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domingo, 18 de setembro de 2016

Subsidio CPAD juvenis diga não a corrupçãop n.13




      SUBSIDIO JUVENIS DIGA NÃO A CORRUPÇÃO N.13


                        Escritor Mauricio Berwald

João 17.11-18.

11 - E eu já não estou no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.
12 - Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
13 - Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
14 - Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
17 - Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
18 - Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.



SUGESTÃO PARA AULA

Professor, nesta lição use o Quadro de Relações Múltiplas para facilitar a compreensão de seus alunos. Este recurso possibilita ao estudante compreender um conceito por meio de vários exemplos. A lição trata do mundanismo, mas como o sistema mundano se manifesta na política, religião, mídia (TV), ciência, filosofia e ética? A tabela abaixo exemplifica algumas dessas manifestações. Reproduza-a conforme os recursos disponíveis. Incremente este recurso incluindo ilustrações, reportagens e exemplos extraídos da mídia.


                   MUNDANISMO  MANIFESTAÇÕES REFERÊNCIAS

Na políticaCorrupção; Legalização de leis anticristãsDn 3.10-12; 6.1-9; Et 3-6
Na religiãoSincretismo; Pluralismo religioso; AngelolatriaJz 2.11-14; 1 Rs 11.6-9; Cl 2.18
Na mídiaRidicularização da fé cristã; Adultérios; Homossexualidade; A estética acima da essência2 Tm 3.2-8; 1 Tm 4.7,8; 1 Pe 3.1-6
Na ciênciaMaterialismo; Evolucionismo1 Tm 6.20; 2 Tm 3.8; Is 40.10
Na filosofiaExistencialismo; Humanismo; Pós-modernismo2 Tm 4.3,4; Cl 2.8
Na éticaRelativismo; Pluralismo sexual; Hedonismo1 Tm 3.4; Jz 21.25; Rm 1.26-32
Palavra Chave
Mundanismo: Hábitos, cultura e sistema da sociedade rebelada contra Deus.
De nada adianta o título de cristão se a pessoa não demonstra uma vida santa diante de Deus e dos homens. Todo crente precisa separar-se do mundo para viver uma vida totalmente controlada pelo Espírito. Deus é santo, e exige de nós santidade. Ser santo é estar separado das concupiscências desta vida. Satanás, o “príncipe deste século” (Jo 12.31; 1 Jo 5.19), tem disseminado seus maléficos valores através das falsas filosofias, heresias, e da nova moralidade, a fim de embaraçar o crente com as coisas deste mundo, dificultando ou impedindo sua íntima comunhão com Deus. Nesta lição, estudaremos sobre a influência do mundanismo na igreja, e como resistir aos seus apelos.

I. UMA CULTURA MARCADA PELO MUNDANISMO

1. Cultura e os valores mundanos. Segundo os dicionários, cultura é o “conjunto das realizações materiais, filosóficas e espirituais de uma sociedade”. Ela compõe a visão de mundo de um povo, de uma época, e de um grupo social organizado. A cultura e a cosmovisão de uma sociedade não cristã são opostas aos valores ensinados pela Palavra de Deus. Por isso, o cristão deve discernir, julgar, avaliar e confrontar os valores ensinados pela sociedade de nosso tempo com os princípios expostos na Palavra de Deus. Tudo o que for contrário às Escrituras deve ser rejeitado e rechaçado pela Igreja. Charles Colson afirmou que “o nosso chamado não é só para ordenarmos a nossa própria vida por princípios divinos, mas também para exortamos o mundo” (O cristão na cultura de hoje, CPAD, p.10). A Igreja, como luz do mundo, deve levar a sociedade a arrepender-se de seus pecados.
2. A cultura e a Queda. O homem é um ser capaz de produzir cultura. Antes da Queda, os princípios apreendidos e desenvolvidos pelo homem eram subordinados aos padrões morais, éticos e sociais estabelecidos pelo próprio Deus. Portanto, nessa época, a cultura refletia a imagem moral de Deus no homem (Gn 1.27-31; 2.15,16,18-24). Com a entrada do pecado no mundo, não apenas a criação foi afetada, mas também a natureza moral e ética humana. Conseqüentemente, toda a produção intelectual e cultural da humanidade ficou condicionada à desobediência e rebelião contra Deus (Gn 3.17-19,21,23; 4.7,19,23). Uma sociedade dominada pelo pecado, só pode produzir uma cultura contrária aos princípios da Palavra de Deus.
3. O cuidado com as adaptações culturais. Embora sejamos influenciados pela cultura do nosso povo desde o nascimento, a Bíblia adverte-nos do perigo de nos tornarmos “amigos do mundo” (Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17). Os princípios registrados nas Sagradas Escrituras são absolutos e, portanto, não podem ser submetidos aos caprichos de uma sociedade permissiva. A Igreja de Cristo não luta apenas contra a cultura e os valores mundanos, mas contra as potestades malignas que gerenciam e promovem a maldade, a licenciosidade, a permissividade, a inversão de valores, a injustiça, entre tantas outras mazelas (Ef 2.2; 6.12). Infelizmente, alguns falsos mestres por meio de seus ensinamentos, têm legitimado muitos costumes pecaminosos na igreja, e há os que são coniventes e se negam a condená-los (2 Pe 2.1-3,10-19; Jd vv.4,16-18).A cultura produzida pelo homem após a Queda é mundana e se opõe aos valores bíblicos. Portanto, o cristão deve confrontar os hábitos mundanos com as virtudes ensinadas pelas Escrituras.

