Julgar todas as coisas pela Bíblia
e ser julgado unicamente pela Bíblia;
· Afirmar as verdades fundamentais
da fé cristã histórica: a doutrina da trindade; a encarnação, o nascimento
virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, e
a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a
regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a
ressurreição dos ímpios para o juízo final e morte eterna e a comunhão dos
santos, que são o corpo de Cristo.
· Praticar a fidelidade à fé e
procurar anunciá-la a toda criatura;
· Denunciar e se separar de toda
negativa eclesiástica dessa fé, compromisso com o erro, e apostasia;
· Batalhar firmemente pela fé
que foi uma vez concedida aos santos.
Contudo, o liberalismo em sua apostasia nega a validade de quase todos
os fundamentos da fé, como a inerrância das Escrituras, A divindade de Cristo,
a necessidade da morte expiatória de Cristo, assim como negam seu nascimento
virginal, e sua ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o
Jesus narrado das Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no
universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até
na situação do Diabo) e conseqüentemente, para eles, não existe inferno e nem
mesmo o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só
aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos
falíveis, fragmentados e limitados do homem.
Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem
critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse a Palavra de
Deus crendo que esta apenas continha a Palavra de Deus.
O liberalismo teológico tem buscado embutir no cristianismo uma roupagem
moderna, pegando as últimas idéias seculares e sorrateiramente buscando
espalhar no mundo cristão. J.G. Machem em seu livro Cristianismo e
Liberalismo trata deste assunto com maestria, e na contracapa de seu
livro podemos ver uma pequena comparação entre o cristianismo e o liberalismo:
“O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo
representa a fé em Deus. O primeiro é não-sobrenatural, o último é
absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o
outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a
‘rocha de escândalo’ o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é
inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que
repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”.
Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm se comprometido
fatalmente, pois na prática os liberais tentam remover do cristianismo todas as
coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência
contradizer a Bíblia, é dada preferência à ciência.
Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado
aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem
erros em seus originais) como “fundamentalistas”.Ora, podemos por acaso
negociar o inegociável?
Os liberais acusam os evangélicos de transformarem a Bíblia em um “papa
de papel”, ou em um ídolo, assim acusando-os de bibliolatria.Estamos cientes
que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas
evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm se mostrado tão
exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas.
Teoricamente falando, a maioria dos liberais acreditam em Deus, supondo que Ele
pode intervir na história da humanidade, porém na prática, com freqüência,
mostram-se muito mais deístas.Usualmente também os liberais favorecem o
“relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há
absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então,
as verdades da Bíblia não são absolutas, mas relativas, logo, também não podem
ser a Palavra de Deus.Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus
e tendo aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que
não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade
teológica.
Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências conclui-se
que se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao
homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada
contexto, onde nem um ensino é absoluto, mas tudo é relativo, variando conforme
o contexto sócio-cultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em
alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já
extrapola e fere diversos princípios bíblicos.
TEOLOGIA LIBERAL E SUAS
IMPLICAÇÕES PARA A
FÉ BÍBLICA
(Parte II).
Raízes
O liberalismo teológico começou a florescer de forma sistematizada devido a influencia do racionalismo de Descartes e Spinoza no século XVII e XVIII que redundou no iluminismo. O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.
Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a igreja morre. Esse é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.
A baixa crítica
Conforme Gleason L. Archer Jr, “a ‘baixa crítica’ ou crítica textual se preocupa na tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações, ou leituras diferentes, quando há uma falta de acordo entre os manuscritos sobreviventes, e pela aplicação dum método científico chegar àquilo que era mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original”.
A alta crítica
J.G. Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a aplicar o termo “alta crítica” ao estudo da Bíblia. Devido a isto ele tem sido chamado de “o pai da crítica do Antigo Testamento”. Segundo R.N Champlin, “a ‘alta crítica’ aponta para o exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem, ou pode misturar ambos os pontos de vista”. Mas o que temos visto na prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã, em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou a Jesus.
Conforme Norman Geisler “a alta crítica pode ser dividida em (destrutiva) e positiva (construtiva). A crítica negativa nega a autenticidade de grande parte do registro bíblico. Essa abordagem em geral emprega uma pressuposição anti-sobrenatural”.
