Lições Bíblicas CPAD1º Trimestre de 2008
Título: Jesus Cristo -
Verdadeiro homem, verdadeiro Deus
Comentarista: Esequias Soares
Lição 4: A infância de Jesus
Data: 27 de
Janeiro de 2008
TEXTO ÁUREO
“E crescia Jesus em sabedoria, e em
estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc
2.52).
VERDADE PRÁTICA
Jesus
em sua vida terrena desenvolveu-se física, social e mentalmente como toda
criança, agradando a Deus e aos homens.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 9.6
A vinda do Menino é
anunciada
Terça - Os 11.1
Do Egito o Menino
foi chamado
Quarta - Lc 2.27
O Menino é
apresentado no templo
Quinta - Mt 2.11
Presentes para o
Menino
Sexta - Mt 2.13-15
A fuga do Menino
para o Egito
Sábado - Mt 2.21
O Menino retorna do
Egito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 2.40-51.
40 - E o menino crescia e se fortalecia em
espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.
41 - Ora, todos os anos, iam seus pais a
Jerusalém, à Festa da Páscoa.
42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a
Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
43 - E, regressando eles, terminados aqueles
dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais.
44 - Pensando, porém, eles que viria de
companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os
parentes e conhecidos.
45 - E, como o não encontrassem, voltaram a
Jerusalém em busca dele.
46 - E aconteceu que, passados três dias, o
acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.
47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua
inteligência e respostas.
48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e
disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e
eu, ansiosos, te procurávamos.
49 - E ele lhes disse: Por que é que me
procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?
50 - E eles não compreenderam as palavras que
lhes dizia.
51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré, e
era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
INTERAÇÃO
Caro professor, estude atentamente a
Orientação Pedagógica desta lição. Leia os textos bíblicos relacionados à
infância de Jesus, e faça uma correspondência entre os fatos e a localização
geográfica em que eles ocorreram. Explique aos alunos que apesar de haver cerca
de dezoito anos de silêncio entre a infância e vida adulta de Cristo, temos
fatos suficientes para crermos em sua humanidade e deidade (Jo 20.31). Deus o
abençoe!
OBJETIVOS
Após
esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·
Descrever o tríplice desenvolvimento
de Jesus.
·
Explicar a razão pela qual parte da
infância de Jesus é omitida.
·
Identificar, no mapa, as regiões da
infância de Jesus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Com
base nas informações abaixo e no mapa seguinte, apresente aos alunos os fatos e
regiões relacionadas à infância de Jesus. Acompanhe a ordem alfabética.
(A) Nazaré: Anunciação
(Lc 1.26-38), cerca
de 7-6 a.C.
(B) Nas montanhas [Hebrom?]:
Visita a Isabel (Lc 1.39-56). Decreto de César Augusto (Lc 2.1-2).
(C) Belém: Censo
(Lc 2.1-4), cerca
de 6-5 a.C. Fatos consequentes: Nascimento de
Jesus (Lc 2.7); Anúncio aos Pastores (Lc 2.8-20); Circuncisão de Jesus (Lc
2.21), 8
dias de nascido.
(D) Jerusalém: Apresentação
de Jesus (Lc 2.22-38), 40
dias de nascido; Visita dos magos (Mt 2.1,2,8).
(C) Belém: Herodes,
seu decreto e fuga da matança (Mt 2.8,13-18), cerca de 5 a.C.
(E) Egito: Estadia
(Mt 2.19-21).
(A) Nazaré: Retorno
e infância (Mt 2.23; Lc 2.31), cerca
de 7 d.C.
(D) Jerusalém: Entre
os doutores aos 12 anos (Lc 2.42,46 ), cerca de 7-8 d.C.
(A) Nazaré: Dos
12 aos 30 anos (Lc 2.51,52).
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Infância: Período de crescimento, no ser humano, que
vai do nascimento até a puberdade.
O
texto bíblico da lição desta semana trata da infância de Jesus, o Filho de Deus
(Jo 1.49; Mc 15.39). São poucos os relatos inspirados da infância de Cristo,
por isso devemos extrair deles tudo o que pudermos para uma melhor compreensão
da mais bela e incomparável historiada humanidade.
I. A INFÂNCIA DE JESUS
1. Jesus também foi criança. Muitos
se esquecem de que Jesus, como homem, já foi criança. Ele cresceu junto a seus
pais terrenos. Como toda a criança, teve que aprender a falar, escrever etc.
Somente Lucas registrou, ainda que de forma bem resumida, a primeira fase da
vida terrena de Jesus.
