Lições Bíblicas CPAD 4º Trimestre de
2013
Título: Sabedoria de Deus para uma vida
vitoriosa — A atualidade de Provérbios e Eclesiastes
Comentarista: José Gonçalves
Lição 1: O valor dos bons conselhos
Data: 06 de Outubro de 2013
TEXTO ÁUREO
“O temor do Senhor é o princípio da ciência; os
loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Pv 1.7).
VERDADE PRÁTICA
Provérbios e Eclesiastes são
verdadeiras pérolas da sabedoria divina para o nosso bom viver.
HINOS SUGERIDOS
584, 629, 631.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Pv 1.2
A sabedoria revela prudência
Terça - Pv 1.3
A sabedoria oferece justiça, juízo e equidade
Quarta - Pv 1.4
A sabedoria traz conhecimento
Quinta - Pv 1.5
A sabedoria gera sábios conselhos
Sexta - Pv 1.6
A sabedoria interpreta a vida
Sábado - Pv 1.7
O temor do Senhor e a sabedoria
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
Provérbios 1.1-6.
1 - Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei
de Israel.
2 - Para se conhecer a sabedoria e a
instrução; para se entenderem as palavras da prudência;
3 - para se receber a instrução do
entendimento, a justiça, o juízo e a equidade;
4 - para dar aos simples prudência, e aos
jovens conhecimento e bom siso;
5 - para o sábio ouvir e crescer em sabedoria,
e o instruído adquirir sábios conselhos;
6 - para entender provérbios e sua
interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações.
INTERAÇÃO
Prezado
professor, iniciaremos mais um trimestre, o último do ano. Esta é uma excelente
oportunidade para fazer uma autoanálise a respeito do seu ministério de ensino.
Seus objetivos foram alcançados? Seus alunos cresceram na graça e no
conhecimento de Deus? Neste trimestre estudaremos parte da literatura sapiencial
judaica, isto é, os livros de sabedoria dos judeus que tratam dos conselhos
divinos para a vida humana. Veremos o quanto eles são atuais e relevantes em
seus ensinamentos.
O
comentarista deste trimestre é o pastor José Gonçalves, professor de Teologia, filósofo,
escritor e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Conhecer o conceito geral dos livros de
Provérbios e Eclesiastes.
- Identificar as fontes da sabedoria dos sábios
antigos.
- Compreender o propósito da sabedoria ensinada
em Provérbios e Eclesiastes.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Para introduzir o primeiro tópico da
lição, sugerimos que você reproduza o esquema abaixo. É importante que todos os
alunos tenham uma cópia do quadro. O objetivo é fazer um resumo a respeito dos
elementos literários presentes nos livros dos Provérbios e do Eclesiastes.
Explique aos alunos que quando estes livros foram compilados nos tempos
bíblicos, a cultura, a língua e o estilo literário eram opostos aos da
literatura moderna. Compreender o estilo literário usado pelo compilador antigo
é essencial para entendermos o sentido real do texto e evitarmos interpretações
mirabolantes.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS
DE:
PROVÉRBIOS
1. O estilo literário do livro dos
Provérbios é pelo menos dois: Provérbio e Instrução.
2. Provérbios: A
expressão é de difícil definição, mas suas características são singulares: a)
concisão; b) sagacidade; c) forma memorável; d) base na experiência; e) verdade
universal; f) objetivo prático e longo uso. Quase sempre, o provérbio é
descrito como poético ou rítmico, com metáforas sucintas, vivazes, convincentes
e admiráveis.
3. Instrução: Quase
sempre articulada como o legado de um pai ao filho, ou do mestre ao discípulo,
que incluem ordens de proibições e as motivações pelos quais eles devem
obedecer.
ECLESIASTES
1. O livro se divide em quatro
partes: a primeira, a central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira
parte [1.1 — 3.15]. Reflexões bem organizadas sobre a vida,
acompanhadas de um poema enternecedor sobre o tempo.
3. Parte
central [3.16 — 11.8]. Alguns provérbios aparecem. De vez em quando uma
parábola e poesia também.
4. Segunda
parte [11.9 — 12.8]. Há uma mudança de tom. A ideia é dar esperança ao
jovem, pois a velhice chega depressa demais.
5. O
epílogo [vv.9-14]. Esta seção é a justificativa de como o pregador
ensinou ao povo provérbios e ensinos verdadeiros e com clareza.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Sabedoria: Grande instrução; ciência,
erudição, saber.
Lembro-me dos ditados populares que
ouvia dos meus pais: “Águas passadas não movem moinhos”; “Água mole em pedra
dura tanto bate até que fura”; “Quem espera sempre alcança”, e muitos outros.
Essas pequenas expressões contêm conselhos de uma cultura popular impregnada de
valores éticos, morais e sociais, que acabam por dirigir as regras da vida em
sociedade.
