Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2008
Título: O Deus do Livro e o
Livro de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
Lição 1: O Deus da Bíblia
Data: 05 de
Outubro de 2008
TEXTO ÁUREO
“Ora, ao Rei dos séculos, imortal,
invisível, ao único Deus seja honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Tm 1.17).
VERDADE PRÁTICA
Há
muitos falsos deuses inventados pelo homem ou pelo Maligno, mas o Deus da
Bíblia é único, verdadeiro e soberano.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jd v.25
Ao único Deus, toda
glória e majestade
Terça - Mc 12.29
O único Senhor
Quarta - Gn 2.4
Deus, o Criador dos
céus e da terra
Quinta - Sl 103.3
O Senhor que sara
Sexta - Gn 17.1
O Deus
Todo-Poderoso
Sábado - Pv 15.3
O Deus que vê a
todos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 136.1-9,26.
1 - Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque
a sua benignidade é para sempre.
2 - Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua
benignidade é para sempre.
3 - Louvai ao Senhor dos senhores; porque a
sua benignidade é para sempre.
4 - Àquele que só faz maravilhas; porque a sua
benignidade é para sempre.
5 - Àquele que com entendimento fez os céus;
porque a sua benignidade é para sempre.
6 - Àquele que estendeu a terra sobre as
águas; porque a sua benignidade é para sempre.
7 - Àquele que fez os grandes luminares;
porque a sua benignidade é para sempre.
8 - O sol para governar de dia; porque a sua
benignidade é para sempre.
9 - A lua e as estrelas para presidirem a
noite; porque a sua benignidade é para sempre.
26 - Louvai ao Deus dos céus; porque a sua
benignidade é para sempre.
INTERAÇÃO
Caro professor, pela graça de Deus
iniciamos mais um trimestre. Os assuntos tratados nestas lições são de extrema
relevância para aqueles que desejam crescer na "graça e no conhecimento do
nosso Deus". São treze lições que tratam do "Deus do Livro e o Livro
de Deus". O comentarista, Pr. Elivaldo Renovato e autor de diversos
livros, líder da Assembléia de Deus em Parnamirim, RN, e professor
universitário. O enriquecimento espiritual que lhe advirá do estudo de cada
lição será sentido em todas as áreas de sua vida. Que Deus o abençoe.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar que a Bíblia não se preocupa
em provar a existência de Deus.
·
Compreender que Deus existe, e
revelou-se ao homem.
·
Descrever cinco argumentos a favor da
existência de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor,
tenha cuidado para não fazer desta aula um amontoado de ensinamentos teóricos
sobre Deus. É importante que os alunos sejam estimulados a experimentarem mais
do Todo-Poderoso. Inicie sua aula fazendo as seguintes perguntas: "Você
conhece a Deus?" "Até que ponto você o conhece?" "Quanto
você já experimentou do poder, amor e da sabedoria de Deus?" Dê um tempo
para que seus alunos respondam. Depois, explique que nenhum ser humano jamais
poderá conhecer totalmente a Deus, por que Ele é infinito e seu poder é
ilimitado. Mas o Pai deseja que o conheçamos pessoalmente, e tenhamos com Ele
um relacionamento íntimo e pessoal.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Deus: 'Ēl (no hebraico, “Deus”). Ser Supremo
Criador do Universo, do homem, e de todas as coisas.
Sempre
houve e sempre haverá os que costumam questionar: Quem é Deus? Alguns o fazem
com sinceridade, buscando compreender a existência e a natureza do Eterno. Todavia,
outros perguntam com a intenção de alimentarem sua soberba e descrença. Por
esta razão, não conseguem entender a natureza transcendente do Altíssimo. Para
os que aceitam a Bíblia como a sagrada fonte de inspiração e de respostas às
inquietações do homem, Deus é o Ser Supremo, Criador do Universo, do Homem, e
de todas as coisas.
