Lição 1- Parábolas De JESUS
As Parábolas No Ensino
De JESUS
2º Trimestre 2005 - As Parábolas De Jesus - Tema Central: Advertências
Para Os Dias De Hoje
Texto Áureo: Tudo isso disse Jesus por parábolas à
multidão e nada lhes falava sem parábolas, para que se cumprisse o que fora
dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas
ocultas desde a criação do mundo. (Mt 13.34,35).
Além de fazer cumprir a Palavra de DEUS dita pelos
profetas era para JESUS a melhor maneira de fixar nas mentes de seus ouvintes
seus ensinos de amor e humildade.
Verdade Prática: Através de suas parábolas, o Senhor
JESUS continua a revelar-nos os grandes mistérios do reino de DEUS.
As parábolas nos ensinam que os mistérios de DEUS
são facilmente entendidos pelos simples e humildes de coração. Devemos aprender
de JESUS.
"Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de
mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para as
suas almas". Mt 11.28,29
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar
apto a:
1- Definir o termo parábola.
2- Explicar os dois objetivos das parábolas de
Jesus.
3- Descrever três regras de interpretação das
parábolas.
PONTO DE CONTATO
Depois de aprendermos como desenvolver o caráter de
CRISTO em nós, no trimestre passado, vamos agora aprender na didática de JESUS,
os mistérios de DEUS, revelados de maneira simples através das parábolas que o
mestre dos mestres nos transmitiu.
Nada de passar à frente de JESUS e nada de tentar colocar significado em tudo,
entreguemos-nos inteiramente ao ESPÍRITO SANTO para que o mesmo nos auxilie na
compreensão de tão maravilhosos ensinos.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, nesta primeira lição, faça um organograma
das lições que serão estudadas durante o trimestre. Trata-se de um quadro que
relaciona conceitos e valores, indicando as inter-relações de suas unidades
constitutivas. O objetivo é apresentar uma síntese de todo o conteúdo do
trimestre e recapitular os pontos fundamentais das lições. Complemente o
gráfico abaixo, preenchendo as colunas conforme o modelo. Faça treze linhas,
uma para cada lição. Use materiais variados e coloridos de acordo com os
recursos disponíveis. Exponha-o em sua classe.
LIÇÕES
TÍTULOS
TEXTOS ÁUREOS
ENSINOS
SINOPSES
O QUE FAZER E SER
1
AS PARÁBOLAS NO ENSINO DE JESUS
(Mt 13.34,35)
Introdução e definição teológica das parábolas no
ensino de JESUS
Não procurar em cada elemento da parábola em
significado espiritual
Receptivo aos ensinos de JESUS contidos nas
parábolas
2
COMPREENDENDO A MENSAGEM DO REINO DE DEUS
(Mt 13.11)
A parábola do
SEMEADOR
É nosso dever prioritário, como seus servos, semear
a Palavra de Deus utilizando todos os meios, “a tempo e fora de tempo”, como
está dito em 2 Tm 4.2.
É urgente a evangelização mundial, por intermédio da
pregação e do ensino da Palavra.
3
A DIFERENÇA ENTRE O JUSTO E O INJUSTO
(Mt 13.38)
A parábola do Trigo e do Joio
coexistência da igreja com o mal no tempo presente
“Vivamos neste presente século sóbria, e justa, e
piamente”
4
A EXPANSÃO DO REINO DOS CÉUS
(Mt 13.31)
A parábola da SEMENTE DE MOSTARDA
“Crescimento da igreja no mundo”
uma semente tão pequena é capaz de produzir um
grande resultado
5
CRISTO, O TESOURO INCOMPARÁVEL
(Mt 6.21)
A Parábola do Tesouro Escondido
Ensinar sobre o supremo valor do Reino dos céus.
Viver realmente felizes aqui na terra, tendo dEle a
certeza da vida eterna.
6
LANÇAI A REDE
(Mt 13.47)
A Parábola da Rede
Convivência temporária nesta vida entre os bons e os
maus, e a separação final entre eles.
Período em que a humanidade é convocada à salvação.
7
FIDELIDADE E DILIGÊNCIA NA OBRA DE DEUS
(1 Co 4.2)
A Parábola dos Talentos
Recebemos algum dom de Deus a fim de usá-lo no
progresso do Reino;existem servos infiéis e injustos
Multipliquemos os talentos que recebemos do Senhor
Nosso Deus.