Mais do que qualquer outra fonte, a
Bíblia está recheada dessas pérolas. São bons conselhos que revelam a sabedoria
divina. Tais máximas bíblicas são expressas em linguagem figurada, das mais
variadas formas (parábolas, fábulas, enigmas e provérbios). Por isso, neste
trimestre, conheceremos o que a Bíblia revela sobre os conselhos divinos
contidos nos livros de Provérbios e Eclesiastes. Veremos ainda como esses
conselhos se revelam na vida dos que temem ao Senhor.
I. JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. A
Bíblia diz que Salomão compôs “três mil provérbios, e foram os seus cânticos
mil e cinco” (1Rs 4.32). O texto sagra do identifica Salomão como o principal
autor do livro de Provérbios (Pv 1.1), mas não o único. O próprio Salomão
exorta a que se ouça “as palavras dos sábios” (Pv 22.17), e declara fazer uso
de alguns dos provérbios desses sábios anônimos (Pv 24.23).
O livro revela que havia alguns
provérbios de Salomão que circulavam nos dias do rei Ezequias, e que
posteriormente foram compilados pelos homens deste piedoso rei (Pv 25.1).
Por último, o livro de Provérbios
revela que Agur, filho de Jaque, de Massá, é o autor do capítulo 30. Já o
capítulo 31 é atribuído ao rei Lemuel de Massá. O livro pertence ao gênero
literário hebreu conhecido como sapiencial, isto é, literatura da sabedoria.
2. O livro de Edesiastes. Eclesiastes,
juntamente com Cantares, Jó, Salmos e Provérbios, também faz parte do gênero
literário conhecido como “Literatura Sapiencial”. Sua autoria é atribuída a
Salomão (Ec 1.1). Embora escrito pelo filho de Davi e pertença ao mesmo gênero
literário, o livro de Eclesiastes possui um estilo diferente de Provérbios. Ele
se apresenta como um discurso usado em assembleias ou templos. Alguns
intérpretes acreditam que se trata de uma coletânea utilizada por Salomão em
seus discursos.
Ao contrário do que muitos pensam, o
livro de Eclesiastes não expõe uma espécie de ceticismo ou desencanto
existencial. Salomão faz um balanço da vida do ponto de vista de alguém que
teve o privilégio de vivê-la com intensidade, mas que descobre ser ela
totalmente vazia se não vivida em Deus. A própria sabedoria, tão celebrada nos
Provérbios, quando posta a serviço de interesses pessoais e objetivos
mesquinhos é tida como tola.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Provérbios e Eclesiastes são livros de
sabedoria judaica que revelam os desígnios eternos para a vida.
II. A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios. Já
observamos que pelo menos duas referências do livro de Provérbios fazem citação
das “Palavras dos Sábios” (Pv 22.17; 24.23). Mas quem são esses sábios? O texto
não os identifica. Todavia, o Primeiro Livro dos Reis fala acerca de outros
sábios, igualmente famosos, e como Salomão os sobrepujou em sabedoria (1Rs
4.29-31).
2. A sabedoria de Salomão. O
escritor americano Eugene Peterson mostra a singularidade da sabedoria
salomônica em diferentes áreas da vida. Mais especificamente nos Provérbios, há
uma amostra de como honrar os pais, criar os filhos, lidar com o dinheiro,
conduzir a sexualidade, trabalhar e exercitar liderança, usar bem as palavras,
tratar os amigos com gentileza, comer e beber saudavelmente, bem como cultivar
emoções e atitudes em relação aos outros de modo pacífico. Peterson ainda
mostra que o princípio da sabedoria salomônica destaca que o nosso modo de
pensar e corresponder-nos com Deus reflete a prática cotidiana de nossa
existência. Isto significa que nada, em nossa vida, precede a Deus. Sem Ele
nada podemos fazer.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A sabedoria dos antigos, e
particularmente a de Salomão, versava sobre diferentes áreas da vida humana.
III. AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular. Os
livros poéticos mostram, entre outras coisas como louvores e orações, muito da
sabedoria do povo de Israel. Ciente dessa verdade, Salomão apresenta máximas
populares para compor os seus Provérbios (Pv 22.17; 24.23). Podemos entender
que Deus dá inteligência aos homens para que estes possam analisar as situações
da vida e tirar delas conclusões que servirão para si mesmos e para outras
pessoas, em forma de conselhos e advertências, como ocorre no livro de
Provérbios.
