A tarefa de testemunhar Cristo
02 de julho de 2017
Texto Áureo
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. At 1.8
Verdade Aplicada
A Palavra de Deus jamais volta vazia. Evangelizar é testemunhar acerca de Cristo, anunciando o plano divino de salvação.
Textos de Referência.
Marcos 16.15-19
15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
Introdução
As últimas palavras de Jesus, após a ressurreição e antes da ascensão, enfatizam a responsabilidade de Seus discípulos na continuação de Sua obra, isto é, alcançando todos os povos “até os confins da terra” (At 1.8; Mt 28.18-20).
1. O evangelismo e sua essência.
A tarefa de evangelizar se baseia no plano de Deus em alcançar toda a humanidade e na ordem de Jesus Cristo. Assim, nossa motivação deve ser a glória de Deus, por ser o Criador e Senhor de todas as coisas. E também por ser uma questão de obediência (Mt 28.18-20). O ide de Jesus é para todos, indistintamente (At 1,8).
1.1. A vital importância do evangelismo.
Não existe algo mais gratificante para ser um humano do que participar na recuperação ou transformação de alguém. Como servos de Deus, existe um gozo inexplicável em conduzir uma alma aos pés de Cristo. Essa é uma experiência sem par. Além de ser uma grande honra, a tarefa de evangelizar é para o salvo como uma respiração. Foi para isso que Cristo nos nomeou (Jo 15.16). A tarefa de ganhar almas não se aplica somente aos pastores, mas a todos. Enquanto muitos cristãos deleitam-se nos cultos comodamente, a seara cresce e o ide aos perdidos não é concluído (Mc 16.15; Jo 4.35).
1.2. O alcance do evangelismo.
A igreja não está limitada ao espaço físico do templo. Por esse motivo, o evangelismo é indispensável (At 5,42; 8.4). A pregação, num culto público, nem sempre alcança a necessidade de todos os ouvintes. Cada pessoa no culto possui problemas espirituais diferentes. O evangelismo pessoal proporciona oportunidade para a pessoa evangelizada abrir seu coração, expor suas dúvidas e ser esclarecida acerca de Cristo e do plano da salvação. A ordem é ir até as pessoas e lhes anunciar a salvação (Rm 10.14). A Igreja Primitiva cresceu porque seus membros compreendiam a necessidade de testemunhar acerca de Cristo (At 2.44-47). A Bíblia diz que é sábio o que ganha almas (Pv 11.30).
1.3. Evangelizar é falar do sacrifício de Cristo.
A vontade de Deus é que nenhum homem se perca. Mas que venha ao conhecimento da verdade (2Pe 3.9). Deus mostrou Seu amor para com a humanidade enviando a Jesus Cristo para salvá-la. É preciso que toda a humanidade conheça o motivo da vinda de Jesus Cristo e o significado de Sua morte, ressurreição e ascensão (Jo 3.16; Lc 19.10). É por esse motivo que devemos anunciar a todos os povos, línguas e nações que Jesus Cristo não somente morreu por nossos pecados, mas nos deu a oportunidade de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1,12). Jesus Cristo foi o evangelista por excelência. Ele tinha plena consciência sobre a necessidade de esclarecer as multidões acerca do Reino de Deus e da salvação. Como discípulos de Jesus, precisamos ser movidos por esse mesmo sentimento (Mt 10.25; Jo 13.15).
2. Por que devemos evangelizar?
Jesus deu uma ordenança para os Seus discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15). O Evangelho “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1,16).
2.1. Porque é uma ordenança.
Jesus voltará e entre a ordem e Sua vinda o tempo é curto. Outro fato que devemos atentar é que Jesus ao enviar Seus primeiros discípulos deixou bem claro essa necessidade: “Quem crê nele não é condenado: mas quem não crê já está condenado” (Jo 3.18; 1Jo 5.12). O destino do pecador sem Jesus é simplesmente a perdição e o inferno. Ele também expôs o motivo de Sua vinda: “Porque o filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Por fim, a notificação acerca da salvação da humanidade é incumbência nossa. O discípulo de Jesus Cristo deve atuar por obediência e ser dominado pelo amor que Cristo tem por nós.
