A FALSA DOUTRINA QUEBRA DE MALDIÇÃO
Se
precisamos quebrar maldições de nossa ascendência para sermos felizes, então o
sangue de Jesus não é suficiente para nos outorgar uma nova vida
A falácia de que o salvo em Cristo precisa quebrar
maldições hereditárias, em campanhas, “encontros tremendos” ou mediante
contribuições financeiras, está confundindo muitos irmãos. E esse falso
ensinamento tem sido propagado por “gente grande”, pregadores famosos,
telefigurões com poder de convencimento sobre os incautos, pessoas incapazes de
exercer discernimento devido à falta de conhecimento bíblico (Os 4.6; Mt
22.29).
Sabemos que o Evangelho é simples: para ser salvo e abençoado, basta crer em
Jesus, confessá-lo como Senhor (Jo 3.16; Rm 10.9-10) e perseverar em segui-lo
(Mt 24.13; 1Co 15.1-2), vivendo em santificação (Hb 12.14). No entanto, há
enganadores querendo complicar a simplicidade do Evangelho (2 Co 11.3-4). É como
se dissessem: “Se podemos complicar, por que simplificar?”
O que é a falsa doutrina da maldição hereditária? É o ensinamento baseado na
crença extrabíblica e antibíblica de que, além das doenças decorrentes de uma
predisposição genética, males espirituais são transmitidos de avô para neto, de
pai para filho, etc. E esses males só poderão ser quebrados mediante um
“trabalho” específico de libertação... Ora, somente o Senhor Jesus, por meio de
sua graça e verdade, liberta o ser humano. Não são necessárias fórmulas e
receitas para alguém se libertar de supostas maldições hereditárias.
Alguém poderá argumentar: “Há passagens bíblicas, como Êxodo 20.5, que não
deixam dúvidas quanto à existência da maldição hereditária”. Mas cada passagem
da Bíblia deve ser analisada com base no contexto. Você sabe o que é isso? Quem
interpreta a Bíblia com seriedade, sabe que há pelo menos sete tipos de
contexto: o geral, o imediato, o remoto, o referencial, o histórico, o
literário e o cultural. A Bíblia é análoga. Não podemos aplicar um versículo à
nossa vida sem antes entender a sua significação à luz do contexto.
Nesse caso, se acreditarmos que Êxodo 20.5 aplica-se a nós, teremos de admitir
que fomos tirados do Egito, literalmente, nos dias de Moisés! Constate isso
lendo os versículos 1 e 2. Esse mandamento e as punições extensivas às gerações
dos seus infratores foram endereçados aos israelitas, e não a nós! Os
mandamentos da Bíblia se dirigem a três povos: judeus, gentios e cristãos (1 Co
10.32), e não devemos interpretá-los a bel-prazer. É a Palavra de Deus que deve
nos guiar (Sl 119.105).
Os propagadores da maldição hereditária costumam mesclar conceitos e metódos
psicoterápicos com a Bíblia. No entanto, embora a psicologia tenha o seu valor
como ciência, a chamada “psicoterapia cristã” é um jugo desigual (2 Co 6.14).
Quem cura o nosso íntimo, libertando-nos do passado, é o Senhor Jesus (Jo
8.32,36; Lc 4.18). Segue-se que a psicologia é até útil, desde que não
queiramos associá-la à obra do Espírito Santo.
Alguns defensores da heresia em análise têm afirmado que o simples fato de
alguém ter recebido de seus pais um nome com significado negativo é suficiente
para que tenha uma vida de derrota. Se alguém se chamar Maria das Dores, por
exemplo, precisa quebrar essa maldição e se apresentar com outro nome! Ora, se
precisamos quebrar maldições de antepassados, para que serve o sangue de Jesus,
que nos purifica de todo pecado (1 Jo 1.7)? E a nossa santificação diária (Hb
12.14), para nada contribui?
Se os erros que cometemos se devem a fatores hereditários, por que a Bíblia
diz: “Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com
os seus feitos” (Cl 3.9)? Que culpa tem um servo de Deus do presente cujo avô
foi um mentiroso inveterado? Precisamos lutar é contra a nossa própria natureza
(Hb 12.4; Gl 5.17) e permanecermos firmados em Cristo. Afinal, “nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). E: “se alguém está
em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez
novo” (2 Co 5.17).