2. A sabedoria divina. O
texto bíblico destaca que Salomão “falou das árvores, desde o cedro que está no
Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das
aves, e dos répteis, e dos peixes. E vinham de todos os povos a ouvir a
sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua
sabedoria” (1Rs 4.33,34). De onde vinha tanta sabedoria? O texto bíblico revela
que Salomão orou pedindo a Deus sabedoria (1Rs 3.9), e que o Senhor
respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12). Esta é a fonte da sabedoria de Salomão
e explica o porquê de ninguém conseguir superá-la.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A fonte de toda sabedoria do rei Salomão
era o Senhor nosso Deus.
IV. O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais. Na
introdução do livro de Provérbios, encontramos um conjunto de valores éticos e
morais que revelam o propósito desses conselhos. Ali, consta todo o objetivo
proposto pelo livro: (1) Conhecer a sabedoria e a instrução; (2) entender as
palavras da prudência; (3) receber a instrução do entendimento, a justiça, o
juízo e a equidade; (4) dar aos simples prudência e aos jovens conhecimento e
sensatez; (5) ouvir e crescer em sabedoria; (6) adquirir sábios conselhos; (7)
compreender provérbios e sua interpretação, bem como também as palavras dos
sábios e suas metáforas (Pv 1.1-6).
2. Valores espirituais. Além
de apontar valores éticos e morais, ao afirmar que o “temor do Senhor é o
princípio da ciência; [e que somente] os loucos desprezam a sabedoria e a
instrução” (Pv 1.7), o cronista sacro abaliza os valores espirituais que
sobressaem nas palavras de Provérbios. Da mesma forma, o livro de Eclesiastes
aponta para Deus como a razão de toda a existência humana. Fora dele não há
base segura para uma moral social. Os livros de Provérbios e Eclesiastes formam
uma tessitura milenar no contexto religioso judaico que, adaptado à nossa
realidade, apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana de todos os
homens.
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O propósito da sabedoria nos livros de
Provérbios e Eclesiastes é constituir um conjunto de valores éticos, morais e
espirituais para a vida.
CONCLUSÃO
A literatura sapiencial, representada
neste trimestre pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do
Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio se os
seus conselhos não revelarem princípios do saber divino. Segundo a Bíblia, um
sábio não se caracteriza apenas por ter muita informação ou inteligência, mas é
alguém que aprendeu o temor do Senhor como a base de toda sua vida e, por isso,
sabe viver e conviver (Tg 3.13-18).
VOCABULÁRIO
Desencanto Existencial: Desgosto
ou decepção com a realidade vivida, isto é, com a vida.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
Tessitura: Modo como estão interligadas as partes de um todo; organização, contextura.
Sétuplo: Numeral que vale sete vezes o outro.
Epítome: A síntese, o resumo.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões reais; Respostas precisas; Fé Solidificada. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
EXERCÍCIOS
1. O
que o livro de Provérbios revela acerca de Salomão?
R. O
livro revela que havia alguns provérbios de Salomão que circulavam nos dias do
rei Ezequias. Posteriormente, eles foram compilados pelos homens desse rei (Pv
25.1).
2. Embora
pertença ao mesmo gênero literário de sabedoria judaica, qual a diferença entre
Eclesiastes e Provérbios?
R. Diferentemente
de Provérbios, Eclesiastes apresenta-se como um discurso usado em assembleias
ou templos.
3. Além
de louvores e orações, o que os livros poéticos mostram?
R. Muito
da sabedoria do povo de Israel.
4. Cite
pelo menos três objetivos propostos na introdução do livro de Provérbios.
R. Conhecer
a sabedoria, a instrução; entender as palavras da prudência; adquirir sábios
conselhos.
5. Os
livros de Provérbios e Eclesiastes formam uma tessitura milenar no contexto
religioso judaico. Para nós, o que eles falam hoje?
R. Adaptados
a nossa realidade, eles apresentam conselhos práticos para a vida cotidiana.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“Livros
da Sabedoria
São considerados livros da sabedoria
três dos livros poéticos: Jó, Provérbios e Eclesiastes, embora Jó seja realmente
um livro de espécie única.
Essa classificação é baseada no fato
de tratarem esses três livros dos problemas que mais interessam à humanidade.
Jó trata do problema do sofrimento, Provérbios, do problema do dever moral, e
Eclesiastes, do problema da felicidade.
Os livros chamados de Sabedoria são
diferentes da literatura profética de Israel porque expressam melhor a
filosofia dos pensadores do que as determinações das mensagens de Jeová. Não se
encontra neles a frase: ‘Assim diz o Senhor’, quando falam dos problemas da
vida e das conclusões dos homens.
Os sábios anunciaram as verdades como
um tratado de filosofia moral, usando palavras de profundeza mais elevada do
que seus conhecimentos, de modo que só tempos depois é que puderam ser
interpretadas.
