Lição 13 - FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL: CONTRA ISSO NÃO
HÁ LEI.
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º
TRIMESTRE DE 2005
TEXTO ÁUREO: “Mas o fruto do ESPÍRITO é: caridade,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra
essas coisas não há lei” (Gl 5.22,23). AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
VERDADE PRÁTICA: O cristão, que produz o fruto do
ESPÍRITO deve saber que não há lei
restritiva sobre isso.
Nada na Palavra de DEUS condena aquele que quer
viver nos moldes de CRISTO, antes, pelo contrário, lha faz promessas de vida
eterna e abundante com DEUS.
Rm 8. 1 Portanto, agora já não há condenação para os
que estão em CRISTO JESUS{1}, 2 porque por meio de CRISTO JESUS a lei do
ESPÍRITO de vida me libertou da lei do pecado e da morte.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:
ROMANOS 12.9-18; 9 O amor seja não fingido.
Aborrecei o mal, e apegai-vos ao bem.10 Amai-vos cordialmente uns aos outros
com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11 Não sejais
vagarosos no cuidado, mas sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor. 12
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração.
13 Partilhai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade. 14
Abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis. 15 Alegrai-vos com
os que se alegram, e chorai com os que choram. 16 Sede unânimes entre vós. Não
ambicioneis as coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes. Não sejais sábios
em vós mesmos. 17 A ninguém torneis mal por mal. Procurai as coisas honestas
perante todos os homens. 18 Se for
possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.
AMAI-VOS CORDIALMENTE UNS AOS OUTROS. Todos os que
se dedicam a JESUS CRISTO pela fé, também devem dedicar mútuo amor uns aos
outros, como irmãos em CRISTO (1 Ts 4.9,10), com afeição sincera, bondosa e
terna. Devemos preocupar-nos com o bem-estar, as necessidades e a condição
espiritual dos nossos irmãos, sendo solidários e assistindo-os nas suas
tristezas e problemas. Devemos preferir-nos em honra uns aos outros, i.e.,
devemos estar dispostos a respeitar e honrar as boas qualidades dos outros
crentes (ver Jo 13.34,35)
GÁLATAS 5.16-18, 16 Digo, porém: Andai no Espírito,
e não satisfareis à concupiscência da carne. 17 Pois a carne deseja o que é
contrário ao ESPÍRITO, e o ESPÍRITO o que é contrário à carne. Estes opõem-se
um ao outro, para que não façais o que quereis. 18 Mas, se sois guiados pelo
Espírito, não estais debaixo da lei.
O ESPÍRITO... CONTRA A CARNE. O conflito espiritual
interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito
resulta ou numa completa submissão às más inclinações da "carne", o
que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do
ESPÍRITO SANTO, continuando o crente sob o senhorio de CRISTO (v. 16; Rm
8.4-14). O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará
por toda a vida terrena, visto que o crente por fim reinará com CRISTO (Rm
7.7-25; 2 Tm 2.12; Ap 12.11; ver Ef 6.11)
GÁLATAS 5.22-25
22 Mas o fruto do ESPÍRITO é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, 23
mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. 25 Se vivemos no
ESPÍRITO andemos também no Espírito. 26
Não nos tornemos convencidos, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns
aos outros.
AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gl 5.16 O antídoto contra as
concupiscências da carne
Terça - Rm 7.5 A natureza pecaminosa produz fruto
para a morte
Quarta - Rm 6.14 O pecado não tem domínio sobre quem
está sob a graça de DEUS.
Quinta - Gl 5.25 Viver no ESPÍRITO é andar conforme
a doutrina bíblica.
Sexta - Rm 8.14 Os filhos de DEUS deixam se guiar
pelo ESPÍRITO de DEUS.
Sábado - Rm 6.22 O fruto espiritual conduz à
santificação do crente
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar
apto a:
1- Explicar o conceito bíblico de liberdade cristã.
2- Estabelecer a diferença entre liberdade em CRISTO
e escravidão da lei.
3- Citar o fruto do Espírito.
PONTO DE CONTATO:
Professor, chegamos ao final de mais um trimestre!
Durante esses encontros dominicais, nossos alunos foram abençoados por DEUS
através do ensino de diversos temas bíblicos edificantes. Quantos momentos
agradáveis passamos com a classe! Fomos instrumentos nas poderosas mãos do Pai
para exortar, consolar e edificar os amados filhos de DEUS. Algumas vezes, sem
que os alunos percebessem, comparecemos diante deles atribulados, preocupados.