8
O GRACIOSO PERDÃO DE DEUS
(Mt 18.21,22)
A Parábola do Credor Incompassivo
A abundância da misericórdia é que deve formar a
base da moral cristã
O perdão no âmbito humano é o ato de anularmos a
dívida de cometimento de faltas, ofensas, erros e pecados que nosso irmão
contraiu de nós, sem jamais lançar isso em rosto, ou ficar lembrando
9
CRISTO, A ROCHA INABALÁVEL
(Sl 127.1)
Na Parábola dos Dois Alicerces
Dois tipos de homens: o sensato e o insensato
Portanto, a obediência é um aspecto fundamental da
nossa fé (Tg 1.22-25; 2.14-20).
10
A JUSTIÇA E A GRAÇA DE DEUS
(Mt 20.16)
A Parábola dos Trabalhadores na Vinha
Jesus ensina que a justiça divina não é conforme a
capacidade e mérito pessoal (Mt 20.10), mas segundo a sua misericórdia e graça.
Não se trabalha na vinha de Deus visando recompensas
ou vantagens. É direito de todos. Pequenos e grandes, pobres e ricos, todos são
tratados de igual modo na vinha do Senhor.
11
REALIZANDO A VONTADE DO PAI
(2 Co 7.10)
A Parábola dos dois filhos
Todos foram convidados para trabalhar na vinha de Deus.
1filho- Publicanos, às meretrizes, aos gentios em geral 2filho- Às autoridades
religiosas judaicas
Nossas intenções para com Deus serão reveladas
principalmente por meio de nosso comportamento.
12
VIGIAI, POIS NÃO SABEIS QUANDO VIRÁ O SENHOR
(Mt 25.13)
A parábola das dez virgens
Vigilância quanto ao iminente retorno de Cristo
Devemos estar sempre preparados e atentos ao grande
momento da vinda de Jesus para a Igreja. Você está preparado para este grande
dia?
13
AS BODAS DO FILHO DE DEUS
(Mt 22.14)
A parábola das Bodas do Cordeiro
Só participarão das Bodas do Cordeiro, preparadas
pelo Pai celestial, os que estiverem com suas vestes adequadas, isto é,
trajados com a “justiça dos santos” (Ap 19.8).Rejeição de Israel à obra de
Cristo
Não podemos desprezar o convite para as bodas do
Cordeiro. Como, porém, aceitar este convite? Recebendo a Cristo como o nosso
único e suficiente Salvador.
SÍNTESE TEXTUAL
As parábolas eram recursos didáticos usados pelos
judeus desde os tempos do Antigo Testamento (Jó 27.1; Hb 2.6). O profeta
Ezequiel está entre os inúmeros personagens bíblicos que fizeram uso dessas
alegorias a fim de comunicar uma mensagem clara e acessível (Ez 17.2). As
parábolas também eram usadas pelo povo e sábios de Israel em forma de provérbios
parabólicos (Ez 18.1-3; Sl 78.2). O propósito da parábola está relacionado ao
significado do próprio termo, ou seja, “colocar uma coisa ao lado de outra a
fim de comparar”. Portanto, quando Jesus ensinava usando a parábola, pretendia
comparar um episódio do cotidiano com uma realidade espiritual. Jesus usava
essas ilustrações com dois objetivos: didático e teológico.
Leitura Bíblica em Classe: Salmo 78.1-8
1 Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos
às palavras da minha boca. 2 Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da
antiguidade, 3 os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm
contado. 4 Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os
louvores do SENHOR, assim como a sua força e as maravilhas que fez. 5 Porque
ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, ce ordenou aos
nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos, 6 para que a geração
vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a
seus filhos; 7 para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem
das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos 8 e não fossem como seus
pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo
espírito não foi fiel para com Deus.
78.1 ESCUTAI A MINHA LEI, POVO MEU. Este salmo foi
escrito para relembrar aos israelitas por que lhes sobrevieram tantos
julgamentos divinos devastadores durante sua história. (1) O cântico
admoesta-os a aprenderem com as falhas espirituais dos seus antepassados e a se
esforçarem com zelo para não se tornarem incrédulos e infiéis como eles. (2) O
povo de Deus, de hoje, deve meditar neste salmo com toda atenção, porque muitas
igrejas e denominações já perderam a presença e o poder de Deus por causa da sua
incredulidade e desobediência à Palavra de Deus. Essas igrejas desviaram-se
pouco a pouco, retornando para os seus próprios caminhos (cf. Is 53.6), porque
deixaram de pôr em prática os padrões da Bíblia e seus exemplos.