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A existência de Deus questionada. O
Deus da Bíblia existe? Se Ele existe, inquirem os críticos da Palavra: por que
há tantas tragédias causando sofrimento a milhares de pessoas, inclusive
inocentes e piedosos? Por que há tanta injustiça no mundo? Com essas e outras
questões, a mente humana procura entender quem é Deus e, de maneira presunçosa,
negar sua existência, ou culpá-Lo por todas as mazelas desta vida.
2. A existência de Deus é um
postulado. Deus é real e não precisa ser demonstrado com base
na lógica humana. A Bíblia denomina a descrença em Deus como insensatez,
estupidez e absurdo: "Disse o néscio no seu coração: Não há Deus" (Sl
53.1); "Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas
cogitações são: Não há Deus" (Sl 10.4).
3. A existência de Deus não precisa
ser provada. Deus é a garantia da lógica do Universo. Sem Ele, o
universo não poderia existir. Se o cosmo é uma realidade, e somos testemunhas
disso, Deus existe! A ordem e a harmonia que permeiam toda a criação pressupõem
a existência de um Criador. A mente humana, limitada e falível, jamais
conseguirá provar a existência de Deus à parte da fé (Hb 11.3). O Todo-Poderoso
é Espírito infinito (Jo 4.24). Todavia, há na criação inumeráveis evidências da
existência de Deus. Ele, por sua infinita bondade, tem se revelado às suas
criaturas de diversas formas. Pode ser que as provas sejam necessárias à mente
do homem natural, mas o homem espiritual (1 Co 2.14,15), através da fé, tem
total convicção até mesmo daquilo que não vê (Hb 11.1).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A
existência de Deus não pode ser explicada somente pela lógica humana, pois a
sabedoria do homem é limitada e falível.
II. A LIMITAÇÃO HUMANA DIANTE DE DEUS
1. O homem natural não alcança a
mente divina. Deus, em sua infinitude, é incompreensível à mente
humana. Por isso Zofar inquiriu ao patriarca Jó: "Porventura, alcançarás
os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso?" (Jó 11.7).
Isaías também indagou ao povo: "A quem, pois, fareis semelhante a Deus, ou
com que o comparareis?" (Is 40.18). O ser humano pode até conhecer a Deus
através da revelação natural (Sl 19.1; Rm 1.19-21), mas de modo limitado, pois
o finito não pode abarcar o Infinito (Is 40.28). Entretanto, o Eterno, em sua
bondade, revelou-se ao homem através de Cristo (Jo 1.18; 17.3).
2. O homem natural não compreende as
coisas de Deus. O ser humano, em razão do pecado, tem dificuldade
de crer em Deus. A Bíblia nos esclarece: "Ora, o homem natural não
compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1 Co 2.14; Sl
10.4). Contudo, a existência de Deus independe da incredulidade dos homens. O
néscio, em sua ignorância ou orgulho, diz: "Não há Deus", mas,
"os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das
suas mãos" (Sl 19.1).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A
humanidade, em razão do pecado, não tem como compreender e aceitar que existe
um único Deus, por isso, O Eterno em sua bondade, revelou-se ao homem através
de Cristo.
III. A DIFERENÇA ENTRE O DEUS DA
BÍBLIA E OS FALSOS DEUSES
1. O Deus da Bíblia é o Criador. De
acordo com as Escrituras, Deus criou todas as coisas (Gn 1.1). Já os falsos
deuses, foram inventados pela imaginação humana. O Antigo Testamento
apresenta-nos uma variedade de falsos deuses. Alguns deles, inclusive, de
caráter demoníaco, tais como Baal, Moloque e Aserá. Na Babilônia, o deus Marduk
era considerado "deus dos deuses". Segundo a mitologia, Marduk matou
a Tiamat, deusa das águas profundas, e dividiu-a em duas partes, criando o céu
e a terra. Todavia, a Palavra de Deus nos ensina: "Só tu és Senhor; tu
fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela
há, os mares e tudo quanto neles há; e tu os guardas com vida a todos; e o
exército dos céus te adora" (Ne 9.6).
