Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2008
Título: As doenças do nosso
século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby
Lição 6: Os perigos da
ambição
Data: 10 de
Agosto de 2008
TEXTO ÁUREO
"Sede unânimes entre vós; não
ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em
vós mesmos" (Rm 12.16).
VERDADE PRÁTICA
A
ambição e a cobiça pelas coisas materiais são algumas das razões pelas quais
muitos naufragam na fé.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Tm 6.10
A ambição desvia o
crente da fé
Terça - Rm 12.16
A Bíblia condena a
ambição
Quarta - Mc 4.19
A ambição sufoca a
Palavra de Deus na vida do crente
Quinta - 1 Tm 3.3,8
A cobiça e a
ganância desqualificam o crente para o ministério
Sexta - 1 Pe 5.2
Um alerta aos que
apascentam o rebanho de Deus
Sábado - Ec 6.7
A cobiça e ambição
são insaciáveis
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 131.1-3; 1 Timóteo 6.7-12.
Salmos 131
1 - SENHOR, o meu coração não se elevou, nem
os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas
muito elevadas para mim.
2 - Decerto, fiz calar e sossegar a minha
alma; qual criança desmamada para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo.
3 - Espera Israel no SENHOR, desde agora e
para sempre.
1 Timóteo 6
7 - Porque nada trouxemos para este mundo e
manifesto é que nada podemos levar dele.
8 - Tendo, porém, sustento e com que nos
cobrirmos, estejamos com isto contentes.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda
espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a
si mesmos com muitas dores.
11 - Mas tu, ó homem de Deus, foge destas
coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.
12 - Milita a boa milícia da fé, toma posse da
vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão
diante de muitas testemunhas.
INTERAÇÃO
Professor, para esta lição, leia
atentamente os textos bíblicos da Leitura Diária. Medite neles até que você
saiba exatamente o que eles afirmam. Se possível, leia a obra Orgulho Fatal, de
Richard Dortch. Neste livro, o autor identifica as armadilhas do poder pessoal,
ensina como resistir as atrações do poder e como evitar o abuso da autoridade.
Boa aula!
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Definir os termos "poder" e
"cobiça".
·
Classificar a ambição no mundo
secular.
·
Contentar-se com a provisão divina.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
ensine aos seus alunos que a Bíblia descreve vários personagens que sucumbiram
à ambição e ao orgulho: Adão
e Eva (Gn 3.1-7); Tiro (Ez 28.1-10);Nabucodonosor (Dn
4.29-37); Herodes (At 12.21-23), entre outros. Esse mesmo orgulho
também foi ensinado na filosofia. Nietzsche afirmou que o super-homem
reconheceria a inutilidade dos valores morais e religiosos e se colocaria acima
deles. O filósofo ateu Feuerbach, considerava que a grande reviravolta da
história será quando o homem se conscientizar de que o único Deus do homem é o
próprio homem. Fale aos educandos que o mesmo orgulho que prejudicou a Adão,
Tiro, Nabucodonosor e Herodes é o mesmo que foi ensinado por esses filósofos
ateus. Contudo, afirme que, assim como os personagens bíblicos receberam o
merecido castigo, todos os soberbos e ambiciosos receberão, cedo ou tarde, o
justo juízo divino.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Ambição: Desejo veemente de alcançar os bens
materiais, o poder, a glória, a riqueza, a posição social, etc.
Ambição
é a procura irracional e desordenada pelas riquezas, poder, glória e honras. É
o mesmo que cobiça ou desejo veemente pela aquisição de bens materiais. Esse
termo, conforme se encontra originalmente em Romanos 12.16 significa
"elevado", "alto". Também pode significar
"arrogância" como nos textos de 1 Timóteo 6.17 e Romanos 11.20. A
Bíblia é taxativamente contra a sociedade materialista que exige cada vez mais
que as pessoas sejam ambiciosas, individualistas e almejem "coisas
elevadas" (Sl 131.1; Hc 2.9). Esse é o assunto que iremos estudar nesta
lição.
