Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de
2012
Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida
cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves
Lição 3: Os frutos da obediência na vida de
Israel
Data: 15 de Janeiro de 2012
TEXTO ÁUREO
“E será que, havendo-te o SENHOR, teu Deus, introduzido
na terra, a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte
Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal” (Dt 11.29).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira prosperidade é o
resultado de um correto relacionamento com Deus e da obediência à sua Palavra.
HINOS SUGERIDOS
6, 50, 432.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dt 27.13
A desobediência quebra a aliança com Deus
Terça - Dt 28.1
A obediência gera a prosperidade
Quarta - Dt 28.18-25
A desobediência traz graves consequências
Quinta - 1 Sm 15.19,20
Atentando para a voz do Senhor
Sexta - 2 Rs 24.14,15
A desobediência traz a derrota
Sábado - 2 Rs 10.30,31
A obediência não pode ser parcial
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Deuteronômio 11.26-32.
26 - Eis que hoje eu ponho diante
de vós a bênção e a maldição:
27 - a bênção, quando ouvirdes os
mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos mando;
28 - porém a maldição, se não
ouvirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, e vos desviardes do caminho que
hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.
29 - E será que, havendo-te o
SENHOR, teu Deus, introduzido na terra, a que vais para possuí-la, então,
pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal.
30 - Porventura não estão eles
daquém do Jordão, junto ao caminho do pôr do sol, na terra dos cananeus, que
habitam na campina defronte de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré?
31 - Porque passareis o Jordão
para entrardes a possuir a terra que vos dá o SENHOR, vosso Deus; e a
possuireis e nela habitareis.
32 - Tende, pois, cuidado em
fazer todos os estatutos e os juízos que eu hoje vos proponho.
INTERAÇÃO
Esta
lição é de inquestionável importância diante do que temos visto e ouvido no
meio evangélico e em nossa sociedade. Atualmente a palavra obediência parece
andar um tanto esquecida. Fala-se muito em bênçãos e prosperidade, todavia,
muitos se esquecem de que as bênçãos são decorrentes da obediência aos
princípios divinos. Obedecer a Deus não é um fardo, mas uma alegria, pois o
amamos. A obediência é uma prova viva de amor ao Pai Celestial.
Deus
é bom e quer nos abençoar integralmente. Entretanto, Ele também é justiça. A
justiça do Pai, assim como a sua bondade, atinge todas as áreas de nossas
vidas.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Compreender que obediência a Deus é a condição
indispensável para um viver próspero.
- Conscientizar-se de que a desobediência é a
causa da maldição.
- Citar algumas das consequências da obediência
na vida do crente.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, sugerimos que você inicie
a aula levantando a seguinte questão: “De onde procedem tanta violência e males
em nossa sociedade?”. Ouça os alunos com atenção e explique que muitos males
são advindos da desobediência aos princípios divinos. Enfatize o fato de que a
desobediência gera maldição. Depois, reproduza no quadro de giz o esquema
abaixo e mostre algumas das consequências da desobediência relacionadas no
texto de Deuteronômio 28. Enfatize o fato de que não podemos desenvolver uma
relação descompromissada com Deus. As consequências são trágicas!
MALDIÇÕES PARA A DESOBEDIÊNCIA SEGUNDO
DEUTERONÔMIO 28
•
Pestilência (v.21);
•
Consumo pela ferrugem e destruição das sementeiras
(v.22);
•
Enfermidades (febre, inflamação, úlceras, tumores,
sarna) (vv.22,27);
•
Seca (v.24);
•
Céus de bronze e terra de ferro (v.23);
•
Não poderiam resistir os inimigos (v.25);
•
Dispersão do povo de Deus (v.64);
•
Redução do povo (v.62).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Obediência: Sujeição voluntária a Deus e
às suas leis.
Nesta lição, veremos que, no Antigo
Testamento, há muitas e grandiosas promessas para Israel. Mas, também, há
muitas advertências para esse mesmo povo, caso viesse a desobedecer a Deus. Os
capítulos 27 e 28 de Deuteronômio, embora destinados aos israelitas, deveriam
ser lidos por todos os crentes, pois os seus princípios são universais.
Em ambas as passagens, somos
alertados quanto ao perigo da desobediência. Mas, lembre-se de uma coisa muito
importante: não devemos obedecer a Deus apenas para ser abençoados, mas porque
o amamos com todo o nosso ser e com toda a nossa alma.
I. OBEDIÊNCIA, UM FIRME FUNDAMENTO
1. Deus fala e quer ser ouvido. Moisés
chama a atenção do povo para a necessidade de se “ouvir a voz do Senhor”, como
condição indispensável para um viver próspero (Dt 28.1). Isto porque as bênçãos
do Senhor são fundamentadas em sua Palavra e qualquer promessa deve estar
condicionada àquilo que ela diz. No discurso de Moisés, há uma extensa lista de
bênçãos que viriam em virtude de uma resposta positiva à Palavra de Deus (Dt
28.1-14).
