Lição 9 - O Fruto Do ESPÍRITO - MANSIDÃO - o Fruto
Da Obediência.
Lições Bíblicas Aluno - Jovens e Adultos - 1º
TRIMESTRE DE 2005
TEXTO ÁUREO: “Os mansos herdarão a terra e se
deleitarão na abundância de Paz” (Sl 37.11).
VERDADE PRÁTICA: O fruto da mansidão proporciona ao
crente fartura de descanso e paz de espírito.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: EFÉSIOS 4.1-7
1 Portanto, como prisioneiro do Senhor, rogo-vos que
andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, 2 com toda humildade e
mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, 3
procurando guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz.
4 Há um só corpo e um só Espírito, como também
fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 um só Senhor, uma só
fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por
todos e em todos. 7 Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do
dom de Cristo.
4.3 GUARDAR A UNIDADE DO ESPÍRITO. "A unidade
do Espírito" não pode ser criada por nenhum ser humano. Ela já existe para
aqueles que creram na verdade e receberam a Cristo, conforme o apóstolo
proclamou nos capítulos 1-3. Os efésios devem guardar e preservar essa unidade,
não mediante os esforços ou organizações humanos, mas pelo andar "como é
digno da vocação com que fostes chamados" (v. 1). A unidade espiritual é
mantida pela lealdade à verdade e o andar segundo o Espírito (vv. 1-3,14,15; Gl
5.22-26). Não pode ser conseguida "pela carne" (Gl 3.3). 4.5 UM SÓ
SENHOR. Uma parte essencial da fé e unidade cristãs é a confissão de que há
"um só Senhor". (1) "Um só Senhor" significa que a obra da
redenção que Jesus Cristo efetuou é perfeita e suficiente, e que não é
necessário nenhum outro redentor ou mediador para dar ao crente salvação
completa (1 Tm 2.5,6; Hb 9.15). O crente deve aproximar-se de Deus somente
através de Cristo (Hb 7.25). (2)
"Um só Senhor" significa, também, que devotar lealdade igual ou maior
a qualquer autoridade (secular ou religiosa) que não seja Deus revelado em
Cristo e na sua Palavra inspirada, é a mesma coisa que recusar o senhorio de
Cristo, e, portanto, da vida que somente nEle existe. Não pode haver nenhum
senhorio de Cristo nem "unidade do Espírito" (v. 3) à parte da
afirmação de que o Senhor Jesus é a
suprema autoridade para o crente, e de que esta autoridade lhe é comunicada na
Palavra de Deus.
LEITURA DIÁRIA:
Segunda - Mt 5.5 A mansidão qualifica o cristão para
herdar a terra
Terça - 1 Pe 3.4 A mansidão é preciosa diante de
Deus
Quarta - Is 29.19 A mansidão resulta em repetido
regozijo no Senhor
Quinta - Tg 3.13
A mansidão — uma característica do crente sábio
Sexta - Ef
4.26 Nem na ira o crente deve pecar
Sábado - 1 Tm
6.11 O fruto da mansidão acompanha as
virtudes cristãs.
OBJETIVOS: Após esta aula, seu aluno deverá estar
apto a:
1- Explicar os três conceitos de mansidão.
2- Descrever as características de Jesus que
exemplificam a sua mansidão.
3- Relacionar a mansidão a outras virtudes cristãs.
PONTO DE CONTATO:
Professor, no
atual contexto de nosso país, sabemos o quanto a mansidão é necessária. Os
homens sem Cristo, a cada dia que passa, estão mais ásperos, iracundos e
violentos. Algumas vezes, encontramos pessoas na Igreja que proclamam em alta
voz: “Eu sou convertido, porém meu ‘braço’ ou meu ‘dedo’ não”. Outros chegam a
declarar que são tentados à violência. Muitos provocam contendas na Casa de
Deus, são insubmissos a seus pastores, agressivos e rebeldes. Nesta lição,
estudaremos mais uma das qualidades de Cristo relacionada ao revestimento do
crente — a mansidão. Ore com o objetivo de o Espírito Santo infundir contrição,
perdão e mansidão em sua classe. Repreenda, em nome de Jesus, toda contenda,
peleja, e porfia entre os cristãos. OBS: Não se esqueça de ler na revista
Ensinador Cristão, nº 21, págs. 33-35, ‘Seção Boas Idéias’, excelentes dicas
para dinamizar a sua aula.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA:
Leve para a
sala de aula uma figura de ovelha. Mostre para os alunos e pergunte-lhes se já
tiveram a oportunidade de ver alguma sendo tosquiada. Em seguida, fale sobre este
processo pelo qual todas as ovelhas passam. É importante mencionar que este
animal permanece completamente mudo enquanto toda a sua lã é cortada. Escreva
as seguintes perguntas no quadro e reflita com seus alunos acerca delas: Você
permitiria ser “tosquiado” facilmente? Como você tem enfrentado “as tosquias da
vida”? Você tem se submetido à vontade de Deus mansamente como uma ovelha
perante seus tosquiadores? (Adaptado do livro Dinâmicas Criativas Para o Ensino
Bíblico, CPAD).
