Lição 10 - O Fruto Do ESPÍRITO - Temperança - o
Fruto Da Disciplina.
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º
TRIMESTRE DE 2005
TEXTO ÁUREO: “Porque Deus não nos deu o espírito de
temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7).
Romanos 8.15 Porque não recebestes o espírito de
escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de
adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
Lucas 24.49 E eis que sobre vós envio a promessa de
meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais
revestidos de poder.
Atos dos Apóstolos 1.8 Mas recebereis a virtude do
Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
VERDADE PRÁTICA: A temperança como fruto do Espírito
realiza no cristão o inverso das maquinações e obras iníquas da carne.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: 2 Pedro 1.3-8
3 O seu
divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua
glória e virtude. 4 Desse modo ele nos tem dado grandíssimas e preciosas
promessas, para que por elas vos torneis
participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela
concupiscência há no mundo. 5 Por isso mesmo vós, empregando toda a diligência,
acrescentai à vossa fé a bondade, e à bondade o conhecimento, 6 e ao
conhecimento o domínio próprio, e ao domínio próprio a perseverança, e à
perseverança a piedade, 7 e à piedade a fraternidade, e à fraternidade o amor.
8 Pois se em vós houver estas coisas em abundância, não vos deixarão ociosos
nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
1.3 TUDO O QUE DIZ RESPEITO À VIDA E PIEDADE.
O amor de
nosso Pai celestial, a salvação mediante Jesus Cristo, sua intercessão por nós
no céu, a habitação interior do Espírito Santo e o seu batismo, a comunhão dos
santos e a inspirada Palavra de Deus são suficientes para satisfazer a
necessidade do crente em "tudo o que diz respeito à vida e piedade"
(Mt 11.28-30; Hb 4.16; 7.25; 9.14). (1) Não é necessário acrescentar qualquer
sabedoria, técnica ou teoria humana, para completar a suficiência da Palavra de
Deus, que revela a nossa salvação perfeita em Cristo. As palavras de Jesus, a
fé apostólica do NT e a graça de Deus foram suficientes para satisfazer as necessidades
dos perdidos, nos antigos tempos da igreja, e são igualmente suficientes hoje.
Absolutamente nada, poderá oferecer mais altura, profundidade, força e ajuda do
que aquilo que o próprio Jesus proclamou e providenciou, e que os apóstolos
testemunharam na revelação bíblica. Somente Jesus Cristo é "o caminho, e a
verdade, e a vida" (Jo 14.6). (2) Se o evangelho que temos hoje parece
deficiente é porque não é o mesmo evangelho que Cristo e os apóstolos pregaram.
1.4 PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA. Nossa
participação na natureza divina é mais uma descrição do novo nascimento,
mediante o qual recebemos vida divina. Participamos da natureza de Deus, para
nos conformarmos com Ele e com a sua santidade (cf. 1 Co 6.19; Ef 4.24)
1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes
que o cristão deve desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e
frutífero diante de Deus (v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a
diligência" demonstra que os crentes devem estar ativamente empenhados no
seu crescimento espiritual (cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve
imediatamente envidar todos os esforços possíveis para acrescentar à sua fé as
sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que essas características
espirituais não se desenvolvem automaticamente sem nosso esforço diligente de
cultivá-las.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda - 1 Co 9.25 A temperança conduz o crente a
uma vida disciplinada em tudo
Terça - 1 Co 6.12 A temperança e a liberdade cristã
Quarta - 1 Ts 5.8 A temperança integra a armadura espiritual
do cristão
Quinta - Pv 16.32 A temperança capacita o crente a
ser tolerante, moderado e equilibrado
Sexta - Pv 25.28 A temperança protege o crente dos
ataques do Inimigo
Sábado - Tt 1.8 A temperança é indispensável aos
líderes
OBJETIVOS: Após
esta aula, seu aluno deverá estar apto a:
1- Definir biblicamente o termo temperança.
2- Apontar o segredo da temperança.
3- Mencionar as áreas específicas de nossa vida onde
a temperança é imprescindível.