A
expressão, “e o menino crescia”, (v.40) afirma que Ele viveu entre nós e passou
por todas as etapas do desenvolvimento humano até chegar à idade adulta. Como
verdadeiro homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Ele crescia
em sabedoria na graça divina. Era perfeito quanto à natureza humana, e
prosseguia para a maturidade, segundo o desígnio do Pai.
a) O crescimento físico de Jesus
(v.40). O texto nos diz claramente: “e o menino crescia”.
Tudo indica que Jesus teve um crescimento normal, fora de qualquer anomalia.
Era uma preparação para o cumprimento do seu ministério.
b) O crescimento espiritual (v.40). O
menino Jesus não fora levado pelas paixões juvenis e carnais do seu tempo. Ele
estava no mundo, porém não era do mundo (Jo 1.10). “Não ameis o mundo, nem o
que no mundo há”, adverte-nos a Palavra (1 Jo 2.15). O infante Jesus viveu
dentro desses preceitos, tornando-se forte espiritualmente. Por isso o apóstolo
Paulo adverte-nos: “Fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus” (2 Tm 2.1).
c) Crescimento intelectual (v.40). Jesus
também cresceu em toda sabedoria a ponto de confundir os doutores da lei. Pedro
nos ensinou: “Crescei na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.16). Jesus cresceu em
toda a extensão, embora fosse tudo em todos. Ele é a graça de Deus manifestada
(Tt 2.11).
2. Fonte de informação sobre a
infância de Jesus. Os Evangelhos são as fontes básicas de informação
sobre Jesus como homem. Os escritores dos Evangelhos tinham como objetivo
mostrar a redenção da humanidade por nosso Senhor Jesus Cristo: “Esta é uma
palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para
salvar os pecadores” (1 Tm 1.15).
O
silêncio que precedeu o início da apresentação pública de Jesus não deve
surpreender-nos. Mateus, Marcos, Lucas e João deram profundo enfoque à última
semana da vida terrena de Jesus, quando a tão aguardada redenção do pecador foi
consumada.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Os
Evangelhos são as únicas fontes confiáveis de informações sobre a infância de
Jesus. Por eles sabemos que Jesus, como homem, desenvolveu-se física,
espiritual e intelectualmente.
II. O MENINO JESUS ENTRE OS DOUTORES
1. Uma família piedosa (v.41). A
Páscoa era a mais importante festa religiosa de Israel. Todo homem adulto tinha
o compromisso, segundo o preceito divino, de ir anualmente a Jerusalém, à Festa
da Páscoa (Dt 16.16).
As
mulheres não tinham esse compromisso. Isso mostra o quanto Maria era devotada.
Zelosos
no cumprimento da Lei de Deus, José e Maria iam todos os anos à Festa da Páscoa
(v.41). Não dispunham de muitas posses, mas, mesmo assim, não deixavam de ir a
Jerusalém para a adoração. Eles são exemplos de dedicação e amor a Deus.
2. O menino Jesus em Jerusalém
(vv.43-46). Jesus foi levado, por seus pais, a Jerusalém pela
primeira vez para a cerimônia de purificação de acordo os preceitos da lei (Lc
2.22). Segundo o costume judaico, Ele foi circuncidado, recebendo seu nome
pessoal no oitavo dia (Lc 2.21-24). A festa durava sete dias (Êx 12.15). Aos
doze anos, foi o menino Jesus outra vez a Jerusalém. Nessa ocasião, seus pais o
perderam na multidão. É provável que, na viagem de regresso, Maria tivesse
pensado que Jesus estava com José e vice-versa. Descobriram, então, que Ele não
estava entre os que retornavam. E, assim, decidiram voltar para Jerusalém.
Passado
três dias, os pais de Jesus o encontraram “no templo, assentado no meio dos
doutores, ouvindo-os e interrogando-os” (v.46). O que chamou a atenção dos
doutores e dos que presenciaram a cena era o conhecimento e interesse de Jesus,
ainda um adolescente, pelas coisas de Deus. Ele não somente fazia perguntas,
mas também as respondia.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A
família de Jesus era piedosa e temente a Deus, razão pela qual o menino cumpriu
todos os rituais e tradições do judaísmo. A piedade e sabedoria de Cristo
surpreenderam até os doutores da lei.
III. O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
DIVINA EM JESUS
1. Consciente de sua identidade e
filiação divina (v.49). José e Maria estavam conscientes da origem divina
de Jesus, bem como de sua missão redentora (Lc 1.30-38; 2.8-19,25-35). Então,
Maria perguntou a Jesus: “Filho, por que fizeste assim conosco (v.48)?” Jesus
lhe respondeu com outra pergunta: “Por que é que me procuráveis? Não sabeis que
me convém tratar dos negócios de meu Pai?” (v.49). O menino demonstrou ter
plena consciência de que era, de fato, o Filho de Deus e o Messias de Israel.
