SUBSIDIO PRE-ADOLESCENTES N.13
MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS
Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus
alunos sobre a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que Cristo foi
feito as primícias dos que dormem, e os que morrerem nEle, em sua vinda
ressuscitarão à semelhança de sua ressurreição. A Bíblia diz que o mesmo corpo,
que foi sepultado, será reerguido (1 Co 15.35-44). Faça a seus alunos a
seguinte pergunta:
Como será o corpo da ressurreição? Coloque as respostas abaixo no quadro e
explique-as com todo cuidado. Como será o corpo da ressurreição? a) Visível (Lc
24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Vivificado
(Rm 8.11).
Palavra Chave
Ressurreição: Voltar a viver.
Dando continuidade ao nosso estudo sobre Jesus, Verdadeiro Homem e
Verdadeiro Deus, veremos na lição de hoje a sua ressurreição - a pedra angular
do cristianismo, pois se Cristo não tivesse ressuscitado, não seria o que Ele
próprio havia afirmado ser. “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi
feito as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20).
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS MORTOS
1. O ensino de Paulo sobre a ressurreição. O capítulo 15 da Primeira
Epístola aos Coríntios é uma exposição detalhada sobre a doutrina da
ressurreição dos mortos. Paulo começa tratando da ressurreição de Jesus. Muitos
na igreja de Corinto diziam não haver ressurreição (15.12). Negavam até a
ressurreição do próprio Cristo. Eram influenciados pelas idéias racionalistas
dos filósofos gregos. Lembre-se: “as más conversações corrompem os bons
costumes” (15.33). Por isso, Paulo apresenta aos irmãos de Corinto as provas
indestrutíveis da ressurreição de Jesus.
2. A Bíblia e a ressurreição dos mortos. Ressuscitar significa despertar,
levantar dentre os mortos. A Bíblia diz que o mesmo corpo, que foi sepultado,
será reerguido quando da ressurreição (1 Co 15.35-44). Jesus afirmou que todos
os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz (Jo 5.28-29) assim como Lázaro
ouviu a voz de Cristo, estando já quatro dias no sepulcro (Jo 11.39,43,44).
II. OS QUE NÃO CRÊEM NA RESSURREIÇÃO
1. Os saduceus. Os saduceus eram os intelectuais da época de Cristo. Na
sua maioria eram sacerdotes e membros do sinédrio - o supremo tribunal judaico
(At 5.17). Eles aceitavam somente o Pentateuco — a Lei de Moisés. Os três
Evangelhos sinóticos afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt 22.23; Mc
12.18; Lc 20.27) e na existência de anjos (At 23.8). Diziam que a crença da
ressurreição dos mortos não podia ser confirmada nos escritos de Moisés. O
historiador Flávio Josefo declara que a crença deles era de que a alma morria
com o corpo, opondo-se assim aos fariseus que criam nessas doutrinas.
2. Os gregos. Não eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos
mortos: os gregos também procediam da mesma forma (At 17.32; 1 Co 15.12). Na
atualidade, os céticos, os materialistas e até grupos religiosos negam, de
igual modo, a doutrina bíblica da ressurreição.
3. A insensatez dos incrédulos. Segundo Myer Pearlmam, os judeus poderiam
ter refutado o testemunho dos primeiros pregadores se tivessem exibido o corpo
de Jesus. Mas não o fizeram — porque Cristo ressuscitara corporalmente (Lc
24.3). Muitos argumentos contrários à ressurreição de Jesus são tão
inconsistentes que, por si mesmos, se auto-refutam. Negar a ressurreição de
Jesus é tolice. Se a ressurreição de Jesus não fosse um fato real, o
Cristianismo teria morrido em seu nascedouro. A Bíblia, porém, afirma que o
túmulo de Jesus foi encontrado vazio (Mt 28.6). Onde, pois, estava o corpo
crucificado? O próprio Jesus falou acerca da sua morte e ressurreição ao
terceiro dia (Jo 2.19-22).
III. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1. “Segundo as Escrituras” (v.4). A ressurreição de Jesus fazia parte do
plano divino da redenção. As evidências da ressurreição do Mestre já se
encontravam nas “Escrituras” desde o Antigo Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O
primeiro argumento para fundamentar a doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base
na Palavra de Deus. Depois temos as provas factuais, pois a ressurreição de
Jesus é um fato incontestável. A Bíblia afirma que Jesus “... se apresentou
vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de
quarenta dias” (At 1.3). A expressão “infalíveis provas”, no original grego, só
aparece aqui, em todo o Novo Testamento, e distingue-se do vocábulo
“testemunho” e de outros termos similares. É uma palavra técnica para “prova
incontestável” refere-se, por conseguinte, à prova baseada em fatos que, por si
só, suscitam credibilidade. Essas provas infalíveis e incontestáveis jamais
puderam ser refutadas. As autoridades religiosas de Jerusalém lutaram muito
para neutralizá-las, mas não o conseguiram (Mt 28.11-15).
