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sexta-feira, 29 de maio de 2015

Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de 2012 A prosperidade em o Novo Testamento



     Lições Bíblicas CPAD  1º Trimestre de 2012

Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves


Lição 4: A prosperidade em o Novo Testamento
Data: 22 de Janeiro de 2012

TEXTO ÁUREO

Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo (Rm 14.17).

VERDADE PRÁTICA

O conceito de prosperidade em o Novo Testamento vai muito além da aquisição de bens terrenos; ele está fundamentado nas promessas do reino de Deus na época vindoura.

HINOS SUGERIDOS

242, 459, 560.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Tm 6.8-10
A prosperidade não é sucesso


Terça - Lc 12.15
A prosperidade revela-se no que somos


Quarta - Mt 6.31
A prosperidade e as preocupações da vida


Quinta - Cl 2.2,3
A verdadeira prosperidade


Sexta - At 6.1-6
Prosperidade para suprir os necessitados


Sábado - Rm 15.26
Prosperidade e solidariedade

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Coríntios 8.1-9.

1 - Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2 - como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade.
3 - Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente,
4 - pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5 - E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus;
6 - de maneira que exortamos a Tito que, assim como antes tinha começado, assim também acabe essa graça entre vós.
7 - Portanto, assim como em tudo sois abundantes na fé, e na palavra, e na ciência, e em toda diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nessa graça.
8 - Não digo isso como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade do vosso amor;
9 - porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.

INTERAÇÃO

Professor, como você definiria prosperidade? Ser próspero é ter muitos bens materiais? A Palavra de Deus nos mostra que ser bem-sucedido e próspero vai muito além dos bens materiais. Jesus optou por ter um estilo de vida simples e nunca incentivou seus discípulos a buscarem ou acumularem tesouros na terra (Mt 6.19-21). Ele nos ensinou a buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6.33). Para o Salvador o que importa não é o ter, mas o ser. Nesta lição, veremos que verdadeira prosperidade consiste em ter um relacionamento perfeito com o Pai Celeste. Ter vida próspera é ter paz interior. E essa paz dinheiro algum pode comprar.

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
  • Saber que a prosperidade em o Novo Testamento é escatológica.
  • Conscientizar-se de que a prosperidade em o Novo Testamento é mais uma questão de ser que de ter.
  • Compreender que a prosperidade em o Novo testamento é sempre uma questão filantrópica.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, providencie cópias do quadro abaixo para os alunos. Distribua as cópias e explique a turma que, de acordo com a mentalidade mundana e antibíblica, o “ter” passou a substituir o “ser”. Como servos de Deus, não podemos concordar com tal pensamento (Rm 12.2). Com o auxílio das cópias, exponha o contraste entre as mentalidades mundana e bíblica com respeito aos bens materiais. Diga que a Palavra de Deus deve ser a nossa única regra de fé e prática. As Escrituras deixam claro que os bens espirituais transcendem infinitamente os materiais.


COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave
Filantropia: Desprendimento, generosidade para com outrem; caridade.

Na lição de hoje, veremos o que significa a prosperidade para o cristão (1 Co 16.2; 3 Jo 2). Entre outras coisas, buscaremos responder a esta importante pergunta: Como o Senhor Jesus e seus apóstolos definiram a verdadeira prosperidade? (Jo 10.10; Fp 4.12,18). Verificaremos que o sentido de prosperidade, em o Novo Testamento, vai muito além das posses materiais. Você tem porfiado por viver uma vida de íntima comunhão com o Senhor? Isso é viver prosperamente.