Subsídio Teológico
“Temperança (domínio próprio)
Existem ainda muitas pessoas para as quais a
‘temperança’ está especialmente associada a uma bebida forte, mas é quase
desnecessário salientar que a verdadeira temperança tem uma aplicação ampla
para cada um dos nossos apetites, não só os apetites físicos, mas os mentais e
espirituais também. ‘Em tudo se domina’é o objetivo de Paulo (1 Co 9.25); é o
alvo para o crente. É possível ser abstêmio até o ponto da ‘disciplina do
corpo’ (Cl 2.23), e, ainda assim, ser totalmente imoderado no temperamento, falando
demais ou na busca de elogio e poder.
...A falta de domínio próprio nos apetites físicos é
uma das formas mais predominantes da fraqueza e do pecado... Um cristão com
domínio próprio irá desfrutá-las com gratidão quando lhes forem convenientes e
proveitosas, mas continuará, igualmente sereno quando não puder dispor delas.
...Quando Jesus entra no coração, seu Espírito,
controlando o interior, produz, como fruto final, ‘domínio próprio e amor em
todas as coisas’ ” (GEE, Donald. Como receber o batismo no Espírito Santo.
RJ:CPAD, 2001, p. 89, 90, 92, 97).
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Professor, nesta lição, faremos um Gráfico
Comparativo Conceitual. Este recurso possibilita relacionar uma expressão aos
seus diversos conceitos. A lição trata da temperança em diversas áreas da vida,
isto possibilita uma expressão principal que contém diversos elementos
correspondentes. Distribua uma folha contendo três colunas com os três títulos
conforme o modelo abaixo e, solicite que os alunos escrevam os conceitos
negativos e positivos de cada expressão de acordo com a necessidade individual.
Este exercício pode ser feito depois do tópico ‘III’ da lição.
EXPRESSÕES PRINCIPAIS
CONCEITOS NEGATIVOS
CONCEITOS POSITIVOS
Controle da Língua
Palavras Torpes
Linguagem Sã
Moderação nos Hábitos
Glutonaria
Alimentar-se Adequadamente
Moderação no uso do Tempo
Ocupar-se com Atividades Inúteis
Ocupar-se com Atividades Edificantes
Autodomínio da Mente
Pensar coisas Vãs e Infrutíferas
Pensar tudo o que é Puro e Verdadeiro
COMENTÁRIO:
INTRODUÇÃO
Nesta lição, analisaremos o fruto do Espírito quanto
a sua “fatia” da disciplina — a temperança. O crente, que permite ao Espírito
Santo torná-lo segundo a imagem de Jesus, desenvolverá esta virtude em todas as
áreas da vida (2 Co 3.18).
Você precisa de mais disciplina e ordem em sua vida,
sem reclamação? O fruto da temperança ou autocontrole — não simplesmente o
natural ou advindo de cursos, mas do Espírito — é a resposta.
I. O QUE É TEMPERANÇA
1. Definição bíblica. A palavra original traduzida
por “temperança” aparece somente em três passagens do NT: Gl 5.22, At 24.25 e 2
Pe 1.6. Em Gálatas 5.22, é usada para designar a última seção do fruto nônuplo
do Espírito.
No Dicionário Houaiss:
n substantivo feminino
1 qualidade ou virtude de quem é moderado, comedido
(espiritualmente: pessoa equilibrada)
2 sobriedade no consumo de alimentos e/ou bebidas
(espiritualmente: o que não é glutão)
Ex.: a temperança é essencial à saúde
(espiritualmente: Para se ter uma vida de comunhão com DEUS precisamos ser
temperados)
3 hábito de poupar, de economizar; parcimônia
(espiritualmente: sem luxúria, contribuinte fiel na casa do Senhor)
Ex.: temperança nas despesas (quantos crentes não
sabem se controlar nos gastos e estão endividados e dando um péssimo testemunho
perante a sociedade em que vivem, fazendo com que o nome de CRISTO seja
blasfemado? - Se você é um destes, ainda é tempo de começar de novo, seja
controlado pelo ESPÍRITO SANTO daqui para frente.)
Em Atos 24.25 Paulo empregou o termo ao discorrer
com Félix acerca “da justiça, e da temperança, e do juízo vindouro”.
24.25 JUSTIÇA, E DA TEMPERANÇA, E DO JUÍZO VINDOURO.
Quando Paulo fala diante de Félix a respeito da fé em Jesus Cristo, e prega a
respeito da justiça, e da temperança e do Juízo vindouro , Félix fica
apavorado. Essa reação concorda com as palavras de Jesus de que quando vier o
Espírito Santo, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo (Jo
16.8). A salvação de todas as pessoas depende da proclamação fiel das verdades
solenes da Palavra, mediante as quais o Espírito Santo produz convicção no
pecador (ver Jo 16.8).
