Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2008
Título: O Deus do Livro e o
Livro de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 6: O Deus que comanda
o futuro
Data: 09 de
Novembro de 2008
TEXTO ÁUREO
"Porque eu bem sei os pensamentos que
penso de vós, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim
que esperais" (Jr
29.11).
VERDADE PRÁTICA
O
Deus da Bíblia tem o tempo nas suas mãos. Ele conhece o passado, controla o
presente, e anuncia o futuro.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 24
Jesus predisse o
fim dos tempos
Terça - Mt 25.32
As nações serão
julgadas
Quarta - Ap 20.10
Satanás será preso
para sempre
Quinta - Is 2.3
O mundo terá a lei
do Senhor
Sexta - Is 11.9
O mal desaparecerá
Sábado - Rm 14.11
O mundo se
converterá
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Isaías 44.6,7;
46.9-13.
Isaías 44
6 - Assim diz o SENHOR, Rei ide Israel e seu
Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora
de mim não há Deus.
7 - E quem chamará como eu, e anunciará isso,
e o porá em ordem perante mim, desde que ordenei um povo eterno? Este que
anuncie as coisas futuras e as que ainda hão de vir.
Isaías 46
9 - Lembrai-vos das coisas passadas desde a
antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim;
10 - que anuncio o fim desde o princípio e,
desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu
conselho será firme, e farei toda a minha vontade;
11 - que chamo a ave de rapina desde o Oriente
e o homem do meu conselho, desde terras remotas; porque assim o disse, e assim
acontecerá; eu o determinei e também o farei.
12 - Ouvi-me, ó duros de coração, vós que
estais longe da justiça.
13 - Faço chegar a minha justiça, e não estará
ao longe, e a minha salvação não tardará; mas estabelecerei em Sião a salvação
e em Israel, a minha glória.
INTERAÇÃO
Professor, esta lição trata de um
assunto extremamente atual, uma vez que o tempo é valiosíssimo para nossa
sociedade. Quem nunca ouviu a expressão “tempo é dinheiro”? Portanto, reflita
com seus alunos a respeito do significado dessa expressão para a nossa geração
e como eia tem influenciado os cristãos.
Observe que este adágio é de caráter
capitalista e terrenal. Todavia, o cristão não vive apenas a realidade
material, mas também a dimensão espiritual. Solicite aos alunos que criem uma
frase com a palavra "tempo", porém, frisando as verdades da lição,
como por exemplo: "O tempo é uma oportunidade divina"; "Deus
controla o mundo e o tempo", e assim sucessivamente.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar as verdades relacionadas a Deus,
o tempo e a eternidade.
·
Apresentar o futuro da Igreja, a
Noiva do Cordeiro.
·
Descrever o futuro tenebroso dos
ímpios.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
inicie esta aula realizando uma reflexão com seus alunos a respeito de como
eles têm utilizado o tempo. Peça-lhes para relacionarem numa folha de papel
suas atividades diárias. Em seguida, solicite que analisem quanto tempo do seu
dia costumam reservar a Deus. Finalize explicando que a mordomia do tempo é
bíblica, e imprescindível à vida cristã.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Tempo: Sucessão de dias, meses e anos; uma dimensão
puramente humana.
Desde
a Antiguidade o homem se preocupa com o futuro. E ainda hoje, a fim de
conhecê-lo, recorre às mais diversas religiões e suas práticas ocultas
condenadas por Deus. Mas, enfim, o que é o futuro? Podemos realmente
conhecê-lo? O que a Bíblia revela do amanhã? Deus de fato tem controle sobre o
que há de vir? Nesta lição, estudaremos o que a Bíblia fala acerca do futuro da
Igreja e da humanidade.
I. DEUS, O TEMPO E O FUTURO IMEDIATO
1. Deus é eterno. A
Bíblia afirma que o Senhor "é o Deus vivo e o Rei eterno" (Jr 10.10).
