Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de
2012
Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida
cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves
Lição 10: Uma igreja verdadeiramente próspera
Data: 4 de Março de 2012
TEXTO ÁUREO
“E, a todos quantos andarem conforme esta regra, paz
e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gl
6.16).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja prospera quando cumpre
integralmente a missão que lhe confiou o Senhor.
HINOS SUGERIDOS
18, 394, 602.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 19.5
Israel deveria ser propriedade particular
Terça - Ef 3.2-10
O “mistério” no plano da salvação
Quarta - 1 Co 1.2
A igreja como comunidade local
Quinta - 1 Co 10.32
A igreja como comunidade universal
Sexta - Fp 1.1
A igreja como comunidade santa
Sábado - 1 Pe 2.9
A igreja como comunidade missionária
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Efésios 2.11-13; Romanos 11.1-5.
Efésios 2
11 - Portanto, lembrai-vos de que
vós, noutro tempo, éreis gentios na carne e chamados incircuncisão pelos que,
na carne, se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
12 - que, naquele tempo, estáveis
sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos concertos da
promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.
13 - Mas, agora, em Cristo Jesus,
vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
Romanos 11
1 - Digo, pois: porventura, rejeitou Deus o
seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de
Abraão, da tribo de Benjamim.
2 - Deus não rejeitou o seu povo, que antes
conheceu. Ou não sabeis o que a Escritura diz de Elias, como fala a Deus contra
Israel, dizendo:
3 - Senhor, mataram os teus profetas e
derribaram os teus altares; e só eu fiquei, e buscam a minha alma?
4 - Mas que lhe diz a resposta divina?
Reservei para mim sete mil varões, que não dobraram os joelhos diante de Baal.
5 - Assim, pois, também agora neste tempo
ficou um resto, segundo a eleição da graça.
INTERAÇÃO
Professor,
pela fé em Jesus, mediante a graça divina, hoje fazemos parte do “Israel de
Deus”, a Igreja de Cristo. Como membros desta Igreja, temos uma missão a
cumprir - proclamar o evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Para que possamos
desfrutar da prosperidade divina, precisamos cumprir a nossa missão com
fidelidade e afinco. As bênçãos do Senhor devem ser repartidas com os
necessitados, pois somos “sal” e “luz” deste mundo. Que fique gravado na mente
e no coração de nossos alunos que a missão principal da Igreja é representar a
Deus perante todos os povos com o Evangelho de Cristo. Boa aula!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Analisar alguns aspectos do povo de Deus na
Velha e na Nova Aliança.
- Compreender qual é a verdadeira natureza da
Igreja.
- Conscientizar-se de que a Igreja tem como
missão a adoração, a instrução, a edificação e a proclamação.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para a introdução do
terceiro tópico da lição, escreva no quadro de giz o seguinte enunciado: “A
Igreja tem como missão a adoração, a instrução, a edificação e a proclamação”.
Em seguida divida a turma em quatro grupos. Cada grupo deverá ficar com um
aspecto da missão. Peça que os grupos nomeiem um relator. Será discutida a
seguinte questão: “O que a igreja local tem feito ou precisa fazer para cumprir
esse aspecto da missão?”. Em seguida, reúna todos formando um só grupo. Dê um
minuto para que os relatores exponham as respostas. Conclua dizendo que para a
Igreja cumprir sua missão, todos devem contribuir fazendo a sua parte.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Igreja: Organismo místico composto
por todos os que, pela fé, aceitaram a Jesus como único e suficiente Salvador,
e têm a Palavra de Deus como única regra de fé e conduta.
A expressão “Israel de Deus”, em
Gálatas 6.16, divide a opinião dos estudiosos. Há os que acreditam que Paulo
refere-se à Igreja, deduzindo que esta suplantou por completo a Israel nos
projetos de Deus. Por outro lado, outros defendem que o apóstolo faz alusão, de
fato, a Israel, e que a Igreja entrou no Plano da Salvação até que Deus cumpra seus
propósitos com o Povo da Promessa.
A Bíblia de Estudo Pentecostal explica
que a expressão “Israel de Deus” refere-se “a todo o povo de Deus debaixo do
novo concerto”, isto é, a “todos os salvos, tanto judeus como gentios”. Vejamos
por que a Igreja de Cristo é o Israel de Deus e que implicações tem este fato
na doutrina da prosperidade.