2. Evidências das testemunhas pessoais (v.5). Paulo afirmou que Jesus se
apresentou vivo a Pedro (Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias
(At 1.3). Eles pagaram um preço muito alto pelo que viram e testemunharam.
Foram perseguidos, presos, torturados e mortos porque afirmaram que Jesus
estava vivo (At 12.1-3). Isso está também registrado na história, e não apenas
no Novo Testamento. Quem estaria disposto a morrer por uma mentira? Talvez
algum insensato, mas não tanta gente. De fato, Cristo ressuscitou. Aleluia!
3. Quinhentas testemunhas (v.6). Paulo afirma que caso os coríntios
duvidassem de Pedro e dos outros apóstolos, eles poderiam apresentar um grupo
maior, pois o Senhor Jesus foi visto, certa vez, por mais de quinhentos irmãos.
É interessante ressaltar que o apóstolo escreveu a Primeira Epístola aos
Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter acontecido, afirmando que
muitas dessas testemunhas ainda estavam vivas. Em outras palavras, estava
colocando as provas à disposição de qualquer interessado.
4. Foi visto até pelos que não criam. Paulo menciona o fato de Tiago
(irmão do Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra não cria nEle) ter sido
uma testemunha da ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5). Aparentemente, a ressurreição
de Jesus o havia convencido da verdade a respeito de Cristo, pois ele estava
entre o grupo que compareceu ao cenáculo depois da ascensão (At 1.13). Paulo, o
maior perseguidor da fé cristã, também teve um encontro com o Cristo
ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (At 22.5-8). Jesus provou a
Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o maior defensor dessa
doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da religião dos judeus e
perseguidor dos cristãos que se converteu a Jesus.
IV. O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS
1. A ressurreição do corpo. Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus
Cristo não veria a corrupção, não se deterioraria (Sl 16.10); essa profecia
cumpriu-se em sua ressurreição (At 2.24-30). O corpo que foi crucificado, não
pôde ficar na sepultura. Jesus apresentou-se aos seus discípulos, dizendo ser
Ele mesmo, e não uma aparição fantasmagórica. Isso prova que a sua ressurreição
não foi em espírito. Ele ressuscitou em carne e osso (Lc 24.39,40).
2. Seu significado. A ressurreição de Cristo não consistiu apenas no fato
de Ele tornar a viver, pois, se assim fosse, não haveria diferença das
ressurreições registradas no Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser
considerado “as primícias dos que dormem” (1 Co 15.20); nem o “primogênito
dentre os mortos” (Cl 1.18). A ressurreição de Cristo significa a sua
glorificação e exaltação (Jo 7.39; Rm 6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora
sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a
viga mestra e o pilar do cristianismo. Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos
mortos para jamais voltar a morrer (1 Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a
garantia de que, no final, ressuscitaremos para a vida eterna. Jesus determinou
que sua morte e ressurreição fossem o centro da pregação do Evangelho (Lc
24.44-47).
A morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina; mostra que o homem
pode encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A
ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele
ressuscitou e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja,
também ressuscitarão para a vida eterna juntamente com Ele.
“A ressurreição
A ressurreição de Jesus como um evento real e histórico tem sido a pedra
de esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por
inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca
oportunidade para o surgimento de repentinos ‘mitos de Jesus’ ou lendas. Além
disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos
antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a
coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas
crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos
históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de Jesus nunca
tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja
cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem
interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos
da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma
essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã
morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a
execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em
vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes
da historicidade da ressurreição de Jesus às gerações posteriores”.(MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)
A Bíblia declara que seremos como Jesus quando o virmos por ocasião de sua
vinda (I Jo 3.2). Nossos corpos serão gloriosos e dotados de esplendor e
beleza; serão corpos poderosos e apropriados às regiões celestiais. Essa
mudança será repentina e sobrenatural. Isto acontecerá ao soar da última
trombeta. Então, encontrar-nos-emos com o Senhor nos ares; e, com Ele estaremos
para sempre (1 Ts 4.17).
Não são poucos os que, amedrontados com as guerras e a poluição ambiental,
dizem que já não nos resta qualquer esperança. Mas Deus não permitirá que as
circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que lhe frustrem os decretos. O
certo é que Jesus voltará, e porá fim à corrupção, à miséria e às artimanhas.
Ele instaurará o seu reino glorioso.
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PAZ DO SENHOR
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