Em outros momentos, enfermos, com necessidades materiais não supridas. Não foi
fácil perseverar ante as adversidades enfrentadas neste trimestre. Mas graças
ao nosso DEUS, cumprimos a nossa missão. Na tristeza, desfrutamos da alegria;
na tribulação, mostramo-nos pacientes e perseverantes; na tempestade,
usufruímos da mais profunda paz. Ensinamos porquanto primeiramente aprendemos
com o ESPÍRITO SANTO a ser como CRISTO.
SÍNTESE TEXTUAL:
A carta de Paulo aos Romanos foi considerada o
principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho pelo reformador
Martinho Lutero. O impacto que as palavras desta carta causaram no ‘Cisne de
Eisleben’ fê-lo afixar na capela de Wittemberg suas ‘noventa e cinco teses’.
Outros estudiosos e fiéis têm encontrado semelhante conforto e segurança
salvífica ao estudar os temas doutrinários contidos em Romanos.
A pergunta crucial encontrada nos capítulos seis e
sete é: ‘Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De
modo nenhum’ (Rm 6.15). Ser livre do jugo da lei não significa que o crente
pode fazer o que lhe apraz, todavia, antes, implica ser escravo da graça: ‘mas
agora libertados do pecado e feitos servos de DEUS, tendes o vosso fruto para a
santificação, e por fim a vida eterna’ (Rm 6.22). É ser transportado do Diabo
para DEUS, do pecado para a santidade, das obras da carne para o fruto do
ESPÍRITO da morte para a vida eterna (Rm
6.16-23). Há diversas leis bíblicas que condenam o pecado em todas as suas
dimensões, no entanto, não há qualquer restrição à manifestação do fruto do
Espírito.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Professor,
como já é de seu conhecimento, a ilustração de um tema possibilita múltiplas
aprendizagens, pois o aluno não assimila a matéria apenas por aquilo que ouve,
mas também pelo que vê, apalpa etc. Por exemplo, quantos sentidos seriam
despertados através do uso de uma simples fruta para ilustrar o ensino do fruto
do Espírito! Por isso, nesta última lição, reproduza o desenho abaixo no quadro
de giz. Explique resumidamente a importância de cada virtude do fruto do
Espírito. Se for possível, leve tangerinas ou laranjas, ou qualquer outra fruta
de sua região semelhante a estas, para ilustrar melhor a aula.
DINÂMICA: Estou utilizando uma laranja para falar
sobre os aspéctos ou qualidades do FRUTO DO ESPÍRITO. Pegue uma laranja e
divida-a em 9 gomos, depois junte-os para formar novamente uma laranja,
envolva-a com uma fita para ficarem juntos os gomos. Você precisará também de
uma laranja com casca e fechada. Também precisará de uma outra laranja com nove
gomos para distribuição na classe. Dê no início da aula gomos de laranja para
cada um de nove alunos. Repare no modo de chupar estes gomos, é muito
importante. Um aluno come tudo de uma só vez, outro vai mordendo aos poucos,
outro vai guardar para depois, outro come metade e dá para outro a outra
metade, etc... Depois é só fazer a comparação entre a laranja e o FRUTO DO
ESPÍRITO: Uma laranja (O FRUTO é um); Nove gomos (Nove qualidades); Um aluno
come tudo de uma só (Do jeito que deveríamos aproveitar todos os gomos ou
qualidades, porém não conseguimos); outro vai mordendo aos poucos (modo correto
de aproveitar todos as qualidades durante nossa vida cristã); outro vai guardar
para depois(negligente e preguiçoso); outro come metade e dá para outro a outra
metade (É individual o aproveitamento); etc... Existem mil maneiras de se usar
este ensino, ache a que melhor lhe aprouver e boa aula!!
COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
A vontade de DEUS é que sejamos cristãos frutíferos,
isto é, que manifestemos as virtudes de CRISTO diariamente, assim como os ramos
apresentam as qualidades da videira à qual estão ligados. Isso só é possível
com a presença e o domínio soberano do ESPÍRITO SANTO em nós. Há na Bíblia leis
contra muitas coisas, porém não há nenhuma contra o fruto do ESPÍRITO e sua
abundância no crente.
