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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Estudo livro de Exôdo (30) מחקר שמות

                    ESTUDO E COMENTARIO LIVRO DO EXÔDO 
                  OS AUXILIARES DE MOISÉS NO MINISTÉRIO



                                                 CONTINUAÇÃO             

OBEDIÊNCIA As palavras hebraicas e gregas traduzidas como "obedecer" ou "obediência" são geralmente shama' e as formas cognatas de akouo. O significado básico de ambas é "ouvir". De fato, muitas vezes que o tradutor se confronta com estas palavras e seus cognatos, é muito difícil determinar se a tradução mais apropriada é "ouvir" ou "obedecer". Esta dificuldade, porém, oferece uma visão profunda do conceito bíblico básico de obediência, um conceito que ocorre tanto no AT como no NT.

Embora a obediência expresse uma ação que existe nas relações humanas comuns (tais como discípulos aos mestres ou filhos aos pais), sua referência mais significativa é a de um relacionamento que deve existir entre o homem e Deus. Deus revela-se a si mesmo ao homem por sua voz e palavras. As palavras devem ser ouvidas. Isto obviamente envolve uma recepção física das palavras com uma suposta compreensão mental de seu significado.

Mas em termos da recepção da revelação de Deus pelo homem, este fato em si não é um ouvir verdadeiro. A atitude de ouvir verdadeiramente está ligada à fé que recebe a Palavra divina e, a traduz em ação. E uma resposta de fé. E uma resposta positiva e ativa, não meramente ouvir e considerar de forma passiva. Ouvir é agir. Em outras palavras, ouvir realmente a Palavra de Deus é obedecer à Palavra de Deus. No NT, a ideia de se assumir a responsabilidade de obedecer à Palavra ouvida, ou de se colocar sob esta responsabilidade, é claramente enfatizada pelo termo hupakouo, uma composição dos termos "sob" e "ouvir". Muitas passagens referentes ao ouvir e à obediência obviamente têm em vista este aspecto de resposta positiva e ativa. "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15; cf. 13.9,43; Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22; 13.9). Veja Ouvido. O homem sábio é aquele que "ouve estas minhas [do Senhor Jesus] palavras e as pratica" (Mt 7.24). "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e... me seguem" (Jo 10.27). 
Com respeito à revelação que havia recebido em Patmos, João disse: "Bem-aventurado(s)... os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas" (Ap 1.3). Não há nenhuma dicotomia entre o ouvir e o obedecer. O ouvir verdadeiro é a obediência. A fé em si envolve obediência. O Senhor Jesus, Paulo e Tiago deixam bem claro que a verdadeira fé emana da obediência.

S.N.G. No AT, pelo fato de Abraão ter crido em Deus e obedecido à sua voz, todas as nações da terra se tornaram benditas (Gn 15.6; 22.18; 26.4,5). Obedecer à voz de Deus é equivalente a guardar a sua aliança (Êx 19.5; cf. 23.20-22); portanto, os israelitas prometeram ser obedientes quando o Livro da Aliança foi ratificado com a aspersão de sangue (Êx 24.7,8). A re-dedicação do povo para obedecer à lei era uma parte básica das cerimónias de renovação de aliança (Dt 27.1-10; 30.2,8,20; Js 24.24-27). Ao castigar o rei Saul por sua obediência incompleta, Samuel ensinou a grande verdade de que obedecer é melhor do que sacrificar (1 Sm 15.22). Em séculos posteriores, a nação foi repetidamente advertida por sua desobediência a Deus e à sua lei (Is 42.24; Jr 3.13; 7.23-28; Sf 3.2; Ne 9.17,26). A obediência, ou a falta dela, pode ser tanto interior, do coração (Pv 3.1), ou meramente exterior, no sentido de uma obediência forçada (SI 72.8-11).

No NT, Paulo fala da "obediência da fé" (ou "por fé") por parte dos cristãos (Rm 1.5; cf. At 6.7). A frase em grego é a mesma que foi utilizada em Romanos 16.26, onde ele escreve que o evangelho conduz à "obediência da fé". O apóstolo está, evidentemente, referindo-se ao desejo de Deus de que os gentios, ao ouvirem o evangelho, obedeçam-no recebendo-o pela fé, confiando em seus termos (cf. 1 Pe 1.2,22; 1 Jo 3.23). Paulo adverte quanto ao terrível castigo que aguarda aqueles que se recusam a obedecer ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1.8; cf. Rm 2.8; 1 Pe 2.7,8). Ele elogia os coríntios por sua obediência ao evangelho de Cristo que professavam (2 Co 9.13).

