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sábado, 30 de maio de 2015

Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de 2008 O Deus da redenção


             
           Lições Bíblicas CPAD  4º Trimestre de 2008

Título: O Deus do Livro e o Livro de Deus
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima


Lição 4: O Deus da redenção
Data: 26 de Outubro de 2008

TEXTO ÁUREO

"Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" (2 Co 5.19).

VERDADE PRÁTICA

O Pai projetou a salvação, o Filho a executou, e o Espírito Santo aplica esta gloriosa obra na vida de todos os que crêem.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Sl 111.9
Deus enviou a redenção ao seu povo


Terça - Sl 49.8
A redenção de uma alma é caríssima


Quarta - Ef 1.7
A redenção pelo sangue de Jesus


Quinta - Hb 9.12
Cristo efetuou uma eterna redenção


Sexta - Hb 9.28
Cristo veio para tirar os pecados


Sábado - Rm 8.2
Cristo livra do pecado e da morte

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

2 Coríntios 5.14,15,17-21.

14 - Porque, o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram.
15 - E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 - E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 - isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.
20 - De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus.
21 - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

INTERAÇÃO

Professor, o tema da lição de hoje revela-nos o quanto o nosso Deus é misericordioso e bondoso. Já no Éden Ele prometeu que enviaria um Salvador para nos redimir dos nossos pecados (Gn 3.15). A redenção de nossas almas, embora tenha sido pela graça, custou um preço muito alto para o Pai - a vida de seu Filho Unigênito. Ore a Deus e peça que seus alunos sejam profundamente sensibilizados e gratos ao Senhor por nossa redenção. Que o nome do Redentor seja exaltado na vida de cada aluno. Boa aula!

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
·        Definir o termo expiação.
·        Compreender o valor da expiação no Antigo Testamento.
·        Mostrar que Cristo efetuou uma eterna redenção.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor, escreva no quadro-de-giz palavra redenção. Pergunte aos alunos o que vem à mente deles quando ouvem este termo. À medida que forem falando, vá relacionando as palavras no quadro. Depois de ouvi-los, explique que a expiação, baseada na morte de Jesus Cristo, também dá a idéia de pagamento de um resgate; um preço exigido para que um escravo fosse posto em liberdade. Peça aos alunos que leiam Mateus 20.28 e Marcos 10.45. Explique que estes textos retratam a Cristo como o que veio “dar a sua vida em resgate de muitos”. Se achar oportuno, solicite que também leiam: Lc 1.68; 2.38 e Hb 9.12.

COMENTÁRIO

introdução

Palavra Chave
Expiação: É a tradução da palavra hebraica kippur, que significa “cobrir com um preço”.

As Sagradas Escrituras revelam vários atributos de Deus que o enaltecem como o Redentor da raça humana (Jó 19.25; Is 41.14; Is 47.4; 63.16): Deus é amor (1 Jo 4.8,16), é bom (Sl 34.8; 106.1), e sua misericórdia dura para sempre (Dt 4.31; Sl 111.4). O plano divino para a salvação da humanidade foi plenamente cumprido no sacrifício inocente, amoroso e vicário de nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 1.29; Gl 4.4,5). Nesta oportunidade, estudaremos a doutrina da expiação, um valioso aspecto da redenção da humanidade operada por Jesus.

I. A EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

O termo expiação está relacionado a outras duas palavras teológicas: sacrifício e propiciação. Estas palavras, tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, apontam para a obra redentora de nosso Senhor Jesus (ver Rm 3.25; Hb 2.17; 10.1-14; 1 Jo 2.2; 4.10).
1. A expiação tipificada. Os sacrifícios no Antigo Testamento eram rituais de caráter profético, que apontavam para o perfeito sacrifício de Cristo, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29; Hb 10.1-18).
2. A natureza dos sacrifícios no Antigo Testamento. De acordo com a Bíblia de Estudo de Aplicação Pessoal, havia cinco tipos de sacrifícios:
a) Holocaustos (Lv 1). Tinha o propósito de expiar os pecados em geral;
b) Oferta de manjares (Lv 2). Demonstrava honra e respeito a Deus em adoração;
c) Sacrifício pacífico (Lv 3). Expressava gratidão a Deus, pela paz e comunhão com Ele;
d) Oferta pelo pecado (Lv 4). Visava expurgar o pecado cometido, involuntariamente, ou por ignorância e;
e) Oferta pela culpa (Lv 5). Tinha o propósito expurgar os pecados cometidos contra Deus e as outras pessoas.
Os sacrifícios do Antigo Testamento cumpriram-se plenamente em Jesus. Ele foi a oferta pelas nossas culpas (Is 53.10; 2 Co 5.21); a oblação pelos nossos pecados (Hb 9.11-15), e o sacrifício pela nossa paz (Ef 5.2; Jo 6.53,56; ver Lv 7.15).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

Os sacrifícios do Antigo Testamento cumpriram-se plenamente em Jesus.