2. Um exemplo de obediência (v.51). Mesmo
plenamente consciente de que era o Filho de Deus, Jesus era ao mesmo tempo
submisso a José e Maria: “e era-lhes sujeito” (v.51). A obediência é um ato de
rendição voluntária, do contrário, se torna escravidão, o que é contrário ao
Espírito Santo (Mt 14.36; Gl 5.1). Jesus foi obediente em tudo: “embora fosse
Filho aprendeu a obediência” (Hb 5.8). Neste versículo encontramos a última
referência a José no Novo Testamento. Nas bodas de Cana da Galiléia, ele não
estava presente (Jo 2.1). Talvez já houvesse falecido.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Jesus
aos doze anos já era consciente de sua filiação divina. No entanto, foi
obediente aos seus pais em tudo.
CONCLUSÃO
O
limitado relato bíblico que temos a respeito da infância de Jesus é plenamente
suficiente para a compreensão da Sua vida. O compromisso do cristão só tem a
ver com o que está escrito na Bíblia; não com especulações.
VOCABULÁRIO
Anomalia: Anormalidade.
Especulação: Investigação teórica; exploração.
Infante: Que está na infância; infantil; criança.
Especulação: Investigação teórica; exploração.
Infante: Que está na infância; infantil; criança.
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
COHEN, A. C. A vida terrena de Jesus. 4.ed., RJ: CPAD, 2000.
DOWLEY, T. Pequeno Atlas Bíblico. RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000.
DOWLEY, T. Pequeno Atlas Bíblico. RJ: CPAD, 2005.
SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000.
EXERCÍCIOS
1. Descreva
as três características do desenvolvimento do menino Jesus.
R. Crescimento
físico, espiritual e intelectual.
2. Quais
são as fontes de informações a respeito da infância de Jesus.
R. Os
Evangelhos.
3. Cite
um fato que comprove o zelo da família de Jesus.
R. O
fato de irem anualmente à Festa da Páscoa.
4. Explique
o ritual de apresentação do menino Jesus no Templo.
R. Jesus
fora apresentado e circuncidado no oitavo dia conforme o costume judaico.
5. Faça
uma síntese da obediência de Jesus aos seus pais.
R. Embora
consciente de sua filiação divina, Jesus era submisso aos seus pais.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bíblico
“A Infância de Jesus
Na
passagem de Lucas 2.7, encontramos nosso Senhor com apenas ‘um dia’ de nascido;
envolto em panos, deitado numa manjedoura, e visitado pelos pastores belemitas.
Oito dias depois, Ele foi conduzido ao ato da circuncisão mosaica, e foi ‘lhe
dado o nome’ (Lv 12.3; Lc 2.21). Quarenta e um dias depois, seus pais o levaram
ao Templo para apresentação, segundo a lei cerimonial (Lv 12.3ss; Lc 2.22). Ali
foi contemplado pela profetiza Ana e seus pais foram abençoados por Simeão (Não
Jesus, porque Ele é a bênção!). Ver Hb 7.7.
Aproximadamente
dois anos depois, Jesus é visitado pelos magos do Oriente, que o encontram numa
casa (oikia) e não em uma manjedoura (phatnē), conforme fica depreendido de Mateus 2.11.
Herodes, sendo iludido pelos magos, procura matá-lo e, sobre a benévola
escuridão da noite, orientado pelo anjo, José foge para o Egito levando consigo
Maria e a criança (Mt 2.14,16).
As
Escrituras não nos informam por quanto tempo Jesus e seus pais permaneceram no
Egito, entretanto, antes de doze anos, aconteceu o regresso (cf. Os 11.1; Lc
2.43)”.
(SILVA, S. P. A vida de Cristo. RJ: CPAD, 2000, p. 37.)
APLICAÇÃO PESSOAL
José e Maria, pais de Jesus, eram
dedicados às leis e costumes da religião Judaica. Educaram os seus filhos
conforme os ditames da Lei e de suas tradições religiosas. O menino Jesus
reconhecia a piedade de seus pais e “era-lhes sujeito” (Lc 2.51). Embora cônscio
de sua identidade divina, Jesus foi obediente aos seus pais até o final, e
mesmo na cruz não abandonou sua mãe (Jo 19.25,27). Da infância até a
crucificação, Jesus foi submisso ao Pai Eterno e aos seus pais mortais,
deixando-nos um memorável exemplo, a fim de que cuidemos de nosso pai e mãe e a
eles sejamos obedientes em tudo. Se o próprio Filho de Deus foi sujeito aos
seus pais humanos, porque nós, algumas vezes, os desobedecemos? “Vós, filhos,
sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1).
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PAZ DO SENHOR
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