Observe que o texto não afirma que as
bênçãos virão automaticamente, mas em virtude de se ouvir a voz divina (Dt
28.1). Esse dado reforça o fato de que as bênçãos existem e estão disponíveis
para serem desfrutadas, mas estão condicionadas a um relacionamento correto com
a Palavra de Deus. O Senhor não se responsabiliza por aquilo que Ele não
prometeu, ou por aquilo que alguém acrescentou à sua Palavra, acreditando ser
parte dela (Dt 4.2; 18.21,22).
2. A obediência e suas reais
motivações. Em Deuteronômio, observamos que a verdadeira
obediência a Deus deve ser motivada por um coração amoroso e grato. Logo, o
relacionamento do crente com o Senhor é a bênção que engloba todas as demais.
Não havia, portanto, uma relação de troca ou barganha. A obediência era uma
forma de amorosa gratidão no relacionamento com Deus. A desobediência quebrava
tal relação (Dt 28.15).
Através da observância da Palavra de
Deus, Israel poderia experimentar a verdadeira prosperidade. A condição para
tal pode ser resumida na frase encontrada várias vezes no Pentateuco: “Se
ouvires a minha voz e, guardares os meus estatutos” (Êx 15.26; 19.5; Lv 26.14;
Dt 28.1).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Somente através da observância da
Palavra de Deus, podemos experimentar a verdadeira prosperidade.
II. DESOBEDIÊNCIA, A CAUSA DA MALDIÇÃO
1. A quebra da aliança. Em
Deuteronômio 27.15-26 e 28.16-19, a maldição aparece como resultado da desobediência,
ocasionando a quebra da aliança divina. Observa-se que, assim como a bênção
está associada à obediência a Deus, da mesma forma a maldição vem associada à
desobediência! A lei da retribuição, tanto no seu sentido positivo como
negativo, é bem clara no Antigo Testamento (Dt 28.47,48). Mas isso não
significa que os justos estivessem livres de tribulações e angústias, pois os
santos são constantemente provados (Jo 16.33).
2. A maldição da idolatria. A
maldição vez por outra alcançava o povo de Israel por causa da idolatria, que é
veementemente condenada na Bíblia (Dt 27.15). O que é a idolatria? É colocar
qualquer coisa, ou pessoa, em lugar de Deus. Logo, se colocarmos os bens
materiais acima de Deus, estamos incorrendo no pecado da idolatria. Isto significa
também que não devemos obedecer a Deus, visando apenas as riquezas deste mundo.
Temos de amá-lo e obedecer-lhe a Palavra independentemente de qualquer
recompensa material (Mt 22.37)!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A maldição é resultado do desprezo aos
preceitos divinos.
III. A OBEDIÊNCIA E SUAS LIÇÕES
1. A bênção como instrumento de
proteção. Deus prometeu segurança ao povo de Israel (Dt
28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita passar por
situações conflituosas. Aliás, muitas são as adversidades daqueles que desejam
viver piamente em Cristo (2 Tm 3.12). Mas há promessas de proteção e segurança
para o crente. É só confiar! Nós somos a propriedade particular de Deus (1 Pe
2.9). A ideia de um povo santo, separado e consagrado ao Senhor permeia toda a
Escritura.
Você quer ser abençoado? Então,
reconheça seus limites e consagre-se inteiramente a Deus.
2. Período tribal e monárquico. No
período dos juízes, o povo fazia o que achava mais correto (Jz 21.25). Isso
explica o estado de anarquia em que a nação estava mergulhada. Somente a
intervenção dos juízes trazia o povo de volta à obediência, fazendo-o
experimentar a bênção divina (Jz 3.7-11).
No período monárquico, a atuação dos
profetas faz-se ainda mais notória. Chamados por Deus para clamar contra a
idolatria e as injustiças sociais, os profetas falavam tanto ao povo como aos
governantes. A maior parte das profecias do Antigo Testamento está diretamente
relacionada ao combate às injustiças sociais.
Para os profetas, nenhuma
prosperidade era legítima se fosse alcançada à custa dos menos favorecidos (Is
58.7). Esse período deixa-nos a seguinte lição: a pobreza é causada também
pelas injustiças cometidas pelos governantes e a prosperidade advém como
resultado do temor que os mandatários nutrem por aquele que governa todas as
coisas: o Todo-Poderoso Deus (2 Cr 31.20). Estamos nós cuidando dos mais
necessitados?
3. As falsas ideias sobre maldição. Atualmente,
há um ensino muito popular entre os evangélicos que associa a pobreza ao pecado
e os infortúnios da vida a alguma maldição não quebrada. Esse falso ensino é
também denominado de “maldição hereditária”.
Crendo nessa falsa doutrina, muitos
cristãos entraram numa espécie de paranóia, procurando alguma maldição para
quebrar.
Um exame das Escrituras, porém,
mostra que a desobediência à Palavra de Deus, e não uma maldição hereditária, é
a causa do castigo! Ninguém necessita participar de nenhum ritual de quebra de
maldição, pois a Escritura afirma que “Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se maldição por nós” (Cl 3.13).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Muitos infortúnios na vida do crente são
resultados da desobediência à Palavra de Deus e não de supostas maldições
hereditárias.