78.5 QUE A FIZESSEM CONHECER A SEUS FILHOS. Ensinar
aos nossos filhos os divinos princípios e preceitos da Palavra de Deus não é
uma opção; é um mandamento que Ele entregou ao seu povo. Aquilo que Deus
ordena, Ele dá graça para cumprirmos (ver Dt 6.7)
78.8 E NÃO FOSSEM COMO SEUS PAIS. Deus, aqui, exorta
o seu povo (cf. v.1) a não seguir as pisadas infiéis dos seus antepassados
espirituais. Aplicando essa verdade aos tempos do NT, as igrejas fiéis de hoje
devem se acautelar para não seguirem os padrões de outras igrejas,
denominações, ou comunidades eclesiásticas que esfriaram na fé e que se
afastaram do cristianismo bíblico. Alguns dos erros que levam uma igreja à
ruína espiritual são: (1) os líderes não discernirem e não advertirem os
membros que começam a imitar costumes anti-bíblicos de igrejas que antes eram
fiéis a Deus; (2) a igreja deixar de ter como sua fonte única de vida, verdade
e orientação a revelação neo-testamentária de Cristo e seus apóstolos (ver Ef
2.20); (3) os dirigentes deixarem de ensinar na igreja
sobre a pureza da verdade, da doutrina e dos
assuntos de moral; (4) não haver preocupação aflitiva na igreja, quando ela
afasta-se cada vez mais do modelo do NT; (5) a igreja deixar de manter uma
íntima devoção a Cristo e uma vida intensa de intercessão como centro do viver
diário; (Ap 2.4); (6) tolerância do pecado, em líderes, mestres, ou membros
comuns da igreja; pecados esses que, no passado, eram tratados com rigor (Ap
2.14,15,20); (7) substituição da real espiritualidade, i.e., pureza, retidão,
sabedoria espiritual, amor e poder do Espírito, manifesto entre os membros da
igreja, por falso progresso, estatísticas e riqueza.
Leitura Diária:
Segunda: Ez 17.2 - A parábola é uma comparação
Terça: Mc 4.2 - A parábola é um recurso educacional*
Quarta: Mt 13.36,37 - A parábola pode ser
interpretada
Quinta: Mt 24.32 - A parábola pode ser aprendida
Sexta: Mc 4.13 - É importante aprender todas as
coisas
Sábado: Mc 4.30 -
A parábola é fonte de inesgotáveis recursos
Introdução:
Nos relatos sobre o ministério de Jesus, não nos é
possível demarcar uma separação nítida entre pregação e ensino, tão entrelaçados que um não pode ser totalmente
separado do outro.
Marcos, constantemente descreve Jesus ensinando:
Mc.4:1-2; 6:2; 8:31; 9:31; 12:35. Para as multidões que se amontoavam ao redor
de Jesus, Ele era mais um mestre do que um profeta. Ele era constantemente
chamado "Mestre" ou "rabino" porque seu ensino tinha em si
uma autoridade e um poder tal que o diferenciava claramente dos rabinos da
época.
Depois da ressurreição, os discípulos e apóstolos
foram igualmente pregadores e mestres ( Mt. 28: 19-20; Mc.16:15; At. 5:42 ).
Isto evidentemente significa que para os homens que conheciam Jesus
pessoalmente, o ensinar e o pregar não eram idênticos, mas interdependentes, ao
ponto de um não ser superior ao outro.
Paulo, considerando Jesus a essência da mensagem,
também utilizava todos os meios possíveis de comunicação para transmitir suas
idéias. Ele pregava e ensinava em todas as igrejas por onde passava.
Assim, constatamos que pregação e ensino fazem parte
essencial do ministério de Jesus, da Igreja primitiva e da Igreja dos nossos
dias.
Jesus tem consciência de que sua prática é a
culminância da história do povo de Israel. Essa consciência é precisamente sua
consciência messiânica de ser o revelador pleno e último da vontade do Pai e a
vitória definitiva de seu Reino. Esta perspectiva histórica permite que Jesus
viva, na encruzilhada das contradições, o tempo do presente singular, tempo do
companheirismo, da amizade e da solidariedade horizontal, onde se manifestam a
fé, a esperança, o amor e a misericórdia. Jesus toma uma posição radical que
lhe vale a morte de cruz, aceita com a coerência que sua prática determina.