I. O POVO DE DEUS NA VELHA E NOVA ALIANÇA
1. O Israel Nação. O
Senhor elegeu Israel para ser a sua propriedade exclusiva (Êx 19.5,6; Dt
7.6,7). Por conseguinte, a nação hebreia deveria ser santa por ser sacerdotal,
profética e real (Êx 19.5,6). Dessa forma, os judeus tinham por missão levar o
nome do Senhor a todas as nações. Logo, tanto as bênçãos decorrentes da
obediência como as maldições advindas da desobediência, na Antiga Aliança (Dt
27-28), devem ser entendidas no contexto da vocação de Israel.
O Senhor promete restaurar o seu povo
através de uma “nova aliança” (Jr 31.31-34; Ez 36.26). Mas os judeus, devido à
sua incredulidade e dureza de coração, vieram a rejeitar a Jesus como o
mediador do novo concerto (Hb 9.15; 12.24; Jo 1.12). Por causa disso, o
propósito de Deus de ter um povo que o representasse continuou com a Igreja de
Cristo — o Israel do Novo Testamento. Isso não significa que Deus haja se
esquecido do povo hebreu (Rm 11.2). Pelo contrário. Afirma Paulo que “todo o
Israel será salvo” (Rm 11.26).
2. O Israel do Novo Testamento. A
igreja é vista na Bíblia como a comunidade dos chamados para fora, “separada”.
Paulo mostra que a Igreja entra no plano da salvação como um mistério (Ef
3.2-10; Rm 16.25-26; Cl 1.25-27). Tal mistério, explica ele, consiste no fato
de a Igreja de Cristo ser o “povo de Deus” formado agora tanto por judeus como
por gentios (Gl 6.16; Rm 2.28,29; Ef 2.14-22; Fp 3.3; 1 Pe 2.9). Como já foi
dito isso não quer dizer que a Igreja tenha suplantado ou substituído a Israel.
Paulo realça que Cristo é o “descendente” prometido por Deus, através do qual
todas as nações da terra foram abençoadas com a proclamação das boas novas de
salvação (Gl 3.16). Em Cristo, Deus não substituiu, mas deu continuidade ao
processo de autorrevelação anteriormente iniciado no Antigo Testamento.
3. O povo único de Deus. Donald
Hagner observa que a Igreja não assume o lugar de Israel, mas que Israel
encontra sua verdadeira identidade na Igreja! O Novo Testamento revela que
Deus, através de Jesus, renovou a aliança com seu povo e que nesse ato, tanto
judeus como gentios formam um só povo. Ser parte da Igreja é reconhecer Jesus
como o Messias — a plenitude das promessas divinas. Essa é a verdadeira
prosperidade.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Igreja de Cristo é o “povo de Deus”
formado tanto por judeus como por gentios.
II. A IGREJA E SUA NATUREZA
1. Localidade e universalidade. Quando
fazemos referência à igreja que está em uma determinada cidade, falamos do
aspecto local da Igreja de Cristo (1 Co 1.2; At 13.1). Paulo também fala da
universalidade da Igreja (1 Co 10.32). A Igreja é local, mas também é
universal. Isto é, ela é formada por todos os crentes das mais diferentes
culturas, raças e nações.
2. O ensino neotestamentário revela
que a Igreja é una (Ef 4.4). Ela
é um corpo e como tal seu funcionamento assemelha-se a um organismo vivo (1 Co
12.12). A Igreja é o Corpo de Cristo formado por todos os crentes regenerados
em toda a parte do mundo através do sangue do Cordeiro.
3. A santidade é tanto posicional
como progressiva. No primeiro caso, o crente é santo porque
espiritualmente encontra-se em Cristo e, assim, participa de sua natureza santa.
Todavia, no seu viver diário, o crente tem sua parte a fazer, isto é,
ajustar-se ao que a Palavra de Deus ensina sobre um viver de pureza e
integridade (2 Co 7.10).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A Igreja é o corpo místico de Cristo na
Terra. Ela é tanto local quanto universal.
III. A IGREJA E SUA MISSÃO
1. Adoração. Em
sua primeira epístola aos Coríntios, Paulo dá diretrizes acerca de como deve
ser o culto cristão (1 Co 14.26). Entre outras instruções, ele diz: “cada um de
vós tem salmo”. Salmo aqui é uma referência ao hinário da Igreja Primitiva,
embora saibamos que havia também expressões espontâneas de louvores e cânticos
espirituais entre os primeiros crentes (Ef 5.19; Cl 3.16). A essência do culto
cristão, portanto, é a adoração.