Métodos aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a serem aplicados à Bíblia, juntamente com grandes doses de ceticismo, no que diz respeito à validade histórica e à integridade de muitos de seus livros, juntamente com invenções de entusiastas que tinham pouca base nos fatos históricos. Assim, onde vemos nas narrativas da Bíblia fatos sobrenaturais são conferidas por esta teologia interpretações naturais, retirando assim da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente nos é impróprio ou mesmo blasfematório colocar-se como juiz sobre a Bíblia.
Penosamente a “alta crítica” tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em alguns pressupostos questionáveis. Devido a seus resultados ela ultimamente vem sendo descrita como “alta crítica destrutiva”. Para melhor compreensão veja o quadro comparativo a seguir:
O liberalismo teológico começou a florescer de forma sistematizada devido a influencia do racionalismo de Descartes e Spinoza no século XVII e XVIII que redundou no iluminismo. O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.
Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde a sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a igreja morre. Esse é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.
A baixa crítica
Conforme Gleason L. Archer Jr, “a ‘baixa crítica’ ou crítica textual se preocupa na tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações, ou leituras diferentes, quando há uma falta de acordo entre os manuscritos sobreviventes, e pela aplicação dum método científico chegar àquilo que era mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original”.
A alta crítica
J.G. Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a aplicar o termo “alta crítica” ao estudo da Bíblia. Devido a isto ele tem sido chamado de “o pai da crítica do Antigo Testamento”. Segundo R.N Champlin, “a ‘alta crítica’ aponta para o exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem, ou pode misturar ambos os pontos de vista”. Mas o que temos visto na prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã, em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou a Jesus.
Conforme Norman Geisler “a alta crítica pode ser dividida em (destrutiva) e positiva (construtiva). A crítica negativa nega a autenticidade de grande parte do registro bíblico. Essa abordagem em geral emprega uma pressuposição anti-sobrenatural”.
Métodos aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a serem aplicados à Bíblia, juntamente com grandes doses de ceticismo, no que diz respeito à validade histórica e à integridade de muitos de seus livros, juntamente com invenções de entusiastas que tinham pouca base nos fatos históricos. Assim, onde vemos nas narrativas da Bíblia fatos sobrenaturais são conferidas por esta teologia interpretações naturais, retirando assim da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente nos é impróprio ou mesmo blasfematório colocar-se como juiz sobre a Bíblia.
Penosamente a “alta crítica” tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em alguns pressupostos questionáveis. Devido a seus resultados ela ultimamente vem sendo descrita como “alta crítica destrutiva”. Para melhor compreensão veja o quadro comparativo a seguir:
Parâmetros
|
Crítica positiva
(construtiva)
|
Crítica negativa
(destrutiva)
|
Base
|
Sobrenaturalista
|
Naturalista
|
Regra
|
O texto é “inocente até que
prove ser culpado”
|
O texto é “culpado até que prove
ser inocente”
|
Resultado
|
A Bíblia é completamente
verdadeira
|
A Bíblia é parcialmente
verdadeira
|
Autoridade
final
|
Palavra de Deus
|
Mente do homem
|
Papel da razão
|
Descobrir a verdade
(racionalidade)
|
Determinar a verdade
(racionalismo)
|
C.S Lewis, sem dúvida o apologista cristão mais influente do século XX, em seu artigo “A teologia moderna e a crítica da Bíblia” tece alguns comentários que transcrevemos a seguir: “Em primeiro lugar, o que quer que esses homens possam ser como críticos da Bíblia, desconfio deles como críticos [...] Se tal homem chega e diz que alguma coisa, em um dos evangelhos, é lendária ou romântica, então quero saber quantas lendas e romances ele já leu, o quanto está desenvolvido o seu gosto literário para poder detectar lendas e romances, e não quantos anos ele já passou estudando aquele evangelho [...] os críticos falam apenas como homens; homens obviamente influenciados pelo espírito da época em que cresceram, espírito esse talvez insuficientemente crítico quanto às suas próprias conclusões [...] Os firmes resultados da erudição moderna, na sua tentativa de descobrir por quais motivos algum livro antigo foi escrito, segundo podemos facilmente concluir, só são “firmes” porque as pessoas que sabiam dos fatos já faleceram, e não podem desdizer o que os críticos asseguram com tanta autoconfiança”
Prove e veja
Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”. Nesse dia cada um deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Neste dia a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.