Como
todo ensino controverso da interpretação hereditaria foi concebida a partir da
má da interpretação biblica ,e faz parte de um pacote de novidades que
surgem periodicamente em noss meio ,é como um novo produto no mescado.E, essas
novidades acabam enraizando ,criando sérios´problemas para a vida da igreja.
A
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA ,ENGANO DOUTRINÁRIO
Esse
ensino diz que qualquer pessoa mesmo aquelas já convertidas á Cristo ,que
carregam consigo certos problemas,não conseguirão se libertar deles ,se não
quebrar as maldições das gerações passadas(EZ18.20).Se acontecer na vida da
pessoa ou de sua fámilia problemas ,porque os seus ancestrais deram lugar ao
diabo,e agora a sua familia está sob"maldição""hereditaria",entretanto
a biblia afirma ,que os que estão em Cristo Jesus ,são novas criaturas as
coisas velhas já passaram ficaram para traz .(2°Cor 5.17).
1°.A punição dos nosso pecados pais e filhos
Esse
é um dos textos prediletos dos pregadores que ensinam sobre a crença na
maldição hereditaria de EX20.5-6.No entanto ,no texto o que está em foco não
são maldições herditaria e sim os efeitos do pecado.A biblia deixa bem claro
que a responssabilidade pelos pecados é inidividual.(EZ18.1-4).
2°.Doenças como maldição hereditaria
Assim
,se uma pessoa é acometida de certa enfermidade,como câncer,por exemplo,é
porque essa doença se fez presente em gerações passadas,é um maldição herdada
que precisa ser quebrada.Jesus certa vez foi arguido pelos seus discipulos
sobre um determinado cego de nascença ,respondeu veja(jo 9.2-3).
3°.Maldição de nomes própios
Outra
crença desta teologia é de que há nomes própios cujos significados são
carregados de uma carga negativa muito grande ,e uma vez que se dá um desses
nomes a uma pessoa,o mesmo pode se constituir em fator de maldição de vida.Há
inumeros nomes na biblia cujos significados não correspondem á quilo que as
pessoas foram na prática:absalão-pai da paz-judas-louvor,apolo-nome de um deus
da mitologia grega.O que faz o nome é o caráter da pessoa.Um dia,todos os
salvos terão um novo nome(ap 2.17).
HÁ PODER EM SUAS PALAVRAS
Um
chavão que se tornou comum no meio evangélico é que "há poder em suas palavras"(pv
18.21).Segundo este astuto ensino ,as palavras estã carregadas de poder,tanto
para abençoar,como para amaldiçoar,basta que sejam pronunciadas e assim
acontecerão.É certo que todos nós temos que ter cuidado e
responssabilidade com aquilo que pronunciamos,até mesmo em pronunciamos,até
mesmo em função da nossa condição de filhos de Deus(pv 13.3,21.23),mas não há
nenhum apoio biblico para a crençade que a palavra tem poder objetivo em si
mesma.
1.O poder de abençoar e amaldiçoar
As
condições para as bençãos e as maldições estão fixadas pele palavra de Deus ,e
se relacinam diretamente com a obediencia(DT28.1 DT 28.15).Nenhuma palavra tem
poder em si mesma de abençoar ou amaldiçoar.
2.Palavras ,poder absoluto ou
influencia?
Não
podemos ignorar a influencia relativa que a palavra pode exercer na vida das
pessoas.Uma criança ,que vive em um ambiente de ódio,discórdia e mentiras tem
maires possibilidades de desevolver um carater baseado nestes valores do que
uma que vve em um lar cheio de amor ,concordia e verdade(1°co 15.33).
3.O que fazer com os inimigos
Jesus
nos ensinou acerca dos nossos inimigos.(MT 5.43-44).As atitudes do cristão em
relação ao seu próximo ,mesmo que ele o odeie está expresso nestas célebres
palavras de Jesus ,registradas no texto acima.
A RESPONSABILIDADE É INDIVIDUAL
Que
culpa tem a pessoa pelos seus pecados que os antepassados praticavam?Deveria
ler a biblia,pois ele ensina que a responsabilidade é individual(EZ 18.20).Ao
contrário,é preciso que ela creia no poder da salvação,que quebra todas as
maldições(RM8.1).
