LIÇÃO 3 -
O FRUTO DO ESPÍRITO - AMOR: O FRUTO EXCELENTE
Lições
Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º TRIMESTRE DE 2005
Tema Central:
O Fruto Do Espírito
A
Plenitude De Cristo Na Vida Do Crente
Texto Áureo: "Amados, amemo-nos uns aos outros,
porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a
Deus." (1Jo 4.7)
Verdade Prática: O amor é a essência de todas as
virtudes morais de CRISTO originadas pelo ESPÍRITO SANTO, e implantadas no
crente
Leitura Diária:
Segunda: Cl 3.14 O Amor é o vínculo da perfeição
Terça: 1Jo 4.7 O Amor confirma a filiação divina
Quarta: 1Co 13.13 O Amor é a essência das virtudes
cristãs
Quinta: Rm 12.9 O Amor combate a hipocrisia
Sexta: Rm 5.5 O Amor é resultado da ação do ESPÍRITO
SANTO no crente
Sábado: 1Jo 4.16 DEUS é a fonte e a causa do Amor
Leitura Bíblica Em Classe: João 13.34-35; Lucas
6.27-35
João 13.34-35 =
34"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os
amei, vocês devem amar-se uns aos outros. 35 Com isso todos saberão que vocês
são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
13.34 AMEIS UNS AOS OUTROS. O cristão é exortado a
amar de um modo especial a todos os outros cristãos verdadeiros, quer sejam
membros da sua igreja e da sua persuasão teológica, quer não. (1) Isso
significa que o crente deve saber distinguir os cristãos verdadeiros daqueles
cuja confissão de fé é falsa, observando a sua obediência a Jesus Cristo e sua
lealdade às Sagradas Escrituras (5.24; 8.31; 10.27; Mt 7.21; Gl 1.9 nota). (2)
Isso significa que quem possui uma fé viva em Jesus Cristo e é leal à Palavra
inspirada e inerrante de Deus, conforme tal pessoa a compreende, e que resiste
ao espírito modernista e mundano predominante em nossos tempos, é meu irmão em
Cristo e merece meu amor, consideração e apoio especiais. (3) Amar a todos os
cristãos verdadeiros, inclusive os que não pertencem à minha igreja, não
significa transigir ou acomodar minhas crenças bíblicas específicas nos casos
de diferenças doutrinárias. Também não significa querer promover união
denominacional. (4) O cristão nunca deverá transigir quanto à santidade de
Deus. É essencial que o amor a Deus e à sua vontade, conforme revelados na sua
Palavra, controlem e orientem nosso amor ao próximo. O amor a Deus deve sempre
ocupar o primeiro lugar em nossa vida (ver a próxima nota; Mt 22.37,39).
13.35 CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor
(gr. ágape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23;
4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem
do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser
caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a
promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas
provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se
a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1
Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
Lucas 6.27-35 =
27 "Mas eu digo a vocês que estão me ouvindo: Amem os seus
inimigos, façam o bem aos que os odeiam, 28 abençoem os que os amaldiçoam, orem
por aqueles que os maltratam. 29 Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe
também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica.
30 Dê a todo aquele que lhe pedir, e se alguém tirar o que pertence a você, não
lhe exija que o devolva. 31 Como vocês querem que os outros lhes façam, façam
também vocês a eles. 32 "Que mérito vocês terão, se amarem aos que os
amam? Até os 'pecadores' amam aos que os amam. 33 E que mérito terão, se
fizerem o bem àqueles que são bons para com vocês? Até os 'pecadores' agem
assim. 34 E que mérito terão, se emprestarem a pessoas de quem esperam
devolução? Até os 'pecadores' emprestam a 'pecadores', esperando receber
devolução integral. 35 Amem, porém, os seus inimigos, façam-lhes o bem e emprestem
a eles, sem esperar receber nada de volta. Então, a recompensa que terão será
grande e vocês serão filhos do Altíssimo, porque ele é bondoso para com os
ingratos e maus.