Vamos focalizar nosso olhar sobre o cotidiano de
Jesus, seus gestos e sua prática pedagógica em seus contatos criadores da vida
e da esperança, utilizando para isto seu ensino através de Parábolas
I- O Que É Parábola.
É uma narrativa, imaginada ou verdadeira, que se
apresenta com o fim de ensinar uma verdade. Difere do provérbio neste ponto:
não é a sua apresentação tão concentrada como a daquele, contém mais
pormenores, exigindo menor esforço mental para se compreender. E difere da
alegoria, porque esta personifica atributos e as próprias qualidades, ao passo
que a parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E
também difere da fábula, visto como aquela se limita ao que é humano e
possível. No A.T. a narração de Jotào (Jz 9.8 a 15) é mais uma fábula do que
uma parábola, mas a de Natã (2 Sm 12.1 a 4), e a de Joabe (14.5 a 7) são
verdadeiros exemplos. Em is 5.1 a 6 temos a semi- parábola da vinha, e, em
28.24 a 28, a de várias operações da agricultura. o emprego contínuo que Jesus
fez das parábolas está em perfeita concordância com o método de ensino ministrado
ao povo no templo e na sinagoga. os escribas e os doutores da Lei faziam grande
uso das parábolas e da linguagem figurada, para ilustração das suas homílias.
Tais eram os Hagadote dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada
por Jesus, no Seu ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus
ensinamentos, referindo-se à vida comum e aos interesses humanos, para
patentear a natureza do Seu reino, e para experimentar a disposição dos Seus
ouvintes (Mt 21.45 - Lc 20.19). As parábolas do Salvador diferem muito umas das
outras. Algumas são breves e mais difíceis de compreender. Algumas ensinam uma
simples lição moral, outras uma profunda verdade espiritual. Neander
classificou as parábolas do Evangelho, tendo em consideração as verdades nelas
ensinadas e a sua conexão com o reino de Jesus Cristo.
1- Definição etimológica.
As parábolas de Jesus: vislumbres do paraíso
"Parábola", a forma aportuguesada da
palavra grega, parabole, vem de um verbo grego que significa "atirar para
o lado". Uma parábola é uma história que coloca uma coisa ao lado de outra
com o propósito de ensinar. É uma comparação, colocando o conhecido ao lado do
desconhecido. Memoravelmente expressada, ela é "uma história terrestre com
um significado celestial".
A palavra grega para parábola ocorre cerca de
cinqüenta vezes no Novo Testamento, somente duas vezes fora dos evangelhos
(Hebreus 9:9 e 11:19, onde é traduzida como "figuradamente"). Em
Lucas 4:23 ela é traduzida "provérbio" (RA2,NVI). É conhecida característicamente como uma
narrativa "um pouco longa ... tirada da natureza ou das circunstâncias
humanas, o objeto da qual é dar uma lição espiritual" mas também é
"usada como um breve ditado ou provérbio" (W. E. Vine, Expository
Dictionary of NT Words, p. 158).
2- Definição hermenêutica.
Por causa da incerteza do que exatamente constitui
uma parábola, as listas das parábolas de Jesus que têm sido compiladas variam
em extensão de acordo com o julgamento do compilador. As listas mais longas
incluem tais ilustrações como "o bom pastor" (João 10) e "os
dois construtores" (Mateus 7:24-27). As listas mais curtas excluem-nas.
Se não podemos determinar com exata certeza se
algumas ilustrações de Jesus merecem ser chamadas parábolas, há algumas coisas
sobre parábolas que estão fora de dúvida.Parábolas não são fábulas ou mitos.
Não há elementos irreais ou situações impossíveis nelas. De fato, sua força
está em serem absolutamente concebíveis e na plausibilidade das circunstâncias
que elas descrevem. Elas falam de situações familiares, da vida real.
As parábolas são mais do que provérbios, ainda que
às vezes semelhantes em propósito. Nos evangelhos, os provérbios são referidos
às vezes como "parábolas": "Médico, cura-te a ti mesmo"
(Lucas 4:23); "Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no
barranco" (Mateus 15:14-15); "Ninguém tira um pedaço de veste nova e
o põe em veste velha;" "E ninguém põe vinho novo em odres
velhos..." (Lucas 5:36-37). Mas um provérbio é caracteristicamente um
ditado curto e direto, cujo significado é evidente. Uma parábola tende a ser
mais longa, mais envolvida, e o significado não tão facilmente visto.
