Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de
2013
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição 2: Advertências contra o adultério
Data: 13 de Outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Bebe a água da tua cisterna e das correntes do teu
poço. [...] Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua
mocidade” (Pv 5.15,18).
VERDADE PRÁTICA
A melhor prevenção contra o adultério
é temer ao Senhor e estreitar os laços do amor conjugal.
HINOS SUGERIDOS
75, 386, 388.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 5.3,4
A ilusão do adultério
Terça - Pv 5.7,8
Prevenção contra o adultério
Quarta - Pv 5.9-12
As consequências do adultério
Quinta - Pv 7.13
A falsa delicadeza da adúltera
Sexta - Pv 5.1; 6.20; 7.1
O conselho previne o adultério
Sábado - Pv 5.15-19
A saudável intimidade do casal
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Provérbios 5.1-6.
1 - Filho meu, atende à minha sabedoria: à
minha razão inclina o teu ouvido;
2 - para que conserves os meus avisos, e os
teus lábios guardem o conhecimento.
3 - Porque os lábios da mulher estranha
destilam favos de mel, e o seu paladar é mais macio do que o azeite;
4 - mas o seu fim é amargoso como o absinto,
agudo como a espada de dois fios.
5 - Os seus pés descem à morte; os seus passos
firmam-se no inferno.
6 - Ela não pondera a vereda da vida; as suas
carreiras são variáveis, e não as conhece.
INTERAÇÃO
O
livro dos Provérbios, talvez, seja o principal dos livros bíblicos a falar
sobre o adultério, os seus caminhos e suas artimanhas destruidoras. O sábio não
economiza palavras e ironias ao denunciar a pessoa que adere essa prática como
um estilo de vida: ela não passa de um jovem displicente (Pv 7). Displicência,
imaturidade e fraqueza são palavras que denotam o perfil do homem que,
inexplicavelmente, deixa a casa da sua esposa a fim de unir-se com uma
estranha. Esta não é a mãe dos seus filhos, a mulher que, juntamente com ele,
conquistou tudo o que tem. Não! A estranha é a mulher que deseja tirar tudo o
quanto ele construiu: a sua família e a sua vida.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Conhecer os conselhos do sábio sobre a
sexualidade humana.
- Identificar as causas da infidelidade conjugal
e suas consequências.
- Previnir-se da infidelidade conjugal.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor, é importante
relembrar as características literárias apresentadas no livro dos Provérbios.
Por isso, para introduzir a aula desta semana sugerimos que você utilize o
quadro de Orientação Pedagógica da lição anterior. Em seguida, utilize o
esquema abaixo (reproduza-o de acordo com as suas possibilidades). A partir
dele, a classe conhecerá o esboço temário de Provérbios. O objetivo é fazer com
que os alunos apreciem o panorama do livro, facilitando assim, a assimilação do
assunto da aula de hoje.
ESBOÇO DO LIVRO DOS PROVÉRBIOS
I. Prólogo: Propósito e Temas de
Provérbios (1.1-7)
II. Treze Discursos à Juventude sobre
a sabedoria (1.8-9.18)
A) Obedece a Teus Pais e Segue Seus
Conselhos (1.8,9)
B) Recuse Todas as Tentações dos
Incrédulos (1.10-19)
C) Submeta-se à Sabedoria e ao Temor
do Senhor (1.20-33)
D) Busque a sabedoria e Seu
Discernimento e Virtude (2.1-22)
E) Características e Benefícios da
Verdadeira Sabedoria (3.1-35)
F) A Sabedoria Como Tesouro da
Família (4.1-13,20-27)
G) A Sabedoria e os Dois Caminhos da
Vida (4.14-19)
H) A Tentação e Loucura da Impureza
Sexual (5.1-14)
I) Exortação à Fidelidade Conjugal
(5.15-23)
J) Evite Ser Fiador, Preguiçoso e
Enganador (6.1-19)
K) A Loucura Inominável da Impureza
Sexual a Qualquer Pretexto (6.20-7.27)
L) O Convite da Sabedoria (8.1-36)
M) Contraste entre a Sabedoria e a
Insensatez (9.1-18)
III. A Compilação Principal dos
Provérbios de Salomão (10.1-22.16)
A) Provérbios Contrastantes sobre o
Justo e o Ímpio (10.1-15.33)
B) Provérbios de Incentivo à Vida de
Retidão (16.1-22.16)
IV. Outros Provérbios dos Sábios
(22.17-24.34)
V. Provérbios de Salomão Registrados
pelos homens de Ezequias (25.1-29.27)
A) Provérbios sobre Vários Tipos de
Pessoas (25.1-26.28)
B) Provérbios sobre Vários Tipos de
Procedimentos (27.1-29.27)
VI. Palavras Finais de Sabedoria
(30.1-31.31)
A) De Agur (30.1-33)
B) De Lemuel (31.1-9)
C) Acerca da Esposa sábia (31.10-31)
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Adultério: Violação, transgressão da
regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato matrimonial.