6.27 AMAI A VOSSOS INIMIGOS. Nos versículos 27-42,
Jesus nos ensina como devemos conviver com outras pessoas. Como membros da nova
aliança, temos a obrigação de cumprir as exigências que Ele expõe aqui. (1)
Amar os nossos inimigos não significa um amor emotivo, i.e., de ter afeto por
eles, mas, sim, uma genuína solicitude pelo seu bem e pela sua salvação eterna.
Uma vez que sabemos da terrível ruína que aguarda os que são hostis a Deus e ao
seu povo, devemos orar por eles e procurar pagar-lhes o mal com o bem, levá-los
a Cristo e à fé do evangelho (ver Pv 20.22; 24.29; Mt 5.39-45; Rm 12.17; 1 Ts
5.15; 1 Pe 3.9). (2) Amar nossos inimigos não quer dizer ficarmos indiferentes
enquanto os malfeitores continuam nas suas atividades iníquas. Quando
necessário for, pela honra de Deus, pelo bem ou segurança do próximo, ou
proveito maior dos pecadores, deve-se tomar providências rigorosas para deter a
iniqüidade (ver Mc 11.15; Jo 2.13-17).
Introdução:
DINÂMICA: Eu
utilizo uma rosa fechada, quase botão. Chamo a rosa de Fruto do Espírito Amor,
aí vou abrindo cada pétala que sai do amor de DEUS, e vou nomeando cada pétala,
como qualidades ou resultados deste amor. ***Para ensinar sobre o Fruto do
Espírito utilizo uma laranja com nove gomos, se não achar com nove abra-a em
gomos e depois de contar nove gomos retire os gomos que estão sobrando e dê
para algum aluno chupar. Chame a laranja de Fruto do Espírito e os gomos de
qualidades do Fruto. Depois diga aos alunos que se cada um aproveitar de cada
gomo como o aluno chupou aquele gomo que você lhe deu, será perfeito discípulo
de CRISTO. Se o aluno não chupar de algum gomo ficará com deficiência em seu
caráter cristão, se chupar um mais do que o outro também ficará com deficiência
, o importante é que durante nossa peregrinação por aqui (na Terra), estejamos
todo o tempo, chupando a laranja o mais possível, afinal, vitamina
"C" é ótimo!!!!!! "C" de Caráter e "C" de CRISTO.
Quatro termos que estruturam os quatro tipos de
Amor:
GREGO
DESCRIÇÃO
CONTEXTO
FONTE
Ágape
Amor abnegado
Divino
DEUS
Philia
Amor Fraterno
Amizade
Homem
Eros
Amor Físico
Erótico
Sentidos
Storge
Amor Familiar
Familiar
Família
Tópico I - Os Três Tipos De Amor: (incluindo o
quarto, O Storge)
Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras
é a tradução da palavra grega 'agape'. Este é amor que flui diretamente de
Deus. 'O amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que
nos foi dado'(Rm 5.5). É um amor de tamanha profundidade que levou Deus a dar
seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados (Jo 3.16). É o amor de
Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós
devemos dar a nossa pelos irmãos (leia Jo 3.16; 15.2-13). É muito fácil amar os
seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos, esposas,
etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz de dedicar o amor aos seus
inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo
o coração, para jamais se lembrar delas.
1- O Amor Divino:
O amor é a essência da natureza de Deus.
DEUS age sempre , em tudo, com Amor e conosco não é
diferente, DEUS nos ama de uma tal forma que foi capaz de nos dar o que ELE
tinha de maior valor para que reconhecêssemos esse imenso amor, seu único amado
Filho, JESUS CRISTO.
Ágape Ou Agapê (Amor De Deus, O Importante E
Necessário, O Principal)
DEUS ME AMA, e a prova que ele deu deste amor, foi
enviando o seu Filho para morrer por mim quando eu era ainda seu inimigo (Rm.
5.8-10). Estava morto espiritualmente, mas Ele bondosamente me deu vida.