Jesus, até onde sabemos, não começou a ensinar por
parábolas antes do fim do segundo ano de seu ministério público (há uma única
exceção, Lucas 7:41-42). Foi na presença de uma imensa multidão próximo do Mar
da Galiléia, e suas comparações ilustrativas vieram com um ímpeto que
surpreendeu seus discípulos (Mateus 13). Em histórias maravilhosamente
concretas e simples, Jesus revelou aos seus seguidores os mistérios do reino do
céu. Era apenas o começo. Este é um convite para estudar aquelas narrativas
maravilhosas que nos convidam a olhar para o próprio coração de Deus.
3- A bíblia é um livro rico em parábolas.
Parábolas sempre foram utilizadas como meio de fixar
idéias, não era diferente com o povo de Israel, desde os primeiros profetas
este povo aprendeu, por meio de parábolas, as advertências de DEUS a respeito
de seu comportamento em meio a outros povos.
II- Os Objetivos Das Parábolas De JESUS.
1- Objetivo didático.
As parábolas de Jesus, veículo fundamental para seu
ensino, se inspiram nas mais variadas práticas da vida cotidiana:
Mt. 13:4-8........A parábola do semeador.
Mt. 13:24-30........ A parábola do joio e do trigo.
Mt. 13:33........ A parábola do fermento.
Mt. 13:44....... A parábola do tesouro escondido.
Mt. 13:45........ A parábola da pérola.
Mt.18:10-14.......A parábola da ovelha perdida,
etc....
Na verdade, todo o discurso de Jesus é, antes de
tudo a explicitação de sua prática. Ele é coerente porque sua prática é o ponto
de partida de seu discurso. Esta é uma das razões pelas quais Ele foi
rejeitado. A liderança dominadora não conhecia a pedagogia da misericórdia,
aquela que, diante dos abandonados e sofridos, começa com atos libertadores.
A prática pedagógica de Jesus exige que a sociedade
humana seja colocado ao avesso. Ela só tem sentido na lógica do Reino. Não
basta que uma pedagogia se concentre na prática para que venha a merecer o
qualificativo de cristã. Para ser cristã é fundamental que esta pedagogia
esteja comprometida com os valores do Reino.
2- Objetivo teológico.
Como formar em Teologia homens rudes e sem nenhum
preparo teológico? Resposta simples: - Coloque-os na escola de JESUS, Ele dá
ensino teórico e prático, Ele ensina o que vive e vive o que prega.
As parábolas utilizadas por JESUS infundiu um
precioso ensino na m,ente de seus, primeiro discípulos, e depois, e somente depois de serem
discípulos, agora sim, apóstolos. ninguém pode ser primeiro apóstolo e depois
discípulo, porém, só se alcança a posição honrada e humilde ao mesmo tempo, de
apóstolo, aquele que passou pela escola teológica de JESUS.
III- Por Que JESUS Ensinava Por Parábolas.
Por que Jesus falou em parábolas? Resposta simples e
automática: para explicar bem as coisas que ele queria dizer e para que o povo
entendesse melhor. Certo? Lamento, mas segundo o que ele próprio disse, está
errado. Leia você mesmo a explicação de Jesus para o seu gosto por parábolas:
"É por isso que eu uso parábolas para falar com
eles. Porque eles olham e não enxergam; escutam e não ouvem, nem entendem. E
assim acontece com eles o que disse o profeta Isaías: "Vocês ouvirão, mas
não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada. Pois a mente deste povo está
fechada: Eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem
feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua
mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria! - disse
Deus." (Mt 13:13-15 BLH)
1- Esclarecer os mistérios do reino de DEUS aos
pequeninos.
A exceção foi os discípulos. Quando ele
"manifestou a sua glória, seus discípulos creram nele" (João 2:11). E
então Marcos, o evangelista, nos revela que
"usando muitas parábolas como estas, Jesus
falava ao povo de um modo que eles podiam entender. E só falava com eles usando
parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos." (Mc 4:33-34
BLH).Quer dizer, aqueles que creram podiam compreender, porque ele
interpretava-lhes o sentido do seu ensinamento.