Num determinado ano eles convidaram Paul Tillich e ele discursou durante duas horas e meia no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não haviam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Quando concluiu sua teoria, Tillich perguntou a platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro de cabelos brancos se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu...crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?.
Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: “Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã”.
O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: “O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa a afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento mais de 1000 estudantes que estavam assistindo o evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e rapidamente deixou o palco”.
Essa a diferença! É fundamental considerar que tudo o que engloba a fé genuinamente cristã está amparado em um relacionamento experimental (prático) com Deus. Sem esse pré-requisito ninguém pode seriamente afirmar ser um cristão. Seria muito bom se os críticos se atrevessem a experimentar este relacionamento antes de tecerem suas conjeturas. Se assim fosse certamente se lhes abririam um novo horizonte para suas proposições e quem sabe entenderiam que o sobrenatural não é uma brecha da lei natural, mas, sim, uma revelação da lei espiritual.
fonte www.pbteologia.blogspot.com
A
LETRA MATA?
A
marginalização do estudo teológico
Deus
existe? Quem é Deus? Onde Deus está? Para onde vou após a morte? Existe céu?
Existe inferno? Devo crer na Bíblia como Palavra de Deus?
Todos
os cristãos que algum dia já se detiveram na reflexão destas simples, mas
inquietantes interrogações, experimentaram, ainda que inconscientemente,
momentos de meditações teológicas, pois a teologia é uma matéria importante e
inerente a todos os crentes que, de forma inevitável, contemplam os mistérios
da vida e as revelações divinas.
Neste
sentido estrito, podemos afirmar que todos os membros das nossas igrejas são
teólogos, mesmo que ignorem ou até abdiquem desta condição. Se mergulharmos
ainda um pouco mais no assunto, e num sentido mais amplo que o acima
mencionado, poderíamos dizer que todo indivíduo de bom senso, que possua um
conceito formalizado acerca de um ser divino superior, independente de seu
credo, é um teólogo. Cada religião possui a sua “teologia”.
Definindo
o termo
Mas,
afinal, o que é teologia cristã?
Na
perspectiva da teologia acadêmica e histórica, uma resposta objetiva e clássica
seria: “fé em busca de entendimento”. Orientados por este significado,
perceberemos que o genuíno desígnio da teologia acadêmica não deve ser o exame
da Bíblia, de forma indiscriminada e leviana, para construir doutrinas que
justifiquem uma crença. Muito pelo contrário, o teólogo cristão deve utilizar a
teologia para compreender melhor aquilo que previamente expressa o texto
bíblico, a despeito das suas crenças.
Os
assassinos da letra
Não
obstante a todas estas ponderações, não é difícil encontrar opositores do
estudo teológico entre os mais diversos grupos religiosos. Em verdade, esse
comportamento é peculiar em muitos deles. Entretanto e lastimavelmente, isso é
constatado também no seio da igreja evangélica.
Geralmente,
o texto áureo e justificativo desse posicionamento encontra-se nas conhecidas
palavras do apóstolo Paulo, que dizem: “O qual nos fez também capazes de ser
ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra
mata e o espírito vivifica” (2Co 3.6; grifo do autor). Eis aí a questão que
lança os fundamentos para a hostilidade de alguns em relação ao estudo
teológico.
Pois
bem, se o apóstolo Paulo declara que a letra mata, então este fato é
conclusivo. O que alguns precisam descobrir é quem de fato é essa “assassina”.
O
que nos move a ressaltar este ponto é o fato de que essa “tal letra”,
mencionada pelo apóstolo, tem sido alvo de distorções, prejudicando o
desenvolvimento do ensino na igreja. É verdade que essa objeção ao estudo
teológico é defendida por cristãos sinceros, mas que deliberaram marginalizar o
estudo teológico acreditando ser uma atitude louvada pela Bíblia.
