Lições Bíblicas CPAD
Jovens
Título: Eu e minha casa — Orientações
da Palavra de Deus para a família do Século XXI
Comentarista: Reynaldo Odilo
Lição 13: A família no Século XXI
Data: 26 de Junho de 2016
TEXTO DO DIA
“E, por se multiplicar a iniquidade, o
amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12).
SÍNTESE
A família do século XXI passa por uma
séria crise, mas a Bíblia Sagrada tem a solução para a restauração de todas as
coisas.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Mt 24.7,8; 2Ts 2.7
Uma família que vive em turbulência
TERÇA — 2Tm 3.2
Uma família que desobedece aos pais
QUARTA — Mt 24.12
Uma família com pouco amor
QUINTA — Mt 10.21,36; 24.10
Uma família com problemas de
relacionamento
SEXTA — Lc 17.26,27
Uma família materialista
SÁBADO — Lc 17.28-30
Uma família que não respeita o
casamento
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
ELENCAR as crises que corroem a
estrutura familiar na atualidade;
ENTENDER que a origem dos terríveis
problemas enfrentados pela família no século XXI é espiritual: o distanciamento
do homem de seu Criador;
PERCEBER os efeitos danosos da
cosmovisão pós-modernista na sociedade atual.
INTERAÇÃO
Caríssimo professor, chegamos ao final
do trimestre! A sensação é a de dever cumprido. Esperamos, sinceramente, que a
interação da qual desfrutamos por meio desta seção tenha abençoado o seu
ministério de alguma forma. Vem aí um novo desafio! Que Deus o fortaleça e que
seu ministério seja coroado com muitos frutos! “Ensinar pode, às vezes, parecer
a tarefa mais difícil do mundo. Há tanto para fazer e tão pouco tempo para
realizar e antes que você perceba já é hora de se preparar para o próximo ano.
Apoie-se no fato de que você tem o apoio de um Professor divino que lhe
ensinará todas as coisas e lhe lembrará o quanto você é amado” (Graça Diária
para Professores, CPAD, 2011, p.83).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
d) Para introduzir a aula, apresente os
dados aos seus alunos, questione se eles conhecem algum caso, de alguém próximo
ou conhecido, e chame a atenção deles para a gravidade do problema. Ressalte
que a família, no século XXI, tem passado por sérias crises, o que se deve, em parte,
à cosmovisão pós-modernista, a qual tem como um de seus efeitos mais danosos o
aumento no número de suicídios.
TEXTO BÍBLICO
Lucas 17.26-30.
26 — E, como aconteceu nos dias de Noé,
assim será também nos dias do Filho do Homem.
27 — Comiam, bebiam, casavam e davam-se
em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e consumiu
a todos.
28 — Como também da mesma maneira
aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e
edificavam.
29 — Mas, no dia em que Ló saiu de
Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, consumindo a todos.
30 — Assim será no dia em que o Filho
do Homem se há de manifestar.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nunca as pessoas se preocuparam tanto
com o conceito de família como nos dias atuais, muitos têm investido fortemente
para mudar o padrão tradicional de família que biblicamente, é formada por pai,
mãe e filhos. O Poder Judiciário chancelou tal mudança autorizando casamentos
entre pessoas do mesmo sexo e até mesmo adoções por casais homossexuais.
I. A ERA DAS CRISES
1. Crise educacional. Hoje busca-se
construir na sociedade um novo padrão educacional, em homenagem ao relativismo
moral. Vários teóricos defendem que, caso as crianças sejam entregues a si
mesmas, sem a imposição da educação tradicional com padrões objetivos,
espontaneamente se inclinarão ao amor, à abnegação, ao trabalho competente e
serão muito mais criativas. Com isso admitem que a natureza humana é
essencialmente boa, em contraste com o que diz a Bíblia (Pv 22.15), não
precisando, por isso, na visão deles, de ensinamento dos valores morais
tradicionais. Nessa esteira, surgiu a teoria educacional do Construtivismo, que
se coaduna perfeitamente com a famigerada e tão difundida ideologia de gênero,
sendo que ambas são extremamente prejudiciais à família. Um abismo chama outro
abismo (Sl 42.7).
2. Crise de autoridade. A crise de
autoridade, observada como fenômeno no mundo moderno, tem-se apresentado como
um problema cada vez mais grave, que tem atingido as instituições do Estado,
escolas, famílias e igrejas, em todo o mundo. Mas qual a origem de tanta
insubmissão em nossos dias? A resposta não é simples, mas há, pelo menos, dois
aspectos importantes a serem abordados. A primeira motivação dessa crise é a
sociológica, haja vista a forte disseminação do pensamento pós-moderno em
nossos dias. Ora, quando não se acredita na existência de uma verdade absoluta,
relativiza-se a moral, desconstruindo-se as diretrizes da cosmovisão
judaico-cristã, abrindo, dessa maneira, as portas para todos os tipos de males.