I. A LEI E A LIBERDADE CRISTÃ
1. A Liberdade da Escravidão. Por que temos leis?
Imagine como seria sua comunidade se não houvesse leis? Certamente, cada um
faria o que bem quisesse, sem pensar nos direitos de ninguém.
A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO
Êx 20.1,2 “Então,
falou DEUS todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu DEUS, que te
tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”
Um dos aspectos mais importantes da experiência dos
israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de DEUS através do seu
líder, Moisés. A Lei Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”), admite uma
tríplice divisão: (a) a lei moral, que trata das regras determinadas por DEUS
para um santo viver (20.1-17); (b) a lei civil, que trata da vida jurídica e
social de Israel como nação (21.1 — 23.33); e (c) a lei cerimonial, que trata
da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema
sacrificial (24.12 — 31.18). Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à
função da lei no Antigo Testamento.
(1) A lei foi dada por DEUS em virtude do concerto
que Ele fez com o seu povo. Ela expunha as condições do concerto a que o povo
devia obedecer por lealdade ao Senhor DEUS, a quem eles pertenciam. Os
israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8)
(2) A obediência de Israel à lei devia
fundamentar-se na misericórdia redentora de DEUS e na sua libertação do povo
(19.4).
(3) A lei revelava a vontade de DEUS quanto a
conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1—24.8) e prescrevia os sacrifícios de
sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A lei não foi dada
como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham
um relacionamento de salvação com DEUS (20.2). Antes, pela lei DEUS ensinou ao
seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente
diante do seu próximo. Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de
DEUS a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt
28.1,2; 30.15-20).
(4) Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em
DEUS e na sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o
fundamento para a guarda dos seus mandamentos. Israel fracassou exatamente
nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em DEUS, do amor para
com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo
de cumprirem a sua lei. Paulo declara que Israel não alcançou a justiça que a
lei previa, porque “não foi pela fé” que a buscavam (Rm 9.32).
(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a
obediência a DEUS, partindo de um coração cheio de amor (ver Gn 2.9; Dt 6.5)
levaria a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16; Dt
4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm 8.13; 1Jo 1.7).
(6) A lei expressava a natureza e o caráter de DEUS,
i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam
guardar a lei moral de DEUS, pois foram criados à sua imagem (Lv 19.2).
(7) A salvação no AT jamais teve por base a
perfeição mediante a guarda de todos os mandamentos. Inerente no relacionamento
entre DEUS e Israel, estava o sistema de sacrifícios, mediante os quais, o
transgressor da lei obtinha o perdão, quando buscava a misericórdia de DEUS,
com sinceridade, arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória
mediante o sangue.
(8) A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem
permanentes. A lei funcionava como um tutor temporário para o povo de DEUS até
que CRISTO viesse (Gl 3.22-26). O antigo concerto agora foi substituído pelo
novo concerto, no qual DEUS revelou plenamente o seu plano de salvação mediante
JESUS CRISTO (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, com matéria adicional sobre a natureza e
função da lei no AT).
(9) A lei foi dada por DEUS e acrescentada à
promessa “por causa das transgressões” (Gl 3.19); i.e., tinha o propósito (a)
de prescrever a conduta de Israel; (b) definir o que era pecado; (c) revelar
aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de DEUS e de
praticar o mal, e (d) despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia,
graça e redenção divinas (Rm 3.20; 5.20; 8.2).
A lei do Antigo Testamento não evitava que as
pessoas procedessem erroneamente, contudo, através dela podiam distinguir entre
o certo e o errado. A decisão para obedecer ou desobedecer à lei era individual.
Se alguém escolhesse desobedecer à lei, teria de arcar com as inevitáveis
conseqüências.
DEUS sabia que o homem, devido ao pecado inato em
sua natureza, não podia por seu próprio esforço cumprir a lei divina. DEUS,
pois, estabeleceu a oferta de sacrifícios como expiação pelo pecado. No devido
tempo, JESUS veio e cumpriu toda a lei ao oferecer-se de uma vez por todas como
nossa expiação. Ele estabeleceu uma nova aliança entre DEUS e o homem, através
da qual somos perdoados mediante a graça de DEUS pela fé no Salvador JESUS. Ver
Lc 2.10,11; Gl 4.4-6. Agora não estamos sob a escravidão do antigo pacto. Por
CRISTO, somos libertos da lei (Jr 31.31-34).