O advento das mídias eletrônicas, e
de forma mais específica as redes sociais, facilitou muito para a possibilidade
de alguém vir a ter um “caso” extraconjugal. As estatísticas demonstram essa
triste realidade. A cada dia, cresce o número de lares desfeitos e, juntamente
com este fenômeno, as consequências nefastas para a sociedade. E as igrejas?
Estas também têm sofrido o efeito de tais males.
Apesar de a infidelidade conjugal ser
uma prática pecaminosa antiga, é preciso entender que a sexualidade é algo
intrínseco ao ser humano. Logo, o desejo por satisfação sexual acompanha tanto
o homem como a mulher desde sempre. O problema está na forma de expressão do
desejo e em como é satisfeito. Segundo o entendimento mundano, não há regras
para o homem e a mulher viverem a sua sexualidade. No entanto, as Escrituras
demarcam um limite bem preciso: o casamento legitimamente instituído por Deus.
Aqui, encontraremos os conselhos da sabedoria bíblica para orientar-nos contra
as ilusões e as artimanhas do adultério.
I. CONSELHOS SOBRE A SEXUALIDADE HUMANA
1. Uma dádiva divina. Boa
parte dos conselhos de Salomão diz respeito à sexualidade humana. Ele dedicou
quase três capítulos do livro de Provérbios para falar sobre o sexo e seus
desvios (Pv 5.1-23; 6.20-35; 7.1-27). Nesses provérbios, há dezenas de máximas
que nos ensinam muito sobre como estabelecer o parâmetro de um relacionamento
saudável.
Quando ainda discorria sobre os
perigos da infidelidade conjugal, o sábio advertiu: “Porque os caminhos do
homem estão perante os olhos do Senhor, e ele aplana todas as suas carreiras”
(Pv 5.21). Isto é, Deus considera os caminhos do homem e a forma deste conduzir
até mesmo a sua sexualidade, pois se trata de uma criação divina e como tal é
uma dádiva do Criador à humanidade. Se o Senhor “aplana todas as nossas
carreiras”, demonstrando cuidado pelo exercício correto da sexualidade,
concluímos não ser o sexo algo mau ou maligno, mas algo honroso e nobre (Hb
13.4; 1Pe 3.7).
2. Uma predisposição humana. Ao
iniciar a sua coletânea de conselhos sobre como evitar os laços do adultério,
Salomão chama a atenção do seu “filho” para que ouças os seus conselhos e aja
em conformidade com estes (Pv 5.1,2). O texto hebraico de Provérbios, nesse
versículo, apresenta a palavra ben traduzida em nossas Bíblias como “filho”. O mesmo
termo ocorre também nas advertências contra o adultério em Provérbios 6.20 e
7.1. A palavra ben pode se referir tanto a um filho biológico quanto a
um discípulo. Em todos os casos, a admoestação é dirigida a um ser humano que,
como todos nós, está sujeito à tentação! Portanto, a fim de vivermos o gozo da
nossa sexualidade nos parâmetros estabelecidos pelo Criador, que é o casamento,
ouçamos o conselho do sábio. O sexo, portanto, foi criado por Deus para ser
praticado entre um homem e uma mulher, mas somente no casamento. Antes do
casamento e fora do casamento é pecado.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A sexualidade humana é uma dádiva de
Deus ao ser humano. Ela se manifesta na predisposição do indivíduo em vivê-la
no parâmetro do casamento.
II. AS CAUSAS DA INFIDELIDADE
1. Concupiscência. Um
fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a
mulher adúltera em Provérbios: não há referência ao Diabo em suas advertências!
O sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas
responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”. Somos agentes morais livres
e temos a liberdade de escolher entre o bem ou o mal. Desejos bons e ruins são
inerentes ao ser humano. Não os subestimemos! Por isso, o sábio aconselha: “Não
cobices no teu coração a sua formosura, nem te prendas com os seus olhos” (Pv
6.25; cf. Gl 5.16).
