Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de
2012
Título: A Verdadeira Prosperidade — A vida
cristã abundante
Comentarista: José Gonçalves
Lição 13: Somente em Jesus temos a verdadeira
prosperidade
Data: 25 de Março de 2012
TEXTO ÁUREO
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a
destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância” (Jo
10.10).
VERDADE PRÁTICA
A vida abundante não consiste em
negar as adversidades, mas em fazer da suficiência em Cristo a nossa confiança,
quer em meio à alegria, quer em meio à tristeza.
HINOS SUGERIDOS
4, 61, 107.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - 1 Rs 3.9,13
Salomão não pediu riquezas
Terça - 1 Tm 6.17
A confiança do crente rico não deve estar no
dinheiro
Quarta - Pv 30.8
Nem pobreza, nem riqueza
Quinta - Pv 14.31
Os pobres não devem ser oprimidos
Sexta - 1 Tm 6.18
Os ricos devem ser generosos
Sábado - Mc 8.36
Nada vale ganhar o mundo e perder a alma
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
João 15.1-11.
1 - Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o
lavrador.
2 - Toda vara em mim que não dá fruto, a tira;
e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
3 - Vós já estais limpos pela palavra que vos
tenho falado.
4 - Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de
si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se
não estiverdes em mim.
5 - Eu sou a videira, vós, as varas; quem está
em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.
6 - Se alguém não estiver em mim, será lançado
fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
7 - Se vós estiverdes em mim, e as minhas
palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
8 - Nisto é glorificado meu Pai: que deis
muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
9 - Como o Pai me amou, também eu vos amei a
vós; permanecei no meu amor.
10 - Se guardardes os meus
mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
11 - Tenho-vos dito isso para que
a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa.
INTERAÇÃO
Professor,
com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os
encontros dominicais, você e seus alunos, com certeza foram edificados,
exortados e consolados por intermédio de cada lição. Aprendemos que a vida
abundante e próspera não consiste nos bens materiais, na saúde ou na fama.
Fazer a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com Ele é o segredo para
se ter uma vida bem-sucedida.
Independentemente
das circunstâncias que você ou seus alunos estejam vivendo, saiba que o Bom
Pastor nunca nos desampara. Ele está conosco em meio aos pastos verdejantes, e
não nos abandona quando temos que enfrentar os vales e os desertos da vida.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Entender que a vida abundante consiste no
equilíbrio.
- Explicar quais são os erros acerca da pobreza.
- Conscientizar-se de que a vida abundante não
superestima o corpo nem nega a alma.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje
sugerimos que você faça uma pequena avaliação do trimestre. Divida a turma em
grupos e escreva no quadro de giz as seguintes questões: “Qual lição vocês
consideram a mais relevante?”. “Por quê?”. “Qual a mensagem que o grupo extraiu
desta lição?”. Reúna os grupos em círculo e dê um tempo para que cada grupo
apresente, resumidamente, as suas respostas. Faça as considerações que achar
necessárias esclarecendo qualquer dúvida que venha surgir.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Vida abundante: Vida de santidade e íntima
comunhão com Deus.
Muitos acreditam que só conseguiremos
viver plenamente se formos ricos e saudáveis. No outro extremo, existem aqueles
que acham que só conseguiremos agradar a Deus se vivermos em completa pobreza.
A Bíblia mostra que a resposta a esse conflito passa necessariamente por um
entendimento correto acerca do verdadeiro valor das realidades material e
espiritual. Por conseguinte, devemos buscar um equilíbrio entre ambas as
posturas, pois, como um ser composto de espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23), o
homem apresenta necessidades tanto materiais como espirituais. Vejamos, pois,
como ter uma vida realmente abundante.
I. A VIDA ABUNDANTE CONSISTE NO EQUILÍBRIO
1. A matéria superestimada. É
um erro superestimar a matéria e suprimir as coisas espirituais como ensinam o
materialismo e o ateísmo. A história mostra que a realidade material sozinha
não foi (e não é!) capaz de garantir o bem-estar do ser humano. Não somos
apenas razão nem unicamente emoção (1 Ts 5.23; 1 Co 14.13,14). Somos seres
espirituais e materiais (1 Co 15.44,46), ou seja, somos seres integrais que
necessitam da ajuda divina em todos os aspectos. Por isso, a prosperidade
bíblica leva em conta tanto a realidade espiritual como a material (3 Jo 2).