Achava-me perdido, sem a menor chance de escapar da condenação eterna, porém,
Ele graciosamente me salvou. Jesus veio para me dar vida, e vida com abundância
O ágape cristão, sentimento que nos liga mesmo aos
que nos são indiferentes, mesmo aos nossos inimigos, e tem como horizonte virtual
a humanidade inteira.
2- O Amor Fraterno:
Phileo (Fraternal, De Irmãos, Necessário Mas Não O
Principal)
“Aquele que ama a Deus [ ou que julga amá-lo], ame
também seu irmão” (4:21).
Mas, seria o amor um atributo exclusivo daqueles que
são da luz e da justiça? Uma análise sincera do texto somada a outras passagens
parece indicar-nos que “não”.Enquanto sentimento inerente ao ser humano, o amor
pode pertencer a todos os homens, quer sejam aliados do Cristo ou do
Anticristo. Notemos que a teologia joanina possibilita a este amor-sentimento
objetos que não coadunam com a permanência em Deus: pode-se amar ao mundo
(2:15), as trevas (João 3:19) ou até mesmo as glórias mundanas (João 12:43). E
confiando na historicidade do relato de Mateus 5:47, podemos imaginar João
entre aqueles que ouviram Jesus dizer: “Se amais apenas os que vos amam, que
fazeis de extraordinário? Não fazem os pagãos a mesma coisa?”. Em outras
palavras, até mesmo os falsos profetas e os anticristos poderiam amar aos seus
irmãos ou adeptos. A busca joanina pela diferença básica entre os de Deus e os
do mundo não se vê, pois, satisfeita num único discurso sobre o “amar ao
irmão”. Não que ele abandone o tema ou passe a considerá-lo de somenos
importância, mas que desligado dos outros temas da justiça e da fé ele se torna
incompleto. Embora nem todos os que amam procedam da luz, todos os que procedem
da luz necessariamente amam. E não somente isto, mas praticam a justiça e
mantêm a fé.
O amor ao próximo se demonstra com ações.
De que valeria a nosso semelhante um amor de
indicações? Será que estamos encaminhando aos serviços sociais todos aqueles
que vêem a nós em busca do amor de DEUS? Como DEUS poderia operar os dons do
ESPÍRITO SANTO para ajudar às pessoas se todas as oportunidades que temos de
servir a DEUS, enviamos a outrem o necessitado e o aflito?
Is 56.6 Acaso não é este o jejum que escolhi? que
soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que
deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?7 Porventura não é também
que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres
desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?8 Então
romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará. e a tua
justiça irá adiante de ti; e a glória do Senhor será a tua retaguarda.9 Então
clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se
tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente;10 e se
abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas
trevas, e a tua escuridão será como o meio dia.11 O Senhor te guiará
continuamente, e te fartará até em lugares áridos, e fortificará os teus ossos;
serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca falham.
3- O Amor Físico
Eros (Atração Física, Necessário Mas Não O
Principal)
As múltiplas faces de Eros
A concepção do erótico abrange um espectro
extremamente amplo de experiências, práticas culturais e relações. Embora não
se identifique com os impulsos sexuais e libidinais, eros os contém
indiscutivelmente.
O amor humano para com Deus é da natureza de eros,
pois inclui 'elevação do inferior para o superior, dos bens inferiores para o
summum bonum'[5]. Além disso, o amor governa o ciclo de separação e reunião que
estrutura todas as dimensões da realidade humana e cósmica. Nesse ciclo, sempre
está presente uma dimensão de eros. Eros não é apenas a energia que impulsiona
todas as realizações culturais e todas as formas de experiência mística, mas é
simplesmente a força que anima cada movimento no mundo. Está presente nos
'poderes originários da existência', nas forças elementares da origem que são o
sangue, o solo, o grupo social[6], energias que estão na base da sexualidade,
da economia, da política e da religião e não podem ser controladas pela
racionalidade analítica. Eros aparece assim como essencialmente ambíguo e
demônico, criador e destruidor ao mesmo tempo.
