Lições Bíblicas CPAD 2º Trimestre de 2008
Título: As Disciplinas da
Vida Cristã - Trabalhando em busca de perfeição
Comentarista: Claudionor de Andrade
Lição 11: Oração e jejum pela
Pátria
Data: 15 de
Junho de 2008
TEXTO ÁUREO
“Honrai a todos. Amai a fraternidade.
Temei a Deus. Honrai o rei.” (1 Pe 2.17).
VERDADE PRÁTICA
Temos
por obrigação, enquanto membros de uma sociedade politicamente organizada, orar
pelas autoridades constituídas, a fim de que estas promovam o bem comum e ajam
com eqüidade e justiça.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Sl 33.12
A verdadeira
felicidade de uma nação
Terça - 1 Tm 2.1-3
Orar pela pátria -
obrigação de todos nós
Quarta - Rm 13.1
Nossa postura como
cidadãos da terra
Quinta - At 4.19
O limite de nossa
obediência às autoridades
Sexta - Mt 5.13,14
O crente como sal
da terra e luz do mundo
Sábado - Jn 3.3-5
Nosso brado
profético às nações
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 2.1-8.
1 - Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se
façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens,
2 - pelos reis e por todos os que estão em
eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e
honestidade.
3 - Porque isto é bom e agradável diante de
Deus, nosso Salvador,
4 - que quer que todos os homens se salvem e
venham ao conhecimento da verdade.
5 - Porque há um só Deus e um só mediador
entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,
6 - o qual se deu a si mesmo em preço de
redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.
7 - Para o que (digo a verdade em Cristo, não
minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na
verdade.
8 - Quero, pois, que os homens orem em todo o
lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda.
INTERAÇÃO
Até que ponto deve o cristão
envolver-se nas questões políticas e sociais de seu país? Pode ele fazer alguma
coisa no sentido de mudar o curso da história de sua nação? O que pode então
fazer para que sua pátria seja sacudida por um portentoso avivamento espiritual?
Questione seus alunos logo no início da aula. Desafie-os com a responsabilidade
de intercederem pelo Brasil diante de uma sociedade cada vez mais descrente.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Descrever as raízes de nossa história.
·
Retomar à sua missão profética no
mundo.
·
Interceder pela pátria.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Deus
instituiu os governos para garantir a ordem e a justiça social, por isso deve o
crente submeter-se a eles. Todavia, se tais governos deixarem de exercer sua
devida função, e passarem a agir no sentido contrário à Palavra de Deus, o
cristão deverá obedecer a Deus e não mais aos homens. Com base no ponto II da
lição, “A postura do crente como cidadão dos céus”, e na afirmativa acima,
promova um debate na classe sobre até que ponto devem os cristãos obedecer a
seus governantes. Para incrementar a discussão compare os seguintes textos: 1
Pe 2.13-17 e Rm 13.1 com At 4.1-19.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Intercessão: Oração sincera e misericordiosa
dirigida a Deus a favor de outrem.
O
Brasil está enfermo. Mas a Igreja de Cristo tem o remédio para arrancá-lo desta
morbidez que, desde o seu achamento, vem enfraquecendo-lhe as fibras morais.
Como podemos mudar a nossa história? Através da oração e do jejum. Orando e
jejuando, desencadearemos um avivamento que, à semelhança da reforma de Josias,
leve-nos a firmar-nos como a força regeneradora da nação.
I. RAÍZES DE NOSSA HISTÓRIA
Em
seu livro Bandeirantes
e Pioneiros, o escritor brasileiro Vianna Moog
estabelece um paralelo entre a civilização brasileira e a norte-americana. Se a
primeira nasceu sob o signo de uma religiosidade supersticiosa, a segunda veio
à luz sob o esplendor da Bíblia Sagrada (Sl 144.15). Entretanto, não podemos
esquecer-nos dos benefícios que nos prestaram a grande e valorosa nação
portuguesa: a língua, a disposição desbravadora e o censo de unidade nacional,
que levou um país continental, como o nosso, a manter-se unido.