2 Pedro 1.5,6, a palavra é incluída na lista das
qualidades que todo cristão deve desenvolver: “Acrescentai à vossa fé a
virtude, e à virtude, a ciência, e à ciência, a temperança, e à temperança, a
paciência, e à paciência, a piedade”.
1.5 ACRESCENTAI À VOSSA FÉ. Pedro alista as virtudes
que o cristão deve desenvolver, a fim de ser espiritualmente vitorioso e
frutífero diante de Deus (v. 8). A expressão "pondo nisto mesmo toda a
diligência" demonstra que os crentes devem estar ativamente empenhados no
seu crescimento espiritual (cf. Fp 2.12,13). Quem se torna cristão deve
imediatamente envidar todos os esforços possíveis para acrescentar à sua fé as
sete qualidades citadas nos versículos 5-9. Note que essas características espirituais
não se desenvolvem automaticamente sem nosso esforço diligente de cultivá-las.
2. Temperança como fruto do Espírito é
autodisciplina.
A idéia principal de “temperança” é força, poder ou
domínio sobre o ego, inclusive petulância, arrogância, brutalidade e vanglória.
É o controle de si mesmo sob a orientação do Espírito Santo.
Em 1 Coríntios 9.25, a temperança é empregada em
alusão ao treinamento e disciplina rígidos de corredores gregos em seu esforço
para conquistar o prêmio. Paulo freqüentemente faz uso das analogias do atleta
e do soldado em seus escritos. “Correi de tal maneira que alcanceis [o prêmio].
Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo
no ar. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos
outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.
9.24 O PRÊMIO. O "prêmio", a coroa
"incorruptível" (v. 25), refere-se à vitória de obtermos a salvação
eterna, o alvo precioso da vida cristã (cf. 1.8; 4.5; 6.2,9,10; 15.12-19). Esse
alvo somente podemos atingir, abrindo mão dalguns dos nossos direitos, por amor
ao próximo (8.7-13), e renunciando as coisas que nos eliminariam para a corrida
espiritual (10.5-22).
9.24 CORREI DE TAL MANEIRA QUE O ALCANCEIS. Paulo
ilustra o princípio de que se alguém deixa de exercer seu autodomínio, a
abnegação e o amor ao próximo, ele mesmo será rejeitado por Deus, mesmo sendo
um pregador do evangelho (ver v.27).
(1 Co 9.24,26,27). Aqui, não se trata de ascetismo
pagão e idólatra, nem de auto-flagelação religiosa, mas de manter o nosso
inteiro ser em sujeição por amor a Cristo.
3. Domínio sobre os desejos sexuais. A palavra
temperança também é usada em referência ao domínio do cristão sobre os desejos
sexuais: “Mas, se os solteiros não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor
casar do que abrasar-se” (1 Co 7.9).
1 Coríntios 7.9 Mas, se não podem conter-se,
casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.
1Co 6.15 Não sabeis vós que os vossos corpos são
membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fa-los-ei membros de
uma meretriz? Não, por certo. 16 Ou não sabeis que o que se ajunta com a
meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. 17
Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. 18 Fugi da prostituição.
Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca
contra o seu próprio corpo. 19 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos? 20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
6.15 OS MEMBROS DE CRISTO.
O apóstolo, advertindo contra o relaxamento moral,
demonstra as terríveis conseqüências para o crente, da imoralidade sexual.
Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída, fica sendo um só com
ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana aquilo que Cristo
santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na imoralidade sexual,
a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao fazer do seu corpo um
membro da outra pessoa imoral e ímpia.
6.18 FUGI DA PROSTITUIÇÃO.
A imoralidade
sexual é terrivelmente abominável diante de Deus. Mais do que qualquer outro
ato pecaminoso, profana o corpo, que é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20).
Por isso, Paulo admoesta: "Fugi" da imoralidade sexual. O uso do
tempo presente, aqui, indica que o cristão deve fugir repetidas vezes da
imoralidade sexual (cf. Gn 39.12)
6.19 NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO.
Se somos
cristãos, nosso corpo é a morada pessoal do Espírito Santo (ver Rm 8.9,11, onde
vemos que o Espírito Santo é o selo de Deus em nós, mostrando que lhe
pertencemos). Porque Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo nunca
deve ser profanado por qualquer impureza ou mal, proveniente da imoralidade,
nos pensamentos, desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo contrário,
devemos viver de tal maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em nosso
corpo (v. 20).
