Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2011
Título: Movimento Pentecostal — As doutrinas da
nossa fé
Comentarista: Elienai Cabral
Lição
7: Os
dons de poder
Data: 15 de Maio de 2011
TEXTO ÁUREO
“E as multidões
unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os
sinais que ele fazia” (At 8.6).
VERDADE PRÁTICA
Através da operação de sinais e prodígios, pelo poder do
Espírito Santo, o Senhor Jesus confirma a ação evangelizadora e missionária da
Igreja no mundo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda -
Mt 17.20
O poder
mediante a fé e seus resultados
Terça - Lc
7.6-10
O
resultado através da fé em Cristo
Quarta - 1
Co 12.9
Os dons da
fé, de curas e de maravilhas
Quinta -
At 16.27-34
O
livramento pelo poder da fé
Sexta - Mc
16.14-18
Sinais que
acompanham os que crêem
Sábado -
At 28.7-10
Deus cura
as enfermidades
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Atos
8.5-8; 1 Coríntios 12.4-10.
Atos 8
5 - E, descendo Filipe à cidade de
Samaria, lhes pregava a Cristo.
6 - E as multidões unanimemente
prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele
fazia,
7 - pois que os espíritos imundos
saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e
coxos eram curados.
8 - E havia grande alegria naquela
cidade.
1
Coríntios 12
4 - Ora, há diversidade de dons, mas o
Espírito é o mesmo.
5 - E há diversidade de ministérios,
mas o Senhor é o mesmo.
6 - E há diversidade de operações, mas
é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
7 - Mas a manifestação do Espírito é
dada a cada um para o que for útil.
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada
a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de
maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, a variedade de línguas; e a
outro, a interpretação das línguas.
INTERAÇÃO
Neste domingo estudaremos a respeito dos dons espirituais de
poder. Esses dons foram concedidos à igreja a fim de auxiliá-la na propagação
do evangelho, para que o nome do Senhor seja glorificado. Não devemos jamais
nos gloriar por termos recebido de Deus qualquer dom. Toda a honra e glória
devem ser dadas Àquele que nos dotou de tal bênção. Tanto a Igreja Primitiva
como a Assembléia de Deus tem registrado em sua trajetória a manifestação dos
dons. Busquemos, pois, incansavelmente os dons que o Senhor prometeu à sua
Igreja.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Conhecer os dons de poder.
·
Explicar o que representa cada dom.
·
Saber que os dons são necessários para a edificação do Corpo de
Cristo.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
A lição de hoje trata dos dons espirituais de poder. Explique
aos alunos que esses dons são concedidos à Igreja para sua edificação, a fim de
que possa manifestar o poder divino na Terra. No início da aula, escreva no
quadro-de-giz os nomes dos três dons de poder que serão estudados na lição (fé,
cura e operação de maravilhas). Solicite aos alunos que falem a respeito desses
dons. Aproveite para avaliar o conhecimento que eles têm sobre o assunto.
Depois, de acordo com o texto da revista, escreva no quadro-de-giz a definição
de cada dom. Conclua enfatizando que os dons jamais devem ser utilizados para a
exaltação pessoal.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra
Chave
Poder: [Do grego Kratos]. “Força para fazer a obra de
Deus”.
Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus prometera aos
discípulos revesti-los de poder, a fim de capacitá-los não só a pregar o
Evangelho, mas também a operar sinais, prodígios e maravilhas (Mc 16.9-20; At
1.8). Lucas, ao escrever os Atos dos Apóstolos, confirma o que lhes havia
prometido Jesus (At 2.43; 8.13; 19.11). A ação evangelizadora e missionária da
igreja era acompanhada, de fato, por milagres. Pois o Senhor, através do
Espírito Santo, dotou os apóstolos e evangelistas com os dons de poder. Ele quer
continuar a confirmar a sua obra por meio de nós, também com operações
sobrenaturais.
Nesta lição, estudaremos o dom da fé, os dons de curar e o dom
de operar maravilhas. Através destes dons, a Igreja de Cristo habilita-se a
realizar o sobrenatural no reino natural, levando os pecadores a receber o
Evangelho, e o mundo a reconhecer o poder de Deus.
I. O DOM DA
FÉ
1. Definição. A fé, como
dom, tem um caráter distinto da fé salvadora (Ef 2.8) e da fé que, como fruto
do Espírito, pode ser interpretada como sinônimo de fidelidade (Gl 5.22). O dom
da fé, pois, é concedido para as realizações de proezas em nome do Senhor. O
hebraísta pentecostal, Gordon Chown, afirma que o dom da fé “é o equipamento
espiritual e sobrenatural do crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de
confiar em Deus nas ocasiões onde só um milagre glorioso poderia alterar a
situação” (Mc 7.24-30). Em outras palavras, é um convite a buscar a intervenção
divina para operar o impossível!