Como um exemplo de obediência, Paulo e Pedro apontam para o Senhor Jesus Cristo que "humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte" (Fp 2.8; cf. 1 Pe 2.18,21). Paulo fala da obediência de Cristo ao fazer a expiação pelos pecadores, em contraste com a desobediência de Adão e seus descendentes (Rm 5.19). A declaração em Hebreus 5.8 de que Ele "aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu", deve significar que Cristo fez da experiência de obedecer ao Pai algo real. Ao agir assim, Ele cumpriu o propósito eterno da Divindade vivendo toda a sua vida como nosso representante, obedecendo e sofrendo em nosso lugar e por nossa causa, satisfazendo completamente a lei, em todos os seus aspectos (J. O. Buswell, Jr., A Systematic Theology of the Christian Religion, Grand Rapids. Zondervan, 1962, II, lllss.).

A Palavra de Deus exorta os servos (escravos) a obedecerem a seus senhores (Ef 6.5-8; Cl 3.22; 1 Tm 6.1; Tt 2.9); os cristãos, a obedecerem a seus líderes (Hb 13.17); as mulheres, a obedecerem a seus maridos (Tt 2.5; Ef 5.22-24; 1 Pe 3.1-6); e os filhos, a obedecerem a seus pais (Ef 6.1; Cl 3.20; cf. Pv 6.20; 23.22; 29.15). Portanto, os crentes como um todo são caracterizados como "filhos obedientes" (1 Pe 1.14; cf. Rm 6.16,17; Hb 5.9). A desobediência aos pais é considerada uma marca da depravação humana (Rm 1.30) e um sinal dos últimos dias (2 Tm 3.2). Os cristãos são ensinados a obrigar cada pensamento humano a se render em obediência a Cristo (2 Co 10.5).

O mais alto nível de obediência para o cristão é fazer a vontade de Deus de todo o coração (Rm 6.17), e não por uma mera complacência exterior. Ele possui um espírito de obediência que cria dentro de si o desejo de obedecer no pensamento e através de atitudes (por exemplo, Mt 5.28,44; 19.21,22). O cristão tem a mente de Cristo (Fp 2.5), pois a Palavra de Deus está dentro de seu coração e ele deleita-se em fazer a vontade de Deus (SI 40.8; cf. Hb 10.5-9).PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1386-1387.

OBEDIENCIA (escutar, ouvir reverentemente, obedecer, depositar a confiança em, escutar de forma submissa, ouvir, obedecer, seguir).A Bíblia é notável em suas muitas descrições das respostas dos homens às palavras e vontade de Deus. Respostas que são claramente favoráveis, a tal ponto que, aquele que é persuadido a agir é chamado de “ouvindo”, “crendo”, ou mais simplesmente “obedecendo”. Outras respostas que são apáticas ou negligenciam a Palavra de Deus são caracterizadas como “rebelião”, “incredulidade” ou “desobediência”.Estudos sobre as situações de obediência tendem a enfatizar os aspectos mais externos e formais da resposta, ou a natureza interna daquele que responde e os aspectos espirituais de sua atitude. Compare as abordagens em HERE, vol.IX, 438-440 e Mst, vol. VII, 271, com as de von Allmen em A Companion to the Bible, 314s. e R. Bultmann em Jesus and the Word, 53-66. Justiça deve ser feita a estes dois elementos.