2. Carências. Em
Provérbios 5.15-17, o sábio lança mão de algumas metáforas para aconselhar como
deve ser a vida íntima do casal. A frase “bebe a água da tua própria cisterna”
mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge
para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!
Se esse princípio não for observado, um dos cônjuges ficará com a sensação de
que lhe falta alguma coisa! Desgraçadamente, muitos vão saciar-se noutra fonte
(Pv 7.18), daí o desastre em muitas famílias.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A concupiscência e as carências não
supridas na vida do ser humano são algumas das muitas causas da infidelidade
conjugal.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFIDELIDADE
1. Perda da comunhão familiar. Uma
das primeiras consequências da infidelidade conjugal é a desonra da família. O
sábio avisa que o “seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de
dois fios” (Pv 5.4). Esse fim amargo respingará nas famílias envolvidas (Pv
6.33). O sentimento de vingança estará presente na consciência do cônjuge
traído (Pv 6.34). Se pensássemos na mancha que a infidelidade conjugal produz
teríamos mais cuidado quando lidássemos com o sexo oposto. A pergunta
inevitável é: “Deus perdoa quem cometeu tal ato?” Não há dúvida que perdoa. Mas
apesar do perdão divino, as consequências ficam (Pv 5.9-14).
2. Perda da comunhão com Deus. É
trágico quando alguém perde a comunhão familiar por conta de um relacionamento
extraconjugal. Todavia, mais trágico ainda é perder a comunhão com Deus.
Salomão sabia desse fato e por isso advertiu: “Mas não sabem que ali estão os
mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno” (Pv 9.18). A
palavra hebraica usada aqui para inferno é sheol, e esta designa o mundo dos mortos. De fato a
expressão “ali estão os mortos”, no hebraico, significa:espíritos dos mortos
ou região das sombras. O Novo Testamento alerta que os adúlteros ficarão de
fora do Reino de Deus (1Co 6.10). O que tudo isso quer dizer? Que essa é a
consequência de quem cometeu esse pecado, mas não se arrependeu! Por isso, não
flerte com a (o) adúltera (o). Seu caminho pode até parecer prazeroso, mas
inevitavelmente o levará à morte (Pv 9.17,18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Além de perder a comunhão da família, o
cônjuge adúltero quebra a sua comunhão com Deus.
IV. CONSELHOS DE COMO SE PREVENIR CONTRA A INFIDELIDADE
1. Sexo com intimidade. A
intimidade sexual (ou a falta dela) é um dos fatores que influenciam a vida
conjugal. Há casais na igreja que tem relações sexuais com relativa frequência,
mas sem intimidade! Há sexo na relação, mas não há amor nem intimidade! Observe
o conselho de Salomão: “Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher
da tua mocidade, como cerva amorosa e gazela graciosa; saciem-te os seus seios
em todo o tempo; e pelo seu amor sê atraído perpetuamente. E por que, filho
meu, andarias atraído pela estranha e abraçarias o seio da estrangeira?” (Pv
5.18-20).
Há maridos que não demonstram o
mínimo afeto à esposa e o oposto também é verdadeiro. Mas Deus criou o sexo
para ser desfrutado com afeto, amor e intimidade. Do contrário, o
relacionamento sexual não atenderá aos propósitos divinos e nem às expectativas
do cônjuge.
2. Apego à Palavra de Deus e à
disciplina. Como antídoto e forma de prevenção contra a
infidelidade, Salomão aconselha o apego à Palavra de Deus e à disciplina. Para
não cairmos na cilada da infidelidade conjugal, devemos guardar a instrução do
Senhor, guardando-a em nosso coração. A Palavra do Senhor é luz que ilumina a
nossa vida (Pv 6.20-24). O homem e a mulher só estarão livres do perigo da
infidelidade conjugal quando a Palavra estiver impregnada em suas mentes e
corações. Para isto, o crente deve meditar nela dia e noite. Por isso, seja
disciplinado.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Um conselho importante para prevenir-se
contra a infidelidade conjugal é apegar-se a Palavra de Deus, à disciplina e
relacionar-se intimamente com o cônjuge.
CONCLUSÃO
A fidelidade conjugal é o que Deus
idealizou aos seus filhos. Sabemos que a tentação é uma realidade, que vem
acompanhada da natureza adâmica que herdamos, e ambas pressionam-nos a
desprezar o santo ideal da fidelidade. Todavia, o Senhor deixou-nos a sua
Palavra com dezenas de conselhos, a fim de prevenir-nos quanto ao abismo
chamado adultério.