I. AMBIÇÃO NO MUNDO SECULAR
São
três os principais elementos que desencadeiam a ambição humana:
1. Poder. O
poder é o direito de agir, mandar, deliberar e exercer autoridade sobre as
coisas, pessoas, instituições e nações (Ec 8.2-4). As pessoas dotadas de poder
são aquelas que impõem a sua vontade sobre as outras, controlando e
manipulando-as segundo o seu próprio querer. Muitos líderes políticos que
ambicionaram incontrolavelmente o poder, como Hitler, cometeram as maiores
atrocidades contra a humanidade (Mq 2.1). Outros exerceram o poder de modo
positivo, como os reis piedosos de Israel e Judá (1 Rs 15.11,23; 22.43,46).
Porém a Bíblia afirma categoricamente "que o poder pertence a Deus"
(Sl 62.11; 66.7; 147.5; Mt 6.13; 1 Tm 6.16).
2. Dinheiro. A
cobiça pelo poder e o desejo irrefreável de adquirir riquezas são inseparáveis.
Para os que possuem estas pretensões, o acúmulo de bens materiais nunca é
suficiente (SI 62.10; PV 30.15); o ter é mais importante que oser.
Nas prateleiras das livrarias somam-se, a cada ano, livros que alimentam a
ambição pelas posses, entretanto, tais obras nunca alertam que o "amor do
dinheiro é a raiz de toda espécie de males" (1 Tm 6.10).
3. Sexo. A sexomania está intimamente atrelada à sede de poder. Devido à
condenável liberação sexual na sociedade de hoje, a prática do sexo ilícito
tornou-se um dos pecados mais comuns e perniciosos de nosso tempo. Vivemos em
um mundo erotizado, cujos padrões morais estão cada vez mais frouxos e
degenerados (Sl 14; Rm 1.18-32; 3.23). O que se vê é o aumento assustador da
pornografia, prostituição, homossexualidade e infidelidade conjugal (Rm 1.21-27).
Todavia, as Sagradas Escrituras nos exortam à completa e perfeita santidade (1
Co 6.18-20; 1 Ts 4.3-7; 5.23).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Poder,
dinheiro e sexo são os três principais elementos que desencadeiam a ambição do
homem.
II. AMBIÇÃO NA IGREJA
1. Poder. Para
certos pregadores e conferencistas da atualidade, o ministério é um meio de
projeção pessoal; um modo de se adquirir prestígio, poder temporal e lucro
financeiro (At 20.28-30; 2 Co 2.17; 2 Pe 2.1). Diótrefes é um perfeito exemplo
da presença desses maus elementos na igreja (3 Jo vv.9,10). O que não dizer
também das abomináveis disputas por cargos eclesiásticos, oriundas de ambições
pessoais? (1 Co 3.1-7). Tiago em sua epístola, capítulo 4, versículos 1 e 2
afirma que a cobiça é a causa de muitos desentendimentos entre o povo de Deus.
A Palavra de Deus reprova qualquer atitude pessoal que objetive o "prêmio
de Balaão" (Jd vv.11-16; 2 Pe 2.1 5; Ap 2.14).
2. Dinheiro (1 Tm 6.5,9). Infelizmente,
em nossos dias, há certos obreiros que abrem igrejas e fundam ministérios
visando apenas o lucro financeiro. Por isso a Bíblia nos adverte acerca
daqueles que não são pastores, mas mercenários (Jo 10.12,13), "lobos
cruéis", que não perdoam o rebanho (At 20.29).
O
mercenário é aquele que trabalha em troca de qualquer vantagem material, sem
nenhum interesse e intenção honesta de cuidar das ovelhas (2 Pe 2.3). Deus
rechaça terminantemente a ganância, a avareza e a cobiça (Lc 12.13-21; Tg
4.1,2).
3. Sexo. Em
2 Pedro, capítulo 2, a Bíblia expõe uma extensa lista de pecados dos falsos
mestres; quais sejam: a) ensinos e práticas heréticas que destroem a fé e a
vida cristã: "heresias de perdição" (v.1); b) todo tipo de conduta
vergonhosa: "suas dissoluções" (v.2); c) exploração mercenária do
povo: "por avareza farão de vós negócios" (v.3); d) adultério e
pecados do sexo extraconjugal: "tendo os olhos cheios de adultério"
(v.14); e) falsa liberdade: "Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos
servos da corrupção" (v.19). Tudo isso é produto da ambição.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Poder,
dinheiro e sexo também são elementos que desencadeiam a ambição nos falsos
mestres e líderes das igrejas, conforme 1 Tm 6.5,9 e 2 Pe 2.