1. A natureza externa da obediência. Uma abordagem externa e um tanto formal tenderá a focar sua atenção nas circunstâncias observáveis ou nas causas inferíveis e consequências da ação.O aspecto mais evidente da obediência é a presença de uma pessoa (ou grupo) com autoridade, que ordena ou que exige que outros sujeitem-se a seu desejo expresso. Essa autoridade pode ser reconhecida porque normalmente é expressa por intermédio de costumes e tradições bem estabelecidos, de leis e ordenanças veneradas, cujo valor para a vida humana é inquestionável. Obedecer é ajustar-se às exigências consideradas valiosas. Obediência, portanto, pode ser vista como sendo motivada por convenções, hábitos, medo de punição e esperança de recompensa. Quando Moisés diz: “Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do Senhor, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos...” (Dt 28.1,2, veja também 30.9s.), parece evidente que a resposta da obediência frequentemente ocorre em uma matriz de causas externas e persuasão similar às mencionadas acima.
Uma palavra de cautela é necessária, pois é fácil inferir que os escritores bíblicos advogam a obediência a Deus apenas por motivos práticos. Tal inferência seria muito naturalística em seu entendimento do AT e NT, e ignora o aspecto espiritual mais profundo da obediência encontrado até no AT, e.g., em 1 Samuel 15.22, “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar”. Indiscutivelmente, a maioria das respostas obedientes registradas nas Escrituras incluía um elemento do obedecer em razão daquilo que foi ordenado: religião, na Bíblia, nunca é considerada como não prática. A ideia bíblica de obediência é distorcida se não for reconhecido que os homens também obedecem por causa de quem ordenou. A vontade de Deus era considerada ser definida para o estabelecimento de toda sabedoria e lei prática. Por isso, os escritores bíblicos podiam apresentar razões práticas para a obediência e mencionar suas consequências desejáveis, mesmo sabendo o tempo todo que a verdadeira obediência à Palavra de Deus não dependia de uma espera por recompensa.
A maneira como a obrigação à obediência é desenvolvida e aplicada é um elemento formal da própria obediência. O salmista, por exemplo, insta à obediência quando enfatiza a dependência do homem, como um ser criado, de Deus, como o ser não criado (SI 95.6,7). A lei de Deus, da mesma forma, é vista como colocando os homens sob obrigação de obedecer a Deus, porque ela foi graciosamente concedida (Ex 19.5; SI 119.1-4). No NT, o homem tem a mesma obrigação à obediência, mas somente por causa do conhecimento de Deus revelado em Cristo. De forma similar uma promessa da bênção é expressa, mas ela é mais específica, pois refere-se à esperança da apropriação da glória e excelências de Cristo (2Pe 1.3-7). A bondade comum de Deus em relação a todos os homens é a base formal para a obediência (SI 145; At 14.17) e a obra especial de redenção realizada por Deus é o fato que nos constrange à obediência por amor (ICo 6.20 etc.).
Elementos formais adicionais são citados nas disposições que são consideradas requisitos para a obediência, por exemplo, sinceridade (1 Tm 1.5), amor (Jo 14.21; 2Co 5.14; lJo 2.5), zelo (Rm 12.11), franqueza (Mt 5.16; Fp 2.15), constância (G1 6.9) e paciência (Rm 2.7). Tranquilidade nas relações interpessoais também requer a complacência formal da obediência, como nos relacionamentos entre pai e filho (Ef 6.4; Cl 3.20), marido e esposa (Cl 3.18), senhor e servo (empregador e empregado) (IPe 2.18) e cidadão e governo (Lc 20.25; At 5.29).

2. Os aspectos internos da obediência. Quando Jesus censura aqueles que obedecem à lei externamente, mas não internamente (Mt 6.2,5,16; 23.23-25), ele exemplifica a percepção de Samuel sobre o aspecto interno da obediência, quando disse que “eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (ISm 15.22). A verdadeira obediência é mais do que submissão a uma autoridade de um modo formal, pois uma pessoa pode ser submissa sem a correspondente disposição interna para a obediência. De acordo com a Bíblia, obedecer é escutar de tal forma que o assentimento interior é inseparável da atividade externa. Bultmann descreve esta atitude como o homem todo permanecendo sob e estando no que faz. Ele diz que o indivíduo “não está fazendo algo de forma obediente, mas é essencialmente obediente” (Jesus and the Word, pág. 61).
No NT, o escutar, ou este tipo de obediência interior, está intimamente associado ao crer. E estar unido a Cristo (Rm 15.17,18; 16.19; IPe 1.2). Uma fórmula bíblica comum afirma explicitamente que “a fé vem pelo ouvir” (Rm 10.17; cp. lTs 2.13). O pensamento é que a palavra do Evangelho produz a fé naqueles que a escutam, que é então rotulada de “obediência por fé” (Rm 1.5; 16.19,26). Falando através de parábolas e de sermões, Jesus retrata os crentes como aqueles que escutam a Palavra de Deus e a praticam (Mt 7.24; Mc 4.20; 7.32-37; Lc 8.21). Obediência é a marca de uma decisão pessoal, da confiança e do compromisso que caracterizam a fé. Richardson diz algo que resume muito bem esta atitude: “Obediência toma-se praticamente uma expressão técnica para a aceitação da fé cristã” {An Introduction to the Theology of the NT, 30; veja também At 6.7; Rm 1.5; IPe 1.2).MERRILL C. TENNEY. Enciclopédia da Bíblia. Editora Cultura Cristã. Vol. 1. pag. 586-587.