É nesse contexto que floresce, em solo fértil, a presente crise de autoridade.
Entretanto há outro aspecto, e esse é o mais importante: a origem espiritual da
crise de autoridade. A insubmissão, que é uma atitude contra a autoridade
divina, apresenta-se como a causa primordial de todo e qualquer pecado. Ela
nasceu, primeiramente, no coração de Satanás, e se propaga no entendimento
daqueles que voltam suas costas para Deus. Sem dúvida, quando o homem se
submete à autoridade de Cristo, cumprirá a sua palavra que determinou submissão
às autoridades delegadas e aos pais. A origem da crise de autoridade que todas
as instituições enfrentam, hoje, tem um forte componente da esfera espiritual —
o princípio de rebelião de Satanás.
3. Crise de identidade familiar. Pais e
professores reclamam da dificuldade de estabelecer limites e regras aos mais
jovens, que querem impor seu desejo por mais liberdade e autonomia, e o fazem
de forma a romper com todos os padrões pré-estabelecidos, comprometendo as
regras mais básicas de convivência, a ponto de tornar insustentável o
relacionamento familiar e em sala de aula (2Tm 3.2). Muitos pais de meia-idade
formam, com nostalgia, a última geração de filhos que respeitava seus genitores
e, com tristeza, a primeira geração de pais que têm medo de seus filhos, os
quais não podem ser contrariados, pois possuem, como dizem os psicólogos, baixa
tolerância à frustração — são indivíduos que, se tiverem seus interesses não
concedidos, ficarão ensandecidos e provocarão brigas, com consequências
imprevisíveis.
Pense!
Por que a sociedade atual não cria
mecanismos para se ver livre de tantas crises que corroem a estrutura da
família? Por que não há interesse nisso?
Ponto Importante
A maioria dos organismos
internacionais, dentre os quais a ONU, tem adotado posicionamentos que
corroboram com a desconstrução familiar, o que acentua ainda mais as crises.
II. UMA FAMÍLIA EM CRISE
1. Problemas de relacionamentos. A
família hodierna passa por uma forte crise de relacionamentos. É comum observar
na mídia pais que matam filhos pequenos, filhos que planejam a morte de pais e
irmãos, pelos motivos mais variados. Há algo muito errado nas famílias dos dias
atuais. A resposta, certamente, passa pelo aspecto espiritual: o homem tem-se
distanciado do seu Criador. O Senhor Jesus falou que a desagregação familiar
seria marcante, a tal ponto que os inimigos do homem seriam seus próprios
familiares (Mt 10.21,36; 24.10). Isso é, sem dúvida, realidade em muitos lares.
Entretanto o propósito de Deus, desde o princípio, é que as famílias sejam
benditas (Gn 12.3), pois com isso a igreja será abençoada e também o mundo.
Entretanto, vê-se que a sociedade está, cada vez mais, indo de mal a pior,
enganando e sendo enganada.
2. Materialismo. O materialismo é um
dos grandes inimigos das famílias. Ele incute a ideia de que os bens materiais
são mais importantes que as riquezas espirituais, como aconteceu com Ló, que
agiu por impulso ao ver as belas campinas perto das Cidades de Sodoma e Gomorra
(Gn 13.10,11). Ló só queria ser feliz, porém não previa que aquela escolha
seria a razão da destruição de sua família. Enquanto a Palavra de Deus
estabelece que Deus deve ter a primazia na vida, no materialismo as coisas
desta vida ocupam o lugar mais importante. O materialista olha para a vida sem
a dimensão da eternidade, obtendo, por isso, uma visão extremamente empobrecida
da realidade. A Bíblia diz que o justo pode ver mais além, pois ele vive da fé.
Uma sociedade criada sob a orientação materialista tem tudo para apresentar
altos índices de criminalidade, corrupção, prostituição, etc.
3. Não respeito ao casamento. A
sociedade atualmente não mais valoriza o casamento, como foi no passado. Por
isso, tantas mazelas nas famílias são vistas cada vez mais. É extremamente
comum, por exemplo, que rapazes e moças saiam da casa de seus pais para morarem
juntos antes do casamento. Isso tudo é reflexo de uma profunda falta de temor a
Deus. Mas também é cumprimento de uma profecia de Jesus, quando falou sobre os
dias que antecederiam Sua vinda, os quais seriam como os dias de Ló, nos quais
os homens comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam (Lc
17.28). Interessante que, no versículo anterior, o Senhor, ao mencionar os dias
de Noé, falou sobre a prática do casamento, mas depois excluiu propositalmente
o termo, para demonstrar o desprezo da geração dos últimos dias pelo
matrimônio. A sacralidade do casamento vem sendo constantemente atacada,
inclusive pela aceitação das denominadas uniões homoafetivas.