2. A distinção entre o dom da fé e a fé natural. O texto sagrado fala literalmente do “dom da
fé” ou “fé maravilhosa” (1 Co 12.9). Isso indica que não podemos confundi-la
com a “fé natural” que é implícita e inerente ao ser humano. Através da fé
natural, o ser humano possui a capacidade necessária para crer na existência de
Deus (Rm 1.19,20). Mesmo a pessoa mais ímpia sabe que Deus existe (Tg 2.19).
Portanto, é clara a distinção entre o dom da fé e a fé natural.
3. Nem todos possuem o dom da fé. Embora todos os salvos possuam a fé salvadora,
nem todos são agraciados com o dom da fé, que é concedido pelo Espírito Santo
para o crescimento, desenvolvimento e expansão do Reino de Deus.
SINOPSE DO
TÓPICO (I)
O dom da fé é concedido ao crente para que ele realize proezas em
nome do Senhor.
II. OS DONS
DE CURAR
1. Por que “dons de curar”? O fato de as duas palavras no original
encontrarem-se no plural significa que o Espírito Santo habilita os que recebem
os dons de curar a atuarem na cura sobrenatural das mais diversas enfermidades
(1 Co 12.9). O Senhor Jesus, pois, capacita a sua Igreja, através desses dons,
a curar todos os tipos de doenças: câncer, AIDS, lepra, paralisia, demência,
etc.
2. O propósito dos dons de curar. Os dons de curar manifestam-se como
intervenção especial e direta de Deus em favor daquele que sofre. Há dois
propósitos básicos em seu exercício. O primeiro é atestar o poder do Evangelho
com o objetivo de glorificar a Deus (Lc 5.23-26). E o segundo é amenizar o
sofrimento humano, confirmando o amor do Eterno pela humanidade (Mt 9.36; Mc
1.41).
Alguns pregadores, usurpando a glória do Senhor, usam os dons de
curar para se autopromover, não demonstrando nenhum respeito pelos que sofrem.
Outros, fazendo comércio das coisas sagradas (At 8.17-21), espoliam as igrejas
em campanhas que, de Deus, só têm o nome. Descompromissados e vaidosos,
valem-se da simplicidade do povo e da omissão dos líderes, e, assim, vão
ludibriando os incautos com técnicas psicológicas e hipnóticas como se
estivessem sendo usados pelo Espírito Santo.
3. Os dons de curar e a doutrina da salvação. Apesar de a cura divina fazer parte da obra
expiatória de Cristo (Is 53.4,5; Mt 8.14-17), devemos entender que a salvação
da alma é mais importante do que a cura do corpo. Embora Jesus possa curar
todas as enfermidades, não cura a todos os enfermos. Em sua soberania, Ele
somente opera de acordo com a sua vontade. Isto não nos isenta, porém, de orar
pelos enfermos, nem de insistir na busca dos dons de curar. Além do mais, se
nos pusermos a evangelizar e a fazer missões, os sinais nos seguirão e as curas
divinas farão parte de nosso cotidiano (Mc 16.15-20).
SINOPSE DO
TÓPICO (II)
Os dons de curar são concedidos à igreja para que os enfermos sejam
curados e o nome do Senhor seja glorificado.
III. O DOM DE
OPERAÇÃO DE MARAVILHAS
1. O que é a operação de maravilhas. O dom espiritual da operação de maravilhas é a
capacidade sobrenatural que o Senhor Jesus, mediante o Espírito Santo, concede
a sua Igreja, a fim de que esta opere sobrenaturalmente no terreno do natural,
com o objetivo de demonstrar o poder de Deus e a autenticidade da mensagem
evangélica (1 Co 12.10). A expressão “maravilhas” significa que a Igreja de
Cristo habilita-se, por este dom e de acordo com a vontade divina, a operar de
forma sobrenatural nas mais diversas circunstâncias. Um exemplo desse dom, temos
num clássico episódio de Atos dos Apóstolos (At 13.4-12).
2. A atualidade do dom da operação de maravilhas. O livro de Atos confirma a operação desse dom
em diversas passagens (Atos 4.16,30; 14.3; 15.12; 28.3-6). Devemos entender,
porém, que as maravilhas somente se manifestam de acordo com a fé de quem
ministra e dos que ouvem a proclamação da Palavra. A incredulidade impede a
manifestação dos dons espirituais (Mt 13.58).