Assim, iniciamos com uma grande lição sobre essas
preciosas parábolas: coisas espirituais são ao mesmo tempo tão simples que
podem ser ilustrados com histórias quase infantis. Mas ao mesmo tempo, são tão
profundas que só podem ser compreendidas pela fé sincera e pelo coração aberto
a ouvir e praticar a voz de Deus.
2- ocultar estes mesmos mistérios dos sábios e
inteligentes.
Parece estranho que seja justamente pela razão
oposta do que parece que Jesus falou por parábolas. Ao invés de ser para que as
pessoas entendessem, na verdade era para que NÃO entendessem. Não é intrigante?
Não lhe soa estranho? Mas você notou a citação de Isaías que Jesus usou para
corroborar sua atitude? Eles não queriam saber. Não tinham ouvidos dispostos a
ouvir nem corações inclinados a aprender. Era um povo enfatuado e orgulhoso
que, na sua esmagadora maioria não somente descreu dele como finalmente o
rejeitou abertamente, a começar dos líderes religiosos.
Para entender o ensino de Jesus, não são necessários
anos de seminários ou de estudos acadêmicos. Os fariseus, escribas e sacerdotes
eram versadíssimos nas Escrituras. Eram doutores em Bíblia. Podiam esfregar a
Bíblia na sua cara e dizer orgulhosamente que conheciam de cor trechos inteiros
dos quais talvez você nem tenha ouvido falar. Só que tudo isso não passava de
conhecimento teórico. Quando Cristo chegou e revelou-se ao mundo, eles ficaram
escandalizados. Todo o seu preparo acadêmico caiu por terra. Não raro é o que
acontece com muitos que saem das escolas bíblicas e seminários hoje em dia. Sem
generalizar, é claro. Mas tem mais descrente saindo dessas instituições do que
entrando.
Outra tremenda lição é que nem sempre a noção
correta de quem é Jesus e a compreensão correta do que ele ensina e quer de nós
pertence aos mais antigos, aos mais famosos e aos mais poderosos. Isto se
mostrou verdadeiro na época de Jesus, na Idade Média, nos avivamentos mundiais
e ainda se mostra verdadeiro nas igrejas de hoje em dia. Disse o poeta: "a
sabedoria mora com gente humilde". Pessoas simples e iletradas, como os
pescadores galileus Pedro, Tiago e João, poderiam calar todo um ilustre
Sinédrio quando falassem em nome de Jesus. A eles foi dado conhecer os
mistérios do reino.
Qual é a sua atitude diante das Histórias Para a
Vida que Jesus contou? Como você se aproxima delas? Isto equivale a perguntar:
Por que você vai à igreja? Por que carrega uma Bíblia? Por que canta hinos de
louvor a Deus? Por que se diz um cristão? É isto o resultado de uma fé sincera
e fervente, de uma compreensão, ainda que turva e fraca, mas correta, de quem
Jesus realmente é?
Você pode ser líder, grande, poderoso, famoso,
influente, dentro e fora de uma igreja. Se não compreender, através da fé, quem
Jesus É, jamais compreenderá o que ele DIZ. Você será sempre daquele time que
ouve e não entende, que olha e não enxerga. Será sempre (estou usando o termo
bíblico) um tapado. Pode até pregar muito bem, como faziam os fariseus e
escribas. Pode escrever coisas bonitas sobre Jesus. Os escribas e saduceus o
faziam. Mas vai seguir sendo apenas, com todo o respeito, apenas mais um
religioso.
Creia. E permita que sua fé o leve a uma atitude
correta em relação a Jesus e ao seu ensino. Isto tem o poder de transformar uma
vida.
As parábolas de Jesus podem ter e
freqüentemente têm mesmo, a faculdade de
endurecer o incrédulo. Pois a verdade é
que as parábolas de Jesus não encontram paralelo. As parábolas de outros mestres e moralistas
podem, até certo ponto, ser separadas de seus ensinadores. Porém, Jesus e suas parábolas são
inseparáveis. Não compreendê-lo é não compreender as suas parábolas. Conseqüentemente, para aqueles que não
entendem Quem é Ele realmente, ou que ignoram a natureza do dom que Ele veio
trazer à humanidade, os mistérios do reino de Deus, por muitas parábolas que
venham a ouvir, necessariamente permanece algo misterioso.
IV- Como Interpretar Parábolas.
1- Buscar a verdade (ou verdades) que a parábola
ilustra.
Sempre devemos buscar a revelação do ESPÍRITO SANTO,
nunca confiarmos em nossa própria sabedoria, pois a parábola está inserida em
uma verdade profunda que não pode ser alterada.