1.Mania de transferência
Em
ezequiel 18.1-4,o profeta exorta o povo a tomar consiência da individulidade na
responssabiblidade pelo pecado.Ele descreve nesta profecia três gerações para
mostrar que cada uma sofreu pelos seus própios pecados.Entretanto,o homem
sempre foi buscar fora da vida as razões e os motivos de seus
erros(LM3.39).Adão culpou Eva ,que por sua vez culpou a
serpente(GN3.12-13).Infelizmente ,a teologia das maldição hereditarias faz
parte desta "mania milenar".
2.O medo de assumir
O
medo de assumir rsponssabiblidade é uma das atitudes mais desvastadoras da natureza
humana(GN 4.9 JS7.10-11).Certamente aí reside a causa de tantas pesoas
espirutualmente enfermas,que ao invez de crerem no poder da confissão como
unido caminho capaz de quebrar todas as maldições ,ficam adianatando a
bençãos do perdão (HB4.14-16).
MALDIÇÃO
HEREDITÁRIA OU FALTA DE SANTICAÇÃO
Se
o cristão tem problemas que o afligem em sentido geral senteciando-o a
viver uma vida de lamúria e sofrimento ,não existe caminho melhor do que
confiar em Deus ,em seu amor(HB4.16),chegando com confiança diante do
trono da graça e recebendo pela confissão,o perdão de seus pecados(FP 3.13-14).
1.As maldições das atitudes
A
porta de entrada das bençãos de Deus em nossas vidas são as nossas atitudes
,principalmente a de abedece-lhe ,mesmo que nos custe algum preço ,assim como
fez Moises HB11.24-26).Se o homem preferir uma de distanciamento e
desobediância receberá o prêmio da condenação presente em forma de maldição e
,por fim,se não se arrepender ,a condenação eterna(MC 16.16).
2.Uma benção chamada conversão
Na
parabola do filho pródigo ,Jesus exemplificou atravcés da vida do filho moço
,as duas condições em que o homem pode se achar:estar em cristo ,ou estar
fora dele,nunca nas duas condições ao mesmo tempo.Estar nele é de maior
benção(LC 15.18).Estar fora dele é a maior maldição.O que ele determina
uma ou outra condição é que o homem toma em relação a Deus(TG 4.8).Assim sendo
,a única maneira de se quebrar a maior de todas as maldições é atravez de uma
conversão genuinamente verdadeira(RM8.1).
3.Uma saída chamada santificação
A
quebra de maldição herditaria induz o crente a viver irresponssavelmente a sua
vida cristã,porque atribui áquilo que ele faz de negativo ,como sendo o
reflexo do que as suas gerações passadas praticaram ,ao passo que a biblia nos
desafia a uma vida de renuncia ás obras da carne(gl 5.16-21) e o culto de uma
vida de profunda devoção a Deus(col 3.1-3).
Temos
de ser cautelosos,pois vivemos em um tempo de inverdades em que as experiencias
parecem estar mais valorizadas do que a própia Palavra .E para este tempo do
fim nada melhor do que submetermos todas as dimenções do nosso viver ao crivo
das Escrituras)(AP 2.29).
Freqüentemente a Bíblia se refere aos
filhos de Deus como ovelhas; os que pertencem a Deus são chamados seu rebanho.
As ovelhas precisam de pastores. Um dos motivos é que as ovelhas estão
classificadas entre as criaturas menos inteligentes. Uma vaca volta para casa,
mas uma ovelha nunca o fará. As ovelhas parecem inclinadas a andar errantes e
morreriam de fome se o pastor não as levasse às pastagens. Morreriam de sede se
o pastor não as levasse às fontes para beber. Talvez tenha sido por isso que
Deus nos comparou às ovelhas. Não somos independentes. Não somos
auto-suficientes, Não podemos viver bem sem pastor. Se isto é verdadeiro em se
tratando dos filhos de Deus, quanto mais verdadeiro é no tocante aos que nunca
se tornaram rebanho de Deus, que nunca se voltaram para Aquele que podia dizer
de si mesmo: "Eu sou o bom pastor" (João 10:1 1). Os
homens estão desesperadamente perdidos, alienados de Deus. Sozinhos não podem
encontrar alimento espiritual e beber das águas da salvação. Precisam de alguém
que os conduza à água da vida e ao pão do céu. Uma vez que isto é verdade,
desde o mais antigo registro no Antigo Testamento, Deus enviou profetas aos
homens. Os profetas foram pastores. A função de seu ofício era receber a
verdade de Deus e transmiti-la ao povo, de sorte que os indivíduos pudessem
alimentar-se dessa palavra. Os profetas foram em verdade pastores que
conduziram as ovelhas aos pastos verdejantes e às águas tranqüilas.