VOCABULÁRIO
Nefasta: Nociva,
danosa, prejudicial.
Coletânea: Conjunto de várias obras ou coisas.
Flerte: Relação amorosa mais ou menos casta, leve e inconsequente, geralmente, destituída de sentimentos profundos.
Coletânea: Conjunto de várias obras ou coisas.
Flerte: Relação amorosa mais ou menos casta, leve e inconsequente, geralmente, destituída de sentimentos profundos.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
CRUZ, E. Sócios,
Amigos & Amados: Os Três Pilares do Casamento. 1 ed., RJaneiro: CPAD, 2005.
MILLER, M. A. Meu Marido Tem Um Segredo: Encontrando a Libertação para o Vício Sexual. 1 ed., RJ, 2010.
PARROT, L. A Batalha Pela Sua Mente: Entendendo a Personalidade Santificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
MILLER, M. A. Meu Marido Tem Um Segredo: Encontrando a Libertação para o Vício Sexual. 1 ed., RJ, 2010.
PARROT, L. A Batalha Pela Sua Mente: Entendendo a Personalidade Santificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. A
quem é dirigida a admoestação contra o adultério no livro de Provérbios?
R. A
admoestação é dirigida a um ser humano que, como todos nós, está sujeito à
tentação.
2. Qual
fato interessante salta aos olhos de quem lê os conselhos de Salomão contra a
mulher adúltera em Provérbios?
R. Que
não há referência ao Diabo em suas advertências contra a mulher adúltera. O
sábio não responsabiliza o anjo caído pelo fracasso moral dos homens, mas
responsabiliza aquele a quem chama de “filho meu”.
3. O
que a frase “bebe a água da tua própria cisterna” mostra?
R. Ela
mostra que o sexo não deve ser praticado apenas como um dever de um cônjuge
para com o outro (1Co 7.3), mas como algo prazeroso, assim como o é beber água!
4. Qual
é uma das primeiras consequências da infidelidade conjugal?
R. A
desonra da família.
5. Com
suas próprias palavras, liste outras consequências igualmente destruidoras para
a família vítima da infidelidade conjugal.
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Sexo
promove comunhão
A Bíblia afirma que ser dois é melhor
do que ser um, e que onde estiverem dois ou três reunidos, Deus ali estaria (Ec
4.9-12; Mt 18.20). E em 1 Pedro lemos que quando um casal precisa coabitar
(verbo que significa relacionar-se sexualmente) com entendimento para que as
suas orações sejam respondidas. Ora, isto significa que sexo tem a ver com vida
espiritual, e que o casal, sendo dois, têm a possibilidade de serem mais fortes
quando unidos, além da promessa da presença de Deus com eles no cotidiano da
vida e na oração conjunta.
Não tenho medo de afirmar que muitos
casais estão com problemas pessoais, financeiros, profissionais, de saúde, e
até ministeriais, porque não estão se entendendo na vida sexual. Por mais que
orem suas orações estão impedidas [...]. Outros há que até se acertam na cama,
mas vivem às turras e perdem a bênção de Deus pois se magoam mutuamente. Sem
falar em casais que não oram juntos, que não fazem cultos domésticos, e que não
dividem o sacerdócio do lar. Estes perdem a chance de serem dois, e de
vivenciarem uma vida conjugal, profissional, financeira, familiar, ministerial
e sexual prazerosa e sadia” (CRUZ, E.Sócios, Amigos & Amados: Os Três Pilares do Casamento. 1 ed., RJ: CPAD, 2005, p.241).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“FUGIRÁS
DA TENTAÇÃO — ON LINE E DE OUTRAS FORMAS
CORRA DA TENTAÇÃO
O Antigo Testamento não é o único que
trata do assunto ‘fugir da tentação sexual’. Em sua primeira carta aos
coríntios, Paulo chama nossos corpos de templos do Espírito Santo. Qualquer
outro pecado, ele diz, cometemos contra Deus, mas a imoralidade sexual é um
pecado tanto contra Deus quanto contra nossos próprios corpos. O povo de
Corinto conhecia bem a imoralidade sexual; muitos juntavam-se a ela em vez de
fugir dela. Mas Paulo os instruiu a fugir (1Co 16.18).
O apóstolo repetiu essa ordem ao
jovem pastor chamado Timóteo. Como a maioria dos jovens, Timóteo lutava com os
desejos. Então Paulo instruiu a seu jovem amigo a ‘fugir das paixões da
mocidade’ (2Tm 2.22). Essa instrução reporta-se não apenas a maridos e esposas,
mas também àqueles que estão para se casar. A Bíblia ensina que nossos corpos
são presentes reservados para nossos futuros cônjuges. Que presente de
casamento maravilhoso para se trazer ao seu próprio casamento!