II. O MUNDANISMO NA SOCIEDADE

1. Nas leis. Um dos propósitos da lei é regular o relacionamento entre os homens, possibilitando a ordem e o desenvolvimento da sociedade civil. As leis não são maiores que os homens, mas foram constituídas para que seus direitos e deveres sejam respeitados. Atualmente, em nosso país, muitos projetos de lei têm sido apresentados com o objetivo de justificar certos comportamentos contrários à Palavra de Deus, tais como o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o aborto e a utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas científicas.
2. Na educação. A educação secular tem como fundamento o naturalismo, o humanismo, o pluralismo, entre outros “ismos” contrários à Bíblia. Da Educação Infantil ao ensino superior, os valores cristãos são contestados, algumas vezes, ridicularizados, e não poucas, ignorados. As teorias empregadas por algumas instituições são fundamentadas no ateísmo, antropocentrismo e no relativismo moral. Os livros didáticos costumam priorizar o evolucionismo e a autonomia espiritual e moral do homem. Muitas dessas escolas são conhecidas pela excelência e qualidade, entretanto, suas filosofias são contrárias a Palavra de Deus. A prioridade delas não é a formação do caráter segundo os princípios divinos, mas capacitar o educando para o mercado de trabalho, levando-o a ser mais competitivo numa sociedade que prioriza o ter em vez do ser.
3. Na família. A estrutura familiar no mundo está em processo de mudança. Nada se parece com o que Deus instituiu no princípio. O que vemos hoje é a banalização do divórcio, a infidelidade conjugal e a possibilidade legal de casais homossexuais adotarem crianças. Isso é um atentado contra os alicerces familiares fixados por Deus.
4. No entretenimento. O lazer e o entretenimento saudáveis, na medida certa, não são prejudiciais à vida espiritual. Porém, as práticas mundanas de diversão, por meio das quais as pessoas praticam toda forma de pecado, constituem um sério problema para a vida social e cristã. Atualmente, o mundanismo corrompeu até mesmo o lúdico e o entretenimento, sendo o divertimento uma ocasião para a bebedeira, a violência, as drogas e a prostituição.O mundanisno na sociedade é visto nas leis, na educação, na família e no entretenimento.