I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA

1. Prosperidade e consumo. Contrastando a doutrina do Novo Testamento sobre a prosperidade com o ensino de determinados mestres, constatamos haver uma abissal diferença entre ambos. Enquanto os tais doutores incentivam o consumo e o acúmulo de bens materiais, o Senhor Jesus e seus apóstolos até desencorajam tal ideia (Mt 6.19; 1 Tm 6.8-10). É por isso que muitos cristãos, apesar das aparências, não se enquadram no modelo apresentado pela Palavra de Deus.
Sucesso e consumo são termos que definem o que se considera hoje uma vida próspera. Todavia, é importante ressaltar: a prosperidade, de acordo com o ensino apostólico, não significa realização material, mas o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus. Se para o homem moderno prosperar implica galgar os degraus do sucesso e da fama, para a Bíblia tais coisas não têm valor algum. Aliás, ela até incentiva a perda desses bens (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8)!
2. Prosperidade e futuridade. A promessa de uma vida absolutamente saudável, rica, bem-sucedida e livre de aflições nada tem a ver com a visão escatológica dos primeiros cristãos. Por já estarem desfrutando das bênçãos do mundo vindouro (Mc 10.29,30), eles tinham os corações completamente voltados para a manifestação plena do Reino de Deus. Isso levou o apóstolo Paulo a desejar ardentemente a vinda do Senhor (1 Ts 4.17; 2 Co 5.8; 2 Tm 4.8).
Faz-se necessário resgatar a dimensão escatológica que caracterizava a Igreja Primitiva (Mt 6.31). A Escritura exorta-nos a não confiar nas riquezas (1 Tm 6.17) nem acumulá-las (Mt 6.19). Se o crente colocar o coração nos bens materiais certamente cairá na tentação da cobiça (1 Tm 6.9,10). Tiago alerta que a confiança nos bens terrenos conduz à opressão e ao engano (Tg 2.6; 5.4).


SINOPSE DO TÓPICO (I)

Ser próspero não significa ter bens materiais, mas uma profunda comunhão com Deus.


II. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER

1. Tesouros na terra. O Novo Testamento adverte-nos quanto ao perigo da inversão dos valores eternos (Lc 12.13-21). Nessa passagem, encontramos alguém que estava mais preocupado em ter do que ser. Ele queria “ter” muitos bens materiais, mas demonstrou total descaso em “ser” alguém zeloso pelas coisas espirituais (Lc 12.21). O “ter” está relacionado com aquilo que possuímos, enquanto que o “ser” com aquilo que realmente somos. O texto sagrado revela que quando Deus pediu a alma daquele homem, este nada tinha preparado (Lc 12.20). A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10).
A Bíblia condena o “amor do dinheiro”, mas não a sua aquisição através do trabalho honesto e responsável (1 Tm 6.10). Na História Sagrada, encontramos várias pessoas ricas e, nem por isso, foram condenadas, pois tinham a Deus sempre em primeiro plano (Mt 27.57; Lc 19.2). Mas, infelizmente, muitos preferem as riquezas a manter uma profunda e doce comunhão com o Senhor (Lc 18.24).
2. Tesouros no céu. Na doutrina apostólica, os verdadeiros valores são os eternos e não os temporais. Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Os judeus do tempo de Jesus acreditavam que a posse dos bens terrenos era sinal do favor divino. Logo, os ricos deveriam ser tratados com especial deferência. Foi por isso que os discípulos estranharam quando Jesus afirmou: “Quão dificilmente, entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus” (Lc 18.24,25). Diante disso, indagaram: “Logo, quem pode ser salvo?”.
Acreditava-se que a riqueza era evidência de salvação! Jesus prontamente corrigiu essa ideia (Lc 12.15). Paulo deixa bem claro que os bens espirituais transcendem infinitamente os materiais (Ef 3.8; 1 Co 1.30,31). Eis por que não se importou de perder tudo para ganhar o Filho de Deus (Fp 3.7,8). Não se esqueça, Cristo deve ser buscado e almejado, porque nEle estão todos os verdadeiros tesouros e riquezas (Cl 2.3).


SINOPSE DO TÓPICO (II)

No ensino apostólico, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais.


III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA

1. Uma igreja com diferentes classes sociais. Nos dias de Jesus, havia diferentes classes sociais. Havia os ricos, a classe média, os diaristas e os escravos. Havia também uma boa parte da população que era amparada pelo governo. Quando a Igreja teve início, pessoas de todas essas camadas sociais agregaram-se à nova fé (At 6.7). Tanto Paulo quanto os outros apóstolos a todos instruía indistintamente (1 Co 7.21; Fm 10-18). A Igreja, embora social e economicamente heterogênea, era homogênea em sua fé (At 4.32).
2. Não esquecer dos pobres. O cuidado com os menos favorecidos é um dever da Igreja. Paulo recorda que Pedro, Tiago e João, que eram tidos como as colunas da igreja em Jerusalém, pediram-lhe que não se esquecesse dos pobres (Cl 2.10). A pobreza entre os crentes hebreus deu-se em decorrência da fome que acabou por atingir o mundo daquela época (At 11.28).
Assim orientado, Paulo iniciou uma campanha para arrecadar donativos para os crentes pobres de Jerusalém. As igrejas gentias responderam generosamente ao apelo do apóstolo (Rm 15.26). Os irmãos de Corinto, entretanto, não se mostraram entusiasmados para cooperar. Por causa disso, foram exortados pelo apóstolo (2 Co 8-9).
Há muitos crentes que, embora ricos espiritualmente, carecem de bens materiais para a sua sobrevivência. A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. A prosperidade legitima-se com a generosidade.