CONCLUSÃO
Nesta lição, destacamos que Deus quer
fazer prosperar o seu povo e para isso deu-lhe muitas promessas. Outrossim,
precisamos deixar bem claro que o fato de um crente passar por lutas e
dificuldades não significa que ele esteja em pecado ou em desobediência a Deus,
pois o próprio Cristo alertou-nos de que no mundo seremos afligidos (Jo 16.33).
Mas que o pecado traz consequências para a vida do crente, não o podemos negar
(Gl 6.7). Por isso, devemos agir com muito equilíbrio e sobriedade ao tratar
desse assunto.
VOCABULÁRIO
Mandatário: Aquele
que recebe mandato ou procuração para agir em nome de outro.
Monarquia: Forma de governo cujo chefe de Estado tem o título de Rei ou Rainha.
Monarquia: Forma de governo cujo chefe de Estado tem o título de Rei ou Rainha.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Comentário Bíblico Beacon: Gênesis a Deuteronômio. Vol.
1, RJ: CPAD, 2005.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009.
EXERCÍCIOS
1. De
acordo com a lição, qual a condição indispensável para um viver próspero?
R. Ouvir
e obedecer a voz do Senhor.
2. Qual
deve ser a verdadeira motivação para a obedecermos a Deus?
R. A
verdadeira obediência a Deus deve ser motivada por um coração amoroso e grato.
3. A
maldição na vida do crente é resultado de quê?
R. Da
desobediência as leis divinas.
4. O
que é idolatria?
R. É
colocar qualquer coisa, ou pessoa, em lugar de Deus.
5. Você
tem procurado obedecer aos preceitos do Senhor? Quais são os resultados já
obtidos?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Maldição
Às várias palavras hebraicas e gregas
para maldição, denotam a expressão de um desejo ou oração para que o mal
sobrevenha a alguém. Esta ideia encontrou uma grande variedade de usos na vida
de Israel, e era universalmente conhecida entre os seus vizinhos. Os termos de
um contrato ou tratado eram protegidos pelas maldições ou imprecações dirigidas
a qualquer um que violasse o acordo no futuro. Medidas semelhantes de segurança
são encontradas nas inscrições reais, onde maldições eram pronunciadas sobre
qualquer um que pudesse alterar ou destruir a inscrição. Maldições também eram
dirigidas contra assassinos (Gn 4.11,12), assim como contra os inimigos que no
futuro pudessem prejudicar alguém (2 Sm 18.32), ou que já estivessem
prejudicando alguém (Jr 12.3). Na verdade, as maldições eram empregadas onde
quer que estivessem faltando as medidas punitivas e protetoras, ou onde estas
estivessem presentes porém fossem consideradas inadequadas.
Quando se trata de Deus, amaldiçoar é
um termo antropomórfico que expressa o desagrado divino ou uma justiça
vingadora (por exemplo, Gn 3.14-19; 5.29; 12.3). A antítese natural de todas
essas maldições é a bênção. A eficácia da maldição dependia basicamente da
aprovação e execução divinas” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2009, p.1202).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Pronunciarem a maldição (Dt 27.13) —
A palavra específica para maldição usada aqui (me’erah) significa um ato de intimação. Esse
substantivo e seu verbo (‘arar) fazem mais do que definir as consequências de
atos errados. Servem como uma declararão judicial de punições que Deus havia
imposto. A pessoa ou coisa amaldiçoada está de uma maneira significativa presa,
enfraquecida, limitada e incapaz de fazer o que, de outro modo, tivesse
condições. Aqui, como em outras violações da lei divina, a maldição não é
pronunciada depois do ato, mas está ligada ao ato; assim, alguém é
‘automaticamente’ amaldiçoado quando peca. Quão fútil pensar, como alguns
fazem, que ‘eu estarei salvo, mesmo que persista em andar à minha própria
maneira (Dt 29.19)’.
O cativeiro (28.15-68). Essa
passagem esboça os cada vez mais severos julgamentos que as futuras gerações
podem esperar se persistirem em violar os estatutos de Deus, e afastar-se Dele
para a idolatria. A culminante punição é o cativeiro (vv.63,64). Essa punição
final é vividamente descrita nos versos 64-68, e é frequentemente encontrada
nos profetas. Entre as advertências dos profetas baseadas nessa passagem de
Deuteronômio estão: Is 5.13; Jr 13.19, 46.19; Ez 12.3-11; Am 5.27; 6.7;
7.11-17, etc. Essas advertências tornaram-se mais frequentes quando o restante
das condenações encontradas em Deuteronômio 28 foram impostas e ignoradas por
Israel.
O que realmente aconteceu? Séculos
depois que Moisés escreveu as palavras de advertência, o povo de Israel
dividiu-se em duas nações, norte e sul. O Reino do Norte, chamado Israel, foi
subjugado. O seu povo levado em cativeiro pelos assírios em 722 a.C. O Reino do
Sul, Judá, sobreviveu somente até 586 a.C, quando, após uma série de
deportações, os babilônios finalmente destruíram Jerusalém” (RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse, capítulo por
capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2009, p.138).
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PAZ DO SENHOR
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