I Ped 5.3.·...dominadores...· No grego é usado o termo ·katakurieuo·, «tomar-se senhor», «obter o domínio. As palavras raízes são kata, «sobre», e kurieuo», «dominar. Alguns pastores se transformam em *pequenos césares· na igreja, agindo como se a igreja fosse um pequeno reino sob sua soberania. Todos nós conhecemos supostos líderes cristãos que são dotados de atitudes ditatoriais. E isso se torna ainda mais crítico quando homens, que iá demonstram essa tendência, tornam-se mais idosos. Então suas tendências ditatoriais chegam ao cúmulo, e logo começam as divisões, provocadas por tal atitude. Isso se deve ao fato que tais homens perdem a capacidade de arbítrio, e temem perder os seus poderes. Lutas de poder são o resultado, e Cristo é perdido de vista em meio à batalha. A pior parte desse quadro, já negro por si, é que tais homens pensam que os ataques contra suas atitudes ditatoriais são ataques contra a fé. Não podem distinguir entre questões «reais» c interesses pessoais.
Pode-se ver, pois, que o poder pode corromper até mesmo homens espirituais. Não há corrupção tão odiosa como a que se origina do puro egoísmo, mas que se apresenta em público como luta pela fé, luta pela razão, etc. Jesus advertiu contra isso quando falou sobre a atitude carnal dos pagãos que eleva a uns dentre outros, obtendo aqueles a primazia. Disse ele: «Mas entre vós não c assim...·(Marc. 10:43). Se um crente tem o desejo de ser grande, que tal desejo seja espiritualmente orientado, e que se torne servo de todos; então é que será verdadeiramente grande. (Ver Marc. 10: 43-45). O próprio Jesus foi exemplo supremo disso. (Ver as notas sobre isso em Mat. 20: 25-28). Os apóstolos com razão se ·indignaram» ante a tentativa da mãe de João c Tiago (talvez impelida por eles) por elevar seus filhos acima dos demais. Um bem conhecido pregador, líder de certa denominação evangélica, foi descrito por sua própria filha como o tipo de homem que *governa ou arruína·. Tais homens certamente receberão o pago quando do tribunal de Cristo, devido sua atitude. São carnais, e não espirituais, e só trazem descrédito à igreja.
·...dos que voa foram confiados...· No grego é *kleros, ·sorte, ·seixo, «dado». Ou pode ser «aquilo atribuído por sorte», ou seja, uma «partilha».
Algumas vezes essa palavra é usada no N.T. para indicar «herança eterna», ou seja. ·porção eterna, ou mesmo ·porção» (ver Col. 1: 12). No presente texto, a palavra indica os que estão ao encargo de alguém, a herança de Deus, o rebanho de alguma congregação local. Cada ancião tem autoridade sobre certa porção da herança de Deus, sua igreja, e essa porção lhe é deixada aos cuidados. Isso envolve tanto um elevadíssimo privilégio como uma pesadíssima responsabilidade. Um pastor não deve abusar de seu cargo, tornando-se ditatorial. Mas muitos homens não podem resistir a essa tentação, porquanto alimentam o orgulho carnal.
...antes...· Ao invés de ser um pequeno césar, o pastor deve ser um exemplo para o rebanho. Essa é a maneira espiritual de agir.