Provérbios e Eclesiastes apresentam
principalmente esse fato” (MELO, J. L. Eclesiastes
versículo por versículo. RJ: CPAD, 1999, p.12).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Lexicográfico
“Sabedoria
[de Cristo]
Embora no Antigo Testamento a
sabedoria seja personificada no livro de Provérbios e mostrada como tendo
existido eternamente em Deus (Pv 8.22-30), ela é centrada em uma pessoa, o
Senhor Jesus Cristo (1Co 1.30; Cl 2.2,3; cf. Lc 11.49).
Cristo, em sua natureza humana,
cresceu em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc
2.52), mas em sua natureza divina, repousava sobre ele o Espírito sétuplo cujo
principal atributo é a sabedoria (Is 11.2). Como resultado os homens
perguntaram, ‘Donde veio a este a sabedoria’ (Mt 13.54; Mc 6.2), não percebendo
que alguém maior que Salomão estava ali (Mt 12.42). O apóstolo Paulo escreve
que Ele é o poder e a sabedoria de Deus, destacando que a vida e a morte de
Cristo eram o sábio plano de salvação de Deus (1Co 1.24).
Os gregos, com sua filosofia,
buscavam a sabedoria (1Co 1.22) e produziram grandes homens como Platão e
Aristóteles, mas não vieram a conhecer a Deus. Em contraste, Deus, em sua
infinita sabedoria, usou a Palavra da cruz para revelar o modo como o homem
pode ser salvo. O evangelho provou ser um tropeço para os judeus, que estavam
tentando obter a salvação através das boas obras (Rm 9.30-33); e ‘uma loucura
ou insensatez’ (gr. moria, os pensamentos de um simplório,
simples demais para ser aceito como o verdadeiro conhecimento da salvação) para
os gregos cultos. Os judeus ficavam ofendidos com o pensamento da crucificação,
e por serem tão impotentes a ponto de precisarem que alguém morresse pelos seus
pecados. Os gregos consideravam a simples fé em uma expiação substitutiva um
modo fácil demais para a salvação. Contudo, a morte expiatória do Senhor Jesus
Cristo é o epítome de toda a sabedoria (Ef 3.10), uma vez que ela resolve o
maior problema do mundo e do homem, isto é, o pecado” (Dicionário Bíblico
Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1712).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
O valor dos bons conselhos
Neste trimestre, teremos a
oportunidade ímpar de estudar os livros de Provérbios e Eclesiastes. São duas
pérolas das Sagradas Escrituras. Provérbios nos ensina a viver de modo sábio e
Eclesiastes nos mostra o verdadeiro sentido da vida.
O livro de Provérbios
O livro de Provérbios é um verdadeiro
compêndio de sabedoria em forma de parábolas. São sentenças curtas, porém
carregadas de significados e verdades que foram aprendidas e ensinadas no
dia-a-dia dos israelitas. Ao estudar este livro, precisamos observar algumas
particularidades importantes:
1. Salomão não foi o único autor dos
provérbios, embora ele tenha escrito uma grande parte (cf. 1.1; 10.1; 25.1). O
próprio Salomão declara: “... também estes são provérbios dos sábios” (Pv
24.23). Não podemos negar que Salomão foi um dos homens mais sábios do seu
tempo e que proferiu 3 mil provérbios (1Rs 4.32), todavia há outros autores das
citações, como Agur (Pv 30.1) e o rei Lemuel (Pv 31.1). É importante também
observar que seus autores pertenceram a épocas distintas.
2. Os provérbios têm a sua origem nos
ditos populares. Todavia, os provérbios bíblicos são breves declarações que
expressam os conselhos divinos para nós. Podemos afirmar que cada provérbio é
uma parábola resumida e o livro todo é a Palavra de Deus. É Deus falando por
intermédio das circunstâncias da vida.
3. Existem várias formas literárias
dentro do livro, como, por exemplo, parábolas, poemas, antíteses e comparações.
O propósito do livro é ensinar os
leitores a viverem de forma justa, correta e ética. O objetivo é levar as
pessoas a expressarem, no seu dia-a-dia, a sabedoria de Deus. Embora o livro
também trate das questões corriqueiras da vida, ele é um convite à busca da
sabedoria que vem do Alto, a sabedoria divina.
O livro de Eclesiastes
Ao ler Eclesiastes 1.1 e o capítulo
2, não temos dúvida de que Salomão é seu autor. Além disso, tanto a tradição
judaica quanto a cristã conferem a autoria do livro a Salomão.
Eclesiastes é um livro biográfico e
durante a sua leitura percebemos que não existe uma sequência lógica. A
impressão que temos é que os textos foram surgindo de tempos em tempos, como em
um diário. É o relato triste de um homem que, embora sábio, viveu parte da sua
vida longe de Deus. O propósito é mostrar, e em especial aos jovens, que o
sentido da vida não está nos bens materiais, no conhecimento, no prazer, na
fama. O verdadeiro sentido da vida está em Deus, o Criador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.