2. A Lei de Liberdade.
Vira-Latas - Sem Lei Acorrentado - Lei da Condenação Por Amor - Lei Espiritual
Desgarrados com Tentativa de auto-justificação Servindo alegremente
ovelhas sem pastor Pisar o sangue de CRISTO Justificação pela Fé em JESUS
DINÂMICA 2 :
Pegue três fotos de cães, uma com um cão vira-latas,
outra com um cão acorrentado, outra com um cão abraçado a seu dono. (Se tiver
Retroprojetor e puder usar transparências com esses tres tipos de cães será
maravilhoso; se puder pegar a foto da laranja no site e colocar no retro também
será maravilhoso seu ensino e a aprendizagem dessa lição.) 1- Considere o cão
vira-latas como aquele que vive sem lei, andando segundo sua próprias
concupiscências. 2- Considere o cão acorrentado como aquele que vive preso à lei
(no cão, sua lei é a corrente que só lhe permite ir até aonde a corrente o
permite), procura se justificar perante DEUS por suas obras, pesando em uma
balança imaginária o que fêz de certo e o que fêz de errado, caso pender o
prato para o lado bom, então está tudo bem, caso pender para o lado mal é só
dar umas esmolas ou ajudar alguém e pronto, a balança está no lado bom
novamente. é a falsa religião da busca por justificação própria, recusando o
sacrifíco de JESUS. 3- Considere o cão de legítima raça e cheio de amor, que
não vive sem dono e nem está acorrentado como o cristão que tem um dono, JESUS,
porém não o serve por obrigação e nem precisa de vigia ou de lei para o servir,
pois, o serve por amor e nunca fica distante de seu dono.
Rm 8.1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para
os que estão em CRISTO JESUS, que não andam segundo a carne, mas segundo o
espírito.
2 Porque a lei do ESPÍRITO de vida, em CRISTO JESUS,
me livrou da lei do pecado e da morte.
3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como
estava enferma pela carne, DEUS, enviando o seu Filho em semelhança da carne do
pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
4 para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que
não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 Porque os que são segundo a carne inclinam-se para
as coisas da carne; mas os que são segundo o ESPÍRITO para as coisas do Espírito.
6 Porque a inclinação da carne é morte; mas a
inclinação do ESPÍRITO é vida e paz.
7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra
DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem, em verdade, o pode ser.
8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar
a DEUS.
9 Vós, porém, não estais na carne, mas no ESPÍRITO,
se é que o ESPÍRITO de DEUS habita em vós. Mas, se alguém não tem o ESPÍRITO de
CRISTO, esse tal não é dele.
10 E, se CRISTO está em vós, o corpo, na verdade,
está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 E, se o ESPÍRITO daquele que dos mortos
ressuscitou a JESUS habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a CRISTO
também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu ESPÍRITO que em vós habita.
12 De maneira que, irmãos, somos devedores, não à
carne para viver segundo a carne,
13 porque, se viverdes segundo a carne, morrereis;
mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 Porque todos mos que são guiados pelo ESPÍRITO de
DEUS, esses são filhos de DEUS.
8.1 OS QUE ESTÃO EM CRISTO JESUS. Paulo acaba de
demonstrar que a vida sem a graça de CRISTO é derrota, miséria e escravidão do
pecado. Agora, em Rm 8, Paulo nos diz que a vida espiritual, a liberdade da
condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com DEUS nos vêm pela união
com CRISTO, mediante o ESPÍRITO SANTO que em nós habita. Ao recebermos o
ESPÍRITO e sermos por Ele dirigidos, somos libertos do poder do pecado e
prosseguimos adiante para a glorificação final em CRISTO. Essa é a vida cristã
normal, segundo a plena provisão do evangelho.
8.2 A LEI DO ESPÍRITO. Esta "lei do ESPÍRITO de
vida" é o poder e a vida do ESPÍRITO SANTO, reguladores e ativadores
operando na vida do crente. O ESPÍRITO SANTO entra no crente e o liberta do
poder do pecado (cf. 7.23). A lei do ESPÍRITO entra em plena operação, à medida
que os crentes se comprometem a obedecer ao ESPÍRITO SANTO (vv. 4,5,13,14).
Descobrem que um novo poder opera dentro deles; poder este que os capacita a
vencer o pecado. A "lei do pecado e da morte", neste versículo, é o
poder dominante do pecado, que faz da pessoa uma escrava do pecado (7.14),
reduzindo-a à miséria (7.24).