No Centenário das Assembléias de Deus no Brasil, é fundamental
que nos conscientizemos de que Deus não mudou. Ele continua a operar o
impossível e a realizar o sobrenatural. O dom de operar maravilhas, por
conseguinte, é tão atual hoje como nos dias da Igreja Primitiva.
3. A importância desse dom para a Igreja. A operação de maravilhas traz o sobrenatural
de Deus ao mundo natural dos homens. É o Espírito Santo manifestando a glória
de Deus, para que Ele seja louvado e enaltecido e para que o seu Reino
expanda-se até aos confins da terra (Lc 19.37; At 9.36-42). Que o Senhor
distribua abundantemente os seus dons entre os seus santos, e que o seu nome
seja eternamente exaltado.
SINOPSE DO
TÓPICO (III)
O dom de operação de maravilhas é concedido pelo Senhor para que a
igreja opere sobrenaturalmente nas mais diversas circunstâncias.
CONCLUSÃO
Os dons de poder são capacitações extraordinárias concedidas à
Igreja de Cristo para a realização da missão proclamadora do Evangelho. Não
podemos relegá-los a segundo plano. Busquemos os dons, a fim de cumprirmos
ousadamente a obra que nos confiou o Senhor. Afinal, como pentecostais,
acreditamos na atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons
espirituais (Mc 16.17-20). Coloque-se na presença do Senhor e deixe que o
Espírito de Deus o use.
VOCABULÁRIO
SEM
OCORRÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
BERGSTÉN,
E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. De acordo com a lição, defina o dom da fé.
R. É o equipamento espiritual e sobrenatural do
crente, para lhe conceder o poder sobrenatural de confiar em Deus nas ocasiões
onde só um milagre glorioso poderia alterar a situação.
2. Quais são os dois propósitos básicos dos dons de
curar?
R. Atestar o poder do Evangelho com o objetivo de
glorificar a Deus e amenizar o sofrimento humano, confirmando o amor do Eterno.
3. O que acontece quando uma igreja superenfatiza a
cura divina?
R. Quando a igreja superenfatiza a cura divina, a
salvação de almas deixa de ser o mais importante.
4. Qual o significado da expressão “operação de
maravilhas”?
R. Significa que a Igreja de Cristo habilita-se, por
este dom e de acordo com a vontade divina, a operar de forma sobrenatural nas
mais diversas circunstâncias.
5. Qual a importância desse dom para a Igreja?
R. Traz o sobrenatural de Deus ao mundo natural dos
homens, fazendo com que Deus seja engrandecido e o seu Reino venha se expandir
até os confins da terra.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
“O dom da
fé
Esse dom não se refere à fé salvadora (cf. At 16.31), nem ao
crescimento da fé (cf. 2 Ts 1.3) ou ao reforço à fé que o batismo no Espírito
Santo nos dá (cf. 2 Co 4.13), mas consiste em um impulso à fé [...] para
executar aquilo que Deus determinou que fizéssemos. Esse dom em ação gera uma
atmosfera de fé, que dá a convicção de que agora tudo é possível (cf. Jo 11.40-44;
Mc 9.23) [...].
Os dons de
curar
A cura do corpo doente pela fé é um fruto da morte de Cristo na
cruz do Calvário (cf Is 53.4,5; 1 Pe 2.24,25; Mt 8.16,17 e 9.35,36). Os dons de
curar consistem em uma operação do Espírito Santo, pela qual o poder de cura
que Jesus ganhou é transmitido ao doente de modo abundante, imediato, para a
cura completa. [...] Esse dom não significa uma capacidade de curar quando e
como a pessoa quer, porém é sempre uma transmissão de poder do Espírito Santo.
Por isso, é indispensável que o portador do dom esteja ligado a Cristo e siga a
sua direção. O dom é dado à Igreja e constitui uma confirmação de Deus à
pregação da Palavra (cf. Mc 16.20; At 14.1-4; 10.38 e 5.11,12). Por esse
motivo, Jesus deve sempre ser o único glorificado.
O dom de
operar maravilhas
Esse dom constitui uma operação do Espírito Santo pela qual é
transmitido o poder ilimitado do Deus Todo-Poderoso (cf. Sl 115.3 e 135.6).
Jesus possuía esse dom (cf. Mt 8.26; Jo 11.43,44)” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., RJ: CPAD, 2005, pp.111-12).
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