É
curioso e contraditório, ao mesmo tempo. Mas o fato é que essa tal “letra que
mata” vem tendo seu verdadeiro sentido também assassinado por alguns que a
tentam interpretar. São aqueles a quem podemos chamar de “os assassinos da
letra”. Se você, porventura, se identifica como um dos tais, por favor, não se
ofenda! A verdade é que essa repulsa tem no mínimo duas razões para existir.
Proponho refletir um pouco mais sobre estas duas questões e depois retornamos
ao “homicídio espiritual causado pela letra”, o qual supostamente Paulo teria
apregoado.
A
marginalização da teologia
Quais
seriam os fatores que cultivam esta marginalização?
Antes
de qualquer palavra, é fundamental esclarecer que não é nossa finalidade aqui
censurar a devoção autêntica de nossos irmãos. A sinceridade de sua fé não está
em discussão. Até porque, um dos fatores que mais ajudam a alimentar a rejeição
da teologia encontra raízes nos próprios teólogos.
Conversando
com uma missionária, algum tempo atrás, fui interpelado com uma questão que, de
certa forma, reflete o julgamento de muitos membros de igrejas em relação à
teologia. Ela questionava por que os teólogos são tão apáticos em sua piedade e
testemunho cristão. Não quero aqui entrar em méritos, como, por exemplo,
discutir essa generalização injusta ou o que está escondido atrás do conceito
de apatia. Todavia, e inegavelmente, não se exige muitos esforços para
identificar comportamentos teológicos que instigam a rejeição da teologia. Esse
estereótipo pejorativo parece ser preservado por alguns poucos teólogos, mas
acabam por macular toda a classe. O orgulho intelectual, a racionalização
vazia, as conjeturas e especulações são tidos como alguns frutos nocivos da
teologia. E se torna mais grave ainda quando tais frutos são vindos de pessoas
que conhecem as Escrituras e que por isso deveriam proceder totalmente ao
contrário.
Contudo,
em detrimento deste comportamento que, sabemos, não atinge os teólogos comprometidos
com a Palavra de Deus, existem ainda outras objeções alicerçadas no
desconhecimento bíblico. Logicamente, é muito mais confortável escolher os
mitos e as lendas do que cultivar uma fé racional, pois esta vai exigir uma
atitude trabalhosa em busca do conhecimento, enquanto que aquelas conservam os
fiéis na inércia, fazendo-os concordar, sem qualquer exercício mental, com tudo
o que ouvem. Como disse o grande teólogo Agostinho: “Deus não espera que
submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites de nossa razão
fazem da fé uma necessidade”. Eis aqui o matrimônio entre a fé e a razão!
Outro
fator a ser considerado é que o estudo teológico é marginalizado porque ele
incomoda, é inconveniente. É como se fosse uma pedra no sapato dos manipuladores
da Bíblia. Quanto menos conhecimento as pessoas possuírem, mais facilmente
serão controladas. É um comportamento assumido pelas seitas, nas quais o líder
se encarrega de pensar pelos adeptos e implanta um método sutil de controle
total.
Enquanto
a teologia se opor aos modismos e ventos de doutrinas que não coadunam com a
Palavras de Deus e que levam muitos crentes à fantasias místicas e subjetivas
que beiram à heresias, ela continuará sendo menosprezada.
A
letra mata?
Retomando
a questão, mas respeitando seu contexto bíblico, alertamos que a letra a que
Paulo se referiu não pode ser identificada como sendo o estudo (conhecimento)
teológico. Até porque o apóstolo era um dos doutores da igreja (At 13.1) e
jamais poderia pensar assim. Acreditamos que são dispensáveis aqui quaisquer
comentários sobre a erudição e a aplicação de Paulo aos estudos. Isso é uma
prova cabal dos benefícios da educação teológica!
Acerca
de Coríntios 2.6, Paulo estava falando sobre a superioridade da nova aliança sobre
a antiga. A morte causada pela letra realmente é espiritual, porém, é bom
salientar que se trata de uma alusão ao código escrito da lei mosaica. A lei
mata porque demanda obediência irrestrita, mas não proporciona poder para isso.