2. Instrução e edificação. No
mesmo texto de 1 Coríntios 14.26, o apóstolo também diz que “cada um de vós tem
[...] doutrina”. A palavra grega didaché, traduzida aqui como doutrina, é uma referência à
instrução que era ministrada aos crentes através da exposição da Palavra de
Deus. Toda igreja verdadeiramente bíblica necessita da exposição das Sagradas
Escrituras. Pedro exorta aos crentes a desejarem ardentemente o genuíno leite
espiritual capaz de dar crescimento para a salvação (1 Pe 2.2). É por isso que
a igreja em Antioquia possuía mestres (At 13.1). O próprio Deus colocou-os na
Igreja, visando o pleno desenvolvimento dos santos (Ef 4.11,12).
Paulo afirma que o propósito disso
tudo é a edificação da Igreja (1 Co 14.3,26). Outro aspecto a ser observado é
que, embora a Escritura mostre o lado comunal da Igreja Primitiva, o Novo
Testamento não é avesso aos bens materiais desde que estes sejam usados para a
glória de Deus, para a expansão de seu Reino e para o socorro dos mais
necessitados (At 4.32-35). O exemplo de Barnabé é bastante significativo (At
4.36-37).
3. Proclamação. Uma
igreja adoradora, instruída na Palavra e verdadeiramente próspera, tem como
foco principal a proclamação do Evangelho de Cristo. A missão da Igreja é
colocar em prática a Grande Comissão (Mt 28.19). Fomos chamados para sermos
proclamadores das boas novas do Reino de Deus (1 Pe 2.9). Uma igreja que não
prega e não evangeliza está longe de ser realmente próspera, por mais rica que
seja.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A igreja tem como missão a adoração, a
instrução, a edificação e a proclamação.
CONCLUSÃO
A Igreja é o “Israel de Deus” e, como
tal, tem a missão de representá-lo nessa terra. O importante não é apenas ser
abençoado, mas ter plena comunhão com o Abençoador. Isso significa fazer parte
do corpo místico de Cristo que é a sua Igreja. Celebremos o fato de sermos o
Israel de Deus, mas não nos esqueçamos das responsabilidades que isso também
nos traz. A igreja realmente próspera é aquela que cumpre plenamente a missão
que nos confiou o Senhor Jesus.
VOCABULÁRIO
Comunal: Pertencente
a dois ou a mais de dois, à maioria ou a todos; comum.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
DAMIÃO, V. A
Igreja no Século XXI. 1.ed., RJ: CPAD. 2008.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Como
povo de Deus, qual era a missão dos judeus?
R. Os
judeus tinham por missão levar o nome do Senhor a todas as nações.
2. Quem
é o Israel de Deus do Novo Testamento?
R. A
Igreja de Cristo.
3. Explique
a universalidade da Igreja.
R. A
Igreja é local, mas também é universal. Isto é, ela é formada por todos os
crentes das mais diferentes culturas, raças e nações.
4. De
acordo com a lição, quais são as quatro principais missões da Igreja?
R. Adoração,
instrução, edificação e proclamação.
5. O
que você tem feito para que sua igreja cumpra a missão que sobre ela pesa?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Missiológico
“Igreja
e a missiologia urbana
Outro aspecto importante da vida
eclesiástica tem a ver com o processo de urbanização do mundo, uma realidade
desafiadora que exige pronta e contínua resposta da igreja como agente do Reino
de Deus na Terra. O fluxo migratório constante dos países pobres para os países
mais desenvolvidos e do interior para os grandes centros, em busca de melhores
oportunidades, aliados a outros fatores da vida pós-moderna, indica com
segurança que nos próximos anos a maior parte da população do planeta estará
vivendo nas grandes cidades, transformadas em metrópoles e megalópoles.
A estratégia urbana de Paulo. Para
se conhecer como a igreja pode desempenhar bem o seu papel como comunidade
terapêutica na urbe pós-moderna, nada melhor do que descobrir a metodologia
empregada pelo apóstolo Paulo em suas viagens missionárias. A primeira
observação é que ele procura instalar-se nos grandes centros, onde a mensagem
seria mais bem repercutida para então irradiar-se pelas regiões adjacentes (At
13.4-6,13,14).
Obediente ao plano divino de
universalizar o evangelho mediante a transição da igreja para o mundo
gentílico, o apóstolo usou a mesma estratégia quando transpôs os limites da
Ásia e alcançou as fronteiras europeias através da Macedônia, atual norte da
Grécia (At 16.11,12)” (COUTO, G. Teologia
Sistemática Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2008, pp.414,415).
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PAZ DO SENHOR
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