Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de 2008
Título: Jesus Cristo -
Verdadeiro homem, verdadeiro Deus
Comentarista: Esequias Soares
Lição 12: A ressurreição de
Jesus
Data: 23 de
Março de 2008
TEXTO ÁUREO
“Aos quais também, depois de ter
padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por
eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de Deus” (At
1.3).
VERDADE PRÁTICA
A
ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo é a principal doutrina do Novo
Testamento. Sem ela o Cristianismo seria impossível.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - At 2.25-32
A ressurreição de
Jesus no Antigo Testamento
Terça - Os 6.1,2
A dupla aplicação
do terceiro dia
Quarta - Mt 16.21
Jesus anuncia a sua
ressurreição
Quinta - Jo 11.25
Jesus é a
ressurreição e a vida
Sexta - At 3.6,13-16
A prova pública da
ressurreição de Jesus
Sábado - 1 Co 15.17-20
A ressurreição de
Cristo é a base da fé cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 15.1-9.
1 - Também vos notifico, irmãos, o evangelho
que já vos tenho anunciado, o qual também recebestes e no qual também
permaneceis;
2 - pelo qual também sois salvos, se o
retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.
3 - Porque primeiramente vos entreguei o que
também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
4 - e que foi sepultado, e que ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras,
5 - e que foi visto por Cefas e depois pelos
doze.
6 - Depois, foi visto, uma vez, por mais de
quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem
também.
7 - Depois, foi visto por Tiago, depois, por
todos os apóstolos
8 - e, por derradeiro de todos, me apareceu
também a mim, como a um abortivo.
9 - Porque eu sou o menor dos apóstolos, que
não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.
INTERAÇÃO
Caro professor, muitos ainda hoje têm
negado a realidade objetiva da ressurreição de Cristo. Quem nega a ressurreição
corpórea de Cristo, contraria totalmente a fé cristã. Porque se Cristo não
ressuscitasse, não haveria perdão, nem livramento do pecado. A humanidade
estaria irremediavelmente perdida.
Faça uma exposição do v.12, capítulo
15 de 1 Coríntios. Escreva-o no quadro e promova um pequeno debate antes de
iniciar a lição propriamente.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Explicar o significado da
ressurreição de Cristo.
·
Descrever as evidências da
ressurreição de Cristo.
·
Apontar a ressurreição como a
principal doutrina do Novo Testamento.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Ressuscitar
significa despertar, levantar dentre os mortos. Converse com seus alunos sobre
a imprescindibilidade dessa doutrina. Enfatize que Cristo foi feito as
primícias dos que dormem, e os que morrerem nEle, em sua vinda ressuscitarão à
semelhança de sua ressurreição. A Bíblia diz que o mesmo corpo, que foi
sepultado, será reerguido (1 Co 15.35-44). Faça a seus alunos a seguinte
pergunta:
Como
será o corpo da ressurreição? Coloque as respostas abaixo no quadro e
explique-as com todo cuidado. Como será o corpo da ressurreição? a) Visível (Lc
24.39); b) Incorruptível (1 Co 15.42,54); c) Palpável (Jo 20.27); d) Vivificado
(Rm 8.11).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Ressurreição: Voltar a viver.
Dando
continuidade ao nosso estudo sobre Jesus, Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus,
veremos na lição de hoje a sua ressurreição - a pedra angular do cristianismo,
pois se Cristo não tivesse ressuscitado, não seria o que Ele próprio havia
afirmado ser. “Mas, agora, Cristo ressuscitou dos mortos e foi feito as
primícias dos que dormem” (1 Co 15.20).
I. A DOUTRINA DA RESSURREIÇÃO DOS
MORTOS
1. O ensino de Paulo sobre a
ressurreição. O capítulo 15 da Primeira Epístola aos Coríntios é
uma exposição detalhada sobre a doutrina da ressurreição dos mortos. Paulo
começa tratando da ressurreição de Jesus. Muitos na igreja de Corinto diziam
não haver ressurreição (15.12). Negavam até a ressurreição do próprio Cristo.