No
momento certo, usaria Deus toda essa herança cultural, a fim de espraiar o
evangelho pleno de Nosso Senhor, tornando o Brasil na maior nação pentecostal
do mundo. No entanto, faz-se necessário tenhamos nós uma postura bem definida
como servos de Deus. Doutra forma: como nos ergueremos como a pátria do
Evangelho?
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A
colonização do Brasil foi sob o signo de uma religiosidade supersticiosa,
enquanto a dos Estados Unidos, sob o esplendor da Bíblia Sagrada.
II. A POSTURA DO CRENTE COMO CIDADÃO
DOS CÉUS
Como
discípulos de Cristo, é-nos exigida uma postura que manifeste o Reino de Deus
em todas as instâncias de nosso viver numa sociedade politicamente organizada.
Por conseguinte, fujamos tanto do ativismo político como do conformismo
escatológico.
1. Ativismo político. O
ativismo é uma postura que apregoa a utilização de medidas extremas, visando
mudar a ordem estabelecida. Tal comportamento é condenado pela Bíblia Sagrada
que, energicamente, demanda a que obedeçamos às autoridades (Rm 13.1-6). No
entanto, desobrigamo-nos desse compromisso se as autoridades, extrapolando suas
competências legais, coagem-nos a negar a fé em Cristo (At 4.19). Leia as
seguintes passagens: Daniel 3.12-18; 6.10-16.
2. Conformismo escatológico. É
a atitude inerte e alienada que muitos crentes, interpretando erroneamente
certas passagens da Bíblia, utilizam-se para alegar: “Nada podemos fazer para
melhorar a nação porquanto estamos no final dos tempos. E se Cristo está às
portas, por que nos preocuparmos com o que ocorre ao nosso redor?” Entretanto,
o patriarca Noé proclamou a justiça de Deus, mesmo sabendo que toda a sua
geração estava condenada a perecer no dilúvio (2 Pe 2.5). Sal da terra e luz do
mundo, é a nossa missão impedir que a sociedade degenere-se irremediavelmente
(Mt 5.13,14). Que o Senhor breve virá, não há dúvida; as profecias se cumprem e
os sinais tornam-se cada vez mais visíveis. Todavia, enquanto Ele não vem,
anunciemos a sua Palavra.
3. A missão profética da Igreja. Ora,
se a Igreja de Cristo não deve envolver-se com o ativismo político nem cair no
comodismo escatológico, como agiremos? É mister que nos lembremos ser a nossa
missão atuar de forma profética, a fim de conscientizar este mundo não apenas
do poder do Evangelho, mas também da justiça de Deus. Os profetas do Antigo
Testamento madrugavam para anunciar o juízo de Deus (Jr 7.13; 11.7). E o brado
de Jonas contra Nínive? (Jn 3.4,5). João Batista condenou a iniqüidade social
da nação, buscando conduzi-la nos caminhos de Deus (Lc 3.10-14). Atuar
profeticamente significa pregar a Palavra de Deus em toda a sua plenitude na
unção do Espírito Santo.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
cristão além de assumir uma postura profética neste mundo, deve evitar o
ativismo político e o conformismo escatológico.
III. MOTIVOS DE INTERCESSÃO PELA
PÁTRIA
Atentemos
aos motivos que nos reclamam, urgentemente, as orações.
1. Valorização da vida. Oremos
fervorosamente, para que nossos legisladores respeitem a vida, não aprovando
medidas em prol do aborto, da eutanásia e de pesquisas que violem os princípios
básicos da existência humana (Êx 20.13; Sl 139.13-16).
2. Preservação dos valores cristãos. Tendo
a Bíblia como a nossa única regra de fé e prática, somos contra as tentativas
dos legisladores que, desprezando a fé cristã, buscam aprovar leis em favor da
união civil entre pessoas do mesmo sexo. Não odiamos aos homossexuais; não
podemos, todavia, aprovar a sua prática que é radicalmente contrária a Palavra
de Deus (Lv 18.22; 1 Co 6.10; 1 Tm 1.10).