III. “NÃO AMEIS O MUNDO” (1 Jo 2.15-17)

1. O que significa “amar o mundo”? Amar o mundo é estar em estreita comunhão com ele, dedicando-se aos seus valores, costumes e cultura. Em outras palavras, é ter satisfação nas coisas que desagradam a Deus e ofendem os princípios das Sagradas Escrituras. Esse pernicioso sentimento impede a comunhão do crente com o Senhor (1 Jo 2.15). É impossível amar o mundo e a Deus ao mesmo tempo (Mt 6.24; Lc 16.13; Tg 4.4).
2. Aspectos do mundo pecaminoso. Em 1 João 2.16, a Bíblia descreve três vias que conduzem o crente ao mundanismo:
a) “A concupiscência da carne”: Diz respeito aos desejos impuros, a busca de prazeres pecaminosos, e a satisfação dos sentidos (1 Co 6.18; Fp 3.19; Tg 1.14).
b) “A concupiscência dos olhos”: Refere-se ao desejo incontrolável pelas coisas mundanas que satisfazem à cobiça do homem (Êx 20.17; Rm 7.7). Aqui estão incluídas a pornografia, a violência, a impiedade e a imoralidade promovidas pelo teatro, televisão, cinema e em certos periódicos (Gn 3.6; Js 7.21; 2 Sm 11.2; Mt 5.28).
c) “A soberba da vida”: Diz respeito ao orgulho do homem pecador que não reconhece o senhorio de Deus. Tal pessoa procura exaltar, glorificar e promover a si mesma, julgando-se independente de tudo e de todos (Tg 4.16).As três vias que conduzem o homem ao mundanismo são: concupiscência da carne e dos olhos, e a soberba da vida.

IV. “NÃO VOS CONFORMEIS COM ESTE MUNDO” (Rm 12.2)

1. O que é conformar? O verbo “conformar”, no original, significa “ser modelado de acordo com um padrão” e refere-se à constante imitação de uma atitude ou conduta até que a pessoa se torne igual ao modelo. Neste versículo, a Bíblia ensina que o crente deve resistir, combater e não imitar os padrões de comportamento, a cultura e os valores mundanos, pois a igreja não é apenas separada do mundo, mas consagrada a Deus. Seu comportamento reflete a vontade e a natureza de Deus para a humanidade.
2. “Mas transformai-vos...”. Na Bíblia, a mente renovada é fruto da atuação do Espírito Santo (2 Co 3.18; Tt 3.5). O crente de “mente renovada” pelo Espírito é capaz de discernir a perfeita e agradável vontade de Deus para a vida diária. Ele não se confunde e não se molda aos padrões e valores mundanos, pelo contrário, sabe o que agrada ou não a Deus. Neste texto, a razão iluminada pelo Espírito sobrepõe-se às emoções e inclinações naturais. O processo de renovação do entendimento do crente deve ser contínuo e pessoal.O processo de renovação do entendimento do crente deve ser contínuo e pessoal.
O crente que busca uma vida santa não pode se conformar com as coisas deste mundo. Observemos que as concupiscências estão associadas à falta de conhecimento legítimo do que é útil, real e necessário para se ter uma vida que agrada a Deus. Só cai em concupiscência quem perdeu a visão do Reino de Deus, e fixou seu olhar nas ilusões passageiras desse mundo.

                             “O modelo transformacional de Paulo

[...] Na visita de Paulo a Listra (At 14), vemos como a cultura helenística dos seus dias tinha sido divinizada. A cultura em si tornou-se um deus com seu próprio seguimento de culto. Depois da cura milagrosa de um aleijado, as multidões estavam certas de que Paulo e Barnabé eram realmente os deuses gregos Hermes e Zeus. O sacerdote do templo de Zeus apressou-se em sacrificar bois e guirlandas àqueles homens que fizeram milagres divinos. As multidões interpretaram o que lhes era maravilhoso e tentaram enfiá-lo em sua cosmovisão cultural-religiosa. Paulo e Barnabé corrigiram o engano, mas só a duras penas, mostrando-nos assim outra abordagem à cultura popular. Esta abordagem chama-se redentora ou transformacional. Está arraigada no mandamento cultural de Gênesis e floresce na obra do apóstolo Paulo”.(PALMER, M. D. (org.) Panorama do pensamento cristão. RJ: CPAD, 2001, pp. 406-7.)
A atuação maligna na pós-modernidade diferencia-se da forma violenta como os cristãos do período greco-romano foram perseguidos ou da inquisição atroz. As estratégias estão mais sutis, difíceis de serem detectadas, e não pretendem aniquilar o Cristianismo, mas impedir o seu avanço, atenuar a sua mensagem, e enfraquecer a identidade cristã.
A mentira está disfarçada de verdade; a verdade está sob suspeita. Os valores morais e bíblicos perdem espaço para a moralidade hedonista e egocêntrica. Não se trata de mera ação humana, mas de nova roupagem para velhos pecados sob a batuta da antiga serpente.



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