Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de 2008
Título: As doenças do nosso
século - As curas que a Bíblia oferece
Comentarista: Wagner dos Santos Gaby
Lição 5: Os males do
consumismo
Data: 03 de
Agosto de 2008
TEXTO ÁUREO
"Não me dês nem a pobreza nem a
riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv 30.8).
VERDADE PRÁTICA
A
aplicação do fruto do Espírito na vida cristã é o remédio eficaz contra a
doença do consumismo de nosso tempo.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 27.20
Os olhos do
consumista nunca se fartam
Terça - Pv 16.32
É melhor dominar a
si mesmo do que conquistar cidades
Quarta - Pv 12.9
Trabalhar para
viver é melhor do que bancar o rico e passar fome
Quinta - Pv 30.15
O espírito
consumista de nosso tempo nunca se farta
Sexta - 1 Tm 6.6
Grande ganho é a
piedade com contentamento
Sábado - Fp 4.6
Não estejais
inquietos por coisa alguma
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Eclesiastes 2.4-11.
4 - Fiz para mim obras magníficas; edifiquei
para mim casas; plantei para mim vinhas.
5 - Fiz para mim hortas e jardins e plantei
neles árvores de toda espécie de fruto.
6 - Fiz para mim tanques de águas, para regar
com eles o bosque em que reverdeciam as árvores.
7 - Adquiri servos e servas e tive servos
nascidos em casa; também tive grande possessão de vacas e ovelhas, mais do que
todos os que houve antes de mim, em Jerusalém.
8 - Amontoei também para mim prata, e ouro, e
jóias de reis e das províncias; provi-me de cantores, e de cantoras, e das
delícias dos filhos dos homens, e de instrumentos de música de toda sorte.
9 - E engrandeci-me e aumentei mais do que
todos os que houve antes de mim, em Jerusalém; perseverou também comigo a minha
sabedoria.
10 - E tudo quanto desejaram os meus olhos não
lhos neguei, nem privei o meu coração de alegria alguma; mas o meu coração se
alegrou por todo o meu trabalho, e esta foi a minha porção de todo o meu
trabalho.
11 - E olhei eu para todas as obras que fizeram
as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito; e
eis que tudo era vaidade e aflição de espírito e que proveito nenhum havia
debaixo do sol.
INTERAÇÃO
Prezado professor, esta lição é
importantíssima para seus alunos. Portanto, invista tempo em seu preparo: ore,
pesquise, observe e discuta o tema com outros professores. Lembre-se! As
verdades que você ensinará neste domingo, poderão modificar completamente a
vida financeira de seus alunos, mas esta mudança deve começar primeiramente em
você.
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Descrever os males do consumismo.
·
Ponderar o comércio no ambiente
cristão.
·
Priorizar o essencial e ignorar o
supérfluo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Nesta
lição usaremos como método o Debate
Orientado. Divida a turma em dois grupos e
proponha uma discussão sobre o consumismo. O primeiro grupo discutirá por cinco
minutos o tema: "Quais são as conseqüências do espírito consumista".
(Nesse momento, a outra equipe apenas observará anotando os pontos que julgar
importante.) A seguir, o segundo, assumirá o debate, com a pergunta: "Por
que esse comportamento descontrolado ocorre com as pessoas na hora das compras?"
(agora é a vez do primeiro grupo apenas observar). Após os dois grupos
apresentarem suas opiniões, o professor fará o fechamento do debate. Entenda
que o objetivo não é apenas trazer soluções, mas instigar, "fazer
pensar" e provocar reflexões sobre assunto.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Consumismo: Sistema que favorece o consumo
exagerado.
A
riqueza, a fama, o poder, os prazeres e o consumo desenfreado são ineficazes
para satisfazer as necessidades da alma (Ec 6). Infelizmente, por essas coisas
vãs, muitos têm empenhado tudo o que possuem, inclusive a própria vida (Mt
16.26). A Palavra de Deus nos adverte taxativamente sobre o gasto abusivo e
desnecessário (Pv 121.20; Is 55.2). Nesta lição, aprenderemos sobre como nos
livrar desta enfermidade.