COMENTÁRIO: INTRODUÇÃO
Mansidão:
Acepções
substantivo feminino
1 qualidade
ou condição do que é manso
2 brandura
de gênio ou de índole; brandura na maneira de expressar-se; doçura, meiguice,
suavidade
Ex.: a m. de sua fala envolvia até os mais
impacientes
3 ausência
de agitação, de pressa, de inquietação, de ferocidade; serenidade,
tranqüilidade, brandura
Etimologia.
manso + -i- + -dão; ver mans-; mansidoen, mãsidom, mãssidõe, V manssydooe, mansidão.Sinônimos:
ver sinonímia de meiguice e antonímia de fúria, Antônimos: braveza, bravura;
ver tb. sinonímia de fúria.Mansidão é a qualidade daquele que é manso. Uma
pessoa mansa é serena, ponderada, prudente, equilibrada. É o contrário da
pessoa agressiva, ou brava, ou, ainda “braba”, no dizer da linguagem popular.
Um crente em nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
tem o dever de ser manso, de manifestar a mansidão em sua vida, em seus gestos,
em suas atitudes. E isso não é fácil, num mundo em que vivemos, onde os
violentos é que têm mais oportunidade de aparecer e de prevalecer, em muitas
ocasiões e situações.
Contudo, de acordo com a Palavra de Deus, precisamos
aprender com o Mestre Jesus, que diz: “Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra” (Mt 5.5). Foi um dos conselhos sábios que Jesus passou para seus
discípulos e ouvintes, quando ministrava o seu famoso Sermão do Monte. Aprender
a ser manso é um exercício difícil, mas necessário para uma vida tranqüila e
santa, sob os ditames sagrados do livro de Deus. É necessário exercitar as
emoções, os sentimentos, os conceitos e valores absorvidos ao longo da vida.
Dizem que o temperamento de cada um tem influência
marcante nos seus gestos e atitudes. Se a pessoa é de temperamento colérico ou
sanguíneo é difícil ser manso, segundo o que se pensa, pois o temperamento é
extrovertido, expansivo, alegre, etc.; se a pessoa é dos temperamentos
fleumático e melancólico, é mais fácil, pois são pessoas introvertidas, calmas,
sem pressa, etc.
No entanto, quando aceitamos a Cristo, as “coisas
velhas”, incluindo o comportamento antigo, as velhas atitudes e ações, tudo
fica para trás (2 Co 5.17). Passamos a ser novas criaturas, nascidas em Cristo,
e sofremos uma extraordinária transformação em nosso ser. Se somos nascidos de
novo, devemos ser pessoas espirituais, que dão o “fruto do Espírito”, que
inclui a mansidão (Gl 5.22). Não por causa do temperamento, mas, a despeito
deste, passamos a ser mansos , como resultado da ação do Espírito Santo, que
produz tal virtude em nosso ser. Deus é o que opera em nós “tanto o querer quanto
o efetuar”, como diz Paulo. Não é atitude cristã dizer: “Eu sou assim
mesmo...”; “quem quiser é assim...”. Isso é carnalidade pura, falta de
conversão.
I. O FRUTO DA MANSIDÃO NA BÍBLIA
QUE É MANSIDÃO? (na Bíblia, “força sob controle” –
era utilizada para falar, por exemplo, de um cavalo selvagem que foi domado. O
cavalo selvagem, quando domado, continua tendo tanta força e energia como
antes, mas agora pode ser controlado).
Ser manso não significa ser fraco, covarde. Jesus e
Moisés são chamados na Bíblia másculos!
E Gl 5.23 diz que a 8ª característica do tipo de
pessoa que Deus quer nos tornar é a mansidão – e em Fp 4.5 explica porquê,
dizendo: “Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos”.
Que significa você ser uma pessoa mansa? ...de
reações controladas diante das pessoas (em vez de simplesmente reagir diante
delas, você escolhe a reação que vai ter).