É representada pelas tábuas de pedra (3.3). Por outro lado, o espírito vivifica
porque escreve a lei de Deus em nossos corações, trazendo-nos a vida em medida
muito maior do que realizava sob a antiga aliança. É representado pelas tábuas
da carne (3.3). Portanto, como podemos ver, o texto comentado não fundamenta,
em qualquer instância, a rejeição aos estudos teológicos.
Por
que teologia?
Os
teólogos leigos, ainda que inconscientemente, se beneficiam da educação
teológica. Criticam o estudo teológico, mas lançam mão dele. Todo o legado
doutrinário que usufruímos hoje foi preservado por causa do zelo impetrado
pelos teólogos que formalizaram a fé por meio de credos, confissões e outras
obras. As doutrinas cristãs sobreviveram ao tempo porque o Espírito Santo se
encarregou de inspirar e levantar teólogos comprometidos com a fé! O estudo da
teologia é um instrumento indispensável para o saudável desenvolvimento da
Igreja. Todos nós precisamos da teologia!
Os
teólogos leigos deveriam reconhecer o auxílio que recebem dos teólogos
acadêmicos e as duas classes representadas, de mãos dadas, deveriam seguir o
conselho de Pedro, um teólogo que não possuía a erudição de Paulo, mas que
conseguiu equacionar a questão ordenando o crescimento na graça e no
conhecimento, concomitantemente (2Pe 3.18).
Dessa
forma, o evangelho sairá ganhando e cada membro da igreja estará no seu posto,
lapidando o aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do corpo de Cristo,
segundo o ministério que lhe for confiado por Deus (Ef 4.11,12).
Sobretudo,
e finalmente, nosso desejo e oração é para que consigamos aplicar a teologia à
nossa vida. Se fracassarmos neste intento, a teologia não será mais que mera
futilidade.
Que
o Senhor nos guie ao genuíno conhecimento de suas revelações, pelo seu amor e
para a sua glória!
Linhas Teológicas
Introdução
“…
antes santificai em vossos corações a Cristo como Senhor; e estai sempre
preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a
razão da esperança que há em vós”. (I Pe 3.15)
Vivemos
em um momento de grande marasmo teológico, onde ideologias e novas concepções
surgem a cada momento atacando e afrontando as maneiras tradicionais de se crer
no divino. Diante dessa conjuntura é preciso que sejamos objetivos quando somos
abordados acerca da razão de nossa esperança cristã; por que cremos assim? Qual
a nossa concepção de Deus? Qual a cosmovisão em que estamos estribados? Enfim,
qual é a definição teológica dos evangélicos em contraste com as demais, pois se
soubermos distinguir desse marasmo o que realmente acreditamos teremos como
levar avante o verdadeiro evangelho de Jesus.
Por
isso exporemos abaixo algumas das mais expressivas linhas de pensamentos
teológicos
.
Linhas
Teológicas
Teologia
Católica Romana:
A
Teologia Católica está estribada em um tripé – A Bíblia, incluindo os
apócrifos; A Tradição e o ensino dos Pais da Igreja e a autoridade Papal, ex
cathedra, onde o Papa decide questões doutrinárias e morais. Com esse tripé
teológico a Igreja Católica concatenou novas doutrinas, sem criar
constrangimentos por tais doutrinas estarem além ou aquém da Bíblia. A Bíblia
tem um papel secundário em detrimento da própria Igreja que é superior a
qualquer outra fonte de autoridade eclesiástica. Essa conjuntura ideológica da
cosmovisão teológica gerou os sete sacramentos: batismo, crisma ou confirmação,
penitência, eucaristia ou missa, matrimônio, unção de enfermos ou extrema-unção
e santas ordens. Segundo o catecismo de 1994, “a Igreja afirma que para os crentes
os sacramentos da nova aliança são necessários à salvação.” Os sete sacramentos
são nada menos que uma séria de boas obras que os católicos crêem que precisam
fazer para alcançar a salvação. (A deterioração da doutrina católica iniciou-se
por volta de século IV).