«...modelos...» No grego é usado o termo «tupos», que originalmente significava «golpe»; então veio a indicar «marca deixada pelo golpe·. Essa impressão duplica o instrumento que a fez, pelo que se torna cópia do mesmo. Daí o vocábulo veio a significar «cópia» ou exemplo. O exemplo torna-se um ·arquétipo para outros. Em outras palavras, aqueles que seguem um exemplo são os que duplicam em si mesmos a natureza geral do exemplar. O líder deveria ter qualidades tais que aqueles que estão sob a sua autoridade deveriam ansiar por duplicar em si mesmos as suas qualidades. Por isso c que Paulo foi capaz de escrever aos crentes que se tornassem «imitadores» seus, tal como ele era de Cristo. (Ver I Cor. 11:1ª esse respeito). Nessa referência também é dada a nota geral sobre o ·exemplo·, que ilustra admiravelmente bem o presente texto.
Todo indivíduo, quer ele goste disso ou não, quer se proponha a isso ou não, torna-se uma força para o bem ou para o mal (ou para ambas as coisas, alternadamente), pelo exemplo que projeta no inundo. Ninguém é uma ilha de tal modo que não influencie a outros para o bem ou para o mal, atingindo, nem que seja algumas poucas pessoas. Isso indica uma espantosa responsabilidade; e ela foi imposta a cada um de nós. Haveremos de prestar contas pelo tipo de exemplo que tivermos dado neste mundo vil.
O pastor é a principal figura cristã do rebanho. Ele é o crente de todos. Assim como o bom Pastor não empurrava suas ovelhas, mas antes, ia adiante delas no caminho (ver João 10:4) assim também deve fazer o pastor no caso de sua congregação. No caso de um pastor não é possível ele dizer:
‘F azei o que digo, mas não fazei o que faço. O nível espiritual da congregação dificilmente se elevará acima do nível da integridade espiritual de seu pastor. Palavra e vida devem corresponder uma à outra; a palavra sem a vida, estéril é; a vida sem a palavra, não tem sentido. (Homrighausen, in loc ).

A história de Cristo, e o de seus doze apóstolos
Ele ensinava, mas antes, praticava-a pessoalmente.
(Chaucer, falando sobre um pastor fiel).

«Ou não ensines, ou ensina com a tua vida». (Nazianzcno).
«Pregador ou pastor, quem quer que sejas, ao leres isto, não apliques a palavra a teu próximo, seja ele nomeado pelo estado , nomeado pela congregação ou nomeado por si mesmo, mas toma tudo para ti... Cuida para que teu próprio coração, teus pontos de vista e tua conduta sejam corretos com Deus; e então prossegue para o próximo versículo.
 (Adam Clarke, in loc.).
Uma monstruosidade é ver elevada posição unida a uma vida aviltada, uma língua grandiloquente unida a uma vida preguiçosa, e muito falar com pouco fruto (Bernardo).
O pastor, por conseguinte, não deve desempenhar um papel de ditador, empurrando suas ovelhas. Antes, compete-lhe liderá-las, dando-lhes o seu exemplo.CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 6. pag. 164.

I Ped 5. 3 Segue uma última exortação aos anciãos. Tampouco como aqueles que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído, mas como aqueles que se tornam (ou: são) exemplos do rebanho. O termo grego para o que lhes foi distribuído na realidade significa “sorteio”. Em seguida passa a
significar: o que foi sorteado, a herança, o quinhão sorteado. No presente contexto refere-se com certeza à igreja, respectivamente à área de tarefas confiada a cada um dos anciãos. Duas coisas repercutem nessa palavra: que se trata de algo grandioso e que eles não o buscaram por si, mas que lhes foi atribuído. Não como aqueles que se fazem senhores sobre o que lhes foi distribuído significa textualmente: “olhar de cima para baixo”, depois “oprimir”, “subjugar”. Os anciãos devem conduzir a igreja, e nessa função também exercer a disciplina eclesial. Nessa posição de liderança reside o perigo do abuso, devido à pulsão humana pelo poder. Existe um abuso da liderança, um senso equivocado quanto ao cargo. Ao senhorear sobre os demais, os servidores da igreja se portam como senhores, privam Deus da honra e posição de domínio que lhe cabem e impõem inferioridade aos membros da igreja. Nisso sua liberdade e cooperação responsável se perdem, bem como a alegria em servir e o senso comunitário.
 É assim que anciãos, por “olhar de cima para baixo”, praticamente conseguem “gerir os negócios para baixo”. A isso Pedro contrapõe a maneira correta de apascentar: como aqueles que se tornam exemplo para o rebanho. Também Paulo emprega o termo exemplo ou “molde” (em grego typos) e exorta no mesmo sentido os responsáveis pelas igrejas (1Tm 4.12; Tt 2.7; cf. também 1Ts 1.4; 2Ts 3.9). Em Fp 3.17 ele conclama: “Imitai-me todos juntos, irmãos, e fixai o vosso olhar naqueles que se conduzem segundo o exemplo que tendes em nós” [TEB]. A igreja não precisa de índoles dominadoras, mas de exemplos. Quem se transforma em senhor gosta de exigir da igreja serviços que ele mesmo não está disposto a executar. Quem, no entanto, é exemplo, antecipa-se no servir. Todos os “mais velhos” estão submetidos à tarefa de se tornar exemplos do rebanho. Para o serviço de ancião não são necessários em primeiro lugar o dom da pregação nem capacidades humanas de destaque, mas, pelo contrário, uma atitude de vida que é marcada por Jesus e pelos apóstolos, ou seja, pela Sagrada Escritura.Uwe Holmer. Comentário Esperança Carta I Pedro. Editora Evangélica Esperança.