III. COMO VENCER A AMBIÇÃO
1. Dominando a sede de poder. Os
pecados de avareza (Cl 3.5; Hb 13.5; 2 Pe 2.2,3,14), ambição (Mc 4.19; Rm
12.16), soberba (Mc 7.21,22; 1 Jo 2.16) e concupiscência dos olhos (1 Jo
2.15-17) devem ser vencidos, mediante a fé no sangue de Jesus (Rm 5.1). Todos
esses pecados podem ser dominados, mortificados e purificados pelo poder do
sangue de Cristo, derramado por nós, e pela virtude do Espírito Santo que em
nós habita (1 Jo 1.7,9; Rm 6.4; 8.2,13).
2. Dominando a cobiça pelo dinheiro. Segundo
a Bíblia é impossível servir a Deus e às riquezas ao mesmo tempo (Mt 19.23-26;
Pv 16.5), porque o senhorio de Mamom é contrário ao de Cristo (Mt 6.24).
Portanto, cada cristão deve examinar a si mesmo e perguntar: "Sou
cobiçoso?" "Sou egoísta?" "Aflijo-me, perdendo a paz e o
sono para ficar rico?" "Tenho intenso e incontido desejo de
honrarias, prestígio, fama, poder e posição?" Já os que são ricos, não
devem julgar-se como tal, e sim, como administradores dos bens de Deus (Lc
12.31-34, 42,43). Os tais devem ser generosos e fartos em boas obras (Ef 2.10;
4.28; 1 Tm 6.17-19).
3. Dominando os desejos carnais (2 Tm
2.22). A concupiscência da carne e dos olhos e a soberba
da vida são inclinações pecaminosas que não devem dominar o crente (1 Jo
2.15-17; Gl 5.19-21). A Palavra de Deus nos admoesta a andarmos em Espírito:
"Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (Gl
5.16).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A
ambição é vencida pelo crente quando a sede de poder, a cobiça pelo dinheiro e
os desejos carnais são dominados através da santificação, oração e meditação
nas Escrituras.
IV. O CONTENTAMENTO CRISTÃO (1 Tm
6.6,8)
A
Bíblia nos orienta a vivermos satisfeitos em Cristo: "Sejam vossos
costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não
te deixarei, nem te desampararei" (Hb 13.5). Esse contentamento pode ser
resumido da seguinte forma:
1. Deus é o nosso provedor. O
crente deve viver contente e satisfeito porque suas necessidades são supridas
em Deus (Sl 23.1; Fp 4.1 9). Ele é o Senhor que provê - Jeová Jiré - todas as
exigências naturais da vida humana (Gn 22.14; Sl 34.10).
2. Ausência de cobiça (Pv 15.27). Isto
decorre da confiança do crente em Deus (Mt 6.25, 31-33) e da obediência
irrestrita à sua Palavra (At 20.33-35; Rm 12.16; Hb 13.5; 1 Tm 6.9,10).
3. Disposição de suportar a privação
(2 Co 4.16-18). O crente fiel sabe, melhor do que qualquer pessoa,
que não somos imunes às provações, ao contrário (Rm 8.18; 2 Tm 3.12),
precisamos passar por elas para sermos aperfeiçoados (Tg 1.2-4; Rm 8.28). Temos
de estar dispostos a sofrer privações, se necessário, para realizarmos os
elevados propósitos de Deus (Fp 4.11,12).
a) Privação não significa pobreza e
penúria. "Contentar-se" não significa se acomodar
à pobreza, preguiça ou inatividade (Pv 6.6-11; 12.27; 15.19). A Bíblia não se
opõe àqueles que labutam diariamente pela vida cotidiana (Pv 10.5), entretanto,
condena os que se enriquecem ilicitamente (Pv 10.4; 11.1), esquecendo-se do
Reino de Deus (Mt 6.33; Jo 6.27).
b) Privação não significa resignação. O
cristão não deve portar-se com indiferença, inércia e acomodação diante das
adversidades da vida, mas com disposição, trabalho e honestidade (At 20.33-35;
Rm 12.11; Ef 4.28).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Os
principais fundamentos do contentamento do crente são: A provisão divina, a
ausência de cobiça e a disposição de suportar a privação.