1. Definição.
“Prautes ou praotes denota ‘mansidão’. Em seu uso na
Escritura, no qual tem um significado mais extenso que nos escritos gregos
seculares, não consiste só no ‘comportamento exterior da pessoa; nem ainda em
suas relações com o próximo; tampouco na sua mera disposição natural. Antes, é
uma entretecida graça da alma; e cujos exercícios são primeira e primariamente
para com Deus. É o temperamento de espírito no qual aceitamos seus
procedimentos conosco como bons, e, portanto, sem disputar ou resistir [...]
Deve ser entendido claramente que a mansidão manifestada pelo Senhor e
recomendada para o crente é fruto de poder. A suposição comum é que quando o
homem é manso, é porque ele não pode se ajudar; mas o Senhor era ‘manso’porque
Ele tinha os recursos infinitos de Deus à sua disposição” (VINE, E.W. (et al).
Dicionário Vine: o significado exegético das palavras do Antigo e do Novo
Testamento. CPAD, 2002).
Os três conceitos principais acerca do fruto
espiritual da mansidão são os seguintes:
a) Ser sempre submisso à vontade de Deus.
A vontade de DEUS é perfeita, ELE conhece o futuro e
devemos sempre saber a sua vontade antes de realizarmos qualquer ato.
1 Jo 5.14 Esta é a confiança que temos ao nos
aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus,
ele nos ouvirá.
2 Sm 7.21 Por amor de tua palavra e de acordo com
tua vontade, realizaste este feito grandioso e o revelaste ao teu servo. 22
"Quão grande és tu, ó Soberano SENHOR!
1Rs 8."SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como
tu em cima nos céus nem embaixo na terra! Tu que guardas a tua aliança de amor
com os teus servos que, de todo o coração, andam segundo a tua vontade.
Sl 143.10 Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu
és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano
Mt 6.10 Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade,
assim na terra como no céu.
Mt 26.42 E retirou-se outra vez para orar: "Meu
Pai, se não for possível afastar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se
a tua vontade"
Hb 10. 9 Então acrescentou: "Aqui estou; vim
para fazer a tua vontade"
Mc 3.35 Quem faz a vontade de Deus, este é meu
irmão, minha irmã e minha mãe".
Rm 9. 27 E aquele que sonda os corações conhece a
intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a
vontade de Deus.
Rm 12. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas
transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de
experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
1Ts 4.3 A vontade de Deus é que vocês sejam
santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. 4 Cada um saiba controlar o
seu próprio corpo{1} de maneira santa e honrosa, 5 não dominado pela paixão de
desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus.
b) Ser apto para aprender.
Mansidão e Aprendizagem
Alguns dos momentos mais duros na minha vida foram
quando meus companheiros na obra procuravam seus próprios objetivos. Dor e
feridas foram inevitáveis. Entretanto, estas coisas nos ensinam. O primeiro
descanso oferecido em Mateus 11.28-30 é incondicional.
`Vinde a mim - e eu lhe darei descanso.´ Mas depois
vem o descanso da vida inteira que recebemos quando aprendemos de Jesus – que é
manso e humilde. Esta é a coisa principal que devemos fazer durante toda nossa
vida. É triste ver quantos pastores limitam sua experiência cristã a ajuntar um
grupo que possa satisfazer sua necessidade.
Coronel Arnolis Weerasooriya (1858 - 1888), um homem
de Sri Lanka, cuja vida e obra foram altamente admirados pelo General William
Booth (do Exército de Salvação), dizia:
`Fico aos pés de qualquer pessoa que andou com Jesus
mais do que eu, para aprender dele´.
Cada fracasso é uma experiência de aprendizagem para
o pastor manso. Se ele congregar dez mil pessoas no seu rebanho, ainda sente
humilhado quando se lembra dos milhões que ainda não foram alcançados.
Toda nossa vida é uma experiência de aprendizagem. O
conhecimento do Salvador que nos chamou é inesgotável. A pessoa mansa espera
uma nova revelação da vida celestial para iniciar seu dia. Tal vida é cheia com
a plenitude de Deus.
A bênção para o manso é que o Senhor o sustenta
sempre (Salmo 37.24). Ele caminha por passos dirigidos pelo Senhor (Salmo
37.23).
Muitos caminham apressadamente para o ministério ou
sucesso nos negócios. Não conseguem passar pelos atrasos ordenados por Deus. O
homem manso empresta com generosidade porque reconhece que tudo que possui foi
recebido (Salmo 37.26).
Os mansos não resistem à vontade do Senhor. O Senhor
tem facilidade de instruí-los. Seu ouvido está sempre aberto às suas
instruções.
Tenho muito temor quando vejo cristãos que vivem
suas vidas dia após dia totalmente insensíveis a qualquer ordem de Deus ou à
voz do Senhor. Há muitos senhores no corpo do Senhor.
