Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de
2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas
são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 7: A divisão espiritual no lar
Data: 12 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao
vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo
procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra” (1
Pe 3.1).
VERDADE PRÁTICA
Ganhe o seu cônjuge para Cristo,
através do seu bom testemunho.
HINOS SUGERIDOS
111, 135, 141.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.18,22-24
A primeira família
Terça - Pv 14.1
A sabedoria da mulher
Quarta - Mc 10.6-12
O ensino acerca do divórcio
Quinta - At 16.1,2; 2 Tm 1.5
Evangelismo no lar
Sexta - Mt 5.13
Sal da terra
Sábado - Ef 5.8
Filhos da Luz
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Coríntios 7.12-16.
12 - Mas, aos outros, digo eu,
não o Senhor: se algum irmão tem mulher descrente, e ela consente em habitar
com ele, não a deixe.
13 - E se alguma mulher tem
marido descrente, e ele consente em habitar com ela, não o deixe.
14 -
15 - Mas, se o descrente se
apartar, aparta-se; porque neste caso o irmão ou irmã, não está sujeito à
servidão; mas Deus chamou-nos para a paz.
16 - Porque, donde sabes, ó
mulher, se salvarás teu marido? Ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua
mulher?
INTERAÇÃO
O
que fazer quando um dos cônjuges não se converte ao Senhor? Essa é uma situação
que, apesar de difícil, possivelmente alguns de seus alunos podem estar
enfrentando. Sabemos que o servo de Deus deve casar-se no Senhor, todavia,
muitos se convertem a Jesus depois do casamento. Enfatize que nesse caso é
preciso que o cônjuge busque, em Deus, sabedoria para que o lar seja um lugar
de paz, amor e respeito. Quando o cônjuge não é crente, a Palavra de Deus
recomenda a submissão (1 Pe 3.1) a fim de que ele seja alcançado por intermédio
do bom testemunho do cristão. Essa é a vontade de Deus!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Explicar como deve ser o procedimento do
crente quando um dos cônjuges não é crente.
- Conscientizar-se de que quando um dos cônjuges
não é crente é preciso agir com muita sabedoria.
- Compreender o valor da evangelização no lar.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, pergunte se algum aluno
tem cônjuge descrente. Caso haja na classe alguém, peça que essa pessoa diga o
que tem feito para alcançar seu esposo(a). Em seguida explique que é promessa
do Senhor salvar as nossas famílias, contudo, precisamos de muita sabedoria a
fim de que todos em nossas casas sejam alcançados através de um bom testemunho.
Depois leia e discuta com os alunos o texto de Atos 16.31. Encerre orando pelos
irmãos(ãs) que têm cônjuges descrentes. Diga que em breve eles poderão dizer:
“Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Descrente: Na lição é aquele(a) que
ainda não se converteu a Jesus Cristo.
Nesta aula, estudaremos os conflitos
que surgem quando um cônjuge converte-se, e o outro não, e as implicações que
tal mudança ocasiona na convivência do casal. Ressaltaremos que o plano de Deus
é que a família toda sirva a Cristo como Senhor e Salvador. Nessa perspectiva,
o cônjuge que serve ao Senhor precisa ver-se como o principal responsável pela
evangelização dos membros de sua família. Entretanto, a prática demonstra que
palavras, nesse caso específico, geralmente transformam-se em discussões
infrutíferas. Assim, a melhor atitude evangelística é manter um bom testemunho
de vida através da mudança de hábitos. Quem serve ao Senhor deve ser sábio no
falar, no agir, evitando conflitos.
I. CONVIVENDO COM O CÔNJUGE NÃO CRENTE
1. A convivência com o cônjuge
descrente. Quando Deus criou o mundo declarou que tudo era bom
(Gn 1.31). A única coisa que o Criador disse não ser boa era o fato de o homem
viver só (Gn 2.18). Por isso, fez para Adão uma adjutora, Eva, formando assim a
primeira família (Gn 2.22). Não faz parte do plano divino que o casal se
divorcie (Mt 5.31,32; 19.3-9; Mc 10.2-12). Mas em 1 Coríntios 7.15, o apóstolo
Paulo fala acerca dessa triste realidade como iniciativa do cônjuge descrente.
Todavia, o apóstolo aconselha que, se o cônjuge descrente não se opuser à fé do
que aceitou ao Senhor Jesus, então não deve o crente, em hipótese alguma,
abandoná-lo (1 Co 7.12,13).
A fim de garantir uma convivência
pacífica é imprescindível não entrar em conflitos, evitando discussões sobre
religião ou igreja. Torne o seu dia a dia agradável; mostre ao cônjuge que
servir a Cristo transforma um dia ruim em uma noite tranquila. Se houver algum
problema na igreja, ou algo que não concorde, é prudente não dividir tal
assunto em casa, pois o cônjuge não compreenderá, podendo até mesmo desenvolver
uma aversão pelas coisas de Deus. Como já dissemos, a convivência deve ser
pacífica (Rm 12.18).