4- O Amor Familiar
Storge (Afetivo, Amor Romântico, Necessário Mas Não
O Principal)
A família moderna estrutura-se basicamente em torno
do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sei que há a “família
pós-moderna” e seus novos arranjos sociais, aos quais não vou tecer
considerações nesse momento. A relação familiar é algo extremamente complexa e
dinâmica. Daí o amor se constituir em um desafio de escolha à cada dia:
escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a
relação apresenta diante do fator tempo. Você pode estar pensando que isso não
é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível.
Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado.
Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, é preciso
implicação de cada membro familiar.
Tópico II - Amor a DEUS - A Dimensão Vertical
1- Amar a DEUS acima de tudo
EU AMO A DEUS, devo toda a minha vida a Ele, e a Ele
entrego-me com alegria para o seu serviço. Dedicar-me-ei a este curso,
participando com empenho e com prazer, esforçando-me para aprender, de maneira
que eu possa crescer espiritualmente, fortalecendo-me na graça e no
conhecimento do meu Senhor, Jesus Cristo.
2- O Exemplo de JESUS
À esta altura percebemos que o “amor ao próximo”,
conforme apresentado na primeira epístola de João, embora não negue um peculiar
caráter “opcional”, ultrapassa a dimensão da escolha racional para tornar-se,
principalmente, um resultado da graça divina. Sua fonte transfere-se da alma
(antropologia hebraica) para o ser de Deus. A adesão (sent. próprio do hebraico
'ahabh), segundo esta teologia joanina, não é uma mera filiação partidária ou
paixão por uma causa (coisa que os “do mundo” também podem ter); ela é, antes,
uma aliança ou pacto com o próprio Deus. É aderir não a algo, mas a alguém. A
partir deste ponto, podemos interpretar João com os olhos de Santo Agostinho
que entendia o Ágape joanino como sendo uma pessoa. Aliás, note-se que, desde o
evangelho e o Apocalipse, é comum para João personificar em Deus, os títulos
que lhe atribuímos. E assim como o Logos e a Luz procederam do Pai,
encarnando-se na figura histórica de Jesus Cristo, do mesmo modo o Amor
manifestado entre os homens (4:9) é outra “figuração personificada” para falar
do mistério da encarnação. Portanto, o dizer que o Amor procede de Deus (h
agaph ek tou qeou estin[ 4:7]) é uma explícita referência à procedência de
Cristo do Pai(para tou Patera [ João 6:46; 7:29; 8:14; 8:42; 11:27, 16:28]) e
quando se diz “Deus é amor”(o Qeos agaph estin) paralelamente se deve lembrar
do dito “e o Verbo era Deus”(kai Qeos hn o logos).
O amor/ágape é, enfim, o Filho de Deus vindo ao
mundo e o “permanecer” neste amor equivale a “andar como ele andou” (amando ao
próximo, cumprindo a justiça, obedecendo à lei) e confessar o que ele é de fato
(1:6 e 4:2). Fazendo isto, trazemos para o presente uma encarnação salvadora
fazendo com que ela deixe de ser mero evento de um longínquo passado com o qual
não temos relação.
3- O Teste do
Amor ágape
Como sabermos se amamos com o amor de DEUS?
Se somos capazes de amar como DEUS ama, então
sentimos este amor fluir de cada um de nós.
Jo 3.16 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu
o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a
vida eterna.
Somos capazes de amar a ponto de darmos tudo o que
temos de mais precioso, por amor aos outros?
Rm 5.8 Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo
morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.
Veja que DEUS não nos amou porque éramos bons; somos
capazes de amar aos pecadores e por eles darmos nossas vidas?
Mt 5.44 Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e
orem por aqueles que os perseguem,
Somos capazes de amar nossos inimigos e orar por
eles?
Jo 13.35 A marca distintiva do crente
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,
se vos amardes uns aos outros.