II. O SEGREDO DA TEMPERANÇA
A falta de temperança leva a pessoa a cometer
excessos ao dar vazão aos desejos pecaminosos da carne. O melhor antídoto contra
isso é estar cheio do Espírito Santo, porque desta maneira estaremos sob o seu
controle. Ele nos ajuda a dominar nossas fraquezas, e submetermo-nos à sua
vontade. Ver Rm 8.5-9 = 5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as
coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e
paz. 7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é
sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. 8 Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus. 9 Vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o
Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
8.5-14 SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo
descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem
segundo o Espírito. (1) Viver "segundo a carne" ("carne",
aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os
desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com
eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição
egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade,
de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em
cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante. (2)
Viver "segundo o Espírito" é buscar a orientação e a capacitação do
Espírito Santo e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de
Deus. É estar sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle
confiarmos para que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que
a sua vontade se realize em nós e através de nós. (3) É impossível obedecer à
carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de
resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo
contrário, passa a viver segundo a carne (v.13), torna-se inimigo de Deus (8.7;
Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e
solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de Deus, podem esperar a
vida eterna e a comunhão com Ele (vv. 10,11,15,16)
Sem o auxílio do Espírito de Deus, nossas
inclinações naturais cedem facilmente aos desejos pecaminosos. Todavia, ao
nascermos do Espírito, a nova natureza divina em nós esforça-se por cumprir
toda a sua vontade e agradá-lo.
III. UMA VIDA EQUILIBRADA
1. O princípio do equilíbrio é uma das leis naturais
do universo. O controle perfeito que Deus exerce sobre a natureza é mencionado
na Bíblia (Jó 37.14-16).
Gênesis 1.6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio
das águas, e haja separação entre águas e águas.
Isaías 44.24 Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que
te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo
os céus e espraio a
terra por mim mesmo;
A CRIAÇÃO
Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.
O DEUS DA CRIAÇÃO. (1) Deus se revela na Bíblia como
um ser infinito, eterno, auto-existente e como a Causa Primária de tudo o que
existe. Nunca houve um momento em que Deus não existisse. Conforme afirma
Moisés: “Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo,
sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2). Noutras palavras, Deus
existiu eterna e infinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior
a toda criação, no céu e na terra, está acima e independe dela (ver 1Tm 6.16
nota; Cl 1.16). (2) Deus se revela como um ser pessoal que criou Adão e Eva “à
sua imagem” (1.27; ver 1.26). Porque Adão e Eva foram criados à imagem de Deus,
podiam comunicar-se com Ele, e também com Ele ter comunhão de modo amoroso e
pessoal. (3) Deus também se revela como um ser moral que criou tudo bom e,
portanto, sem pecado. Ao terminar Deus a obra da criação, contemplou tudo o que
fizera e observou que era “muito bom” (1.31). Posto que Adão e Eva foram
criados à imagem e semelhança de Deus, eles também não tinham pecado (ver
1.26). O pecado entrou na existência
humana quando Eva foi tentada pela serpente, ou Satanás (Gn 3; Rm 5.12; Ap
12.9).
O PROPÓSITO E O ALVO DA CRIAÇÃO.
Deus tinha
razões específicas para criar o mundo. (1) Deus criou os céus e a terra como
manifestação da sua glória, majestade e poder. Davi diz: “Os céus manifestam a
glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1; cf. 8.1).