As
multidões se congregavam em tomo de Jesus para ouvir dele uma palavra
concernente ao caminho da vida. O Senhor Jesus tinha vindo como Rei de Israel,
e em cumprimento das profecias do Antigo Testamento ele estabeleceria um reino
sobre o qual governaria. Convidou o povo a entrar nesse reino. Porém as pessoas
não encontraram o caminho. Proclamou-se a mensagem de que o Rei estava presente
e oferecia o reino; mas o povo não conhecia o caminho para chegar a ele. Os
fariseus consideravam-se pastores de Deus. Eram intérpretes da lei de Moisés,
nomeados por si mesmos, mas reivindicavam a autoridade de Moisés. Alegavam ser
porta-vozes divinos, mas indicavam aos homens um caminho que nunca poderia
levá-los a Deus.
O descontentamento com seus pastores e com o caminho por eles indicado trouxe a
multidão ao Senhor Jesus Cristo em busca de uma resposta às indagações: Como
pode a pessoa, estar em paz com Deus? Como pode Deus aceitá-la? Como pode
alguém tornar-se membro da família do Messias e fazer parte do seu reino?
Em Mateus 7:15-20 o Senhor proferiu uma severa advertência: "Acautelai-vos
dos falsos profetas." Esta multidão era considerada como ovelhas sem
pastor; se as ovelhas quisessem entrar no reino do Messias, tinham de seguir o
pastor certo; tinham de entrar no caminho que o Messias determina, e para
encontrar esse caminho precisavam de um guia. Se dessem atenção aos pastores de
Israel, os dirigentes religiosos fariseus, perderiam o caminho. Nunca entrariam
no reino do Messias.
O verdadeiro profeta era uma voz que falava por Deus a fim de mostrar aos
homens a verdade divina e guiá-los no caminho de Deus. O falso profeta
declarava-se porta-voz divino, mas entregava uma mensagem diferente. Dizia
conduzir os homens nos caminhos divinos, mas desviava-os de Deus. Eram falsos
pastores.
Os profetas do Antigo Testamento advertiram a Israel do perigo dos falsos
pastores. Deus disse:Eis que suscitarei um pastor na terra, o qual não cuidará
das que estão perecendo, não buscará a desgarrada, não curará a que foi ferida,
nem apascentará a sã; mas comerá a carne das gordas, e lhes arrancará até as
unhas. Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada lhe cairá sobre o
braço e sobre o olho direito; o braço completamente se lhe secará, e o olho
direito de todo se escurecerá (Zacarias 1 1:16-17).
O profeta predisse que Israel ficaria sob o governo do que Deus chama de pastor
"inútil" ou falso. O falso pastor não cuidará "das que estão
perecendo", as ovelhas que se extraviaram do rebanho e estavam longe do
cuidado e proteção do pastor. Este falso pastor não sairá pelos atalhos em busca
da extraviada. Deixará que pereça. O pastor inútil não buscará a desgarrada,
nem os cordeirinhos que estão a balir lastimosa-mente distantes da mãe. O
pastor não se importará nem se comoverá com o balido triste da ovelha perdida.
Ele a deixará morrer e não irá procurá-la. O pastor inútil não "curará a
que foi ferida". Era freqüente a perna do animal se quebrar quando ele
perambulava pelas colinas. O pastor precisava então carregar a ovelha quando o
rebanho saía a pastar, até que o animal estivesse novamente em condições de
andar. Para o pastor inútil, a assistência à ovelha ferida era trabalho demais,
e ele não seria fiel às suas responsabilidades. Do mesmo modo, não apascentará
a "sã". Quando o rebanho houver consumido toda a pastagem, o falso
pastor irá descansar à sombra de uma árvore, em vez de conduzi-lo a outros
pastos.