Muitos líderes, mas poucos que podemos seguir.
Muitos mestres, mas poucos servos. Muitos pregadores, mas poucos que escutam.
Muitos que viajam, mas poucos que ficam quietos.
É estar sempre aberto à aprendizagem, ou seja, não
ser orgulhoso quanto ao que se sabe e o que precisa aprender (Tg 1.21).
c) Ser atencioso.
Em primeiro lugar Seja compreensivo, não exigente,
com as pessoas que lhe prestam um favor.
Lemos em Fp 2.4,5: “Que ninguém procure somente os
seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo
modo de pensar que Cristo Jesus tinha...” .
Vou lhe perguntar: Como você trata as pessoas que
lhe prestam algum serviço? ...o balconista, o caixa do banco, a secretária? É
indiferente, como se fizessem apenas parte da mobília do lugar?
Estão ali para prestar serviço, mas são pessoas!
Cumprimente-as, dê-lhes um aperto de mão, um sorriso...
Eu não gosto de atender ao telefone quando a pessoa
do outro lado diz assim: “Alô! Fulano tá aí? ...eu poderia falar com ele?” –
porque eu não um secretário eletrônico... quero ser cumprimentado, quero
responder a um “como vai?”!
Entre as mais de 30 dicas para se viver melhor que
tenho colecionado, há uma que diz: “Valorize as pessoas, elas não são descartáveis”.
Seja manso!
Segundo, seja complacente, não crítico, com aqueles
que erram.
Gl 6.1,2 diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em
algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão.
Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado...”.
A tentação aqui pode ser muito bem a de ser crítico,
de ser “mais santo do que o outro” e essa é a reação errada para com um irmão
que está lutando contra o pecado.
Às vezes olhamos para os erros dos outros com lente
de aumento e ficamos à dizer a mesma coisa que diz o lápis para o papel, quando
quebra a ponta: “você vive me desapontando!”
Rm 14.1: “Aceitem o que é fraco na fé...”.
Vou fazer uma pergunta: Qual a sua reação diante de
pessoas que têm a vida toda bagunçada? – você pensa: “Eu não disse?” ou “Eu já
sabia!”, ou “Ele merece!” ou “Como pode ser tão tolo?” ...você tem um
sentimento interior de superioridade?
Quero lhe falar um pouco sobre o dia em que uma
mulher apanhada em adultério foi carregada para fora da casa onde estava e
trazida até Jesus. Qual foi a reação de Jesus? ...foi cheia de sensibilidade –
Ele a defendeu diante dos outros, mas depois que a multidão se foi, então, em
particular, falou-lhe sobre o seu pecado. Jesus foi manso, não crítico!
Por que devemos nos esforçar para não ser críticos?
Foi assim que Cristo nos tratou!
Rm 15.7 revela o seguinte: “...aceitem-se uns aos
outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a
Deus”.
Você sabe, Deus tolera muitas coisas que fazemos, e
se Deus tolera nossas fraquezas, podemos aprender a tolerar as falhas dos
outros.
Sempre que você se sentir tentado a julgar uma
pessoa, faça uma pausa para lembrar o quanto Deus lhe perdoou – quanto mais
reconhecemos o perdão que Deus nos deu, mais tolerante seremos com os outros.
Portanto, quando as pessoas o decepcionarem, aja com
compreensão e sem julgamento, porque Deus é invariavelmente manso com você!
Terceiro, seja delicado com as pessoas que discordam
de você, e não se sinta derrotado.
É um fato da vida que você nunca poderá agradar a
todo o mundo (você vai sempre conhecer pessoas que gostam de instigar, discutir
e brigar).
Num dia desses, enquanto procurava alface num
mercado, ouvi uma conversa banal, mas reveladora. Uma mulher falou diante da
banca de frutas: "Não suporto uvas". A sua colega respondeu apenas:
"Adoro uvas". Não sei como acabou a conversa, mas pode estar certo:
muitos desentendimentos começam com assuntos de pouca importância.
Talvez você já teve a seguinte experiência: Convidou
um casal de amigos para um jantar em sua casa. Aí, na mesa, o marido da outra
começa a contar uma história, mas em seguida a mulher diz: “Querido, não foi
assim. Lembre-se: foi a tia Maria, não a tia Suzana”. Você acha que os outros
estão interessados em saber qual foi a tia?
Já discutiu por causa de uma data sem sentido? “Foi
em 1982. Não, foi em 1983. Não. Não foi. Foi em 1982. Não foi...”