II. O ALCANCE DA EXPIAÇÃO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. Os sacrifícios da Antiga Aliança “cobriam” o pecado. Os sacrifícios praticados no Antigo Pacto, embora aproximassem o adorador de Deus pela mediação de um sacerdote, somente cobriam o pecado. A justiça divina, que reclamava a reparação imediata do pecado cometido, era satisfeita apenas temporariamente. Porque, segundo a Bíblia, “é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados” (Hb 10.4), uma vez que "o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos", os santificavam, apenas “quanto à purificação da carne”. Somente o sangue de Cristo, purifica a "consciência das obras mortas" do pecado (Hb 9.13,14).
2. Os sacrifícios da Antiga Aliança eram imperfeitos. Essa imperfeição se justifica pelos seguintes motivos: a) eram sacrifícios contínuos e repetitivos (Hb 10.1-3,11); b) eram ineficazes, ineficientes (Hb 10.4-10); c) purificavam apenas o exterior (Hb 9.13); d) os mediadores, ou seja, os sacerdotes também eram imperfeitos (Hb 7.27,28); e por fim, e) tais sacrifícios caducaram com o advento da Nova Aliança (Hb 8.13; 9.15).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Os sacrifícios da Antiga Aliança eram imperfeitos, ineficazes e ineficientes (Hb 10.4-10).

III. O SENTIDO DA EXPIAÇÃO EM O NOVO TESTAMENTO

1. A necessidade da expiação. A expiação foi necessária por dois grandes motivos:
a) A santidade de Deus. Deus é tão puro e santo, que não pode olhar diretamente para o pecador, sob pena de fazer recair sobre ele sua ira e seu juízo (Hc 1.13).
b) A pecaminosidade do homem. O pecado interrompeu de tal modo o relacionamento do homem com Deus, que sua santa ira exigiu a condenação imediata do pecador. Assim, para evitar a iminente e definitiva morte espiritual do ser humano, um sacrifício animal e cruento fora requerido. "Sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22).
2. O significado da expiação pela morte de Cristo. A expiação pela morte de Cristo tem alcance infinitamente maior e mais profundo que os sacrifícios de animais no Antigo Pacto. O sangue daqueles animais cobria provisoriamente o pecado (Sl 51.9; Is 38.17; Mq 7.19). Mas, em o Novo Testamento, mediante o derramamento do sangue de Cristo, o pecado foi quitado, perdoado, tirado (Hb 9.26,28). A morte do Senhor foi:
a) Propiciatória. Propiciar significa "tornar propício, favorável", também tem o sentido de "juntar", "reconciliar", conforme lemos em 1 João 2.2: "E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (Rm 3.23-26; Hb 2.17).
b) Substitutiva. Significa que Jesus morreu no lugar de toda a humanidade. Ele foi o substituto perfeito para todos os que buscam o perdão de Deus (Is 53.4-6; 1 Pe 2.24).
c) Redentora. Jesus satisfez todas as condições exigidas pela justiça divina a fim de nos redimir. Sua morte vicária foi o preço da nossa redenção (Jo 1.14; 1 Co 1.30; Hb 10.5; 1 Pe 1.18,19; Cl 2.14); razão pela qual somos sua propriedade particular (1 Co 6.19,20; Ef 1.13).
d) Reconciliadora. Reconciliar é reatar uma amizade, ou conciliá-la outra vez. Em razão do pecado, o homem tornou-se inimigo de Deus. Não há outra maneira de reconciliar-se com Ele, ao não ser através da morte expiatória de Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 5.10; 2 Co 5.18,19; Cl 1.21).
e) Triunfante. A morte de Cristo foi um triunfo contra o Diabo, o pecado, e a própria morte (1 Co 15.55-57; Cl 2.15; 1 Jo 3.8). Glória a Jesus!

SINOPSE DO TÓPICO (III)

A necessidade da expiação se deve a dois fatos: Deus é santo e não poder contemplar o pecado; o pecado interrompeu de tal modo o relacionamento do homem com Deus, que sua santa ira exigiu a condenação.