Ao olharmos a totalidade do cosmos criado — desde a imensa expansão do
universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de temor reverente
ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador. (2) Deus criou os céus e a
terra para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos
da natureza — e.g., o sol e a lua, as árvores da floresta, a chuva e a neve, os
rios e os córregos, as colinas e as montanhas, os animais e as aves — rendem
louvores ao Deus que os criou (Sl 98.7,8; 148.1-10; Is 55.12). Quanto mais Deus
deseja e espera receber glória e louvor dos seres humanos! (3) Deus criou a
terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a humanidade
fossem cumpridos. (a) Deus criou Adão e Eva à sua própria imagem, para comunhão
amorável e pessoal com o ser humano por toda a eternidade. Deus projetou o ser
humano como um ser trino e uno (corpo, alma e espírito), que possui mente,
emoção e vontade, para que possa comunicar-se espontaneamente com Ele como
Senhor, adorá-lo e servi-lo com fé, lealdade e gratidão. (b) Deus desejou de
tal maneira esse relacionamento com a raça humana que, quando Satanás conseguiu
tentar Adão e Eva a ponto de se rebelarem contra Deus e desobedecer ao seu
mandamento, Ele prometeu enviar um Salvador para redimir a humanidade das
conseqüências do pecado (ver 3.15). Daí Deus teria um povo para sua própria
possessão, cujo prazer estaria nEle, que o glorificaria, e que viveria em
retidão e santidade diante dEle (Is 60.21; 61.1-3; Ef 1.11,12; 1Pe 2.9). (c) A
culminação do propósito de Deus na criação está no livro do Apocalipse, onde
João descreve o fim da história com estas palavras: “...com eles habitará, e
eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap
21.3).
2. O propósito divino é que os cristãos tenham uma
vida equilibrada. Isto implica equilíbrio espiritual, físico, mental e
emocional. Por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu os capítulos 12, 13 e 14 de 1
Coríntios a fim de enfatizar o equilíbrio no exercício dos dons espirituais, e
a necessidade destes estarem harmonizados pelo amor. Na igreja de Corinto havia
abuso no exercício dos dons espirituais, enquanto, na de Tessalônica havia
controle excessivo dos referidos dons, o que também causava desequilíbrio.
Estes crentes impediam a obra do Espírito e até menosprezavam os dons,
principalmente o mais notório, a profecia
(1 Ts 5.19,20). 5.19,20 NÃO EXTINGAIS O ESPÍRITO.
(1) Paulo compara o extinguir o fogo do Espírito com o desprezo e rejeição às
manifestações sobrenaturais do Espírito Santo, tais como a profecia (vv.
19,20). Reprimir ou rejeitar o uso correto e ordenado da profecia, ou de outros
dons espirituais, resultará na perda em geral da manifestação do Espírito (1 Co
12.7-10,28-30). O ministério do Espírito Santo a favor dos crentes é descrito
em Jo 14.26; 15.26,27; 16.13,14; At 1.8; 13.2; Rm 8.4,11,16,26; 1 Co 2.9-14;
12.1-11; Gl 5.22-25. (2) Estes dois versículos mostram com clareza que outras
igrejas tinham em seu meio a manifestação de dons espirituais nos cultos de
oração. Note-se bem que as mensagens proféticas não desprezadas, mas também
aceitas após exame cuidadoso (v. 21; ver 1 Co 14.29).
3. Vida equilibrada é viver com moderação. Isto
significa que devemos evitar os extremos de comportamento ou expressão,
conservando os apropriados e justos limites. Obviamente há coisas das quais o
cristão tem de se privar totalmente (Gl 5.19-21; Rm 1.29-31; Rm 3.12-18; Mc
7.22,23). Entretanto, Deus criou muitas coisas boas para delas desfrutarmos com
prudência, sob a orientação do Espírito Santo e da Palavra de Deus. Examinemos
os ensinos bíblicos quanto à temperança em áreas específicas de nossa vida.
a) Controle da língua.
A temperança começa com o controle da língua, e o
apóstolo Tiago informa-nos o quão difícil é realizá-lo.
A LÍNGUA TAMBÉM É UM FOGO. Tiago enfatiza nossa
inclinação ao pecado através da fala. Os pecados da fala incluem palavras
ásperas e maldosas, mentira, exagero, doutrinas falsas, calúnia, fuxico,
jactância, etc. O crente maduro mantém sua língua sob controle mediante a ajuda
do Espírito Santo, que leva "cativo todo entendimento à obediência de Cristo"
(2 Co 10.5). Por causa dessa tendência de pecar com a língua, Tiago exorta a
todo ser humano a ser "pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para
se irar" (1.19).
(Tg 3.2). Se você não controla sua língua, sua fala,
sua conversa, não controla nada mais em sua vida. Se você realmente deseja o
fruto da temperança, peça ao Espírito Santo para controlar sua língua.
b) Moderação nos hábitos cotidianos.
Em 1Co 6.12 TODAS AS COISAS ME SÃO LÍCITAS. Essa
declaração é claramente uma citação da falsa teologia dos inimigos de Paulo.
Pensavam que tinham o direito de fazer tudo quanto queriam.