CONCLUSÃO
O
crente fiel a Deus não ambiciona as coisas elevadas desse mundo, mas entrega-se
ao Senhor confiando que é poderoso para suprir todas as suas necessidades, quer
nas áreas social e financeira, quer na espiritual. O que o filho de Deus
realmente aspira, é a presença do Senhor (Sl 42.1), seus dons (1 Co 14.1) e seu
Reino (Mt 6.33), pois está certo que as demais coisas lhe serão acrescentadas.
VOCABULÁRIO
Inércia: Falta
de ação, de atividade.
Irrefreável: Que não pode ser refreado; irreprimível.
Resignação: Submissão tolerante e paciente aos sofrimentos da vida.
Irrefreável: Que não pode ser refreado; irreprimível.
Resignação: Submissão tolerante e paciente aos sofrimentos da vida.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
DODD, B. J. Liderança de poder na
igreja. RJ: CPAD, 2005.
DORTCH, R. W. Orgulho fatal. RJ: CPAD, 1996.
DORTCH, R. W. Orgulho fatal. RJ: CPAD, 1996.
EXERCÍCIOS
1. O
que é ambição?
R. Ambição
é a procura irracional e desordenada pelas riquezas, poder, glória e honras.
2. Faça
uma breve distinção entre o mercenário e o pastor.
R. O
mercenário é aquele que trabalha em troca de qualquer vantagem material, sem
nenhum interesse e intenção honesta de cuidar das ovelhas (2 Pe 2.3), enquanto
o pastor é o oposto.
3. Descreva
três formas pelas quais podemos vencer a ambição.
R. Dominando
a sede de poder, a cobiça pelo dinheiro e os desejos carnais.
4. Cite
dois fundamentos do contentamento cristão.
R. A
provisão divina e a disposição de suportar a privação.
5. Contentar-se
é a mesma coisa que acomodar-se à pobreza?
R. Resposta
pessoal. "Não. Contentar-se não significa acomodar-se à pobreza".
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"Corretores Cristãos do Poder
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arrogantemente o poder não é atributo espiritual. É sinal de egoísmo e orgulho.
Todo aquele que deseja o poder para obter prestígio é traiçoeiro. No esforço de
tornar-se imperial, adquire a mentalidade que diz: 'Estou gostando desta
liderança. Sei o que é melhor, apenas sigam-me!'.
Apreciam
alguns poderosos - leigos, pregadores, empresários, educadores, oficiais do
governo ou quem quer que seja - o brilho, a honra e o prestígio da liderança?
Têm prazer em chegar ao topo pela escada da adulação? Vêem as pessoas como
irmãos e irmãs, e a si mesmos como um de seus companheiros de serviço? Ou estão
mais inclinados a manter o rebanho em seu lugar? Trovejam mensagens quanto ao
que o trabalho deve ser? Ou guiam alegremente como um pastor?
Quero
chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós
estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada
menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade
é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos
de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já
temos".
Nossa
atitude com relação às pessoas é, freqüentemente, uma ofensa a Deus e aos que
estão se esforçando para servir. Enquanto as pessoas estão quase sempre
ansiosas para liderar - liderança santa e inspirada - estamos afundados em
nosso 'trabalho'. Quando isso acontece, podemos facilmente nos tornar
insensíveis aos sentimentos alheios".
(DORTCH, R. W. Orgulho fatal. RJ: CPAD, 1996, pp.103-4.)
APLICAÇÃO PESSOAL
Somos todos culpados diante do Senhor
por nossas ambições e orgulho! Somos inescusáveis diante do tribunal divino. O
nosso opróbrio não é maior do que os sulcos de dor, desprezo, incapacidade e
desdém que cavamos diariamente em nossos irmãos (1 Jo 3.15). Somos culpados de
orgulho e ambição diante de Deus. Confessemos os nossos pecados (1 Jo 3.19-21).
Peçamos um novo coração e uma nova disposição espiritual (Sl 51.10). Sejamos
perdoados e oremos como fez o salmista:
'Ó SENHOR Deus, eu já não sou
orgulhoso; deixei de olhar os outros com arrogância.
Não vou atrás das coisas grandes e
extraordinárias, que estão fora do meu alcance.
Assim, como a criança desmamada fica
quieta e tranqüila nos braços da mãe, assim eu estou satisfeito e tranqüilo, e
o meu coração está calmo dentro de mim'.
(Sl 131.1,2 - NTLH).
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PAZ DO SENHOR
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