2. A matéria negada. Sendo
o dinheiro um bem material, como deve ser a nossa relação com ele? Não há nada
nas Escrituras que condene a sua posse a não ser o amor a ele (1 Tm 6.10). Por
conseguinte, a questão reside justamente na forma como o adquirimos, como o
usamos e como o vemos. O Senhor Jesus, por exemplo, usava o dinheiro para
ajudar ao próximo, enquanto Judas o utilizava com propósitos mesquinhos e
desonestos (Lc 8.3; Jo 12.6). O dinheiro deve ser empregado com sabedoria, prudência
e cuidado, visando sempre a glória de Deus. Cuidado com o consumismo e seja
sempre um dizimista fiel (Ml 3.10).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A prosperidade bíblica leva em conta
tanto a realidade espiritual como a material.
II. CORRIGINDO OS ERROS ACERCA DA POBREZA
1. Pobreza e pecado. Embora
a pobreza seja uma decorrência da entrada do pecado no mundo, isto não
significa que o crente pobre esteja em pecado. Logo, a pobreza é uma das
consequências do pecado, mas não necessariamente dos pecados pessoais dos menos
favorecidos (Pv 14.31; 17.5; 19.1; Jo 12.8). De uma forma geral, os chamados
pais da igreja ensinavam que a pobreza, além de ser uma das consequências do
pecado, é também o resultado da má distribuição de renda e da concentração de
poder. Para eles, essa situação poderia ser amenizada através da solidariedade
dos mais abastados com os menos afortunados.
2. A pobreza magicamente extinta. Os
pregadores da prosperidade ensinam que as dificuldades financeiras são o
resultado de uma vida sem fé. Infere-se, pois, que o crente só é pobre se
quiser já que é o único responsável por sua situação financeira. Alguns desses
mestres, distorcendo a Palavra de Deus, chegam a afirmar que a pobreza é do
Diabo. Isso, porém, nada tem a ver com o ensino da Bíblia. Pedro e João, por
exemplo, não eram ricos, mas tinham fé suficiente para realizar grandes
milagres (At 3.6). Vejamos o interessante caso de Paulo que, embora nada
possuísse, enriquecia a muitos com o Evangelho de Cristo (2 Co 6.10).
Cuidado! Não seja impaciente para tornar-se
rico. Veja o que recomenda o apóstolo: “Mas, os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). As campanhas que oferecem
enriquecimento mágico tornam o crente insensato, tolo e avarento. Não
precisamos desses artifícios, pois temos um Pai que zela pelo nosso sustento:
“Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque
ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13.5).
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A pobreza é uma das consequências da
Queda do homem, todavia, isso não significa que os menos favorecidos estejam em
pecado.
III. A VIDA ABUNDANTE NÃO SUPERESTIMA O CORPO NEM NEGA A ALMA
1. A vida abundante é equilibrada. Concernente
aos bens materiais, como deve ser a nossa postura? Em Provérbios, encontramos
uma recomendação que, apesar do tempo já transcorrido, continua sempre atual.
Em suas meditações, Agur roga ao Senhor: “Duas coisas te pedi; não mas negues,
antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem
a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção; para que,
porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que,
empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus” (Pv 30.7-9). Esse
equilíbrio leva-nos a ter uma vida abundante em Cristo que, aliás, ensina-nos a
rogar ao Pai o pão cotidiano: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11).
2. Bem-estar físico e emocional. A
busca pelo bem-estar físico tornou-se a principal obsessão de nosso tempo. Tudo
agora gira em torno do corpo. Para a maioria das pessoas é mais importante
queimar as toxinas do corpo do que expurgar os pecados da alma. Já não se pensa
na realidade pós-morte nem no juízo final. Vive-se unicamente para o prazer de
um corpo que é pó e tornar-se-á pó. No entanto, o que faremos quando formos
chamados a prestar contas a Deus? (Lc 12.20).
É claro que devemos cuidar do nosso
corpo que, segundo a Bíblia nos ensina, é o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16).
Mas tudo sem obsessão e sem paranoia, pois de Deus temos esta promessa: “Porque
sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de
Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso,
também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu” (2
Co 5.1,2).
3. O bem-estar espiritual. A
Teologia da Prosperidade conseguiu semear em nossos arraiais a ideia de que o
bem-estar espiritual é irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o
crente sofre é porque não é próspero. Portanto, de acordo com essa ótica,
sofrer em consequência de uma enfermidade ou como resultado de um revés
financeiro demonstra decadência e falta de fé. Cuidado com esse ensino; é
totalmente contrário à Bíblia (Sl 34.19).
