Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de
2013
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de
poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
Lição 3: A longa seca sobre Israel
Data: 20 de Janeiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2
Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA
A longa seca sobre Israel teve como
objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.
HINOS SUGERIDOS
236, 360, 523.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 18.21
O que motivou a estiagem
Terça - 1 Rs 18.2
As consequências da estiagem
Quarta - 1 Rs 18.39
As lições deixadas pela estiagem
Quinta - 1 Rs 17.4; 18.13
As provisões de Deus durante a estiagem
Sexta - 1 Rs 17.1; 18.1
O lugar da profecia na estiagem
Sábado - Tg 5.17,18
A soberania de Deus na estiagem
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Reis 18.1-8.
1 - E sucedeu que, depois de muitos dias, a
palavra do SENHOR veio a Elias no terceiro ano, dizendo: Vai e mostra-te a
Acabe, porque darei chuva sobre a terra.
2 - E foi Elias mostrar-se a Acabe; e a fome
era extrema em Samaria.
3 - E Acabe chamou a Obadias, o mordomo.
(Obadias temia muito ao SENHOR,
4 - porque sucedeu que, destruindo Jezabel os
profetas do SENHOR, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os
escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água).
5 - E disse Acabe a Obadias: Vai pela terra a
todas as fontes de água e a todos os rios; pode ser que achemos erva, para que
em vida conservemos os cavalos e mulas e não estejamos privados dos animais.
6 - E repartiram entre si a terra, para
passarem por ela; Acabe foi à parte por um caminho, e Obadias também foi à
parte por outro caminho.
7 - Estando, pois, Obadias já em caminho, eis
que Elias o encontrou; e, conhecendo-o ele, prostrou-se sobre o seu rosto e
disse: És tu o meu senhor Elias?
8 - E disse-lhe ele: Eu sou; vai e dize a teu
senhor: Eis que aqui está Elias.
INTERAÇÃO
“Faze-nos
regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do Sul [como as
torrentes no Neguebe — ARA]”. Esta é uma porção do Salmo 126. O povo de Israel
está alegre por ter sido liberto do cativeiro através do decreto do rei Ciro.
Então, eles se lembraram de Jerusalém. Muros caídos e Templo em escombros, por
isso clamaram: “Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR”. A imagem
que eles tinham era a da região do Neguebe que todo o ano ficava em sequidão.
Mas pelo menos uma vez por ano havia chuvas torrenciais e a região enchia-se de
águas. Logo após, o rio no Neguebe baixava e começavam brotar flores. O deserto
tornava-se pastos verdejantes. Então, o povo pede em canção: Restaura-nos “como
as torrentes no Neguebe” (ARA). Professor, Deus pode mudar a nossa sorte e
transformar o nosso “deserto” em jardim florido.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Explicar o porquê da longa estiagem.
- Relatar as consequências e lições deixadas pela
seca.
- Conscientizar-se de que Deus é soberano.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Prezado professor, para iniciar a
lição de hoje é importante conceituar o fenômeno da estiagem ou seca. Reproduza
na lousa o seguinte esquema: (1) conceito; (2) diferença: (1) Explique que a
seca ou estiagem é um fenômeno do clima, causado pela insuficiência de chuva
por um período bem longo. No entanto (2) há uma diferença entre seca e
estiagem. Estiagem é um fenômeno climático que ocorre num intervalo de tempo,
já a seca é permanente.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Seca: Tempo seco; falta ou
cessação de chuva.
A longa seca predita pelo profeta
Elias e que teve seu fiel cumprimento nos dias do rei Acabe (1 Rs 17.1,2;
18.1,2) é citada em o Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias [...] orando,
pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a
terra” (Tg 5.17). A seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível.
Todavia, no contexto do reinado de Acabe ela ocorreu não somente como algo
previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente
meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele
revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os
fenômenos naturais.
I. O PORQUÊ DA SECA
1. Disciplinar a nação. O
culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração
verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os
profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus
de Israel: “Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis
entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o” (1 Rs
18.21). De fato a palavra hebraica as’iph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido deambivalência ou opinião dividida.