Eram influenciados pelas idéias racionalistas dos filósofos gregos. Lembre-se:
“as más conversações corrompem os bons costumes” (15.33). Por isso, Paulo
apresenta aos irmãos de Corinto as provas indestrutíveis da ressurreição de
Jesus.
2. A Bíblia e a ressurreição dos
mortos. Ressuscitar significa despertar, levantar dentre os
mortos. A Bíblia diz que o mesmo corpo, que foi sepultado, será reerguido
quando da ressurreição (1 Co 15.35-44). Jesus afirmou que todos os que estão
nos sepulcros ouvirão a sua voz (Jo 5.28-29) assim como Lázaro ouviu a voz de Cristo,
estando já quatro dias no sepulcro (Jo 11.39,43,44).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Ressuscitar
significa despertar, levantar dentre os mortos.
II. OS QUE NÃO CRÊEM NA RESSURREIÇÃO
1. Os saduceus. Os
saduceus eram os intelectuais da época de Cristo. Na sua maioria eram
sacerdotes e membros do sinédrio - o supremo tribunal judaico (At 5.17). Eles
aceitavam somente o Pentateuco — a Lei de Moisés. Os três Evangelhos sinóticos
afirmam que eles não criam na ressurreição (Mt 22.23; Mc 12.18; Lc 20.27) e na existência
de anjos (At 23.8). Diziam que a crença da ressurreição dos mortos não podia
ser confirmada nos escritos de Moisés. O historiador Flávio Josefo declara que
a crença deles era de que a alma morria com o corpo, opondo-se assim aos
fariseus que criam nessas doutrinas.
2. Os gregos. Não
eram só os saduceus que negavam a ressurreição dos mortos: os gregos também
procediam da mesma forma (At 17.32; 1 Co 15.12). Na atualidade, os céticos, os
materialistas e até grupos religiosos negam, de igual modo, a doutrina bíblica
da ressurreição.
3. A insensatez dos incrédulos. Segundo
Myer Pearlmam, os judeus poderiam ter refutado o testemunho dos primeiros
pregadores se tivessem exibido o corpo de Jesus. Mas não o fizeram — porque
Cristo ressuscitara corporalmente (Lc 24.3). Muitos argumentos contrários à
ressurreição de Jesus são tão inconsistentes que, por si mesmos, se
auto-refutam. Negar a ressurreição de Jesus é tolice. Se a ressurreição de
Jesus não fosse um fato real, o Cristianismo teria morrido em seu nascedouro. A
Bíblia, porém, afirma que o túmulo de Jesus foi encontrado vazio (Mt 28.6).
Onde, pois, estava o corpo crucificado? O próprio Jesus falou acerca da sua
morte e ressurreição ao terceiro dia (Jo 2.19-22).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os
saduceus e os gregos negavam a ressurreição dos mortos.
III. A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
1. “Segundo as Escrituras” (v.4). A
ressurreição de Jesus fazia parte do plano divino da redenção. As evidências da
ressurreição do Mestre já se encontravam nas “Escrituras” desde o Antigo
Testamento (Sl 16.8-10; Os 6.2). O primeiro argumento para fundamentar a
doutrina do Cristo ressuscitado tem sua base na Palavra de Deus. Depois temos
as provas factuais, pois a ressurreição de Jesus é um fato incontestável. A Bíblia
afirma que Jesus “... se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo
visto por eles por espaço de quarenta dias” (At 1.3). A expressão “infalíveis
provas”, no original grego, só aparece aqui, em todo o Novo Testamento, e
distingue-se do vocábulo “testemunho” e de outros termos similares. É uma
palavra técnica para “prova incontestável” refere-se, por conseguinte, à prova
baseada em fatos que, por si só, suscitam credibilidade. Essas provas
infalíveis e incontestáveis jamais puderam ser refutadas. As autoridades
religiosas de Jerusalém lutaram muito para neutralizá-las, mas não o
conseguiram (Mt 28.11-15).