Para os homens, o tempo está subordinado à duração da vida (Gn 6.3; Gn 47.29;
Sl 90.10), aos fatos históricos (Êx 12.40; Jr 25.11), às comemorações (Êx 23.5;
Lv 23.4), à sequência e designação dos dias (Js 10.27; Sl 104.19; Mt 16.2), à sucessão
das coisas e da vida humana (Ec 3.1-8; 12.1-7); ao passado (1 Sm 11.20; 1 Rs
20.26), ao presente (Rm 8.18,38), e ao futuro (Êx 13.14; Rm 8.38; 1 Co 3.22).
Porém, Deus não está e nunca esteve subordinado ou limitado ao tempo. Ele é
eterno (Gn 21.33; Dt 33.27; Sl 10.16; Rm 16.26; 1 Tm 1.17). Três verdades
acerca da eternidade de Deus podem ser afirmadas: a) Ele existe por si mesmo
(Êx 3.14; Is 44.6); b) É autor do tempo e não está condicionado a ele (Sl 90.2;
93.2; Is 43.13); e, c) É imutável (Ml 3.6; Tg 1.17). Portanto, embora o
Todo-Poderoso tenha criado o tempo, este não o restringe. Ele é o mesmo ontem,
e hoje, e eternamente (Hb 13.8; 1 Tm 1.17). A Bíblia nos ensina que Deus é a
origem do tempo, da história, das coisas visíveis e invisíveis (Cl 1.16. Ver Is
43.15; 45.9; Jo 1.1). Ele não teve princípio e nem terá fim (1 Tm 1.17; Ap 1.8;
21.6).
2. O tempo e a eternidade. Assim
como o tempo está na dimensão humana, as coisas eternas fazem parte da
realidade divina. Embora saibamos que o tempo teve um início, não podemos dizer
com certeza que ele terá um fim, pois este conhecimento está além do finito
saber humano. A vida humana está situada no tempo, logo, compreendemos que ela
tem início e fim (Gn 6.3; Sl 90.10). Mas Deus não está limitado à ordem cronológica
natural do tempo. Ele não teve início e nem terá fim, mas é o Início e o Fim de
todas as coisas (Ef 1.10; 1 Tm 1.17; Hb 13.8; Ap 1.8; 21.6; 22.13). Deus não
está condicionado ao tempo, razão pela qual conhece perfeitamente o passado, o
presente e o futuro, e não é afetado por eles (Is 40.28; 57.15; 1 Tm 1.17; 2 Pe
3.8). É por isso que a Bíblia se refere à eternidade em dois aspectos:
eternidade passada e eternidade futura (Pv 8.23; Mq 5.2; At 15.18; 2 Pe 3.18
ver Sl 103.17; 106.48; Ap 22.5).
3. O futuro. O
futuro sempre trouxe inquietações ao homem (Mt 6.25,31,34; Tg 4.14), tanto o
imediato, o dia de amanhã (Mt 6.34; Tg 4.13; Êx 13.14; Js 4.6) quanto o
longínquo, escatológico, profético (Mt 24.3; At 1.6,7). Por meio da experiência
até se consegue administrar o futuro próximo; apesar de a Bíblia nos advertir
acerca da falibilidade dos propósitos humanos (Mt 16.1-3; Tg 4.13-15). Todavia,
quanto ao futuro longínquo, somente o Senhor pode prevê-lo, designá-lo e
anunciá-lo (Jr 33.3; Mt 24.36; At 1.7; 1 Tm 4.1). Estejamos alerta! Deus proíbe
todas as práticas de adivinhação tais como astrologia, hidromancia,
quiromancia, tarô, mapa astral, etc. (Lv 19.31; 20.6; Dt 18.10). O trágico fim
do rei Saul é um exemplo clássico da maldição que acompanha os adeptos dessas
práticas (1 Sm 28;31).