Teologia
Natural
A
Teologia Natural Baseia-se somente na razão em detrimento da fé e a iluminação
do Espírito Santo e seu mover. Os atributos de Deus são aqueles comuns a todos
os indivíduos, ou seja, criação, raciocínio lógico, etc… O conhecimento de Deus
é obtido pelo relacionamento com o universo por meio da reflexão racional, sem
se voltar a vaticínios e meios sobrenaturais.
Teologia
Luterana
Sola
Escriptura – Somente a Bíblia, Sola Gratia – Somente a Graça e Sola Fide –
Somente a Fé formam o fundamento da Teologia Luterana. A Bíblia é a bandeira
pela qual o exército de Cristo deve marchar, Ela não fala apenas de Deus, mas é
a própria Palavra de Deus. O centro das escrituras é o Cristo revelado a
humanidade. Na questão salvífica o indivíduo em nada contribui, sendo
destituído do livre-arbítrio, Deus é a causa eficiente da obra redentora.
(Século XVI)
Teologia
Anabatista
A
Teologia Anabatista preconizou o batismo somente para adultos, testificando
assim o rompimento do cristão em relação ao mundo e o seu comprometimento em
obedecer a Jesus Cristo. Opunham-se ao controle da religião pelo o estado e
nutriam um enorme zelo missionário. Devido a maneira pragmática como viam a
vida não deram ênfase aos estudos teológicos sistemáticos.
Teologia
Reformada
Como
na Teologia Luterana, a Teologia Reformada tem como principal bandeira “sola
scriptura”. A Bíblia é a Palavra de Deus e isenta de erros. Deus é soberano
sobre todas as coisas, tudo está sob o domínio de Deus, como criador e soberano
de universo Ele não pode ser limitado por nada. Deus predestinou um certo
número de criaturas caídas para serem reconciliadas com Ele mesmo. A salvação
pode ser resumida nos cinco pontos do Calvinismo: Depravação Total, Eleição
Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irreversível e Perseverança dos Santos.
(adaptado, 01)
Teologia
Arminiana
A
Teologia Arminiana divergiu do calvinismo, argumentando que os benefícios da
graça são oferecidos a todos, em oposição ao princípio calvinista da condenação
predestinada. A ênfase desta Teologia gira em torno da presciência divina, da
responsabilidade e livre arbítrio do indivíduo e do poder da Graça capacitadora
de Deus.
Teologia
Wesleyana
A
Teologia Wesleyana era praticamente de cunho arminiana, embora a principal
doutrina destacada por Wesley fosse a da justificação pela fé através de uma
experiência súbita de conversão. Também se destacava a doutrina da perfeição
cristã ou do perfeito amor, segundo a qual era possível a perfeição cristã
absoluta ainda nesta vida… Wesley deixou claro que não propunha a perfeição sem
pecado nem a perfeição infalível, mas, antes, a possibilidade da santidade no
coração (03).
Teologia
Liberal
A
Teologia Liberal é recheada por convicções contemporâneas de novas ideologias filosóficas
e culturais. A humanidade não é pecadora e nem caída por natureza, não precisa
de uma conversão pessoal, apenas o aperfeiçoamento sociológico. Jesus não
sofreu vicariamente na cruz, ele não é o cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo, nem Deus, mas simplesmente um representante de Deus, um modelo a ser
seguido. A Teologia Liberal segue a visão unitária da pessoa de Deus, Jesus
estava cheio de Deus, mas nunca foi Deus. O Espírito Santo é simplesmente a
atividade de Deus no Mundo. Os registros bíblicos são falíveis.
Teologia
Existencial
Os
teólogos existenciais explicam tudo o que é sobrenatural como sendo um mito.
Deus atua no mundo como se não existisse, e não se pode conhecê-lo de nenhum
modo objetivo. A Trindade, os milagres de Jesus Cristo e sua historicidade, o
Velho e o Novo Testamento, as atuações do Espírito Santo, tudo isso, não passam
de mitologia religiosa, sendo que pouco se aproveita como conteúdo histórico
fidedigno. Encontrar o nosso verdadeiro eu e desmistificar a Bíblia é a maneira
pela qual a humanidade poderá ser salva.