Imagine ainda essa cena: - "Eu? Levar desaforo
para casa? É ruim, hein! Mas nem morto! Você não me conhece!" -
"Espere aí, você não é crente?" - "Sou, sou crente mas não tenho
sangue de barata! Até lá na igreja mesmo, quando fazem alguma coisa que me
provoca, eu solto os bichos!!!" - "Mas, irmão... - "Que irmão o
quê! Me larga, me larga!!"
Como você deve reagir diante dessas pessoas? ...você
tem três alternativas: pode se calar, reagir com ira, ou responder com
mansidão.
Se você se calar diante de pessoas briguentas, é
como se dissesse à elas: “Está bem, seja como você quiser”. É a paz a qualquer
preço, mas isto não compensa.
Se você reagir com ira, irá em frente, atacará seja
quem for que fique contra a sua opinião; mas a ira é geralmente um sinal de
insegurança – a pessoa se sente insegura, imagina que vai perder, então, pra
compensar, fica irada.
Mas a terceira alternativa é responder com mansidão;
é o método que Deus quer que você escolha. Esse tipo de reação exige
equilíbrio, mas é abençoado!
Pv 15.1 diz: “A resposta calma [branda] desvia a
fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”.
Você já experimentou isso? Eu já. Quando alguém faz
uma pergunta, se você responde com arrogância, a pessoa vai, provavelmente,
esquentar com você. Mas, se responder com mansidão, a pessoa vai se abrir para
você.
Amado, atente também para o que diz a Bíblia em 2Tm
2.24, 25: “Ao servo do Senhor não convém brigar, mas sim, ser amável para com
todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe
opõem...”
Paulo está dizendo que a mansidão é a capacidade de
discordar agradavelmente.
Seja delicado com as pessoas que discordam de você.
E ainda, seja capaz de aprender, não seja
inacessível.
Quando alguém o corrigir, seja capaz de aprender.
Pv 13.18 diz: “...quem acolhe a repreensão recebe
tratamento honroso”. Sabe, as pessoas mais sábias, são as que mais querem
aprender com as outras.
Você consegue aprender com seus filhos, com seu
marido, sua esposa?
Vou lhe dizer como acabar sozinho na vida: Nunca
admita nenhum erro. Nunca aprenda nada com ninguém. Nunca permita que alguém
lhe ensine alguma coisa. Isto o fará ficar sozinho!
MANSIDÃO, pois, é também a disposição de aprender e
de admitir quando se está errado.
Há quando tempo você não chega à alguém e diz:
“Sabe, eu estava errado”? ...há pessoas que não dizem isso há anos – será que
são infalíveis?
Observe outro texto da Bíblia, Tg 1.21 que diz:
“...recebei com mansidão a palavra em vós implantada”.
Mansidão é também a atitude que devemos ter quando
lemos ou ouvimos a Palavra de Deus – devemos nos aproximar dela com uma atitude
mansa e humilde, dizendo: “Deus, quero ser ensinado”.
Você também deve agir, e não reagir.
Quando alguém o fere, aja, não reaja. Faça como
Jesus Cristo fez. O apóstolo Pedro disse dEle: “Quando foi injuriado, não
injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga
justamente”.
Quando Pilatos interrogava a Jesus, Ele suportou o
julgamento em silêncio. Podia ter revidado, gritado, falado para se defender...
mas não REAGIU, AGIU: assumiu o controle da situação.
Quando você reage a um insulto, está admitindo que a
pessoa está no controle de suas emoções.
A palavra de Deus diz, Rm 12.17,21: “A ninguém
torneis mal por mal... não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.
Um homem estava contando que acompanhou um amigo a
uma banca de jornal e viu seu amigo cumprimentar o jornaleiro muito
simpaticamente. Mas em troca recebeu uma atenção grosseira, mal-educada, e o
jornal jogado na direção dele. Viu, mesmo assim, o amigo sorrir educadamente e
desejar ao homem um bom fim-de-semana. “Ele sempre o trata assim? – Sim,
infelizmente. Mas, então, porque você é tão gentil com ele?” - ...porque eu não quero que ele decida como
devo reagir”.
Isso é mansidão – força controlada. Escolher a
maneira de reagir.
II. A MANSIDÃO DIVINA
Existe uma escola, “a escola da mansidão”, que é
dirigida pelo Senhor Jesus Cristo. Ele fez um convite excelente aos que estão
cansados e oprimidos, ante as vicissitudes da vida, ante a onda de pecado que
avassala o mundo. Ele diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados e
oprimidos , e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas
almas” (Mt 11.28.30).
Quem estuda na Escola de Jesus sabe o valor da
mansidão acha difícil na prática, mas, com ajuda do Espírito Santo, podemos
fazer “o dever de casa” e por em prática os preciosos ensinos de Jesus.