2. Evidências das testemunhas
pessoais (v.5). Paulo afirmou que Jesus se apresentou vivo a Pedro
(Lc 24.34), depois aos demais apóstolos durante 40 dias (At 1.3). Eles pagaram
um preço muito alto pelo que viram e testemunharam. Foram perseguidos, presos,
torturados e mortos porque afirmaram que Jesus estava vivo (At 12.1-3). Isso
está também registrado na história, e não apenas no Novo Testamento. Quem
estaria disposto a morrer por uma mentira? Talvez algum insensato, mas não
tanta gente. De fato, Cristo ressuscitou. Aleluia!
3. Quinhentas testemunhas (v.6). Paulo
afirma que caso os coríntios duvidassem de Pedro e dos outros apóstolos, eles
poderiam apresentar um grupo maior, pois o Senhor Jesus foi visto, certa vez,
por mais de quinhentos irmãos. É interessante ressaltar que o apóstolo escreveu
a Primeira Epístola aos Coríntios cerca de 30 anos depois de o fato ter
acontecido, afirmando que muitas dessas testemunhas ainda estavam vivas. Em
outras palavras, estava colocando as provas à disposição de qualquer
interessado.
4. Foi visto até pelos que não criam. Paulo
menciona o fato de Tiago (irmão do Senhor, que durante a vida de Jesus na Terra
não cria nEle) ter sido uma testemunha da ressurreição (Mc 6.3; Jo 7.5).
Aparentemente, a ressurreição de Jesus o havia convencido da verdade a respeito
de Cristo, pois ele estava entre o grupo que compareceu ao cenáculo depois da
ascensão (At 1.13). Paulo, o maior perseguidor da fé cristã, também teve um
encontro com o Cristo ressurreto. Ele mesmo conta como foi esse encontro (At
22.5-8). Jesus provou a Paulo que Ele estava vivo. Com isso, tornou-se Paulo o
maior defensor dessa doutrina. Trata-se, pois, de um doutor da lei, líder da
religião dos judeus e perseguidor dos cristãos que se converteu a Jesus.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A
ressurreição de Jesus é um fato incontestável (At 1.3).
IV. O SIGNIFICADO DA RESSURREIÇÃO DE
JESUS
1. A ressurreição do corpo. Deus
garantiu que o corpo do Senhor Jesus Cristo não veria a corrupção, não se
deterioraria (Sl 16.10); essa profecia cumpriu-se em sua ressurreição (At
2.24-30). O corpo que foi crucificado, não pôde ficar na sepultura. Jesus
apresentou-se aos seus discípulos, dizendo ser Ele mesmo, e não uma aparição
fantasmagórica. Isso prova que a sua ressurreição não foi em espírito. Ele
ressuscitou em carne e osso (Lc 24.39,40).
2. Seu significado. A
ressurreição de Cristo não consistiu apenas no fato de Ele tornar a viver,
pois, se assim fosse, não haveria diferença das ressurreições registradas no
Antigo Testamento, nem Jesus poderia ser considerado “as primícias dos que
dormem” (1 Co 15.20); nem o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1.18). A
ressurreição de Cristo significa a sua glorificação e exaltação (Jo 7.39; Rm
6.4; Fp 3.20,21); a vitória esmagadora sobre Satanás, o pecado, a morte e o
inferno (1 Co 15.54-56; Ap 1.17,18). É a viga mestra e o pilar do cristianismo.
Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos para jamais voltar a morrer (1
Co 15.20). Ele é o nosso precursor, a garantia de que, no final,
ressuscitaremos para a vida eterna. Jesus determinou que sua morte e
ressurreição fossem o centro da pregação do Evangelho (Lc 24.44-47).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
A
ressurreição de Cristo é a viga mestra e o pilar do cristianismo.
CONCLUSÃO
A
morte expiatória de Jesus foi uma realidade divina; mostra que o homem pode
encontrar o perdão dos seus pecados, e assim ter paz com Deus (Rm 4.25). A
ressurreição de Jesus prova que a sua morte expiatória foi aceita pelo Pai. Ele
ressuscitou e os que já dormem no Senhor, quando do arrebatamento da Igreja,
também ressuscitarão para a vida eterna juntamente com Ele.