4. Deus conhece o nosso futuro. O
Senhor não apenas conhece perfeitamente o futuro de cada um de seus filhos, mas
amorosamente o planejou. "Porque sou eu que conheço os planos que tenho
para vocês, diz o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar
dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro" (Jr 29.11 - NVI). Deus
conhece plenamente o dia de amanhã e, em Cristo, todos nós vislumbramos um
futuro próspero e feliz: "... seja o mundo, seja a vida, seja a morte,
seja o presente, seja o futuro, tudo é vosso, e vós, de Cristo, e Cristo de
Deus" (1 Co 3.22).
Nós
tópicos seguintes estudaremos o glorioso futuro da Igreja de Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
Três
verdades acerca de Deus e o tempo: Deus existe por si mesmo, é autor do tempo e
não está condicionado a ele, pois é imutável.
II. O GLORIOSO FUTURO DA IGREJA
Deus
é presciente e onisciente. A onisciência divina abrange o presente (2 Sm 7.20;
1 Cr 28.9; Sl 44.21) e o futuro (At 2.23; Rm 8.29; Ef 1.4,5; 1 Pe 1.18-20). Sua
presciência revela o conhecimento que Ele possui de todas as coisas, tanto
finitas quanto eternas; de modo que nada acontece sem que o Todo-Poderoso tenha
plena ciência.
1. Salvação eterna e gloriosa. Segundo
o que Paulo escreveu aos Romanos 8.18, Deus estabeleceu um futuro glorioso para
a Igreja: "Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo
presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada"
(Rm 8.18). A tribulação, a angústia, a escassez, a perseguição, a nudez, a
morte (Rm 8.35-37), o presente, o porvir, os anjos, as potestades, "nem
alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor!" (Rm 8.38,39). De modo inverso, as tribulações, a
riqueza, a fama, o sucesso, os prazeres terrestres, o bem-estar material e
social, nada, absolutamente nada, se compara "com a glória que em nós há
de ser revelada". "Consolai-vos uns aos outros com estas
palavras" (1 Ts 4.18).
2. Galardão e júbilo. A
Igreja gloriosa de Cristo não será apenas salva, mas ricamente galardoada no
Tribunal de Cristo. Este evento dar-se-á nas nuvens, tão logo tenha lugar o
arrebatamento da Igreja. Seremos recompensados por Cristo segundo as nossas
obras. É a outorga de galardões, por aquilo que tivermos feito por meio do
corpo, bem ou mal. A Bíblia nos assevera que o "fogo provará qual seja a
obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o
tal será salvo, todavia como pelo fogo" (1 Co 3.12-15). Esse julgamento,
contudo, será sucedido por um júbilo indizível, "as Bodas do
Cordeiro" (Ap 19.7). Nessa gloriosa celebração a Igreja estará vestida de
justiça (Ap 19.8). "Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das
bodas do Cordeiro" (Ap 19.9).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
futuro glorioso da Igreja compreende a sua salvação eterna e gloriosa, galardão
e júbilo.
III. O TENEBROSO FUTURO DOS ÍMPIOS
Enquanto
os santos desfrutarão das inauditas bênçãos celestiais, os ímpios sofrerão as
consequências de sua rebeldia e rejeição contra Deus. O propósito de Deus,
segundo a Bíblia, é que "todos os homens se salvem e venham ao
conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4). Porém, todos os que rejeitam o Filho
de Deus sofrerão, inicialmente, na Grande Tribulação (Mt 24.21; 1 Ts 1.10; Ap
7.14) e, depois, por toda a eternidade (Ap 20.11-15; 21.8). Assim como o Senhor
sabe perfeitamente o destino do seu povo, também conhece o futuro inglório dos ímpios,
pois o planejou e o executará com justiça. O plano sempiterno de Deus também
inclui a plena restauração dos céus e da terra (Ap 21; 22). O Senhor que criou
todas as coisas é o mesmo que as restaurará perfeitamente. Seus atos confirmam
sua natureza: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e
o Derradeiro" (Ap 22.13).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ao
contrário da Igreja, os ímpios experimentarão como castigo pela sua rebelião e
rebeldia, o sofrimento eterno.