I. OS MALES DO CONSUMISMO
1. O apelo consumista nos meios de
comunicação. Muitos são impelidos, especialmente, pela
propaganda difundida nas mídias eletrônicas (Rádio, TV, Internet), a comprarem
aquilo de que realmente não necessitam. Os profissionais do marketing
aproveitam-se das datas comemorativas tais como, Natal, Páscoa, Dia das mães,
dos pais, dos namorados, das crianças, etc, para incitar as pessoas ao consumo.
O pior do consumismo é que muitos acabam valorizando mais as coisas materiais
que as espirituais (Pv 30.15; Mt 6.19-21).
O
crente em Jesus deve resistir ao consumo inútil e à tentação do crédito fácil,
propalados pela mídia. Lembre-se: "Crédito imediato é também dívida
imediata!". Façamos, pois, a oração de Agur: "Não me dês nem a
pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada" (Pv
30.8,9).
2. O supérfluo em detrimento do
essencial. Essencial para o consumo é aquilo que, sem o qual,
a vida exaure: comida, roupa, moradia e, na medida certa, o lazer. Até mesmo no
que é indispensável devemos confiar mais em Deus que em nossos próprios
esforços (Mt 6.25-34). O supérfluo é tudo aquilo que não é essencial à
manutenção da vida. Sob a influência dos meios de comunicação, há os que
suprimem itens prioritários à sobrevivência, para comprar produtos de griffe, por mero capricho. A Bíblia é enfática em seu
ensino contra o desperdício (Is 55.2; 2 Tm 4.5).
3. A Compulsão pelas compras. A
vontade compulsiva de comprar pode estar associada a um distúrbio psicológico
conhecido como oneomania. Essa doença está associada a diversos fatores
tais como: ansiedade, frustração, depressão, transtornos de humor e um desejo
reprimido de possuir as coisas. Por isso há tantas pessoas endividadas,
especialmente, pelo mau uso do cartão de crédito e de cheques especiais. É uma
enfermidade que precisa ser tratada com seriedade e urgência (Pv 15.27; Ec 5.10;
Jr 17.11; 1 Tm 6.10).
Obreiros,
líderes e crentes em geral, portadores dessa doença, precisam de cura imediata
para exercerem o ministério cristão sem impedimento, e glorificarem o santo
nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 12.16; 13.8,14; Gl 5.22).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
O
consumo desenfreado é motivado pela mídia. As propagandas incentivam o consumo
do supérfluo em detrimento do essencial, criando nas pessoas uma compulsão
doentia pelas compras.
II. COMÉRCIO E CONSUMO NO AMBIENTE
CRISTÃO
1. O comércio no templo em Jerusalém
(Jo 2.13-17; Mt 21.12,13). Era no átrio dos gentios que os comerciantes
vendiam animais para serem sacrificados, e os cambistas trocavam as moedas
estrangeiras pela moeda do Templo, a fim de que os judeus pagassem o imposto sagrado
(Mt 21.12). Essas atividades eram controladas pelos sacerdotes e levitas,
inclusive pela família de Anás, o sumo sacerdote. O problema é que eles
majoravam o preço dos animais e cobravam excessivas taxas cambiais. Era a
prática da corrupção e exploração do povo no recinto sagrado. O culto
tornava-se apenas uma desculpa para o comércio fraudulento. Todavia, Jesus, na
função de Filho de Davi, condenou os abusos e a corrupção (Mt 21.5-11).
2. Mercantilismo na Igreja. Não
podemos ignorar esta infame realidade: muitos exercem atividades entre o povo
de Deus alegando um "ministério" que não existe. Há cantores
evangélicos, pregadores, ensinadores, "missionários" e vendedores
itinerantes cuja vida particular desmente os padrões de santidade que eles
fingem ser portadores no púlpito (Cl 2.23; 2 Tm 3.4,5). São artistas,
exploradores do povo e das igrejas, que só vêem o promissor mercado evangélico
à sua frente.