A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido
somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
2. Revelar a divindade verdadeira. Quando
Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e
uma vontade obstinada de fazer de seus deuses o principal objeto de adoração
entre os hebreus. De fato observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela
adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A
consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o
deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os
fenômenos naturais. A longa seca sobre o reino do Norte criou as condições
necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que tal
divindade não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 18.1,2,21,39).
Deus não precisa provar nada para ser
Deus, mas os homens costumam responder favoravelmente quando suas razões são
convencidas pelas evidências.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Havia dois motivos majoritários para o
porquê da seca: disciplinar a nação e revelar o Deus verdadeiro.
II. OS EFEITOS DA SECA
1. Escassez e fome. A
Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já
havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a
fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem
Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1
Reis 18.5 revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo
abatidos. O desespero era geral. A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2
diz que a estiagem foi violenta e severa.
A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!
2. Endurecimento ou arrependimento. É
interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes
sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o
rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo
divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta
Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste a
ação divina acaba por ficar endurecido!
Por outro lado, o povo que não havia
dado nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21),
respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o
povo, caiu sobre os seus rostos e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é
Deus!” (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: “[...] se ouvirdes hoje a sua
voz, não endureçais o vosso coração” (Hb 3.7,8).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Numa esfera material a seca provocou
escassez e fome. Mas, do ponto de vista espiritual, arrependimento para o povo
e endurecimento para os nobres.
III. A PROVISÃO DIVINA NA SECA
1. Provisão pessoal. Há
sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora
houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma
especial que nada veio lhe faltar (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o
seu servo é de grande relevância. Primeiramente, Ele o afasta do local onde o
julgamento seria executado: “Vai-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer
que o seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo
lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto ao ribeiro de
Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo; era uma ocasião de
juízo. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor
providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma
iguaria, mas era uma provisão divina!
2. Provisão coletiva. Ficamos
sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor
também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente
encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo
livramento e suprimento para os seus servos: “Obadias tomou cem profetas, e de
cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água”
(1 Rs 18.4). Em segundo lugar, o próprio Senhor falou a Elias que Ele ainda
contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de
Baal: “Eu fiz ficar em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus cuida de seus servos
e sempre lhes prove o pão diário.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus mandou provisão para os profetas em
duas perspectivas: pessoal, ao profeta Elias e coletiva, aos cem outros profetas.
IV. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA
1. A majestade divina. Há
lguns fatos que devemos atentar sobre a ação do Deus de Elias, conforme
registrado nos versículos do capítulo 17 do primeiro livro dos Reis. Antes de
mais nada, a sua onipotência. Ele demonstra controle sobre os fenômenos
naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostra a sua onipresença durante
esses fatos. Elias, ao se referir ao Senhor, reconheceu-o como um Deus sempre
presente: “Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1).
Em terceiro lugar, Ele é onisciente, pois sabe todas as coisas, quer passadas,
quer presentes, ou futuras. O profeta disse que não haveria nem orvalho nem
chuva, e não houve mesmo! (1 Rs 17.1).
2. O pecado tem o seu custo. Quando
o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde
ao monarca e o censura por seus pecados: “Eu não tenho perturbado a Israel, mas
tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes
os baalins” (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que
estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser
atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A estiagem em Israel deixou duas grandes
lições: a primeira é que Deus é majestoso e soberano. A segunda, de igual forma
é bem clara: que o pecado cobra a sua conta.
CONCLUSÃO
A longa seca sobre o reino do Norte
agiu como um instrumento de juízo e disciplina. Embora o coração do rei não
tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor
foram alcançados. O povo voltou para Deus e o perigo de uma apostasia total foi
afastado.
A fome revelou como é vão adorar os
deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele
age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez
violenta a graça de Deus revela-se de forma maravilhosa.
VOCABULÁRIO
Climático: Relativo
a clima; condições meteorológicas (temperatura, pressão eventos) característica
do estado médio da atmosfera num ponto da superfície terrestre.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante.