8.4 PARA QUE A JUSTIÇA DA LEI SE CUMPRISSE EM NÓS. O
ESPÍRITO SANTO operando dentro do crente, capacita-o a viver uma vida de
retidão que é considerada o cumprimento da lei moral de DEUS. Sendo assim, a
operação da graça e a guarda da lei moral de DEUS não conflitam entre si (cf.
2.13; 3.31; 6.15; 7.12,14). Ambas revelam a presença da justiça e da santidade
divinas.
8.5-14 SEGUNDO A CARNE... SEGUNDO O ESPÍRITO. Paulo
descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem
segundo o Espírito. (1) Viver "segundo a carne" ("carne",
aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os
desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com
eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição
egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19-21), mas também da obscenidade,
de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em
cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante (ver
o estudo AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO). (2) Viver "segundo o
Espírito" é buscar a orientação e a capacitação do ESPÍRITO SANTO e
submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de DEUS (ver o estudo
AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO). É estar sempre consciente de que
estamos na presença de DEUS, e nEle confiarmos para que nos assista e nos
conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em nós e
através de nós. (3) É impossível obedecer à carne e ao ESPÍRITO ao mesmo tempo
(vv. 7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do ESPÍRITO
SANTO, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a
carne (v.13), torna-se inimigo de DEUS (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e
eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente
fixados nas coisas de DEUS, podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele
(vv. 10,11,15,16)
Os cristãos, pela fé em CRISTO, estão sob o novo
concerto, portanto, livres da observância dos ritos cerimoniais e dias
especiais relacionados ao antigo. A nova aliança, mediante o sangue de JESUS, é
uma aliança de liberdade, justiça e vida (Mt 26.28). Em Gálatas 6.2, o
evangelho é chamado “a lei de CRISTO”, a lei da liberdade para servirmos a DEUS
e não ao pecado.
2Co 3.6 o qual nos fez também capazes de ser
ministros dum Novo 1Testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra
mata, e o ESPÍRITO vivifica.7 E, se o ministério da morte, gravado com letras
em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar
os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual 2era
transitória, 8 como não será de maior glória o ministério do Espírito?
3.6 A LETRA MATA. Não é a lei nem a Palavra de DEUS
escrita, em si mesmas, que destroem. Trata-se, pelo contrário, das exigências
da lei, que sem a vida e o poder do Espírito, trazem condenação (vv. 7.9; cf.
Jr 31.33; Rm 3.3). Mediante a salvação em CRISTO, o ESPÍRITO SANTO concede vida
e poder espiritual ao crente para que este faça a vontade de DEUS. Mediante o
ESPÍRITO SANTO, a letra da lei já não mata
3.8 O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO. Aqui, Paulo chama o
"novo testamento" ou o novo concerto "o ministério do
Espírito", referindo-se à ministração do ESPÍRITO SANTO. Mediante a fé em
CRISTO, recebemos o ESPÍRITO SANTO, nascemos de novo, e recebemos a promessa do
batismo no ESPÍRITO (At 1.8; 2.4). Todos os benefícios redentores em CRISTO,
vêm através do ESPÍRITO SANTO. É Ele quem nos transmite a presença de CRISTO e
todas as suas bênçãos (v. 9)
II. UM DESENVOLVIMENTO PROGRESSIVO
O fruto do ESPÍRITO é a obra espontânea do ESPÍRITO
SANTO dentro de nós, ou melhor, é o crescimento gradual da vida e natureza de
JESUS CRISTO no crente. Mediante o ESPÍRITO SANTO, o caráter de JESUS pode ser
contemplado em você no trabalho? Na rua? Na igreja? No culto? No lar? Na
escola? No lazer? Nos relacionamentos? (Ver 1 Pe 1.15,16). Qual a sua reação
diante das provações? (Rm 12.12).
Este modo de viver santo e honesto realiza-se no
crente à proporção que o ESPÍRITO SANTO controla e influencia sua vida. O
propósito deste estudo é encorajá-lo a buscar este desenvolvimento progressivo.
Quem anda em ESPÍRITO não cumpre os
desejos da carne, pelo contrário, o seu principal anelo é viver como JESUS,
agir como Ele, e refletir o seu caráter.