2.2. Porque a morte não espera.
Não podemos precisar o tempo estimado de vida de cada pessoa. As oportunidades de salvação podem ser únicas. Vivemos em um mundo conturbado, violento e cego (2Co 4.4). Cada ser humano nasceu com um tempo de vida determinado pelo Pai e não sabemos quando a morte chegará. Para uns, ela é repentina. Para outros, ela demora um pouco mais. Porém, mais cedo ou mais tarde, ela virá. E a pergunta é: quando ela vier, como será? Tal pessoa estará preparada? Ela foi avisada que após a morte segue-se o juízo divino? (Hb 9.27). E a quem ficou encarregada a missão de avisar? (Ez 33.6-9).
2.3. Porque a vinda do Senhor se aproxima.
O arrebatamento da Igreja será a qualquer momento (1Ts 4,16-17). Estamos vivendo os últimos momentos da Igreja e o tempo não é favorável para aqueles que ainda não foram avisados. Deus nos confiou a palavra de liberdade e de boas novas. Ele não convocou os anjos para essa tarefa. Precisamos acordar e agir o quanto antes. Paulo foi enfático acerca de nossa responsabilidade: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16).
3. O perfil de um bom evangelizador.
Devemos ter em mente que, para alcançar os perdidos, precisamos ter profunda compaixão pelas almas, para transpormos as barreiras entre os seres humanos (Jo 4,9).
3.1. Aquele que não tem preconceito.
Devemos lembrar quem éramos e o que aconteceu conosco após Cristo entrar em nossas vidas. Havia uma barreira imensa entre nós e Deus, Cristo foi o responsável por estarmos hoje de posse de tão grande salvação. Foi preciso que Jesus fizesse a nossa reconciliação com o Pai. Portanto, não existe mérito algum de nossa parte pelo que somos (Ef 2.8-13). Existem pessoas que jamais entrarão em um templo. Como ouvirão se não formos até elas? (Rm 10.14). Evangelizar é deixar de lado as diferenças, é envolver-se socialmente e confiar que o Deus que envia também está conosco para nos ajudar (Mc 16.15; Mt 28.20).
3.2. Aquele que conhece bem a Palavra de Deus.
“E correndo Felipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém não me ensinar?” (At 8.30-31). O diálogo entre Felipe e o eunuco mostra perfeitamente como muitas pessoas necessitam ser esclarecidas acerca da salvação. Por isso, é de suma importância que aquele que se dispõe a falar de Cristo conheça o manual que registra a salvação em Cristo Jesus (2Tm 2.15). Precisamos estar prontos para responder e esclarecer o ouvinte acerca de quem nos salvou (1Pe 3.15). Existem pessoas que conhecem muito a Bíblia, todavia, como esse eunuco, precisam de alguém que lhes explique como alcançar a salvação.
3.3. Aquele que tem profunda paixão pelos perdidos.
“Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (Jo 4.10). Ali, próximo ao poço, com o sol intenso do meio-dia e com fome, estava Jesus, rejeitando o almoço para saciar a fome de um uma alma perdida (Jo 4.34). Jesus sabia que aquela alma era preciosa, que possuía sérios problemas morais e espirituais. Mesmo assim, não se importou em ser mal interpretado, e nem permitiu que o preconceito entre judeus e samaritanos o impedisse. Jesus amava as almas e devemos também buscar esse mesmo sentimento (Fp 2.5).
Conclusão.
A obra de Deus é feita com seriedade, preparo e amor, Falar de Cristo requer alguns cuidados essenciais, principalmente uma vida prática. Somos testemunhas ambulantes da obra de Cristo. Se nosso testemunho for diferente de nossas ações, teremos sérios problemas diante das pessoas (Fp 2.15).
Questionário.
1. Em que se baseia a tarefa de evangelizar?
2. Qual a vontade de Deus para a humanidade?
3. Por que devemos evangelizar?
4. Cite uma razão que dê urgência à evangelização.
5. Cite uma característica indispensável ao ganhador de almas.
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