Topografia: Descrição minuciosa de uma localidade.
Torrencial: Em grande quantidade, abundante.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
AHARONI, Y.; AVI-YONAH, A. F. (et al) Atlas Bíblico. 1
ed., RJ: CPAD, 1999.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. De
acordo com a lição, como a seca contribuiu para a execução do plano de Deus?
R. Disciplinando
a nação e revelando quem era a divindade verdadeira.
2. Cite
duas consequências imediatas advindas com a seca.
R. Fome
e escassez.
3. De
que forma a provisão divina se manifestou durante a estiagem?
R. Trazendo
provisão pessoal, isto é, ao profeta Elias e também de forma coletiva aos cem
profetas escondidos por Obadias.
4. O
que o profeta afirma relativo a tudo o que ocorrera em Israel?
R. Que
tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado.
5. Quais
lições se podem aprender através da seca em Israel?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
“Regiões
geográficas da Palestina
O terreno da Terra Santa é bastante
variado, principalmente devido aos fortes contrastes climáticos de região para
região. A principal característica do relevo da Terra Santa e da Síria é a
grande fenda que se estende desde o norte da Síria, atravessando o vale do
Líbano, o vale do Jordão, o Arabá e o golfo de Elate, até a costa sudeste da
África. Esta fissura divide a Palestina em ocidental — Cisjordânia — e a
oriental — a Transjordânia. Há enormes diferenças de altitude em curtas
distâncias. A distância entre o Hebrom e as montanhas de Moabe, em linha reta,
não passa de 58 quilômetros, embora ao atravessá-la seja necessária uma descida
de mais de 915 metros, Esses contrastes formam o árido Arabá, na extremidade do
deserto da Judeia, com suas escarpas irregulares, e, do lado oposto, os
planaltos férteis e irrigados da Transjordânia. Essas variações de terreno e
clima deram lugar a padrões extremamente diversos de povoados na Palestina, que
resultaram em divisões políticas correspondentes na maioria dos períodos.
Em várias ocasiões, as regiões mais
distintas da Terra Santa são claramente definidas e listadas na Bíblia segundo
a topografia e o clima (Dt 1.7; Js 10.40; 11.16; Jz 1.9 etc.)” (AHARONI, Y.;
AVI-YONAH, A. F. (et al) Atlas Bíblico. 1
ed., RJ: CPAD, 1999, p.14).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Histórico
“Acabe
de Israel
O ímpeto de Josafá de envolver-se em
tantas confusões procedia da influência do reino do Norte, começando com Acabe.
Depois de suceder Onri em 874, Acabe governou os próximos vinte anos com
prosperidade e influência internacional — graças à severa política de seu pai —
mas este período também caracterizou-se pela decadência moral e espiritual.
Como não bastasse a apostasia entre o povo para com Yahweh, Acabe casou-se com
Jezabel, filha do rei Etbaal, de Sidom, a qual inseriu seu deus Baal e a
adoração a Aserá em Samaria. Pela primeira vez o culto a Yahweh foi
oficialmente substituído pelo paganismo, não havendo sequer permissão para que
ambos coexistissem na mesma região.
O ministério de Elias
Ao invés de riscar seu povo da terra,
o Senhor levantou um dos mais fascinantes e misteriosos personagens bíblicos —
Elias, o profeta — para confrontar-se com os habitantes de Israel, pregando
contra seus pecados e anunciando o julgamento divino. Um dia Elias apareceu
subitamente diante de Acabe, e profetizou que Israel passaria por alguns anos
de seca, em consequência do afastamento de Yahweh e da associação com Baal (1
Rs 17.1). Três anos mais tarde (1 Rs 18.1), Elias reapareceu e confrontou-se
com os profetas de Baal e Aserá no monte Carmelo, que era o mais famoso centro
religioso de adoração a Baal. O resultado do conflito foi um total descrédito
dos profetas pagãos e seus deuses. Após todos eles serem mortos, Elias anunciou
a Acabe o fim próximo da seca. Baal, o suposto deus do trovão, do raio e da
fertilidade, teve de retirar-se em total humilhação diante de Yahweh, o único e
verdadeiro Deus, que provou ser a única fonte de vida e bênçãos.