2. O Deus da Bíblia é Eterno. Nas
Escrituras, temos várias referências à eternidade de Deus. "O Deus eterno
te seja por habitação, e por baixo de ti estejam os braços eternos..." (Dt
33.27; Is 40.28) "Mas o Senhor Deus é a verdade ele mesmo é o Deus vivo e
o Rei eterno" (Jr 10.10). Os deuses falsos são mortais. Segundo a
mitologia grega, a deusa Perséfone morria a cada ano. As folhas secas do outono
representavam o seu fim. No inverno, os deuses morriam, e ressurgiam na
primavera.
3. O Deus da Bíblia é Santo. Os
deuses mitológicos nivelam-se às baixezas morais dos seus seguidores. Muitos
rituais dedicados a esses falsos deuses são cultos aos demônios, movidos por
orgias sexuais, alucinógenos e sacrifícios humanos (1 Co 10.14-21). A santidade
do Senhor, nosso Deus, é um atributo inerente à sua majestade, pureza e
perfeição (Hc 1.13). "Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós
vos santificareis e sereis santos, porque eu sou santo" (Lv 11.44; Jó
34.10; Sl 99.9; Ap 4.8).
4. O Deus da Bíblia é o Supremo Juiz
do Universo. Ele tem suas leis, mandamentos, estatutos e juízos.
"Porque o Senhor é o nosso Juiz; o Senhor é o nosso Legislador; o Senhor é
o nosso Rei; ele nos salvará" (Is 33.22). Ele é o "Juiz de toda a
terra" (Gn 18.25; Sl 75.7). Juízo e justiça são a base do trono do Eterno
(Sl 89.14). Ninguém escapará ao juízo de Deus: "porquanto tem determinado
um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou;
e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos" (At 17.31).
5. O Deus da Bíblia é o Deus Salvador
(Gn 32.30; Sl 7.10). No Salmo 115, versículos de 1 a 8, o salmista
demonstra claramente a diferença entre o Deus da Bíblia e os falsos deuses,
obras "das mãos dos homens". Na Índia, são catalogados muitos milhões
de deuses! O rio, a vaca, e até o rato, são considerados divinos (Rm 1.23). São
falsos deuses que não têm poder para salvar o homem de seus pecados,
garantindo-lhe vida eterna. No Brasil, o sincretismo religioso vem
transformando o país em um santuário de falsos deuses. Todas essas
manifestações fazem parte de um elaborado programa do Maligno para afastar as
pessoas do Verdadeiro Deus, o Deus da Bíblia (2 Co 4.4).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Através
das Escrituras Sagradas podemos conhecer a diferença entre o Deus da Bíblia e
os falsos deuses.
IV. DEUSES QUE NÃO SÃO DA BÍBLIA
1. O deus do Teísmo Aberto. Trata-se
de uma doutrina herética e capciosa que, a despeito de considerar-se teológica,
é uma violação à verdadeira interpretação da Bíblia. Os adeptos do teísmo
aberto afirmam as seguintes heresias: "Deus não é soberano";
"Deus não é onisciente"; "Deus se arrisca"; "Deus é
falho"; "Deus é mutável", e outros inomináveis absurdos.
Refutações: Ler Dt 18.13; Sl 139.1-18; Is 43.13; 46.9,10; Mt 5.48; Hb 4.13; Tg
1.17.
2. O deus da Nova Era. A
Nova Era é uma mistura de idéias extraídas de seitas orientais, judaísmo,
cristianismo e ocultismo. Uma de suas principais finalidades é confundir a
mente das pessoas para que não se aproximem do Deus da Bíblia. Através de
elementos místicos, tais como tarôs, pirâmides, cartas, búzios, e da crença em
bruxas, duendes, fadas, e outros seres inventados pela mente humana, procuram
confundir os homens quanto ao conhecimento do Verdadeiro Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O
Maligno usa seus ardis através do Teísmo Aberto e da Nova Era para que o homem
não reconheça que o Deus da Bíblia é o Verdadeiro.