6.15 OS MEMBROS DE CRISTO. O apóstolo, advertindo
contra o relaxamento moral, demonstra as terríveis conseqüências para o crente,
da imoralidade sexual. Quando o crente une-se fisicamente a uma mulher decaída,
fica sendo um só com ela, sujeito ao seu domínio (v.16; cf. Gn 2.24), profana
aquilo que Cristo santificou (v. 15), e separa-se do reino de Deus (v. 9). Na
imoralidade sexual, a pessoa praticamente separa-se da união com Cristo, ao
fazer do seu corpo um membro da outra pessoa imoral e ímpia.
6.18 FUGI DA PROSTITUIÇÃO. A imoralidade sexual é
terrivelmente abominável diante de Deus. Mais do que qualquer outro ato
pecaminoso, profana o corpo, que é o templo do Espírito Santo (vv. 15-20). Por
isso, Paulo admoesta: "Fugi" da imoralidade sexual. O uso do tempo
presente, aqui, indica que o cristão deve fugir repetidas vezes da imoralidade
sexual (cf. Gn 39.12)
6.19 NOSSO CORPO É O TEMPLO DO ESPÍRITO SANTO. Se
somos cristãos, nosso corpo é a morada pessoal do Espírito Santo (ver Rm
8.9,11, onde vemos que o Espírito Santo é o selo de Deus em nós, mostrando que
lhe pertencemos). Porque Ele habita em nós e pertencemos a Deus, nosso corpo
nunca deve ser profanado por qualquer impureza ou mal, proveniente da
imoralidade, nos pensamentos, desejos, atos, filmes, livros ou revistas. Pelo
contrário, devemos viver de tal maneira que glorifiquemos e agrademos a Deus em
nosso corpo (v. 201 Coríntios 6.12-20, aprendemos a importância de honrar a
Deus através do nosso corpo. Nesta passagem, trata-se não só a respeito da
imoralidade sexual, mas também sobre qualquer outra prática que desonre o corpo
e, conseqüentemente, desonre Deus.
A glutonaria e a bebedice são hábitos pecaminosos contra
os quais somos advertidos na Bíblia (Pv 23.20,21). Alguém que repreende outrem
por alcoolismo e ao mesmo tempo come de forma excessiva é incoerente. Esse tal
prejudica-se igualmente, pecando contra o corpo. Precisamos da ajuda do
Espírito Santo para educar nossos hábitos alimentares.
c) Moderação no uso do tempo. Provavelmente o maior
exemplo bíblico de satisfação excessiva dos próprios desejos é o rico insensato.
ACAUTELAI-VOS... DA AVAREZA. Fazer dos ganhos ou das
riquezas da terra o propósito da nossa vida é um erro fatal que leva à perdição
eterna (vv. 20,21). (1) A palavra grega traduzida avareza (pleonexia),
literalmente significa a sede de possuir mais. (2) A avareza nada tem com o
provimento das nossas próprias necessidades e as da nossa família (cf. Pv 6.6).
Enquanto trabalhamos para suprir as nossas necessidades, devemos ser ricos para
com Deus e buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça (v. 31; cf. Mt
6.33 ). (3) Cada crente deve atentar para esta advertência de Jesus e examinar
se há egoísmo e avareza em seu próprio coração(Lc 12.15-21. )
Jesus destacou a importância de usar nosso tempo com
sabedoria em seu discurso em relação à vigilância (Lc 12.35-48). O crente
equilibrado o dividirá entre a família, o trabalho, o estudo da Bíblia, a Casa
do Senhor, a oração, o descanso e o lazer. O preguiçoso, ou o indivíduo que
desperdiça tempo em atividades inúteis, não tem domínio próprio (1 Ts 5.6-8).
d) Autodomínio da mente. No mundo de hoje, há muitas
atrações e passatempos aparentemente inofensivos com o objetivo de afastar-nos
de nossas responsabilidades para com Deus. O que lemos, vimos, ou ouvimos causa
impacto em nossa mente, por isso precisamos da ajuda do Espírito Santo a fim de
conservá-la pura (Fp 4.8).
IV. UMA VIDA SANTA
SEGUI... A
SANTIFICAÇÃO Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar
perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença,
sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a
prioridade de Deus para os seus seguidores (Ef 4.21-24). (1) A santidade foi o
propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef
1.4). (2) A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a
esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30). (3) A santidade foi o propósito de Cristo
para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27). (4) A
santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder
o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10). (5) Sem santidade, ninguém
poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21). (6) Sem santidade, ninguém terá
intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2). (7) Sem santidade, ninguém verá o
Senhor(Hb 12.14).