Primeiro, porque ele não é do tipo de professor que ensina o que não faz, e faz
o que não ensina. Quando, após ser julgado de modo ilegal por Pilatos, Ele foi
esbofeteado, cuspido, escarnecido, mas “como ovelha muda perante os seus
tosquiadores, não abriu a sua boca” (Is 53.7). Com obediência e zelo pelas
lições do Senhor, podemos passar nos exames das provas de mansidão.
1. A Mansidão de Deus.
A mansidão deve ser uma das qualidades do crente,
porquanto o Espírito de Deus habita em seu interior. Deus é perfeitamente
manso, mas também justo e que ira-se todos os dias (Sl 7.11). Como compreender
isso? A ira de Deus é contra o pecado e o mal; não afeta seu amor e compaixão
por nós. Deus é nosso exemplo perfeito de mansidão associada à firmeza.
2. A Mansidão de Jesus.
Aquele que nos primeiros dias do Seu ministério
disse: "Bem-aventurados os mansos", mais tarde também disse "Sou
manso" (Mt.5v5; 11v29). Isso foi somente a prerrogativa dEle em poder
dizer: "Sou manso", e ainda permanecer assim.
Entre os homens, tal alegação à mansidão negaria
aquela mansidão fingida. Os outros podem dizer que um homem é manso, mas quando
aquele mesmo homem assim fala, deixa de ser a verdade. Com o amado Salvador era
diferente. Ele podia dizer: "Sou manso" e ainda permanecer manso.
Mansidão é o fruto do Espírito e desejamos ponderá-la na sua perfeição na vida
do Senhor Jesus.
Os grandes homens do mundo sempre desprezaram
mansidão. Eles a confundiram com moleza e fraqueza. Os Faraós do Egito, os Reis
da Babilônia , os Imperadores de Roma, os Príncipes da Pérsia, não toleravam
mansidão.
Mas mansidão não é fraqueza. De fato, mansidão é a
verdadeira força e pode ser vista como tal no ministério do Salvador. Alguém o
descreveu como "excesso de falta de raiva". A definição pode parecer
incômoda, mas é certa. Houve tempos e ocasiões quando o nosso Senhor poderia
estar irado. Houve circunstâncias que O tornaram assim (Mc3v5). Mas é dito de
amor que não é facilmente provocado, e assim foi com o grande Amante das almas.
Existe uma raiva em nós que pode vir de malícia e amargura. Isto é errado,
embora que nós, às vezes, podemos também estar com a justa ira, sem pecar
(Ef.4v26).
Aquele Homem amado, manso e humilde era
excessivamente sem ira e sempre desconhecedor da malícia.
No Salmo 45, um salmo Messiânico predizendo os
triunfos do Cristo, é profetizado do Messias, que Ele prosperaria na causa da
verdade, mansidão, e retidão. Sem dúvida, há de ter um cumprimento milenial
disso no futuro, mas era verdade durante a Sua estada entre nós. Ele pregava a
verdade e vivia em retidão. Mansidão une os dois. Foi o Espírito no qual Ele
pregava e vivia enquanto esteve aqui na terra.
Outra vez, o profeta havia dito: "Eis que o teu
Rei aí te vem, manso e assentado sobre uma jumenta". (Mt.21v5). Isto se
cumpriu no dia em que o Salvador entrou em Jerusalém na jumenta, com roupas e
ramos de árvores estendidos pelo caminho. "Hosana!" eles clamaram,
"Hosana!" Mas o nosso Senhor sabia que a cruz estava perto, e Ele
recebeu os seus louvores em mansidão. Ele, que um dia reinará e cavalgará em um
cavalo branco em triunfo, assentou mansamente sobre uma jumenta, para ser crucificado
dali a alguns dias (Veja Ap.19).
Quão mansamente o Salvador tolerou os escárnios
injustos dos Seus inimigos. "Odiaram-me sem causa", Ele podia dizer
(Jo 15.25). Injustamente o acusavam, eram os Seus inimigos (Sl.69v4). Note quão
mansa e gentilmente Ele respondia mesmo às injustiças. "Não dizemos nós
bem que és samaritano, e que tens demônio?", eles O acusaram (Jo.8v48-49).
"Não tenho demônio", Ele respondeu, mas sem referência aos
samaritanos. Bem Ele podia ter dito "Não sou samaritano", mas em
mansidão característica Ele não ofenderia. Afinal, uma vez ele viajou para
Sicar para trazer salvação a uma samaritana (Jo.4).