3. Comércio ou serviço cristão? Há
quem questione a compra e venda de produtos necessários ao desenvolvimento do
serviço cristão na igreja. A igreja, de fato, precisa de Bíblias, livros,
folhetos e outros aparatos. Se tal atividade comercial é honesta e normal no
mundo secular; por que seria condenável no âmbito cristão, se é feito com
transparência e sem "torpe ganância"? (Tt 1.7).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
O
comércio em Jerusalém era abusivo e fraudulento, razão pela qual foi
severamente condenado por Jesus. Esta forma infame de comércio, infelizmente, é
constatada em alguns ministérios e igrejas na atualidade.
III. PROVISÃO DIVINA DAS NECESSIDADES
DIÁRIAS
1. Pedindo a Deus a provisão
necessária (Pv 30.7,8). Agur fizera apenas dois pedidos a Deus. Primeiro,
que Ele o resguardasse da mentira e da falsidade, porque desejava manter-se
verdadeiro e íntegro. Segundo, que o Senhor lhe concedesse o suficiente para
satisfazer suas necessidades diárias. Agur não queria os excessos da riqueza,
nem as privações da pobreza, mas, uma vida prudente e financeiramente
equilibrada (Lc 12.29-31).
Na Oração Dominical, Jesus ensinou o mesmo princípio (Mt 6.9-13,
25-34). Devemos buscar primeiro o Reino de Deus (v.33), mas o Pai também quer
que oremos por nossas necessidades materiais - o "pão" (Mt 6.11). Em
Filipenses 4.11-13, Paulo reforça o ensino de Jesus quando diz aos Filipenses:
"aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também
ter abundância" [...] "estou instruído tanto a ter fartura como a ter
fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas
naquele que me fortalece".
2. Deus nos supre em todos os
momentos (Fp 4.11-13,19). Deus supriu todas as necessidades do profeta Elias
(1 Rs 17.2-7, 8-24). O rei Davi, quando idoso, pôde testificar sobre a provisão
divina durante toda a sua vida (Sl 37.25; 23.1). Estamos diante do mesmo Deus
que pode fazer isso agora, aí mesmo onde você se encontra. Ele não mudou,
"é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente" (Hb 13.8; Dt 8.15-18; Lc
12.15; 1 Tm 6.17).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Na
oração Dominical Jesus ensinou o mesmo princípio ensinado por Agur: Devemos
buscar primeiro o Reino de Deus, mas é da vontade do Pai que oremos por nossas
necessidades.
IV. COMO FUGIR DO CONSUMISMO
1. Evite o desperdício e o supérfluo. Em
João 6.12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem os alimentos que
sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o orçamento acaba porque
gastamos com insensatez, onde não se deve ou não se pode (Is 55.2; Lc
15.13,14).
2. Economize, poupe e fuja das
dívidas! Economize comprando no estabelecimento que é mais
em conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (Gn 41.35,36; Pv
21.20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de dinheiro, por menor que
seja a quantia. Fuja das dívidas!
3. Invista no Reino de Deus. O
dinheiro não é um mal em si mesmo (1 Tm 6.10), pelo contrário, pode e deve ser
uma bênção para a obra do Senhor. Seja fiel nos dízimos e você verá a bênção de
Deus sobre sua vida financeira (Ml 3.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
Para
fugir do consumismo é necessário: evitar o desperdício e o supérfluo,
economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de tudo, investir no Reino de
Deus.
CONCLUSÃO
Pobreza
não é maldição (Dt 15.11; Mc 14.7), mas pode resultar de fatores diversos:
guerra, catástrofes, vícios, alcoolismo, jogos de azar, má administração dos
bens e dos recursos econômicos. Neste particular, a Palavra de Deus adverte que
o beberrão e o comilão cairão em pobreza (Pv 23.20,21). Não compre fiado! Não
peça emprestado! Liberte-se do consumo irresponsável! Jesus quer libertá-lo das
garras do consumismo. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.
Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo
8.32,36).
VOCABULÁRIO
Griffe: Marca
de certos artigos de luxo, em especial dos de vestuário.
Propalar: Tornar público: divulgar, espalhar, publicar.
