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terça-feira, 20 de setembro de 2016
Apologética reencarnação?
“Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu
agora? Poderei eu fazê-la mais voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará
para mim” (2 Sm 12.23). A doutrina da reencarnação nega a Bíblia e menospreza a
salvação em Cristo, a ressurreição dos mortos e o julgamento final.
Timóteo
4.1-5.
1 -
Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da
fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
2 -
pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria
consciência,
3 -
proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou
para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações
de graças;
4 -
porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido
com ações de graças,
5 -
porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
O
ensino herético da reencarnação é um dos mais perigosos difundidos no Brasil. É
provável que seu aluno conheça algum adepto desse traiçoeiro engano. Por isso,
não é apenas necessário que o educando aprenda a contestar biblicamente a
teoria reencarnacionista, mas também torne-se um evangelizador dos adeptos das
doutrinas kardecista, hinduísta, budista e jainista que a defendem. A ação da
antiga serpente é uma das razões pelas quais a heresia da reencarnação está
presente em várias religiões e cada vez mais aumentando o número de adeptos.
Desde o Éden, Satanás promulga os fundamentos do espiritismo; exemplo disto, é
quando usa a serpente como médium. Portanto, esteja preparado para ensinar.
A
difusão moderna da reencarnação no Brasil, deve-se, principalmente, a
propagação das obras de Hippolyte Leon Denizard Rivail, conhecido por Allan
Kardec, pseudônimo adotado em 18 de abril de 1857. Kardec nasceu em Lyon, na
França, em 3 de outubro de 1804 e faleceu com a idade de 65 anos. Na lápide
tumular consta a síntese de sua crença reencarnacionista: “Nascer, morrer,
renascer e progredir sempre, esta e a lei”. H. L. Denizard Rivail era um homem
erudito, mas que se deixou fisgar em 1855 por fenômenos sobrenaturais. Desde
então, passou a ser guiado por um “espírito” que lhe informou ter sido seu
amigo em uma re-encarnação anterior, período em que seu nome era Allan Kardec,
razão pela qual adotou o novo nome. Desde então, dedicou-se exclusivamente a
doutrina espírita. Escreveu várias obras que codificam o espiritismo e a
doutrina reencarnacionista. Entre elas destacam-se: O Livro dos Espíritos
(1857) e O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864).
A
doutrina da reencarnação é tão antiga quanto a humanidade. É originária do
hinduísmo, mas está presente no budismo, no jainismo e no sikhismo. É defendida
pelos hare krishnas, kardecistas e muitos outros grupos na atualidade. Tem
fortes vínculos com a prática da necromancia e está no bojo do Movimento Nova
Era. A reencarnação é uma falsa crença inspirada por Satanás para levar o homem
à perdição eterna.
I. SEU
SIGNIFICADO
1.
Conceito. Reencarnação não é o mesmo que encarnação. A Bíblia fala da
encarnação do Verbo para enfatizar que Deus fez-se homem (Jo 1.14; 1 Tm 3.16),
pois Jesus veio em carne (1 Jo 4.1,2). A reencarnação é uma crença defendida
por quase todas as religiões derivadas do hinduísmo. O termo significa “voltar
na carne”, pois seus adeptos acreditam que, na morte física, a alma não entra
num estágio final, mas volta ao ciclo de renascimentos. É chamada também de
transmigração da alma e metempsicose.
2. No
Oriente. As reencarnações nas religiões acima mencionadas não são exatamente
iguais. No hinduísmo, o “eu” sobrevive à morte e torna a reencarnar. No budismo
não existe o “eu”, porquanto não há alma para migrar, não é necessariamente o
morto que volta para reencarnar, mas outra pessoa. Os adeptos do hare khrishna
acreditam que a alma de quem morre pode reencarnar em seres inferiores, nos
animais e até nos insetos. A reencarnação tornou-se muito popular nos diversos
ramos do Movimento Nova Era, no espiritismo, no kardecismo, etc.
II.
SEUS OBJETIVOS
1.
Busca da perfeição ou da salvação. Os adeptos dessa doutrina buscam a perfeição
por meio de um processo evolutivo até que os ciclos da roda de reencarnações
parem de girar. Rejeitando a salvação em Jesus, acreditam na doutrina do carma:
lei que determina o lugar de um indivíduo na reencarnação, ou seja, a pessoa
vai colher o que semeou na suposta encarnação anterior; é o princípio hindu de
causa e efeito. Nem todos os reencarnacionistas acreditam na garantia da
salvação final de todos. No entanto, a crença mais comum é que apenas um
período de vida não é suficiente para os seres humanos aperfeiçoarem-se.
2.
Reencarnação e cristianismo. Essas crenças são contrárias à teologia bíblica,
pois nelas não há espaço para a doutrina da ressurreição dos mortos, da redenção
pela fé no sacrifício de Jesus no Calvário, do julgamento divino sobre os
infiéis, do inferno ardente. Ensinando a salvação pelo esforço humano,
colocam-se em aberta oposição à Bíblia Sagrada.
3.
Reencarnação à luz da Bíblia. A Bíblia afirma que “aos homens está ordenado
morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hb 9.27). Essa declaração
resume o ensino bíblico sobre o destino do homem após a morte, constituindo-se
num golpe mortal contra a doutrina da reencarnação com todas as suas ramificações.
Nós vivemos apenas uma vez, e depois da morte, segue-se o juízo. A
reencarnação, portanto, não existe (Jo 9.1-3).