Pense!
O que fazer para reverter as mazelas da
sociedade pós-moderna, tais como a violência nos lares, o materialismo e a
dessacralização do casamento?
Ponto Importante
O Cristianismo, como detentor da
contracultura mais poderosa, não pode ficar calado. É preciso anunciar as
verdades de Deus. O resultado? Só o tempo dirá.
CONCLUSÃO
A bem-aventurada esperança da família
cristã é o retorno do Rei ainda nesta geração (Tt 2.13). Não há motivos para
crer que a volta de Jesus vai demorar. Preparemo-nos para o grandioso encontro
com Ele, o qual nos avisou que, quando essas coisas começassem a acontecer,
nossa redenção estaria próxima (Lc 21.28). Está escrito: “Porque ainda um
poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará” (Hb 10.37).
Maranata!
HORA DA REVISÃO
1. Segundo a lição, a teoria educacional
do Construtivismo se coaduna com qual ideologia, que igualmente faz mal às
famílias?
Ideologia de gênero.
2. Defina materialismo, segundo a
lição.
É a cosmovisão que ensina que os bens
materiais são mais importantes que as riquezas espirituais.
3. Quais são os dois aspectos
principais da presente crise da autoridade?
O primeiro é sociológico, decorrente da
disseminação do pensamento pós-moderno e o segundo é espiritual, em face as
impregnação do princípio da rebelião de Satanás, — a insubmissão.
4. A sociedade atualmente valoriza o
casamento?
Infelizmente não.
5. Qual o seu conceito de família?
Resposta pessoal.
SUBSÍDIO I
“Poucos obreiros se equipam para
colocar freio nas tendências destrutivas que desfizeram os casamentos com
regularidade sempre crescente, até dentro de suas próprias congregações.
Como um modelo histórico estimulante,
considere Jonathan Edward, pastor congregacional, acadêmico e líder do Primeiro
Grande Reavivamento nos Estados Unidos. Ele e sua mulher, Sarah, criaram 11
crianças; e até 1900, a família tinha 1400 descendentes, entre eles 13
reitores, 65 professores, 100 advogados, 30 juízes, 66 médicos e 80
funcionários públicos proeminentes, incluindo três governadores, três senadores
e um vice-presidente dos Estados Unidos. Se os evangélicos contemporâneos
esperam deixar o mesmo poderoso legado, precisamos perceber que a tarefa de
construir uma cultura exige compromisso de longo prazo, e devemos enfocar nosso
alvo em nutrir famílias piedosas para influenciar gerações futuras.
Seja sua família pequena ou grande,
sejam seus recursos escassos ou extensos, todo pai e mãe cristãos são chamados
para tornar o lar um ministério. Isto significa educar as nossas crianças numa
cosmovisão bíblica e equipá-las para terem impacto no mundo. Ao final das
contas, é a melhor maneira pela qual os cristãos podem restaurar e redimir a
cultura ao redor” (COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E Agora, Como Viveremos? 2ª
Edição. RJ: CPAD, 2000, pp.385,386).
SUBSÍDIO II
“No século XXI, a família está sob
ataque das forças do inferno de maneira sistemática e insidiosa. Em todos os
tempos, esse ataque tem sido real. Mas nunca como nos dias presentes. Satanás
tem conseguido mobilizar governos, sistemas judiciários, escolas e faculdades,
para minar as bases da instituição familiar. Só em Cristo a família pode
resistir às investidas satânicas.
Formadores de opinião trabalham para a
destruição da entidade familiar, tal como Deus a criou, pela união de um homem
e de uma mulher através do casamento. A sociedade sem Deus admite outros
‘arranjos’ de família.
Hoje, porém, com a influência dos meios
de comunicação, os costumes têm mudado drasticamente, alcançando todos os
rincões do país. Seja nas grandes capitais, seja nos menores distritos, vilas e
povoados, a influência nefanda desse falso ‘progresso’ tem chegado, dominando
as mentes e as consciências.
Infelizmente, os governos estão
alinhados com o espírito do Anticristo. Quase sem exceção, todos estão de
acordo com as mudanças perniciosas que se voltam contra a família. Até porque,
com a ‘nova visão de mundo’, a família tradicional é considerada ultrapassada.
O casamento monogâmico e heterossexual é retrógrado e precisa dar lugar a
‘novas configurações de família’” (RENOVATO, Elinaldo. A Família Cristã e os
Ataques do Inimigo. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2013, pp.40-42).
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PAZ DO SENHOR
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