3. Conservação das liberdades
democráticas. Se o Brasil vem progredindo, devemo-lo
primeiramente a Deus e aos que Ele colocou em seu comando. Até este momento,
têm os nossos governantes preservado nossas conquistas democráticas. Oremos,
portanto, afim de que o nosso presidente tenha a necessária força moral para
reprimir a corrupção, promover o bem comum e manter as liberdades individuais e
civis.
4. Vinda de um grande avivamento. Damos
graças a Deus pelo Avivamento Pentecostal que, trazido no início do século
passado ao Brasil, mudou radicalmente a nossa história. Mas ainda não estamos
satisfeitos; há muitas áreas a serem alcançadas; a tarefa, inacabada (Hc 3.2).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
São
motivos que reclamam a oração do crente: a valorização da vida, a preservação
dos valores cristãos, a conservação das liberdades democráticas e a vinda de um
avivamento.
CONCLUSÃO
Orar
e jejuar pela nação. Esta é uma das mais nobres disciplinas da vida cristã. Ao
invés de criticarmos as autoridades, intercedamos por estas, a fim de que
cumpram o seu mandato na promoção do bem comum. Tem você orado pelo Brasil? Se
não intercedermos por nossa gente, como nos haveremos no último dia?
VOCABULÁRIO
Alienado: Indiferente;
distante; alheio.
Inerte: Sem atividade ou ação.
Mister: Necessário; urgente.
Inerte: Sem atividade ou ação.
Mister: Necessário; urgente.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GEORGE, J. Orações notáveis da Bíblia. RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Explique,
conforme o autor, a diferença entre a colonização do Brasil e dos Estados
Unidos.
R. O
Brasil nasceu sob o signo de uma religiosidade supersticiosa, enquanto os
Estados Unidos, sob o esplendor da Bíblia Sagrada.
2. Cite
duas posturas que devem ser evitadas pelos cristãos.
R. Ativismo
político; conformismo escatológico.
3. Qual
deve ser a verdadeira atitude da Igreja de Cristo?
R. Uma
atitude profética e firmemente comprometida com o Reino de Deus.
4. Descreva
dois motivos pelos quais devemos interceder pelo nosso país.
R. Valorização
da vida e preservação dos valores dos cristãos.
5. Leia
Habacuque 3.2 e transcreva abaixo o que o texto tem a ver com a realidade
brasileira.
R. (Livre).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
“Combinando oração com jejum
O
exercício espiritual de jejuar e orar longamente, em face de uma necessidade
urgente, não pode ser encarado como um artifício para se obter a atenção de
Deus ou sua aprovação àquilo que desejamos. Apesar de o jejum ter consigo mesmo
uma recompensa toda peculiar, tal recompensa diz respeito mais àquele que jejua
do que ao objetivo final da oração. A prática da oração associada ao jejum deve
resultar numa percepção espiritual mais aguçada e num aumento de fé. A oração e
o jejum podem trazer valiosas contribuições à vida do crente ou de toda a
congregação, embora nunca se deva permitir que sua prática degenere numa
formalidade vazia ou numa tentativa de manipular Deus [...]”.
(BRANDT, R. L.;
BICKET, Z. J. Teologia
bíblica da oração. 3.ed., RJ: CPAD,
2003, pp.275-6.)
APLICAÇÃO PESSOAL
De que modo deve o crente portar-se
diante da sociedade? Deve isolar-se das pessoas a fim de manter-se afastado das
más influências do mundo, ou aproximar-se com a intenção de transformar
positivamente o mundo com o poder do evangelho de Cristo? A Bíblia diz que nós
somos o “sal da terra”. Com a qualidade do sal devemos dar sabor, purificar e
conservar este mundo que, sem Deus, caminha a passos largos para a destruição.
Sabemos que o sal só exerce a função de salgar quando está em contato com
aquilo que deve salgar. Portanto, não é necessário ao crente enclausurar-se,
distanciando-se de sua comunidade e do convívio social.
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PAZ DO SENHOR
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