4. Não
há salvação sem Jesus. O Senhor Jesus levou sobre o madeiro todos os nossos
pecados (1 Pe 2.24); este é o único meio de salvação. Jesus é o único Salvador!
(At 4.12). Ele mesmo há de julgar os vivos e os mortos (At 17.31; 2 Tm 4.1).
III.
SUAS DISTORÇÕES
1.
Fonte da teologia cristã. As doutrinas cristãs não podem ser fundamentadas em
experiências pessoais, pois os sentimentos humanos acham-se comprometidos em
conseqüência da Queda do homem no Éden (Jr 17.9 cf. Gn 3.1-24). Por isso, Deus
revelou-se a si mesmo através da sua Palavra, a Bíblia Sagrada. De onde, pois,
vem a doutrina da reencarnação? Dos espíritos malignos manifestos nos médiuns.
2.
Distorção científica. Muitas pesquisas são feitas inutilmente com o intuito de
procurar os fundamentos científicos da reencarnação. Por outro lado, a ciência
confirma o que a Bíblia sempre ensinou: é na concepção que começa uma nova vida
— um ser humano individual e único (Sl 139.15,16; Zc 12.1). Portanto, afirmar
que a reencarnação é comprovada cientificamente, como fazem os seus
apologistas, é uma distorção da verdade.
3.
Distorção bíblica. Os defensores da reencarnação usam passagens bíblicas para
fundamentar suas crenças. Embora rejeitem a Bíblia, reconhecem o respeito que o
povo, de modo geral, tem pela Palavra de Deus. Por essa razão, sempre que
possível, usam passagens das Escrituras, arrancadas violentamente de seu
contexto, para dar roupagem bíblica àquilo em que acreditam. E, assim,
conseguem persuadir os incautos.
a)
Novo nascimento não é reencarnação. O novo nascimento a que Jesus se referiu no
diálogo com Nicodemos nada tem a ver com a reencarnação. Jesus está falando da
regeneração, do nascer da água e do Espírito (Jo 3.3-5). Disse Ele ainda: “o
que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (Jo
3.6). Nas “reencarnações”, a pessoa nasceria sempre da carne.
b)
João Batista não é Elias reencarnado. A crença de que João Batista era a
reencarnação de Elias é inconsistente, pois Elias não morreu; logo, não se
desencarnou (2 Rs 2.11). A expressão “no espírito e virtude de Elias” (Lc 1.17)
não é o mesmo que reencarnação. O próprio João afirmou que não era Elias (Jo
1.21). O que temos aqui são características pessoais e ministeriais comuns a
ambos os profetas. Por isso é que os discípulos entenderam que Jesus falara de
João Batista quando disse: “Elias já veio” (Mt 17.12,13).
IV.
SUA POPULARIDADE
1.
Aceitação na sociedade. A reencarnação tornou-se comum na vida dos que não
conhecem a Deus e a sua Palavra. Políticos, cientistas, empresários e artistas
de Hollywood são, hoje, os principais promotores dessa doutrina. Isso mostra
que a única maneira de o homem proteger-se do erro é pelo conhecimento da
Palavra de Deus (Ef 6.10-18).
2.
Razão do seu crescimento. A popularidade da reencarnação é o resultado da
tendência humana de procurar escapar do inferno sem a ajuda de Deus. A Bíblia
afirma que o “deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que
não lhes resplandeça a luz do evangelho” (2 Co 4.4). Nessa cegueira espiritual,
diz-lhe Satanás que não há mais solução, porque o homem está simplesmente
colhendo o que semeou na suposta encarnação anterior.
Os
adeptos da reencarnação estão preparados para defender suas crenças em qualquer
foro. Todavia, nós estamos com a verdade, e Deus é conosco. Por isso devemos
lutar pela salvação deles, pois fazem parte do grupo não alcançado pelo
evangelho. Esse desafio é tarefa da Igreja, Jesus ordenou-nos pregar o
evangelho a toda criatura (Mc 16.15).
“Jesus, Nicodemos e o Novo Nascimento
O
diálogo entre Jesus e Nicodemos, registrado em João 3.1-21, é frequentemente
usado pelos espíritas como prova de que Jesus, ao dizer a Nicodemos que lhe era
necessário nascer de novo, estava pregando a reencarnação. Ora, só aqueles que
ignoram o significado da palavra grega anōthen — traduzida no v.3 por ‘nascer
de novo’ — é que fazem uso de tal argumento. Porém, o significado literal desse
vocábulo é nascer do alto, nascer de cima, nascer de Deus. Portanto, não se
refere a um nascimento após um processo biológico, intra-uterino, e sim, por
meio da operação do Espírito de Deus no interior do homem. Isto nada tem haver
com a reencarnação.
Se a
doutrina reencarnacionista fizesse parte dos ensinamentos de Jesus, a grande
oportunidade de divulgá-la e confirmá-la seria durante a memorável conversa
daquele que era mestre em Israel com Aquele que é o Mestre dos mestres. A
pergunta de Nicodemos: ‘Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?’ não poderia ter
sido respondida, caso Jesus fosse reencarnacionista, da seguinte maneira: ‘isto
é possível, Nicodemos. Basta você reencarnar’? Mas a resposta de Cristo foi:
‘Na verdade, na verdade te digo, quem não nascer da água e do Espírito, não
pode entrar no reino de Deus’” (COSTA, J. M. Porque Deus condena o espiritismo.
12.ed., RJ: CPAD, 2003, p. 156).
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