SINOPSE DO TÓPICO (III)

A prosperidade bíblica legitima-se na generosidade.


CONCLUSÃO

A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior. Embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve ser direcionada por uma cultura de consumo que busca desenfreadamente a realização do ego em detrimento dos valores espirituais. É o que nos ensina o Novo Testamento.

VOCABULÁRIO

Abissal: Referente ao abismo; abismal.
Donativo:
 Objeto de doação; presente.
Heterogênea:
 De diferente natureza.
Homogênea:
 Adesão entre seus elementos.
Porfia:
 Luta por uma coisa desejada.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS

1. De acordo com ensino apostólico, o que significa prosperidade?
R. Significa o aprofundamento da comunhão do ser humano com Deus.

2. De acordo com a epístola de Tiago, o que a confiança nos bens materiais gera?
R. A confiança nos bens terrenos conduz à opressão e ao engano (Tg 2.6; 5.4).

3. As riquezas segundo as Escrituras são más? Explique.
R. A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10).

4. Quais são os verdadeiros valores segundo a doutrina apostólica?
R. Os verdadeiros valores são os eternos e não os temporais.

5. A que está relacionada a vida abundante?
R. A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus, que resulta em paz interior.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I

Subsídio Devocional

“Quando somos bem-sucedidos, não devemos confiar no sucesso, mas acreditar em Deus, que nos concedeu os talentos; permanecer humildes, honestos e dependentes; saber que, por alguma razão, recebemos um dever sagrado; não depender de títulos, influência, dinheiro ou posição; confiar diariamente no Criador e saber que, tenhamos muito ou pouco, o seu amor por nós jamais mudará. Ele não se impressiona com riqueza, educação ou poder. O que o impressiona é a nossa confiança sincera nEle.
[...] Quando Deus nos proporciona algum êxito, a sua intenção é que o usemos a favor dEle. O nosso sucesso pode ser a ferramenta que ajudará outras pessoas, individual ou coletivamente. Ele também pode ser usado com motivos e comportamentos errados, bem como por egoísmo.
Deus criou-nos para sermos bem-sucedidos. Mas qual é a definição que Ele faz de sucesso? Seria poder? Seria aquilo que temos ou quanto dinheiro possuímos? Teria algo a ver com educação, política, ou ser diretor de uma companhia que aparece na lista das 500 empresas mais produtivas [...]?
Estas são algumas definições comuns, e que têm o seu valor. Contudo, é mais profundo que isto. Embora Deus deseje que todos sejamos bem-sucedidos, precisamos entender não apenas a sua definição de sucesso, mas de onde ela vem - e devemos segurá-la gentilmente” (COODALL, W. O Sucesso que Mata: Fuja das armadilhas que roubam os seus sonhos. 1.ed., RJ: CPAD, 2011, p.16).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II

Subsídio Teológico


“[...] O que Deus quer de nós não é o nosso dinheiro. Quando nos entregamos ao Senhor, aderimos à contribuição (2 Co 8.5). Lembre-se do exemplo de Cristo. Ele nos deu tudo para enriquecer as nossas vidas. As riquezas que temos nele são as verdadeiras riquezas, não a opulência material (2 Co 8.9). Contribua na medida de sua possibilidade. O ato de doar não tem como objetivo empobrecer o contribuinte. O que agrada a Deus não é o montante da doação comparada com a nossa disponibilidade, mas a disposição em fazê-lo. Contribua para satisfazer necessidades. A contribuição tem por objetivo as necessidades básicas de cristãos carentes. Este princípio reflete a vulnerabilidade do mundo do século primeiro aos famintos e a igreja nas perseguições, que geralmente significa que os crentes perderam seus meios de subsistência. O princípio de contribuir era uma forma de externar a sensibilidade aos pobres e de que nossa preocupação maior ainda deve ser para com a carência humana e não com as questões de ordem patrimonial, pois a igreja de Jesus é gente. Contribuir é semear. A oferta é um investimento para o nosso futuro eterno. Quanto maior o investimento, maior será o retorno (2 Co 9.6)” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia:Uma análise de Gênesis a Apocalipse, capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.781).

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