Mas será que realmente vemos a Sua mansidão quando O
vemos no meio de inimigos cruéis acusando-O durante aquela última noite longa e
solitária? Ele estava como um cordeiro levado ao matadouro. Ele estava como uma
ovelha muda perante os seus tosquiadores. Como eles O despiram de tudo que era
dEle, até as Suas próprias vestes, Ele era como a gentil corça da alvorada de
Sl.22. Os touros de Basã e os cães de Roma O rodearam. Os líderes orgulhosos e
arrogantes da nação e os soldados insensíveis de César O cercaram. No meio de
tudo, o objeto da sua crueldade, Ele permaneceu em silêncio e sem queixa. Um
tempo antes no jardim, Ele tinha dito a Pedro "Ou pensas tu que eu não
poderia agora orar a meu Pai, e que Ele não Me daria mais de doze legiões de
anjos?" (Mt.26v53). Mas,sabendo que tudo estava ao Seu comando, Ele
suportou mansamente tudo que Lhe fizeram.
E quando eventualmente eles O levaram para fora para
morrer, e estenderam as Suas Mãos para cravá-las na cruz, em mansidão Ele
disse: "Pai, perdoa-lhes" (Lc.23:34).
Não foi isto verdadeira força? Foi bem cedo mesmo no
Seu ministério que Ele tinha ensinado os Seus discípulos: "Amai os vossos
inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai
pelos que vos maltratam e vos perseguem"(Mt.5v44). Esta exortação foi
parte daquele mesmo ministério no qual Ele tinha dito "Bem-aventurados os
mansos"(Mt.5v5). Quão literalmente Ele cumpriu as instruções que Ele tinha
dado aos Seus, enquanto Ele orou pelos que estavam fisicamente O pregando
naquela cruz.
É gostoso notar que no mesmo Salmo do Seu sofrimento
lemos "Os mansos.....se fartarão" (Sl.22v26). O Príncipe de
Sofredores um dia será recompensado pela Sua mansidão, porque "Os mansos
herdarão a terra" (Sl.37v11). Ele regerá e reinará quando os reis da terra
já passaram e são esquecidos.
Que nós, que O amamos e que desejamos ser
semelhantes a Ele, sejamos sempre achados em "humildade e mansidão";
"modestos, mostrando toda a mansidão para com todos os homens"
(Ef.4v2; Tt.3v2). Bem-aventurados são os mansos.
III. REFERÊNCIAS BÍBLICAS À MANSIDÃO
Na Bíblia, a mansidão está freqüentemente associada
a outros atributos ou em contraste com práticas erradas. Consideremos,
portanto, alguns textos bíblicos e seus ensinos para nós.
1. Mansidão e benignidade. Em 2 Coríntios 10.1, o
apóstolo Paulo fez um apelo aos coríntios “pela mansidão e benignidade de
Cristo”. Benignidade, nesta passagem, diz respeito a suportar ofensas com
paciência e sem ressentimento, por amor a Cristo. Mansidão refere-se à brandura
na conduta ou atitude, e opõe-se à rispidez, à severidade, à violência ou a
grosserias carnais; de natureza adâmica.
2. Mansidão e humildade. Estas duas virtudes estão
intimamente ligadas: “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4.2). Humildade contrapõe-se ao
orgulho. É uma atitude de submissão e respeito aos outros.
3. Mansidão e sabedoria. “Quem dentre vós é sábio e
inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de
sabedoria” (Tg 3.13). Os sábios e inteligentes são mansos. Trata-se de um
espírito de submissão e sempre inclinado à aprendizagem. Isto evidencia o fruto
da mansidão.
4. Mansidão e salvação. “Porque o Senhor se agrada
do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação” (Sl 149.4). Observamos
neste texto sua harmonia com o Novo Testamento: “Pelo que, rejeitando toda
imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós
enxertada, a qual pode salvar a vossa alma” (Tg 1.21). Neste texto, mansidão
refere-se à inclinação para receber a Palavra de Deus com um coração submisso.
IV. EXEMPLOS DE MANSIDÃO NA BÍBLIA
O maior exemplo de mansidão nos foi dado por Jesus.
Ele a ensinou e a viveu radicalmente. No Sermão da Montanha ele ensinou:
´Tendes ouvido o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu porém, vos
digo: não resistais ao homem mau. Se alguém te ferir a face direita,
oferece-lhe também a outra´ (Mt 6,38s).
Há muitos exemplos da prática do fruto da mansidão,
ou de sua ausência, no Antigo e Novo Testamentos. Ao ler os acontecimentos
bíblicos, reflita se os personagens envolvidos agiram mansamente. Se não,
considere a possibilidade de que a história, em alguns casos, poderia ter sido
diferente se esta virtude fosse manifestada. A seguir, examinaremos alguns exemplos.