A Palavra de Deus mostra que o
sofrimento tem uma função pedagógica na vida do crente. Em outras palavras,
Deus também nos ensina através das adversidades (Sl 119.71). Jó, por exemplo,
sofreu não em decorrência de um pecado pessoal ou por possuir uma fé
debilitada, mas para conhecer melhor a Deus (Jó 1.1-3; 42.5). Paulo também
tinha o sofrimento como um dos meios de o Senhor lapidar a sua vida espiritual
(2 Co 12.7-10).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus deseja que tenhamos uma vida cristã
equilibrada é abundante.
CONCLUSÃO
A verdadeira prosperidade vai além da
saúde, da riqueza e da fama. Ela se manifesta por uma comunhão íntima e
estreita com o Senhor Jesus, que nos promete uma vida abundante. Não se
impaciente, confie na suficiência de Cristo Jesus. Ele jamais nos abandonará.
Amém.
VOCABULÁRIO
Arraial: Lugarejo
de caráter provisório, temporário.
Ateísmo: Doutrina que nega a existência de Deus.
Materialismo: Doutrina que identifica na matéria a realidade do universo.
Matéria: Substância corpórea de determinada natureza.
Paranóia: Problemas psíquicos que tomam a forma de um delírio sistemático.
Revés: Aspecto ruim, desfavorável de alguma coisa.
Toxina: Substância tóxica.
Ateísmo: Doutrina que nega a existência de Deus.
Materialismo: Doutrina que identifica na matéria a realidade do universo.
Matéria: Substância corpórea de determinada natureza.
Paranóia: Problemas psíquicos que tomam a forma de um delírio sistemático.
Revés: Aspecto ruim, desfavorável de alguma coisa.
Toxina: Substância tóxica.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
RICHARDS, L. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2007.
EXERCÍCIOS
1. Quais
são as realidades que a prosperidade bíblica leva em conta?
R. A
prosperidade bíblica leva em conta tanto a realidade espiritual como a material
(3 Jo 2).
2. Como
Jesus utilizava o dinheiro?
R. Ele
usava o dinheiro para ajudar ao próximo.
3. Como
o dinheiro deve ser empregado?
R. O
dinheiro deve ser empregado com sabedoria, prudência e cuidado, visando sempre
a glória de Deus.
4. De
acordo com a lição, a pobreza é decorrente de quê?
R. Da
entrada do pecado no mundo.
5. Qual
a função pedagógica do sofrimento na vida do crente?
R. Ensinar
e lapidar a vida espiritual.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Bibliológico
“A palavra hebraica ‘ebyon, que é muitas vezes um paralelo a ‘ani, significa aflito, angustiado,
desamparado, necessitado, isto é, alguém que foi maltratado ou está sofrendo
algum problema social. [...] O termo hebraico rush significa
ser pobre, empobrecido, ou passar necessidades, e seu cognato rish ou re’sh dá claramente a ideia de pobreza. A LXX usou a
palavra penes, e o NT usa ptochos, que significa ‘pobre, miserável,
impotente, mendigo’. Os pobres eram os que haviam sido privados das
necessidades básicas da vida. As antigas leis israelitas protegiam os pobres
dos encargos criminosos dos usurários (Êx 22.25; Lv 25.36). As extremidades dos
campos não deveriam ser colhidas, e as vinhas não deveriam ser totalmente
despidas de seus frutos, para que houvesse uma provisão para os necessitados
(Lv 19.9,10). Tudo aquilo que nascesse espontaneamente nos campos durante o ano
sabático deveria ser deixado e não poderia ser colhido, permanecendo para o
benefício de qualquer pessoa que os quisesse recolher (Lv 25.5). Os indivíduos
também tinham a permissão de colher grãos ou comer uvas que pertenciam a
outros, desde que nada levassem consigo (Dt 23.24,25). Em geral, a pobreza
resultava das invasões e das guerras, das secas e de colheitas insuficientes,
da preguiça ou da escravidão. Numerosos escritos retratam Deus ao lado dos
pobres (Pv 14.21) e também mostram o dever cristão de cuidar deles (Mt 6.2-4)”
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2009, p.157
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PAZ DO SENHOR
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