Observemos, ainda, este conselho de
Pedro: “Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido,
para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua
mulher seja ganho sem palavra, considerando a vossa vida casta, em temor” (1 Pe
3.1,2). Esse conselho também vale para o homem.
2. Santificando o cônjuge. A
Bíblia afirma que o cônjuge que serve ao Senhor santifica o não crente (1 Co
7.14). É muito importante ressaltar que a santidade a que se refere o apóstolo
não leva à salvação. Isto é, um incrédulo não pode ser salvo através da
experiência salvadora do outro, pois a salvação é individual e intransferível.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Palavra de Deus aconselha que, se o
cônjuge descrente não se opuser à fé do que aceitou ao Senhor Jesus, então não
deve o crente, em hipótese alguma, abandoná-lo.
II. AGINDO COM SABEDORIA
1. Na criação dos filhos. O
desejo do cônjuge cristão é que toda a sua família sirva ao Senhor Jesus. Em se
tratando dos filhos o desejo é ainda maior. Mas nem sempre é possível criar os
filhos dentro dos limites do templo, principalmente se um dos responsáveis não
serve ao Senhor. O que fazer? Entrar em conflito com o cônjuge não resolve e
ainda traz discórdia para o lar. A única coisa a ser feita é ensinar a Palavra
de Deus em casa. Procure estimular a leitura das Sagradas Escrituras e de
literatura cristã adequada para a faixa etária dos filhos. Não podemos
descuidar da oração. Sigamos o exemplo de Jó que intercedia a Deus por seus
filhos (Jó 1.5). Em o Novo Testamento, encontramos a história do jovem Timóteo,
filho de uma judia crente com um grego incrédulo (At 16.1). Mas a sua avó e mãe
ensinaram-lhe a Palavra de Deus, livrando-o assim das influências do paganismo
(2 Tm 1.5). Timóteo tornou-se, então, um discípulo de Cristo, companheiro de Paulo
e um grande servo do Senhor.
2. Nos afazeres domésticos. Tanto
os homens quanto as mulheres que servem a Deus devem agir com sabedoria em
relação às atividades domésticas. O cônjuge crente não pode descuidar de
maneira alguma de sua vida espiritual, do lar, e dos filhos. Saber administrar
o tempo é um fator que evita conflitos. A mulher não pode deixar sua casa
desorganizada, as refeições por fazer e as roupas da família sujas sob a
alegação de que o culto terminou mais tarde. O esposo incrédulo não a
compreenderá, e julgará que a igreja está atrapalhando o bom andamento do lar.
Da mesma maneira, o homem que deixa
de ajudar a mulher na organização do lar, que não realiza os pequenos reparos
na casa, desculpando-se que não pode chegar atrasado ao culto, levará a esposa
descrente a afastar-se ainda mais do Evangelho. Portanto, os cônjuges crentes
devem agir com sabedoria, procurando os melhores dias e horários para
comparecer aos cultos. Não podemos nos esquecer que Deus ama a família, pois
Ele mesmo a criou.
3. Na vida espiritual. Há
muitos casos de maridos que proíbem as esposas de participarem das atividades
da igreja ou até mesmo de comparecerem aos cultos. Também há casos de mulheres
que dificultam a vida espiritual dos maridos. Mesmo diante de tantas
dificuldades não se pode descuidar da vida espiritual. Reservar um lugarzinho e
um horário adequados, no lar, para oração, adoração e meditação da Palavra de
Deus é uma excelente alternativa (Dn 6.10). Esses momentos preciosos na
presença do Pai fortalecem a vida espiritual e ajudam a suportar as
perseguições enquanto que, ao mesmo tempo, evitam conflitos. Confie, Deus sabe
como agir em todas as situações.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O cônjuge crente deve pedir sabedoria a
Deus para que seus filhos sejam criados no temor do Senhor.
III. EVANGELIZANDO O CÔNJUGE
1. Com nova postura. Todo
aquele que reconhece Jesus como Salvador é transformado numa nova criatura (At
9.1-15; 2 Co 5.17). A partir daí, a natureza pecaminosa é colocada sob o
controle do Santo Espírito, havendo mudança de vida e de comportamento (Gl
5.22). O cônjuge convertido, pois, deve demonstrar que mudou e que Cristo o
tornou um ser humano melhor. Agindo dessa maneira, o outro perceberá que, em
Jesus Cristo, há mudanças profundas no caráter. E, dessa maneira, o descrente
poderá até vir a converter-se pelo bom exemplo que observa no crente (1 Pe
3.1).
2. Com bom testemunho. O
cônjuge convertido não pode viver envolvido em situações ilícitas. Pois,
através do seu bom testemunho, pode vir ganhar o outro para Cristo (1 Pe 3.1).