1. Abraão. É um exemplo notável desta virtude
aplicada na resolução de disputas: “Ora, não haja contenda entre mim e ti e
entre os meus pastores e os teus pastores, porque irmãos somos. Não está toda a
terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; se escolheres a esquerda, irei
para a direita; e, se a direita escolheres, eu irei para a esquerda” (Gn
13.8,9). À primeira vista, parece que Abraão está perdendo terreno por conceder
a Ló o direito de escolher. Contudo, no fim da história o Senhor abençoou
grandemente a Abraão. Isaque, filho de Abraão, seguiu o exemplo do pai e também
foi abençoado pelo Senhor (veja Gn 26.20-26).
2. Moisés. O texto de Números 12.3 diz que “era o
varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. Na
passagem de Êxodo 15.24,25, o povo murmurou contra Moisés, que imediatamente
voltou-se ao Senhor. Fato semelhante ocorreu em Êxodo 17.3,4. Em outra ocasião,
o povo criticou Moisés em público, no entanto, Deus o defendeu e falou
diretamente com Arão e Miriã em benefício de seu servo. Nestes textos,
aprendemos que o Senhor sustenta os submissos e mansos. Em Números 16,
encontramos uma rebelião do povo contra a liderança de Moisés. Uma vez mais ele
demonstrou mansidão, e Deus o protegeu.
3. Paulo. Quando Paulo rogou aos coríntios, ele lhes
apelou pela mansidão e benignidade de Cristo (2o Co.10v1). Tanto Paulo como os
coríntios sabiam que em Jesus houve o grande exemplo de uma mansidão que seria
o antídoto para cada problema. O apóstolo lhes rogou por aquela mansidão para
ter pensamentos certos dele e do seu apostolado.
Paulo experimentou isso na sua vida. Ele segurava os
mantos daqueles que apedrejavam Estevão, que, recebendo o martírio, como Jesus,
orava pelos seus executores. ´Senhor, não lhes leves em conta este pecado ...´
(At 7,60). E Saulo ´que havia aprovado a morte de Estevão´, converteu-se
maravilhosamente em seguida, por esses ´carvões em brasa´ que foram amontoados
sobre a sua cabeça pela atitude de Estevão.
V. RECOMPENSAS DA MANSIDÃO
Não há promessa boa na Bíblia para os violentos, os
agressivos, os “ignorantes”, os “brabos”. Mas há promessas para os que são
mansos de coração. No Sl 37.11, está escrito: “ Mas os mansos herdarão a terra,
e se deleitarão na abundância de paz”. Isso contraria tudo o que se sabe em
termos de propriedade da terra, de reforma agrária, ou coisa do gênero. Na
terra, hoje, quem tem mais terra , são os ricaços, muitos vezes à custa de
apropriação indevida, de expropriação ilegal, e até pelo uso da força. Mas, um
dia, quando Cristo vier reinar neste mundo, os mansos é que serão donos das
propriedades da terra, como herança concedida por Deus pela sua mansidão. Jesus
repetiu essa promessa, no sermão do monte: “Bem-aventurados os mansos porque
eles herdarão a terra” (Mt 5.5).
CONCLUSÃO
A mansidão é uma disposição do caráter que aceita,
sem discutir, a verdade e a vontade de Deus. É uma postura dócil de completa
submissão e aprendizado em Cristo (Mt 11.28). Essa virtude é fruto da atuação
do Espírito Santo no crente. Não é a simples obediência, passividade ou
indolência, mas a transformação moral segundo à obediência de Cristo (1 Pe
1.2). Assim, agiam as igrejas do Novo Testamento (Rm 16.19; 2 Co 7.15) e o
próprio Cristo (Hb 5.8), que sendo perfeitamente homem, humilhou-se a si mesmo,
e foi obediente até a morte (Fp 2.8). Segundo Paulo, aquele que não é capaz de
ser manso e se submeter aos seus pastores não é digno da comunhão cristã (2 Ts
3.14). As Escrituras também tratam da obediência aos pais e a conseqüência
imediata de desobedecê-los (Dt 21.18; Pv 30.17). Os resultados da sujeição
mansa aos mandamentos divinos são exemplificados em Cristo, os da
desobediência, em Adão (Rm 5.19). No grego, o termo obediência é formado por
hypo, que significa debaixo de e traz a idéia de estar debaixo da vontade e do
mandamento divino, e akouo, traduzido por ouvir, que fala da disposição mansa
para obedecer a verdade vinda de cima.
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