Em vez de cuidar do rebanho, o falso pastor cuida de si mesmo. Ele engorda a
ovelha para saborear a delícia de sua carne, mas não cuida do rebanho. O
profeta pronunciou a condenação de Deus sobre o braço direito e sobre o olho
direito deste tipo de pastor. O braço direito, no Antigo Testamento, significa
vigor, e o olho, sabedoria. Uma vez que este pastor trabalhava com sua própria
força e poder, e de acordo com sua própria sabedoria, ele seria enquadrado no
grupo dos falsos pastores cuja força e sabedoria Deus disse que, no juízo
divino, seria reduzida a zero. Assim, Israel fora advertido acerca dos falsos
pastores que desviariam o rebanho.
Jesus Cristo apresentou-se como o Bom Pastor (João 10:1 1). Advertiu a Israel
da prevalência dos falsos mestres que competiriam com ele pelo rebanho. Os que
não entram pela porta do aprisco, mas sobem por outra parte, são ladrões e
salteadores (João 10:1). O Antigo Testamento havia predito que quando o
Messias, o verdadeiro Pastor, viesse a Israel, ele nasceria de uma virgem. Os
que não afirmavam ter vindo em cumprimento da profecia divina, reivindicavam,
todavia, o direito de conduzir a Israel. O Senhor queria dizer que, se os
pastores não vinham a Israel na forma predita pela profeta Isaías, eles eram
ladrões e salteadores. Estavam usurpando a autoridade de Deus sobre o rebanho.
Disse o Senhor: "Todos quantos vieram antes de mim, são ladrões e
salteadores" (João 10:8).
"O
ladrão vem somente para roubar, matar e destruir" (v. 10). De novo:
"O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o
lobo, abandona as ovelhas e foge; então o lobo as arrebata e dispersa" (v.
12). Nessas fortes denúncias, o Senhor descreveu a atitude dos dirigentes
religiosos para com Israel. Eram profetas sem mensagem. Alegavam ser pastores
mas não tinham pastos para as ovelhas, nem água com que dessedentá-las.
Enriqueciam-se às expensas do rebanho.
No Antigo Testamento, muitas vezes a palavra lobo refere-se
àquilo que destrói. Ezequiel empregou esta figura, falando de Israel: "Os
seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa para
derramarem o sangue, para destruírem as almas, e ganharem lucro desonesto. Os seus
profetas lhes passam caiação, tendo visões falsas, profetizando mentiras, e
dizendo: Assim diz o Senhor Deus; sem que o Senhor tivesse falado"
(Ezequiel 22:17-18). No tempo de Ezequiel príncipes e profetas
eram as duas classes dominantes em Israel. Deus comparou esses líderes a lobos
vorazes que procuravam destruir o rebanho, que faziam deste uma presa para se
enriquecerem, que alegavam apresentar a mensagem de Deus quando na verdade não
a tinham.
Contra este pano de fundo, o Senhor adverte (Mateus 7:1 5): "Acautelai-vos
dos falsos profetas", guias religiosos que professam conduzir o povo no
caminho da verdade divina porém são profetas para sua própria honra e
enriquecimento. Nenhum falso profeta apregoaria publicamente não ter mensagem
de Deus e estar entregando uma mensagem do príncipe do inferno. Pelo contrário,
ele se apresentaria como porta-voz de Deus oferecendo ao povo uma maneira fácil
de encontrar a água da vida e o pão do céu. Quando os falsos profetas entram
vestidos de ovelhas, o rebanho os aceita, porque enxerga somente a lã. Não
vendo além da aparência externa, as ovelhas se contentam em aceitar lobos no
seu meio. Em Israel havia dirigentes religiosos que se diziam pastores de Deus,
mas tinham ânimo destruidor e tencionavam enriquecer-se alimentando-se do
rebanho. Freqüentes vezes o Senhor falou que os fariseus tinham ganância de
poder e lucro material. Desejavam o poder que pertencia ao pastor de Deus, o
Messias; desejavam enriquecer-se à custa do rebanho.