CONHECERÃO QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS. O amor (gr.
agape) deve ser a marca distintiva dos seguidores de Cristo (1 Jo 3.23;
4.7-21). Este amor é, em suma, um amor abnegado e sacrificial, que visa ao bem
do próximo (1 Jo 4.9,10). Por isso, o relacionamento entre os crentes deve ser
caracterizado por uma solicitude dedicada e firme, que vise altruisticamente a
promover o sumo bem uns dos outros. Os cristãos devem ajudar uns aos outros nas
provações, evitar ferir os sentimentos e a reputação uns dos outros e negar-se
a si mesmos para promover o mútuo bem-estar (cf 1 Jo 3.23; 1 Co 13; 1 Ts 4.9; 1
Pe 1.22; 2 Ts 1.3; Gl 6.2; 2 Pe 1.7).
Tópico III - Amor Ao Próximo - A Dimensão Horizontal
A questão do relacionamento humano, se torna
ajustada, encaminhada e equilibrada quando há o diferencial Deus, que nos
tornou, pela salvação em Cristo Jesus, Seus filhos, e criou a família de fé na
qual somos irmãos que devem aprender a se amar. Afinal, "Aquele que odeia
a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas; não sabe para onde vai, porque
as trevas lhe cegaram os olhos" e, "Nisto são manifestos os filhos de
Deus, e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem
aquele que não ama a seu irmão" (1Jo 2.11; 3.10).Entendamos: para o Antigo
Testamento, para a cultura hebréia, o próximo, o semelhante era o igual. Os
termos de Levítico 19.18 deixam claro esse fato: "Não te vingarás, nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti
mesmo. Eu sou o Senhor" (cf. Pv 3.28; Jr 22.13). Amar o próximo tinha como
contrapartida odiar o inimigo. Assim o refletem Êxodo 15.6 e Levítico 26.8:
"A tua destra, ó Senhor, é gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor,
despedaça o inimigo"; "Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós
perseguirão a dez mil, e os vossos inimigos cairão à espada diante de
vós". Jesus e os apóstolos, porém, estendem o significado: "Amar ao
próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios",
disse um escriba ao Mestre, que aprovou a sua exclamação (cf. Mc 12.33).
"Cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação",
enunciou Paulo (Rm 15.2), precisamente na linha de João que deixou a exortação,
"Aquele que não ama a seu irmão a quem viu, como pode amar a Deus a quem
não viu?" (1Jo 4.20b).
4.7 AMEMO-NOS UNS AOS OUTROS. Embora o amor seja um
aspecto do fruto do Espírito (Gl 5.22,23) e uma evidência do novo nascimento
(2.29; 3.9,10; 5.1), é também algo que temos a responsabilidade de desenvolver.
Por essa razão, João nos exorta a amar uns aos outros, a termos solicitude por
eles e procurar o bem-estar deles. João não está falando apenas em sentimento
de boa-vontade, mas em disposição decisiva e prática, de ajudar as pessoas nas
suas necessidades (3.16-18; cf. Lc 6.31). João nos admoesta a demonstrar amor,
por três razões: (1) O amor é a própria natureza de Deus (vv. 7-9), e Ele o
demonstrou ao dar seu próprio Filho por nós (vv. 9,10). Compartilhamos da sua
natureza porque nascemos dEle (v. 7). (2) Porque Deus nos amou, nós, que temos
experimentado o seu amor, perdão e ajuda, temos a obrigação de ajudar o próximo,
mesmo com grande custo pessoal. (3) Se amamos uns aos outros, Deus continua a
habitar em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado (v. 12).
Tópico IV - Amor A Si Mesmo - A Dimensão Interior
1- O Amor a si mesmo reflete o amor de DEUS por nós
É importante ser ensinável, se submeter à sã
doutrina. Mas há algumas coisas que nenhum ser humano pode ensinar. Há algumas
crises que só o Espírito Santo pode levar à uma saída. Às vezes inexistem
respostas em lugar algum da mente humana, e então o Espírito Santo precisa nos
ensinar como sair da crise! Necessitamos voltar-nos para o nosso interior, e
bloquear todas as vozes e as falas exteriores. Eis a prova:
· “...a unção
que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém
vos ensine...” (I João 2:27).
· “...a loucura
de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que
os homens” (I Coríntios 1:25).