2Co 3.17 Ora, o Senhor é ESPÍRITO; e onde está o
ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade. 18 Mas todos nós, com cara descoberta,
refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória
em glória, na
mesma imagem, como pelo ESPÍRITO do Senhor.
3.17 ONDE ESTÁ O ESPÍRITO... AÍ HÁ LIBERDADE. A
liberdade que vem através de CRISTO (Gl 5.1) é, acima de tudo, libertação da
condenação e escravidão do pecado (vv. 7-9; Rm 6.6,14; 8.2; Ef 4.22-24; Cl
3.9,10) e do domínio total de Satanás (At 26.18; Cl 1.13; 1 Pe 5.8). (1) A
verdadeira libertação começa quando o crente se une a CRISTO (At 4.12; Ef 1.7)
e recebe o ESPÍRITO SANTO (ver o estudo A REGENERAÇÃO). A libertação da
escravidão espiritual é mantida através da presença contínua do ESPÍRITO SANTO
no crente, e pela obediência deste à orientação do ESPÍRITO (Rm 8.1ss; Gl 5.18;
cf. Jo 15.1-11). (2) A liberdade proporcionada por CRISTO não é uma liberdade
para o crente fazer o que quer (1 Co 10.23,24), mas para fazer o que deve (Rm 6.18-23).
A liberdade espiritual nunca deve ser usada como pretexto para o mal, nem como
justificativa para conflitos (Tg 4.1,2; 1 Pe 2.16-25). A liberdade cristã deixa
o crente livre para servir a DEUS (1 Ts
1.9) e ao próximo (1 Co 9.19), segundo a justiça (Rm 6.18ss.). Agora somos
servos de CRISTO (1 Co 7.22; Rm 1.1; Fp 1.1), vivendo para agradar a DEUS, pela
graça (Rm 5.21; 6.10-13)
3.18 REFLETINDO... A GLÓRIA DO SENHOR. Significa
experimentar a sua presença, o seu amor, a sua justiça e o seu poder através da
oração e do ESPÍRITO SANTO, quando permanecermos nEle e na sua Palavra. Isto
resulta em sermos transformados à sua semelhança (4.6; cf. Cl 1.15; Hb 1.3). Na
presente era, essa transformação é progressiva e parcial. Quando, porém, CRISTO
voltar, nós o contemplaremos face a face, e a nossa transformação será completa
(1 Jo 3.2; Ap 22.4).
III. UM RETROSPECTO DO FRUTO DO ESPÍRITO
No intuito de concluirmos o estudo deste trimestre,
revisaremos cada qualidade do fruto do Espírito.
FRUTO DO ESPÍRITO
Atributos,
aspectos ou qualidades do FRUTO DO ESPÍRITO
1. Amor.
A primeira
virtude do fruto do ESPÍRITO é o amor divino ou ágape, o qual é abnegado,
profundo e constante; sua maior expressão encontra-se em DEUS e no ato de
CRISTO na cruz. É paciente, benigno e altruísta. Alegra-se com a verdade. Não é
invejoso, imprudente, orgulhoso, arrogante ou rude, e nem se ira facilmente.
Tudo espera, tudo suporta, tudo crê (1 Co 13). Reparou que muitas definições de
outras dimensões do fruto espiritual aplicam-se ao amor?
2. Alegria.
Esta
característica é uma graça divina cujo resultado é satisfação, deleite
tranqüilo e contentamento no Espírito. É proveniente da fé em DEUS e não é
afetada pelas circunstâncias da vida. Alegramo-nos por causa da salvação e das
bênçãos que a seguem. Há um forte elo entre o sofrimento e a alegria, pois esta
concede-nos força para suportar aquele.
3. Paz.
A paz
outorgada pelo ESPÍRITO SANTO implica tranqüilidade, quietude, unidade,
harmonia, segurança, confiança, abrigo e refúgio. É um senso de bem-estar
espiritual, e a convicção de que DEUS supre todas as nossas necessidades. A
Bíblia nos exorta a fazer o melhor que pudermos para viver em paz com todos, a
buscar a paz e a segui-la. A paz com os homens também requer que sejamos pacificadores.
4. Paciência, ou Longanimidade
Esta virtude
trata da longanimidade, calma e autodomínio. Paciência é a perseverança ou a
capacidade de suportar as circunstâncias adversas. É manifestada nos atributos
de DEUS conforme descritos em Êxodo 34.6 — misericordioso, piedoso, tardio em
iras, beneficente, verdadeiro, perdoador.