VOCABULÁRIO
Fantasmagórico: Imaginário,
irreal, próprio de fantasma.
Nascedouro: Lugar onde se nasce.
Refutar: Dizer em contrário; desmentir; negar.
Nascedouro: Lugar onde se nasce.
Refutar: Dizer em contrário; desmentir; negar.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HORTON, S. M. Teologia Sistemática: uma
perspectiva pentecostal. RJ:
CPAD, 1996.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas. RJ: CPAD, 1995.
EXERCÍCIOS
1. Explique
a razão pela qual Paulo ensina a doutrina da ressurreição aos coríntios.
R. Muitos
na igreja de Corinto diziam não haver ressurreição. Negavam até a ressurreição
do próprio Cristo.
2. Cite
dois grupos no tempo de Paulo que negavam a ressurreição corporal.
R. Saduceus
e gregos.
3. Qual
o sentido da expressão “infalíveis provas”?
R. É
uma referência às provas baseadas em fatos que, por si só, suscitam
credibilidade.
4. Cite
três provas da ressurreição corporal de Jesus.
R. Jesus
se apresentou vivo a Pedro, depois aos demais apóstolos durante 40 dias, e foi
visto por mais de 500 irmãos.
5. O
que significa e garante a ressurreição de Jesus?
R. A
ressurreição de Cristo significa a sua glorificação e exaltação; a vitória
esmagadora sobre Satanás, o pecado, a morte e o inferno.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Teológico
“A ressurreição
A
ressurreição de Jesus como um evento real e histórico tem sido a pedra de
esquina do cristianismo através dos séculos. O fato de que isso é crido por
inúmeras pessoas por uma sucessão ininterrupta de gerações, tem dado pouca
oportunidade para o surgimento de repentinos ‘mitos de Jesus’ ou lendas. Além
disso, sempre podemos comparar a crença moderna com milhares de escritos
antigos do Novo Testamento, e com escritos não-cristãos, para verificar a
coerência de vários relatos e garantir a exatidão histórica na doutrina e nas
crenças. Diferente de outras religiões, o cristianismo é baseado em fatos
históricos. Ele não é uma filosofia ilusória. Se a ressurreição de Jesus nunca
tivesse acontecido, não haveria absolutamente nenhuma base para a igreja
cristã. Ela não existiria. Como vimos, há uma história contínua da igreja sem
interrupção. Podemos voltar ao passado recorrendo aos documentos mais antigos
da igreja (primeiros manuscritos do Novo Testamento) e encontrar o dogma
essencial da igreja, que permanece o mesmo. Os muitos mártires da fé cristã
morreram todos por essencialmente uma coisa - defender o fato histórico de que
Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. Os inimigos da igreja esperavam que a
execução dos líderes da igreja fizesse a expansão do cristianismo cessar. Em
vez disso, aumentou a determinação dos cristãos e fornece evidências pungentes
da historicidade da ressurreição de Jesus às gerações posteriores”.
(MUNCASTER, R. O. Examine as evidências. RJ: CPAD, 2007, pp. 409-10.)
APLICAÇÃO PESSOAL
A Bíblia declara que seremos como
Jesus quando o virmos por ocasião de sua vinda (I Jo 3.2). Nossos corpos serão
gloriosos e dotados de esplendor e beleza; serão corpos poderosos e apropriados
às regiões celestiais. Essa mudança será repentina e sobrenatural. Isto
acontecerá ao soar da última trombeta. Então, encontrar-nos-emos com o Senhor
nos ares; e, com Ele estaremos para sempre (1 Ts 4.17).
Não são poucos os que, amedrontados
com as guerras e a poluição ambiental, dizem que já não nos resta qualquer esperança.
Mas Deus não permitirá que as circunstâncias lhe prejudiquem os planos, nem que
lhe frustrem os decretos. O certo é que Jesus voltará, e porá fim à corrupção,
à miséria e às artimanhas. Ele instaurará o seu reino glorioso.
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PAZ DO SENHOR
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