As invasões de Ben-Hadade
A razão para Ben-Hadade atacar
Samaria não está declarada, mas pode-se deduzir que este rei não se agradava da
amizade crescente entre Israel e Sidom, cuja evidência achava-se na união
matrimonial entre Acabe e Jezabel. Ben-Hadade certamente viu a aliança entre as
duas nações como um obstáculo ao seu livre acesso ao mar e às principais rotas
comerciais da costa. Além disso, caso a cronologia aqui defendida esteja
correta, Salmaneser III da Assíria já estaria, por esse tempo, em seu programa
de expansão internacional para o oeste, atingindo a Aram e a Palestina,
forçando consequentemente o rei Ben-Hadade a colocar-se em posição defensiva. O
historiador bíblico indica que Ben-Hadade estava acompanhado de outros trinta e
dois reis, um indício de que ele também havia feito outras alianças para tratar
com a futura ameaça da Assíria. Pode ser, é claro, que ele tenha pedido ajuda,
cujo recuo fez Ben-Hadade tentar a coalização à força” (MERRIL. E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as
nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.366-68).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
A longa seca em Israel
Após a profecia de Elias sobre a seca
que se abateria em Israel, o profeta sai de cena, indo primeiramente para
Querite, e depois para Sarepta, em Sidom, terra de Jezabel. Enquanto Elias
passava por um momento prolongado de retiro com Deus, tendo sua vida preservada,
o povo de Israel começava a experimentar a estiagem que traria um período de
fome e desespero.
A importância do evento profético. A
meteorologia moderna pode prever mudanças climáticas com base em estudos
apoiados pela crescente tecnologia. É possível ter uma previsão do tempo com
até duas semanas de antecedência com base em cálculos e estimativas
matemáticas, mas serão apenas previsões. Meteorologistas não podem controlar o
tempo, e portanto, podem errar em suas previsões. Fazer um prognóstico que
abranja três anos de exatidão relacionados a extremos como períodos de chuvas e
de secas é arriscado. Mas foi o que Elias fez, e Deus se encarregou de fazer
cumprir o que predissera o profeta, trazendo uma seca sem precedentes para
Israel. Essa foi a mostra de que Deus estava com Elias.
Motivos da estiagem. Não
há dúvidas de que a idolatria generalizada em Israel foi uma forma de Deus
julgar o povo do Norte e seu rei. Ambos tinham voltado as costas para Deus e
deixaram de seguir ao Senhor, dando crédito da prosperidade que tinham a Baal,
um “deus”, como criam, responsável pela fertilidade e pela chuva.
Outro motivo para a seca era o
desafio de Deus contra as divindades sidônias Baal e Astarote. Essas
“divindades” já eram conhecidas dos israelitas, mas foram importadas e
oficializadas por Jezabel, esposa de Acabe. Para os habitantes do Reino de
Israel, que haviam se esquecido do Senhor, essas divindades “davam” a chuva e a
colheita no tempo devido. Agora Deus mostraria seu poder retendo a chuva e
permitindo que a fome fizesse os israelitas pensarem melhor na pessoa a quem
sua fé era direcionada.
Um terceiro motivo para a seca foi
preparar o cenário geral para que Elias realizasse milagres que trariam a
glória de Deus a Israel e desmascarariam os deuses estranhos. Deus conduziu
Elias para Querite, onde havia um ribeiro, que secou-se depois de um tempo
também por causa da seca. Não raro, precisamos estar preparados para ser
provados por Deus naquilo que nós mesmos falamos. A seguir, Elias multiplicou o
alimento de uma viúva pobre e depois ressuscitou o filho dela. E finalmente,
por ordem divina, retornou a Israel e fez descer fogo do céu com sua oração.
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PAZ DO SENHOR
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