Acima de tudo, Deus deseja que sejamos santos! Esta
idéia é enfatizada inúmeras vezes ao longo da Bíblia: “Porque eu sou o Senhor,
que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que
sejais santos; porque eu sou santo”
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor”
(Lv 11.45).SEREIS SANTOS. As instruções no tocante
ao alimento puro e impuro (i.e., apropriado e impróprio) (cap. 11) foram dadas,
segundo parece, por motivos de saúde; mas também são padrões para ajudar Israel
a permanecer como um povo separado da sociedade ímpia ao seu derredor (cf. Dt
14.1,2). Essas instruções sobre alimentos já não são obrigatórias para o crente
do NT, posto que Cristo cumpriu o significado e o propósito delas (cf. Mt 5.17;
15.1-20; At 10.14,15; Cl 2.16; 1 Tm 4.3). Contudo, os princípios inerentes
nessas instruções continuam válidos hoje. (1) O cristão hodierno deve diferir
da sociedade em derredor quanto a comer, beber e vestir-se, de tal modo que
glorifiquem a Deus no seu corpo (cf. 1 Co 6.20; 10.31) e pela rejeição de todos
os costumes pecaminosos sociais dos ímpios. O crente precisa ser "santo em
toda a vossa maneira de viver" (1 Pe 1.15). (2) A ênfase nos detalhes à
pureza cerimonial ressaltava a necessidade da separação moral do povo de Deus,
em pensamento e obras, em relação ao mundo ao seu redor (Êx 19.6; 2 Co 7.1).
Todos os aspectos da nossa vida devem ser regulados pela vontade de Deus (1 Co
10.31)
O Espírito Santo trabalha em nosso interior,
aperfeiçoando a santidade e tornando Cristo uma realidade em nossa vida. Ele
quer produzir em nós o fruto espiritual da temperança, e cria em nós o desejo
de separação do mundo pecaminoso para viver de modo agradável a Deus.
SE... O ESPÍRITO DE DEUS HABITA EM VÓS. Todo crente,
desde o momento em que aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador, tem o
Espírito Santo habitando nele (v. 9; cf. 1 Co 3.16; 6.19,20; Ef 1.13,14)
8.10 O CORPO... ESTÁ MORTO POR CAUSA DO PECADO. O
pecado invadiu o elemento físico do nosso ser; daí o nosso corpo ter que
morrer, ou ser transformado (cf. 1 Co 15.50-54; 1 Ts 4.13-17). Mas, porque
Cristo está em nós, experimentamos agora a vida do Espírito. (Rm 8.8-10)
A SANTIFICAÇÃO
1Pe 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai,
em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus
Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”.
Santificação (gr. hagiasmos) significa “tornar
santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e “apartar-se do pecado”, a fim de
termos ampla comunhão com Deus e servi-lo com alegria.
(1) Além do termo “santificar” (cf. 1Ts 5.23), o
padrão bíblico da santificação é expresso em termos tais como “Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu
pensamento” (Mt 22.37), “irrepreensíveis em santidade” (1Ts 3.13),
“aperfeiçoando a santificação” (2Co 7.1), “a caridade de um coração puro, e de
uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1Tm 1.5), “sinceros e sem
escândalo algum” (Fp 1.10), “libertados do pecado” (Rm 6.18), “mortos para o
pecado” (Rm 6.2), “para servirem à justiça para santificação” (Rm 6.19),
“guardamos os seus mandamentos” (1Jo 3.22) e “vence o mundo” (1Jo 5.4). Tais
termos descrevem a operação do Espírito Santo mediante a salvação em Cristo,
pela qual Ele nos liberta da escravidão e do poder do pecado (Rm 6.1-14), nos
separa das práticas pecaminosas deste mundo atual, renova a nossa natureza
segundo a imagem de Cristo, produz em nós o fruto do Espírito e nos capacita a
viver uma vida santa
e vitoriosa de dedicação a Deus (Jo 17.15-19,23; Rm
6.5, 13, 16, 19; 12.1; Gl 5.16, 22,23; ver 2Co 5.17).