CONCLUSÃO
Deus
conhece, controla e comanda o porvir. Uma vez que o futuro da Igreja será
glorioso, todo crente deve regozijar-se; mesmo quando as circunstâncias o
impedem de vislumbrar a glória que "em nós há de ser revelada" (Rm
8.18).
VOCABULÁRIO
Antiguidade: O
tempo, a era remota.
Indizível: Que não se pode dizer; inefável.
NVI: Nova Versão Internacional.
Indizível: Que não se pode dizer; inefável.
NVI: Nova Versão Internacional.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SILVA, A. G. O Calendário da profecia. 16ª ed., RJ: CPAD, 2003.
DANIEL, S. Reflexões sobre a alma e o tempo. RJ: CPAD, 2001.
DANIEL, S. Reflexões sobre a alma e o tempo. RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. Cite
três verdades acerca da eternidade de Deus.
R. Deus
existe por si mesmo, é autor do tempo e não está condicionado a ele, pois é
imutável.
2. Explique
com suas palavras a relação entre Deus, o tempo e a eternidade.
R. Deus
não está limitado à ordem cronológica do tempo; não tem início nem fim, pelo
contrário, é o início e o fim de todas as coisas.
3. Descreva
o futuro glorioso da Igreja.
R. O
futuro glorioso da igreja compreende o seu arrebatamento, sua recompensa pelas
obras realizadas e a participação nas Bodas do Cordeiro.
4. Faça
uma síntese a respeito do futuro tenebroso dos ímpios.
R. Os
ímpios experimentarão, como castigo pela sua rebelião e rebeldia, o sofrimento
eterno.
5. Qual
o plano sempiterno de Deus?
R. O
plano sempiterno de Deus concentra-se na restauração plena dos céus e da terra.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"O Tempo
A
palavra tempo aparece na Bíblia 446 vezes. O termo mais usado no grego para
tempo é cronos, daí as palavras cronômetro, cronologia, crônica, etc. No
entanto, quando a Bíblia se refere a Deus, costuma usar no grego, para sua
dimensão, o termo aiónios, que é similar aos vocábulos hebraicos 'adh e 'ôãm. De acordo com os dicionários bíblicos, esses dois
termos falam de eternidade. Eles surgem no Antigo Testamento para descrever a
longevidade dos montes e, quando isso acontece, muitas vezes estão em um
sentido poético, para referir-se à eternidade; surgem para se falar de um tempo
de duração desconhecida e, na maioria das vezes, para serem relacionados à
pessoa de Deus, que é eterno e não está sujeito ao tempo, ou às coisas
relacionadas a este.
O
termo grego aiónios surge no Novo Testamento e significa, geralmente, tempo
indefinido no passado ou no futuro. Justamente por isso, além de seu
significado temporal, que é eterno, significa também divino ou imortal.
Portanto, aiónios é o tempo de Deus, é a dimensão imensurável, é o ambiente
Dele. O nosso é cronos".
(Daniel, S. Reflexões sobre a alma e o
tempo. RJ: CPAD, 2001, pp.123-4)
APLICAÇÃO PESSOAL
Muitas pessoas sofrem e se frustram
quando não vêem as coisas acontecerem no seu tempo, porque estão vivendo no
ritmo frenético deste mundo. Vivemos numa sociedade imediatista, isto é, que
deseja tudo para ontem, no entanto, a Bíblia nos ensina trilhar um caminho
oposto, "correndo com paciência", pois "há tempo para todas as
coisas".
Quando se trata do nosso futuro, a
situação é assustadora. Preocupamo-nos com família, profissão, projetos.
Todavia, Jesus nos disse que não devemos estar ansiosos por "coisa
alguma", uma vez que toda a nossa vida está nas mãos Daquele que cuida
carinhosamente de toda a criação e tem o passado, presente e futuro em suas mãos.
Deus não apenas sabe o que faz, mas
precisamente quando deve realizá-lo. Foi assim com o nascimento de Jesus,
"na plenitude dos tempos", e o será também no "fim dos
tempos".
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PAZ DO SENHOR
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