Teologia
Neo-Ortodoxa
Essa
teologia foi uma reação contra a concepção liberal implantada no final do
século XIX e houve a tentativa de preservar a essência da teologia da Reforma
ao mesmo tempo em que se adaptava a questões contemporâneas. Deus não pode ser
conhecido por doutrinas objetivas, mas por meio de uma experiência de
revelação. O Cristo importante é aquele experimentado pelo indivíduo, o Cristo
bíblico não teve um nascimento virginal. A Bíblia apenas contém a Palavra de
Deus, sendo humana e falível. O relato da criação não passa de um mito. Não
existe nenhum pecado herdado de Adão, o homem peca por concepção, e não por
causa da sua natureza. O inferno e o castigo eterno não são realidades. (adaptado,
01)
Teologia
da libertação
A
experiência cotidiana das comunidades cristãs latino-americanas que combatem as
injustiças econômicas, sociais, culturais e políticas, está na origem da
chamada teologia da libertação. A teologia da libertação constitui uma nova
interpretação da mensagem evangélica, à luz da injustiça social. Apesar do
nome, não é propriamente uma teologia, no sentido de reflexão sobre Deus. Suas
raízes podem ser encontradas no movimento denominado teologia política, surgido
na Europa na década de 1970, depois que o Concílio Vaticano II (1962-1965),
examinou o problema das relações entre a igreja e o mundo moderno. A
característica mais inovadora do movimento foi encarar os problemas políticos
como base para a interpretação dos textos bíblicos… A mensagem de salvação é interpretada
à luz das mazelas sociais de que o homem precisa ser libertado. Ao narrar a
libertação dos hebreus do cativeiro no Egito e sua marcha para a Terra
Prometida, o Êxodo é a imagem bíblica da mensagem da salvação, e a história
sagrada não é algo distinto da história da humanidade ou superposto a ela, mas
sim a intervenção de Deus. Um outro elemento importante da teologia da
libertação é o método de análise marxista (02).
Conclusão
Mas
enfim qual é a concepção teológica dos Evangélicos? A Soberania de Deus, Ele
está acima da sua criação e de tudo o que há, não é limitado por nada. A Bíblia
é a única fonte de autoridade, inerrante, verdadeira, ela não contém mas é a
Palavra de Deus (II Tm. 3:16). Jesus Cristo é o centro das Escrituras; a sua
pessoa e obra, principalmente sua obra vicária, são o fundamento de nossa fé
cristã e da mensagem da salvação (Jo. 5:39). O Espírito Santo é uma pessoa, que
atua por intermédio da Palavra de Deus convencendo o homem do pecado, da
justiça e do juízo (Jo. 16:8). A salvação é somente pela graça mediante a fé
(Ef. 2:8-9), a fonte da salvação é a graça de Deus manifestada pela obra de
Cristo, o fundamento da salvação. A concepção trinitariana é a única maneira de
compreender o Deus revelado na Bíblia (Mt. 28:19; II Co. 13:13). O batismo é
simbólico, para quem já tem consciência do que é pecado, mostrando a decisão de
se separar do mundo em compromisso para com o Senhor Jesus (Cl. 2:12). A Igreja
é o corpo de Cristo na terra, composta pelos filhos de Deus (I Co. 12:27; Ef.4:15.16).
O cristão deve sempre procurar a santificação em sua vida diária (I Ts. 4:3). A
Santa Ceia é em memória da obra de Cristo (I Co. 11:24) e todos os batizados
devem participar da mesma (Mc. 16:16; Jo. 6:54).
Em
linhas gerais, o que concluímos no fim desse estudo comparativo é a teologia
professada pelos protestantes evangélicos atuais.
Fontes
de Pesquisas:
(01)
H. W. House, “Teologia Cristã Em Quadros”, Editora Vida, 2000, São Paulo – SP.
(02)
Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda – CD ROM.
(03)
E. E. Cainrs, “O Cristianismo Através dos Séculos”, Editora Vida Nova, 1988,
São Paulo – SP.
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