Uma
coisa é ser advertido da presença de falsos pastores; outra muito diferente é
descobrir o falso pastor no meio do rebanho. Assim, o Senhor indicou o teste
pelo qual os homens poderiam determinar se os guias religiosos são pastores
verdadeiros ou falsos (Mateus 7:16-18). O teste era muito simples ― examine os
frutos. A pessoa com um coração mau, ganancioso, não poderia desempenhar as
funções de pastor do rebanho. Aquele que tem coração egoísta nunca se
interessaria pelas ovelhas. O indivíduo de íntimo perverso nunca manifestará
justiça exterior. "Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos
dos abrolhos?" Claro que não! Por quê? Porque a vida da raiz sempre se
manifestará nos frutos que produz. Não é preciso cavar uma figueira e examinar
sua raiz para ver se é figueira; veja o fruto. Não é preciso cavar uma videira
para examinar a raiz e ver se dá uva. A raiz se evidencia pelo fruto.
"Assim toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos
maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir
frutos bons" (vv. 17-18).
Denunciando os fariseus, o Senhor revela que seus frutos exibem a natureza da
raiz:Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés
se assentaram os escribas e fariseus [dizendo serem intérpretes autorizados da
lei]. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os
imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados e
difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens, entretanto eles
mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com
o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as
suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas
sinagogas, as saudações nas praças, e o serem chamados mestres pelos homens
(Mateus 23:1-7).
O que o Senhor dizia era.- "Quando os fariseus lêem a lei mosaica, façam o
que eles dizem, mas não imitem o seu procedimento. Por quê? Porque seus
corações estão longe da justiça da lei. Por suas obras vocês poderão conhecer a
corrupção de seus corações."
João apresentou o mesmo princípio: "Amados, não deis crédito a qualquer
espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos
profetas têm saído pelo mundo fora" (1 João 4:1). O verdadeiro mestre é
aquele que diz: "Assim diz o Senhor." O falso mestre é o que rejeita
a revelação de Deus e a substitui pela racionalização de sua própria mente. O
crente hoje tem a mesma responsabilidade dos que ouviram as palavras de Jesus:
"Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas."
Isaías deu-nos a prova do verdadeiro profeta de Deus: "À lei e ao
testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva"
(8:20). A Palavra de Deus é o teste que determina se a pessoa fala a verdade de
Deus ou a falsidade. De um coração que nega a Palavra de Deus virá toda sorte
de males que demonstram ser falsa sua interpretação da Palavra.
Em Mateus 23 encontramos algumas das mais severas palavras da Bíblia. Jesus pronunciou
juízo sobre os fariseus: "Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas!" (v. 13). "Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas!" (v. 14). "Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas!" (v. 1 5). O Senhor pronunciou juízo sobre aquela geração (v.
36) em consonância com o que disse em Mateus 7:19: "Toda árvore que não
produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo."
Na presença de multidões de falsos profetas, precisamos reconhecer que há
somente um Profeta verdadeiro. Numa multiplicidade de pastores, precisamos
lembrar-nos de que há somente um Pastor verdadeiro. "Jesus, pois, lhes
afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas.
... Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e
achará pastagem. ... Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.
... Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a
mim" (João 10:7, 9, 11, 14). Jesus Cristo é o único Pastor, o verdadeiro
Pastor, o Bom Pastor. Ele é o Pastor que conhece as suas ovelhas. Ele tem
nomeado muitos subpastores, mas a autoridade não está neles. A autoridade está
no Pastor. Não é a palavra do subpastor, mas a do Pastor, que é vida. O
subpastor é fiel só até onde ele próprio segue o Pastor e conduz as ovelhas no
caminho do Pastor. Multidões hoje procuram os homens para obter orientação,
sabedoria, conhecimento, mas seguem falsos pastores, para perdição da vida.
O juízo de Deus está sobre o erro e sobre os que o propagam. A responsabilidade
do filho de Deus é acautelar-se dos falsos mestres. Por exemplo, seja cuidadoso
quando você liga o rádio. Simplesmente porque ouve um programa religioso não
quer dizer que você deva dar ouvidos a ele. Muito ensino falso vem pelo ar.
Tome cuidado com aquele a quem você dispensa atenção, quer ouvindo sua
pregação, quer lendo os seus escritos, porque muita falsa doutrina anda por aí
procedente de falsos profetas que se dizem porta-vozes de Deus. Esses tais
nunca podem conduzir a pastos verdejantes e a águas tranqüilas. Só há um Pastor.
Ande com ele. Ouça a sua voz. Siga-o de perto, porque só ele pode satisfazer a
sua alma.(notas ,o sermão da montanha,J.Dwight Pentecost,1984,ed.vida).
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PAZ DO SENHOR
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