A Bíblia, tanto no Antigo quanto no
Novo Testamento, nunca nos encoraja a tentar enfrentar a tentação sexual. Mas
insiste em que saiamos completamente do caminho dela.
TRATE A TENTAÇÃO SEXUAL COMO UMA
DOENÇA MORTAL
Imagine que você tenha ouvido a
respeito de um surto de uma doença mortal em uma área remota. Apenas
profissionais médicos treinados ousaram viajar até a área onde houve o surto, e
você ficou sabendo que se contrair a doença provavelmente morrerá. Você também
sabe que apenas aqueles que viajam para o local da epidemia estão vulneráveis à
doença.
Seria um ato de bravura ou de plena
estupidez viajar até a área afetada apenas para provar quão ‘resistente’ à
bactéria mortal você é? Nenhuma pessoa em sã consciência se poria em tamanho
perigo sem uma boa razão. Mas é exatamente isso que muitos cristãos fazem em
relação à tentação sexual. Antes e depois do casamento, dedicam-se a ela,
flertam com ela e entretêm-se com ela — acreditando que no último instante
serão capazes de pisar nos freios e evitar a colisão.
Isso não funciona desse jeito. Deus
nos conhece. Ele nos criou, então sabe o quanto a tentação sexual pode arrastar
seus filhos. É por isso que Ele nos instrui a fugir. Se tratássemos a tentação
sexual como uma doença mortal e altamente contagiosa, entenderíamos melhor e
obedeceríamos à admoestação da Bíblia a fugir” (YOUNG, E. Os Dez Mandamentos do Casamento.1 ed., RJ: CPAD, pp.123-24)
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Advertência contra o adultério
Em Provérbios, encontramos uma série
de exortações quanto à infidelidade conjugal (Pv 5.7-15). A infidelidade é tida
como falta de sabedoria (Pv 6.32). Sabemos que o temor ao Senhor é o princípio
da sabedoria. Quando se perde a reverência a Deus, a insensatez toma conta do
coração do homem.
Atualmente, muitos veem a
infidelidade conjugal como uma prática normal, porém os princípios de Deus são
eternos e imutáveis. Na Bíblia, o adultério é, e continuará sendo, pecado.
Encontramos tanto no Antigo quanto no Novo Testamentos sérias advertências
contra a infidelidade conjugal (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19).
Como servos de Deus, precisamos estar
atentos, pois “os lábios da mulher estranha destilam favos de mel”. A
princípio, a infidelidade pode parecer doce e prazerosa, mas o seu fim é
amargoso como o absinto (Pv 5.4). Com a infidelidade, vem a disfunção familiar.
Ela é perigosa, é destrutiva para toda família, para a Igreja do Senhor e para
a sociedade de um modo geral.
Uma vida conjugal feliz
O capítulo 5 de Provérbios tem início
com uma série de conselhos contra o sexo ilícito. A partir do versículo 15, o
autor inicia uma seção para falar a respeito do relacionamento íntimo entre
marido e mulher. “Bebe a água da sua cisterna” (Pv 5.15). Água é símbolo de vida.
O ser humano não pode viver sem ela. Assim também é o relacionamento sexual no
casamento. Ele é importante e traz vida aos cônjuges. Um casamento não pode
subsistir sem ele. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito
bom” (Gn 1.31). Tudo que o Pai criou é bom e isso inclui a sexualidade. E
importante ressaltar que o sexo nunca foi, em si mesmo, pecaminoso. Deus o
estabeleceu para ser desfrutado no casamento antes que o pecado entrasse no
mundo (Gn 2.21-25).
Ao nascer, fomos dotados de instintos
(tendência natural) específicos sem os quais nossa sobrevivência seria
impossível. O impulso sexual caracteriza o instinto de preservação da espécie.
Depois da Queda, no Jardim do Éden, o homem pecador passou a deturpar esse
impulso divino, gerando as muitas aberrações que sabemos existir hoje, mas isso
não invalida a intenção de Deus de abençoar o homem e perpetuar a espécie
através da relação sexual sadia. Provérbio 5.18 diz: “Bendito o teu manancial,
e alegra-te com a mulher da tua mocidade”. A vida sexual saudável dentro do
casamento tem a bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao homem (Hb
13.4).
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PAZ DO SENHOR
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