Se o cônjuge, antes de ser crente, agia com grosseria, pronunciava palavras de
baixo calão ou era dado a vícios, tais coisas devem ser abandonadas, pois agora
ele é nova criatura. Afinal, de uma mesma fonte não podem sair águas amargas e
doces (Tg 3.11). Lembremo-nos que o bom testemunho começa no lar, nas pequenas
ações. O cônjuge descrente precisa perceber a mudança que Jesus realizou em sua
casa através da conversão do outro.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
O cônjuge convertido deve demonstrar que
em Cristo ele é uma nova criatura.
CONCLUSÃO
A família é uma instituição divina
inaugurada no Jardim do Éden por Adão e Eva. E é desejo do Criador que os
cônjuges vençam as dificuldades e permaneçam unidos assim como Ele os criou.
Diante disso, o bom testemunho
daquele que serve ao Senhor é uma forma clara e prática de evangelismo no lar.
Tal comportamento demonstra, em ações e palavras, que Cristo o modificou e o
tornou um ser humano melhor, levando o cônjuge à conversão.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios,
Amigos & Amados: Os três pilares do casamento. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Na
criação do mundo, o que Deus falou que não era bom?
R. O
fato de o homem viver só.
2. Segundo
a lição, como podemos entender o texto “o cônjuge que serve ao Senhor santifica
o não crente”?
R. A
Bíblia afirma que o cônjuge que serve ao Senhor santifica o não crente. É muito
importante ressaltar que essa “santidade” específica, a que se refere o
apóstolo, não leva à salvação.
3. Como
deve agir a mulher crente em relação ao lar?
R. Ela
deve agir com sabedoria.
4. Como
deve agir u homem crente em relação ao lar?
R. Deve
agir com sabedoria, procurando os melhores dias e horários para comparecer aos
cultos.
5. O
que o cônjuge convertido tem de demonstrar?
R. O
cônjuge convertido, deve demonstrar que mudou e que Cristo o tornou um ser
humano melhor.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“Casamento
misto onde os parceiros estão satisfeitos (1 Co 7.12-14)
O primeiro exemplo de um casamento
misto é aquele no qual o parceiro descrente está disposto a permanecer com o
outro que havia se tornado cristão. Nesse caso, o cristão era obrigado a
permanecer com o parceiro descrente. Tal diretiva de Paulo deixava claro que o
cristão, não poderia partir ou divorciar-se do outro, baseando-se na recusa do
outro em se tornar cristão. O cristianismo não pode se tornar uma desculpa para
a conduta pagã. Então, se o parceiro descrente está satisfeito, o crente é
obrigado a permanecer casado.
Não há qualquer estigma espiritual
ligado a um novo convertido que permanece com um cônjuge inconverso. Ao
contrário, o parceiro inconverso recebe algum benefício espiritual do cristão.
Com relação às bênçãos espirituais que o descrente compartilha, Paulo escreve:
‘Porque o marido descrente é santificado pela mulher, e a mulher descrente é
santificada pelo marido’ (v.14). Isto não significa que o descrente sofra uma
mudança moral ou espiritual. A expressão ‘é santificado’ ‘não pode significar
santo em Cristo perante Deus, porque este tipo de santidade não pode ser
atribuído a um descrente’. Paulo usa o termo santificado aqui com um
significado cerimonial, e não em um sentido ético espiritual” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol.8, 1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.298).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teológico
“Um
casamento misto onde o descrente não está satisfeito (1 Co 7.15,16)
A situação aqui é oposta do casamento
misto onde os parceiros permanecem juntos por consentimento mútuo. Se o
descrente se recusar a permanecer com o crente, o cristão está livre da
obrigação de sustentar o casamento: ‘Mas, se o descrente se apartar, aparte-se’
(v.15). Desta maneira o crente fica em paz. Sob tais circunstâncias, o cristão
não está destinado a uma vida de perseguição, abuso e agonia, por causa de seu
relacionamento com um parceiro pagão. Mas a separação deve ser iniciada e
completada por outra pessoa. O cristão nem deve estimular a dissensão nem
promover separações. A paz e o amor devem ser sempre as marcas da vida cristã.
Não há qualquer contradição entre a
atitude de Paulo ao permitir o rompimento de um casamento com um descrente
pagão, e o mandamento de Jesus em Mateus 5.32. As palavras do Senhor foram
dirigidas àqueles que professam ser leais e sujeitos a Deus. As palavras de
Paulo são dirigidas àqueles que são casados com descrentes. A diretiva não dá
permissão para que um crente se case com um descrente. Serve apenas para uma
pessoa casada que se torna crente depois de seu casamento. Em tal situação, o cristão
está livre para deixar que o descrente parta, em vez de insistir em continuar
uma união que sobrevive em uma atmosfera de tensões, brigas e medo.
Se o parceiro descrente iniciar a
separação, o cristão não deve se condenar pelo fracasso do cônjuge que partiu,
por não ter se tornado cristão” (Comentário Bíblico Beacon. Vol.8,
1.ed., RJ: CPAD, 2006, p.299).
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PAZ DO SENHOR
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