5. Benignidade.
A pessoa que
manifesta a benignidade possui uma disposição graciosa, a qual abrange ternura,
compaixão e brandura, e flui da pureza interior. Ela nos predispõe a fazer o
que é bom. A benignidade está estreitamente associada à bondade, isto é, à
prática de ações benignas.
6. Bondade.
Esta
característica é a prática ou expressão da benignidade — fazer o que é bom.
Inclui servir aos outros e ser generoso. Pode ser afável e forte, mas também
implica repreensão e disciplina com a finalidade de conduzir ao arrependimento
e ao perdão.
7. Fidelidade.
Esta é a
qualidade de quem possui fé. Fidelidade está relacionada à probidade,
integridade, fidedignidade, lealdade, honestidade e sinceridade. A fidelidade
baseia-se em nossa confiança de que JESUS nos salva e em nossa absoluta
rendição a Ele como nosso Senhor e Salvador. O indivíduo fiel é digno de
crédito — age corretamente e cumpre suas promessas. É fiel na mordomia —
realiza a obra de DEUS de maneira diligente, porquanto reconhece que seu tempo,
talentos e posses pertencem ao Senhor.
8. Mansidão
.
As três
principais idéias deste aspecto são: submissão à vontade de DEUS;
suscetibilidade para aprender; e atenciosidade. A mansidão abrange o controle
da raiva. As analogias de CRISTO com o cordeiro, do ESPÍRITO SANTO com a pomba
e dos crentes com as ovelhas ilustram a importância desta virtude em nossa
vida.
9. Temperança, ou Domínio Próprio
A dimensão final do fruto do ESPÍRITO é a temperança
ou autocontrole, isto é, o domínio sobre o ego. É ilustrada através do
treinamento rígido e da disciplina de atletas dos antigos tempos, que se
empenhavam em conquistar o prêmio (Hoje, isso acabou e os chamados atletas são
apenas profissionais e não mais vocacionais). A temperança implica dominar as
paixões sensuais e moderar os hábitos diários, ao invés de satisfazer os
próprios desejos.
CONCLUSÃO
O fruto nônuplo do ESPÍRITO é uma necessidade para o
cristão que deseja refletir a imagem de CRISTO nestes últimos dias. Não somos
apenas exortados por JESUS a carregar a cruz e a segui-lo, mas também a revestirmo-nos
de seu caráter santo. Os atributos morais do Senhor se manifestam no crente à
medida que este permanece ligado à Videira Verdadeira. Estas virtudes são
produzidas pelo ESPÍRITO SANTO — o Executivo divino das qualidades morais de
CRISTO no crente.
Em suma: ou o crente produz o fruto do ESPÍRITO ou não tem fruto nenhum. Esse fruto é um só,
com diferentes aspectos como já vimos. Um fruto não permanece na árvore
mutilado, bichado e incompleto. É “o” fruto do ESPÍRITO segundo Gl 5.22.
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES:
Subsídio Teológico
“Vários fatores contribuíram para que o estado
néscio dos cristãos gálatas se tornasse ainda mais grave. A doutrina da cruz
lhes foi pregada, e a ceia do Senhor lhes era ministrada. Em ambas, CRISTO
crucificado e a natureza de seus sofrimentos lhes haviam sido expostos de modo
pleno e claro. [...] Não são sábios aqueles que toleram ser desviados do
ministério e da doutrina em que foram abençoados para o seu próprio proveito
espiritual. Ah! Que os homens não se desviem da doutrina de CRISTO crucificado,
que é uma doutrina de importância absoluta, para ouvirem distinções inúteis,
pregações puramente morais ou loucas imaginações! O DEUS deste mundo cegou o
entendimento dos homens usando diversos homens e meios, para que aprendessem a
não confiar no Salvador crucificado. Podemos perguntar de modo direto: Onde há
o fruto do ESPÍRITO de modo mais evidente? Naqueles que pregam a justificação
por meio das obras da lei, ou naqueles que pregam a doutrina da fé? Com toda
segurança, nestes últimos” (HENRY, Matthew. Comentário bíblico de Matthew
Henry. RJ: CPAD, 2002, p. 983). Leia mais na Revista Ensinador Cristão CPAD, nº
21. pág. 42.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.