Supérfluo: Que é demais; inútil por excesso; desnecessário.
Taxativo: Que não admite réplica ou contestação.
Propalar: Tornar público: divulgar, espalhar, publicar.
Supérfluo: Que é demais; inútil por excesso; desnecessário.
Taxativo: Que não admite réplica ou contestação.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
SOUZA, B. de. As chaves do sucesso
financeiro. RJ: CPAD, 2001.
EXERCÍCIOS
1. Diferencie
o consumo "necessário" do "supérfluo".
R. O
consumo necessário é aquilo que, sem o qual, a vida exaure: comida, roupa,
moradia e, na medida certa, o lazer. O supérfluo é tudo aquilo que não é
essencial à manutenção da vida.
2. Quais
são os elementos associados à oneomania?
R. Ansiedade,
frustração, depressão, transtornos de humor e um desejo reprimido de possuir as
coisas.
3. Faça
uma síntese do comércio no Templo em Jerusalém.
R. Era
no átrio dos gentios que os comerciantes vendiam animais para serem
sacrificados, e os cambistas trocavam as moedas estrangeiras pela moeda do
Templo, a fim de que os judeus pagassem o imposto sagrado (Mt 21.12). O
problema é que eles majoravam o preço dos animais e cobravam excessivas taxas
cambiais.
4. Descreva
o princípio ensinado por Jesus em Mt 6.9-13, 25-34.
R. Devemos
buscar primeiro o Reino de Deus, mas é da vontade do Pai que oremos por nossas
necessidades.
5. Cite
três maneiras de fugir do consumismo.
R. Evitar
o desperdício e o supérfluo, economizar, poupar e fugir das dívidas e, acima de
tudo, investir no Reino de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Devocional
"É um Mundo Consumista
'E
o que há de errado com isto?', você pode estar se perguntando. Talvez você
pense que eu queira persuadi-lo a vender tudo o que tem e ir viver nas
montanhas feito eremita. Fique tranqüilo, eu não pretendo fazer isto! Nem estou
tentando fazê-lo sentir-se culpado por ter uma lista de 'coisas a comprar'
guardada na gaveta da cômoda. Não. Não é nada disso.
O
que estou tentando dizer é que o problema está em ser acometido pela síndrome
do 'adquira-e-possua' de nossa cultura, em viver para ter e ter para viver, em
ter uma casa cheia de 'coisas' - todas estas coisas raramente satisfazem [...]
E quanto mais ficamos fascinados com as coisas novas que brilham à nossa volta,
mas espaço, energia, tempo e dinheiro será necessário para manter o vício do
consumo! [...]
Quero
chamar sua atenção de perdedor financeiro para o simples fato: muitos de nós
estamos nadando em dívidas e vivendo um caos conjugal como resultado de nada
menos que uma necessidade descontrolada de possuir e acumular coisas. A verdade
é que o caos em nosso casamento poderia ter fim se nós simplesmente parássemos
de acumular e começássemos a estar satisfeitos com as coisas que já
temos".
(BARNHILL, J. A. Antes que as dívidas nos
separem. RJ: CPAD, 2003, pp. 70-1.)
APLICAÇÃO PESSOAL
"Guiará os mansos retamente; e
aos mansos ensinará o seu caminho" (Sl 25.9). Dois grandes atributos de
Deus são ressaltados nesse poema. No primeiro deles, o Senhor é um seguro Guia.
Ele nos conduz por caminhos verdejantes (Sl 23.2); por águas tranqüilas (Sl
23.2); por caminhos certos (Sl 23.3) ; mesmo nos vales escarpados da dor não
abandona os seus filhos, mas protege e dirige-os (Sl 23.4) . Ele está com você,
professor, em qualquer circunstância. No segundo atributo, Ele é o Mestre, que
ensina a sua vontade. Os que temem ao Senhor aprendem com Ele o caminho que
devem seguir (Sl 25.12). Essas duas qualidades são indissociáveis, uma vez que
o mestre é um guia. Permita que o Senhor seja o seu Mestre e Guia eternamente.
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PAZ DO SENHOR
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