CONCLUSÃO
O
Deus da Bíblia é o Criador eterno, imutável, onipotente, onisciente,
onipresente, infalível, absoluto e soberano. É o Senhor do Universo que
"amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o
seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por ele" (Jo 3.16,17).
VOCABULÁRIO
Postulado: Fato
ou preceito reconhecido sem prévia demonstração.
Néscio: Insensato, ignorante.
Néscio: Insensato, ignorante.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOARES. E. Manual de Apologética
Cristã. RJ: CPAD, 2006.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: o Fundamento da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas Bíblicas: o Fundamento da Nossa Fé. RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Como
a Bíblia denomina a descrença em Deus?
R. A
Bíblia denomina a descrença em Deus como insensatez, estupidez e absurdo.
2. Quais
as duas revelações pelas quais o homem pode conhecer Deus?
R. As
duas revelações pela qual o homem pode conhecer a Deus são: através da
revelação natural (Sl 19.1) e através de Cristo.
3. Descreva
três características do Deus da Bíblia.
R. O
Deus da Bíblia é o Criador, Eterno e Santo.
4. Cite
duas afirmações do Teísmo Aberto.
R. Os
adeptos do Teísmo Aberto afirmam duas heresias: "Deus não é soberano e
Deus não é onisciente".
5. Explique
a principal finalidade da Nova Era.
R. Confundir
a mente das pessoas para que não se aproximem do Deus da Bíblia.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
"A Existência de Deus
Embora
a Bíblia não apresente argumentos em favor da existência de Deus, (...)
argumentos clássicos vem sendo apresentados desde a Era Medieval. Apesar de
limitados em si mesmos, provêem eles, em seu conjunto, o apoio intelectual
suficiente para corroborar a verdade da Bíblia. O primeiro desses argumentos é
oontológico. Defende este que um Ser Perfeito implica numa
existência real. Por conseguinte, para se conceber um Ser Perfeito, é
necessário se acreditar que este Ser Perfeito realmente exista. O segundo argumento
clássico é o cosmológico. Segue-se de maneira coerente ao ontológico. O
universo, como todos o admitimos, não existe por si mesmo. Todos os eventos que
presenciamos dependem de alguma causa além deles mesmos. O terceiro argumento
clássico em prol da existência de Deus é o teleológico, ou argumento do desígnio. O mundo maravilhoso
descoberto pela inquirição científica desvenda uma notável e espantosa ordem em
toda a natureza. As improbabilidades matemáticas de todas estas maravilhas
terem ocorrido por mero acaso, leva-nos a enaltecer aquEle que é o autor de
tudo quanto vemos e admiramos. O quarto argumento clássico é o moral. Ele apresenta-se como o senso inato do que é
certo e do que é errado. Que ser humano não o possui? Similar ao anterior é o
quinto argumento. Acha-se ele alicerçado sobre aestética ou beleza".
(MENZIES, W. W.;
HORTON, S. M. Doutrinas
Bíblicas: os Fundamentos da Nossa Fé. RJ:
CPAD, 2005, pp.36-37.)
APLICAÇÃO PESSOAL
"Deus quer ser a sua habitação.
Ele não está interessado em ser uma fuga de fim de semana, ou um bangalô para
os domingos, ou um chalé para o verão. Não considere usar Deus como uma cabana
de férias, ou uma eventual casa de retiro. Ele quer você sob o seu teto agora e
sempre. Ele quer ser o seu endereço, seu ponto de referência; Ele quer ser o
seu lar...
Para muitos este é um conceito novo.
Pensamos em Deus como uma divindade para ser discutida, não um lugar para
viver. Pensamos em Deus como um misterioso fazedor de milagres, não uma casa
para se morar. Pensamos em Deus como um criador a quem recorrer, não um lar
onde habitar. Contudo, nosso Pai quer ser muito mais. Ele deseja ser aquEle em
quem 'vivemos, e nos movemos e existimos' (At 17.28)".
(LUCADO, M. Promessas
Inspiradoras de Deus. RJ: CPAD, 2005.)
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PAZ DO SENHOR
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