As coisas que Deus deseja fazer por nós ainda nem
sequer chegaram à mente dos conselheiros sábios do mundo.
· “...nem olhos
viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus
tem preparado para aqueles que o amam” (I Coríntios 2:9).
Elas são reveladas pelo Espírito em nós!
· “...Deus no-lo
revelou pelo Espírito...”
Se aquilo que Deus preparou para nós ainda “nem
penetrou na mente humana”, como alguém poderá me dizer algo que não sabe?
· “Porque qual dos homens sabe as cousas do
homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as cousas de
Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (I Coríntios 2:11).
Não estou contra o cristão buscar bom
aconselhamento. Não estou contra a psicologia cristã. Mas nenhuma delas vale
sequer mencionar, a menos que leve a pessoa à esta verdade absoluta: nenhum
outro ser humano pode ser a sua fonte de felicidade e paz!
Os que se apóiam nos braços da carne cavam poços que
não agüentam um teste. Estão sempre precisando de alguém para lhes derramar um
conselho, mas não o retém. São cisternas rotas.
· “Não sabeis
que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I
Coríntios 3:16).
· “Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio...” (Gal. 5:22).
· “é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe (em nós) e que se torna
galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).
· “em quem
também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
promessa, o qual é o penhor da nossa herança, até o resgate da sua
propriedade...” (Efésios 1:13,14).
Você está pronto para receber essa verdade e agir
baseado nela? O que foi que acabamos de ler? Ele está em você: para consolar,
para guiar, para guiar à toda a verdade; para lhe mostrar as coisas que virão;
para lhe vivificar; para lhe ajudar em suas enfermidades; para lhe ajudar a
entender todas as coisas que Deus graciosamente lhe concedeu; para lhe trazer
alegria, amor, paz, paciência, bondade, domínio próprio; para lhe dar tudo que
foi prometido a um filho de Deus; para lhe recompensar por sua diligência; para
lhe assegurar liberdade; para lhe prover acesso ao Pai; para lhe levar a um
lugar de repouso suave e de verdade.
2- O Pecado impede que a pessoa ame a si mesma
O pecado faz divisão entre nós e DEUS, causa o
efeito "Falta de confiança para falar com DEUS ou ouvir DEUS falando
conosco". A fé fraqueja no momento mais difícil e de precisão da alma que
anseia pela comunhão, mas sucumbe na dúvida.
3- Relação entre as três dimensões do amor ágape
Há uma distinção entre ágape e as outras qualidades
do amor, sempre integradas uma à outra e presentes em toda experiência do amor.
Pelo seu caráter transcendente, ágape não pode ser experimentada como força
vital, senão através das outras e especialmente do eros. Contudo, em todas as
decisões morais, ágape deve ser o elemento determinante, pois é ligado à
justiça e transcende a finitude do amor humano. Sozinha, ágape se tornaria
moralista e legalista. Mas sem ágape, o amor perderia a sua seriedade. Contudo,
não vimos uma ordem hierárquica entre as qualidades do amor, a não ser em
relação à ágape.
O fruto do Espírito é como uma linda flor que se
abre com uma chave chamada AMOR; é só apartir do Amor que conhecemos as outras
qualidades do fruto do ESPÍRITO em nós implantado, no instante em que aceitamos
a CRISTO como nosso Senhor e Salvador.
Conclusão
Como vimos, o amor não pode por um lado ser um tema
abandonado, nem por outro, um discurso isolado. Se somos cristãos de fato, a
mais autêntica cristologia bíblica deverá acompanhar este amor e a importância
dada aos demais mandamentos da lei de Deus deverá testemunhar de nossa
fidelidade (ou adesão) ao Bem Maior, que é Cristo Jesus. Não amamos porque
somos naturalmente bons, mas porque nascemos da graça. Não cumpriremos a lei
para fazer-nos “justos”, mas porque ele nos justificou com sua justiça. Não
brilharemos porque temos luz própria, mas porque refletimos o sol da justiça.
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PAZ DO SENHOR
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