2- Ater-se à essência da parábola.
Devemos, ao estudarmos parábolas, tomarmos sempre o
cuidado para não nos desviarmos do verdadeiro ensino que nos está sendo
proposto e cairmos em distração espiritual, porém, não direcionada pelo
ESPÍRITO SANTO, pois podemos passar a desvirtuar o verdadeiro ensino a nós
transmitido e passarmos a criar outro ensino, pois a parábola permite isto em
sua interpretação.
3- Jamais se esquecer de que as parábolas servem
para ilustrar doutrinas e não para estabelecê-las.
Ensinar uma doutrina através de uma parábola é
válido e bastante aproveitável, porém nunca se deve passar às pessoas uma
doutrina pessoal através de uma parábola, veja este exemplo:
Parábola:
Todo dia, ao meio dia, um pobre velho entrava na
igreja e saía, poucos minutos depois. Um dia, o padre perguntou-lhe o que fazia, pois havia objetos
de valor na igreja.
- Venho orar - respondeu o velho.
- Mas é estranho - disse o padre - que você consiga
orar tão depressa.
- Bem, - retrucou o velho - eu não sei recitar
aquelas orações compridas, mas todo dia, ao meio dia, entro na igreja e só
falo: "Oi Jesus, eu sou o Zé. Vim te visitar". Num minuto já estou de
saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza de que ele me ouve.
Alguns dias
depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado num hospital. Na enfermaria,
passou a exercer uma boa influência sobre todos os que o rodeavam. Os doentes
mais tristes se tornaram mais alegres, os familiares tornaram-se mais
esperançosos, muitas risadas começaram a ser ouvidas.
- Zé - falou-lhe um dia a Irmã - os outros doentes
dizem que você está sempre tão alegre...
- É verdade, Irmã, estou sempre muito alegre. É por
causa daquela visita que recebo todos os dias, e que me deixa muito feliz.
A Irmã ficou atônita. Já tinha notado que a cadeira
encostada na cama do Zé estava sempre vazia. O Zé era um velho solitário, sem
ninguém, e que por esse motivo não recebia visitas. Mesmo assim, levada pela
curiosidade, perguntou-lhe
- Que visita, Zé? A que horas?
- Todos os dias - respondeu com um brilho nos olhos.
- Todos os dias, ao meio-dia. Ele vem e fica sentado nesta cadeira, ao lado da
cama. E quando eu o olho. Ele sorri e me diz: "Oi Zé, eu sou Jesus. Vim te
visitar".
(Autor desconhecido)
JESUS estaria disposto a curar o enfermo e não em
visitá-lo e também não marcaria hora para visitar alguém.
Não saber orar indica falta de amizade e intimidade
com DEUS e a oração é feita com temor e adoração a DEUS.
Uma alma cheia do ESPÍRITO SANTO transmite o
evangelho e não apenas alegria passageira a seus colegas.
Conclusão
PARÁBOLAS DE JESUS
Parábola é uma narrativa, imaginada ou verdadeira,
que se apresenta com o fim de ensinar
uma verdade. Difere do provérbio neste ponto: não é a sua apresentação tão
concentrada como a daquele, contém mais pormenores, exigindo menor esforço
mental para se compreender. E difere da alegoria, porque esta personifica
atributos e as próprias qualidades, ao passo que a parábola nos faz ver as
pessoas na sua maneira de proceder e de viver. E também difere da fábula, visto
como aquela se limita ao que é humano e possível.
O emprego contínuo que Jesus fez das parábolas está
em perfeita concordância com o método de ensino ministrado ao povo no templo e
na sinagoga. Os escribas e os doutores da Lei faziam grande uso das parábolas e
da linguagem figurada, para ilustração das suas homilias. Tais eram os Hagadote
dos livros rabínicos. A parábola tantas vezes aproveitada por Jesus, no Seu
ministério (Mc 4.34), servia para esclarecer os Seus ensinamentos, referindo-se
á vida comum e aos interesses humanos, para patentear a natureza do Seu reino,
e para experimentar a disposição dos Seus ouvintes (Mt 21.45; Lc 20.19). As
parábolas do Salvador diferem muito umas das outras. Algumas são breves e mais
difíceis de compreender. Algumas ensinam uma simples lição moral, outras uma
profunda verdade espiritual.
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PAZ DO SENHOR
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