Ser um exemplo para o rebanho (v. 3).

O contraste é entre a ditadura e a liderança. É impossível tanger ovelhas; o pastor precisa ir adiante delas e conduzi-las. Alguém disse bem que a Igreja precisa de líderes que sirvam e de servos que liderem. Um líder cristão me disse certa vez:
- O problema hoje em dia é que temos celebridades demais e servos de menos. Muitas das tensões de estar "entre" e "sobre" as ovelhas são resolvidas quando o pastor toma o propósito de ser um exemplo. As pessoas estão dispostas a seguir um líder que pratica o que prega e que dá um bom exemplo a imitar. Conheço uma igreja que sempre enfrentava problemas financeiros, e ninguém conseguia entender por quê. Depois que o pastor deixou o cargo, descobriu-se que ele próprio nunca havia contribuído para a obra da congregação, mas pregara sermões para outros contribuírem. Não se pode conduzir as pessoas a lugares por onde nós mesmos não passamos.

Ao se referir "[aos] que vos foram confiados", Pedro não muda de ilustração. O povo de Deus é, sem dúvida, sua herança preciosa (Dt 32:9; SI 33:12). O termo empregado no original significa "escolhido ao lançar sortes", como foi feito na divisão da terra de Canaã (Nm 26:55). Cada presbítero tem o próprio rebanho para tomar conta, mas todas as ovelhas pertencem ao rebanho do qual Jesus Cristo é o Supremo Pastor. O Senhor coloca seus obreiros onde lhe apraz, e devemos ser submissos a sua vontade. Quando servimos dentro da vontade de Deus, não há competição na obra de Deus. Assim, ninguém precisa mostrar-se importante nem querer "dominar" sobre o povo de Deus. Os pastores são "supervisores", não "dominadores".WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico Expositivo. N.T. Vol. II. Editora Central Gospel. pag. 555.
3. Fiel (Nm 12.7; Hb 3.2,5).

FIDELIDADE (Gr. pistis, "fidelidade", "confiabilidade"). O adjetivo pistos é geralmente traduzido como "fiel". A palavra pistis é traduzida como "fidelidade" ou "lealdade" apenas uma vez no NT (Tt 2.10), embora seja possível que em Gálatas 5.22 ela devesse ser traduzida dessa forma. Em Romanos 3.3, "a fidelidade de Deus" expressa a justiça de Deus.
Há uma possibilidade de que em Lucas 18.8: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra", o significado deva ser "fidelidade". Mais duas passagens que trazem a palavra fé - 1 Timóteo 6.11: "a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão", e 2 Timóteo 2.22: "Segue a justiça, a fé, a caridade" - fariam melhor sentido se fossem traduzidas como "fidelidade". Em todos os outros usos de pistis no NT o significado parece ser "fé" ou "a fé" (q.v.). Quando a palavra "fidelidade" é usada em relação a Deus, como em Romanos 3.3, o significado é que podemos confiar que Deus jamais mudará o seu caráter ou a sua disposição. Ele possui o atributo da "fidelidade". Em Tito 2.10: "Mostrando toda a boa lealdade", os escravos (ou os servos) são exortados a demonstrar a qualidade da fidelidade. Como cristãos, devemos todos permanecer fiéis a Cristo, isto é, termos fidelidade em nossa vida e em nossa fé cristã, e manifestar "a perseverança dos santos". Desta maneira também nos tornamos "dignos de confiança".PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 795. estudalicao.blogspot.com
fonte www.mauricioberwaldoficial.blogspot.com

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