IV. O ALCANCE DA EXPIAÇÃO EM O NOVO TESTAMENTO

1. A morte de Cristo tem efeito retroativo. Como vimos, no Antigo Testamento os sacrifícios eram imperfeitos. Segundo alguns renomados teólogos, a morte de Cristo é retroativa em seus efeitos, sendo desta maneira válida para todo aquele que confiou em Deus para o perdão dos pecados sob a primeira aliança. Isto quer dizer que os crentes do Antigo Pacto foram salvos por antecipação do sacrifício de Cristo, conforme Hebreus 9.15: "E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna". Ver Rm 3.25. Esse aspecto da expiação não tem sido bem entendido por muitos que estudam esse tema, entretanto, é profundamente esclarecedor quanto ao alcance da salvação efetuada por Jesus.
2. A expiação no presente. A salvação em Cristo contempla o passado, o presente e o futuro: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24; 2 Co 6.2; Hb 3.15). Aqui vemos a perfeita segurança da redenção de Deus, através de nosso Senhor Jesus Cristo. Se uma pessoa "ouve" (no presente) a palavra, e "crê" (no presente) em Deus, que enviou Jesus, "tem a vida eterna" (no presente); e mais: "não entrará em condenação" (no futuro); mas "passou" (tempo passado) "da morte para a vida".
3. O aspecto futuro da expiação. O crente em Jesus já foi regenerado, justificado e santificado. Mas ainda lhe falta o último estágio da plena salvação em Cristo, que é a glorificação. A Bíblia afirma que esperamos a adoção, isto é, a redenção do nosso corpo (Rm 8.23).
Quando ocorrer a glorificação, atingiremos, em fim, a estatura de "varão perfeito" (Ef 4.13).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

A morte de Cristo é retroativa em seus efeitos, sendo válida para todos aqueles que confiaram, confiam e confiarão no sacrifício salvífico de Jesus.

CONCLUSÃO

A redenção da humanidade decorre da graça, misericórdia, e amor de Deus. A mente humana, limitada e falível, jamais poderá aquilatar o valor da salvação em Cristo. Jesus, por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, e efetuou uma eterna redenção (Hb 9.12). "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Mc 16.16).

VOCABULÁRIO

Redenção: Livramento proporcionado por Cristo ao oferecer-se para morrer em nosso lugar.
Retroativo: Que modifica o que está feito.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996.

EXERCÍCIOS

1. O que eram os sacrifícios do Antigo Testamento?
R. Os sacrifícios no Antigo Testamento eram rituais de caráter profético, que apontavam para o perfeito sacrifício de Cristo, "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo".

2. Cite os cinco tipos de sacrifícios no Antigo Testamento.
R. Holocaustos; oferta de manjares; sacrifício pacífico; oferta pelo pecado; oferta pela culpa.

3. Descreva duas razões pelas quais os sacrifícios do Antigo Testamento eram imperfeitos.
R. Eram sacrifícios contínuos e repetitivos; purificavam apenas o exterior.

4. Cite três aspectos da morte de Cristo.
R. A morte de Cristo foi propiciatória, substitutiva, redentora e conciliadora.

5. Comente sobre os efeitos retroativos da morte de Cristo.
R. A morte de Cristo é retroativa em seus efeitos, sendo desta maneira válida para todo aquele que confiou em Deus para o perdão dos pecados sob a primeira aliança.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO

Subsídio Teológico

"O sacrifício
Ninguém que leia as Escrituras de modo perceptivo pode fugir à realidade de que o sacrifício está no âmago da redenção, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). Deus veria o sangue aspergido e 'passaria por cima' daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto é: 'Meu sacrifício'). Era um substituto sacrificial (isto é: 'Sacrifico isto em meu lugar').
[...] Os termos 'propiciação' e 'expiação' relacionam-se estreitamente com o conceito de sacrifício e procuram informar o efeito do sacrifício de Cristo. No Antigo Testamento, refletem kipper e seus derivados; no Novo, hilaskomai e seus derivados. Os dois grupos de palavras significam 'aplacar', 'pacificar' ou 'conciliar' (isto é, propiciar) e 'encobrir com um preço' ou 'fazer expiação por' (a fim de remover pecado ou ofensa da presença de alguém: expiar). Às vezes a decisão de escolher um significado em preferência a outro tem mais a ver com a posição teológica que com o significado básico da palavra. [...]".
(HORTON, S. Teologia Sistemática. RJ: CPAD, 1996, pp. 352-3.)

APLICAÇÃO PESSOAL


Pela graça de Deus fomos libertos dos nossos pecados. Através do sacrifício de Jesus, nosso Redentor, podemos nos achegar com confiança a presença do Pai. Antes que Cristo viesse estávamos muito longe de Deus, mas agora pelo sangue do Cordeiro, chegamos perto dEle (Ef 2.13). Não somos mais escravos do pecado. Fomos libertos (1 Co 9.18,19; 2 Co 5.14,15). Você pode glorificar a Deus por isso? Exalte o Deus da redenção! A redenção da nossa alma é fruto da graça, bondade e misericórdia de Deus. Não éramos merecedores. Não podemos nunca nos esquecer disso. Hoje estamos sob a autoridade de Cristo. O Mestre dos mestres controla a nossa vida e nada pode separar-nos do amor que Cristo tem por nós.

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