(2) Esses termos não subentendem uma perfeição
absoluta, mas a retidão moral de um caráter imaculado, demonstrada na pureza do
crente diante de Deus, na obediência à sua lei e na inculpabilidade desse
crente diante do mundo (Fp 2.14,15; Cl 1.22; 1Ts 2.10; cf. Lc 1.6). O cristão,
pela graça que Deus lhe deu, morreu com Cristo e foi liberto do poder e domínio
do pecado (Rm 6.18); por isso, não precisa nem deve pecar, e sim obter a
necessária vitória no seu Salvador, Jesus Cristo. Mediante o Espírito Santo,
temos a capacidade para não pecar (1Jo 3.6), embora nunca cheguemos à condição
de estarmos livres da tentação e da possibilidade do pecado.
(3) A santificação no AT foi a vontade manifesta de
Deus para os israelitas; eles tinham o dever de levar uma vida santificada,
separada da maneira de viver dos povos à sua volta (ver Êx 19.6 nota; Lv 11.44
nota; 19.2 nota; 2Cr 29.5). De igual modo a santificação é um requisito para
todo crente em Cristo. As Escrituras declaram que sem santificação ninguém verá
o Senhor (Hb 12.14).
(4) Os filhos de Deus são santificados mediante a fé
(At 26.18), pela união com Cristo na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm
6.1-11; 1 Co 130), pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e
pelo poder regenerador e santificador do Espírito Santo no seu coração (Jr
31.31-34; Rm 8.13; 1Co 6.11; 1Pe 1.2; 2Ts 2.13).
(5) A santificação é uma obra de Deus, com a
cooperação do seu povo (Fp 2.12,13; 2Co 7.1). Para cumprir a vontade de Deus
quanto à santificação, o crente deve participar da obra santificadora do
Espírito Santo, ao cessar de praticar o mal (Is 1.16), ao se purificar “de toda
imundícia da carne e do espírito” (2Co 7.1; cf. Rm 6.12; Gl 5.16-25) e ao se
guardar da corrupção do mundo (Tg 1.27; cf. Rm 6.13,19; 8.13; Ef 4.31; 5.18; Tg
4.8).
(6) A verdadeira santificação requer que o crente
mantenha profunda comunhão com Cristo (ver Jo 15.4), mantenha comunhão com os
crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à
Palavra de Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de
Deus (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniqüidade (Hb 1.9), mortifique o
pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em
obediência e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).
(7) Segundo o NT, a santificação não é descrita como
um processo lento, de abandonar o pecado pouco a pouco. Pelo contrário, é
apresentada como um ato definitivo mediante o qual, o crente, pela graça, é
liberto da escravidão de Satanás e rompe totalmente com o pecado a fim de viver
para Deus (Rm 6.18; 2Co 5.17; Ef 2.4,6; Cl 3.1-3). Ao mesmo tempo, no entanto, a
santificação é descrita como um processo vitalício mediante o qual continuamos
a mortificar os desejos pecaminosos da carne (Rm 8.1-17), somos
progressivamente transformados pelo Espírito à semelhança de Cristo (2Co 3.18)
crescemos na graça (2Pe 3.18), e devotamos maior amor a Deus e ao próximo (Mt
22.37-39; 1Jo 4.10-12, 17-21).
(8) A santificação pode significar uma outra
experiência específica e decisiva, à parte da salvação inicial. O crente pode
receber de Deus uma clara revelação da sua santidade, bem como a convicção de
que Deus o está chamando para separar-se ainda mais do pecado e do mundo e a
andar ainda mais perto dEle (2Co 6.16-18). Com essa certeza, o crente se
apresenta a Deus como sacrifício vivo e santo e recebe da parte do Espírito
Santo graça, pureza, poder e vitória para viver uma vida santa e agradável a
Deus (Rm 12.1,2; 6.19-22).
CONCLUSÃO
O fruto da temperança suscitado pelo Espírito Santo
opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa carnal e humana. No momento em
que somos salvos, o Espírito Santo passa a habitar em nós. A partir de então,
não deveremos estar mais sob a escravidão do pecado. Ao longo da vida terrena,
precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. Esta (a
natureza inatamente pecaminosa) fará tudo para recuperar o seu domínio sobre
nós. Busquemos todos, sempre, a renovação espiritual e tenhamos uma vida
inteiramente rendida a Jesus como Senhor. Nessa dimensão espiritual nasce e
cresce o fruto do Espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.