Lições Bíblicas CPAD 3º Trimestre de
2012
Título: Vencendo as aflições da vida — Muitas
são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: A angústia das dívidas
Data: 26 de Agosto de 2012
TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos
seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá
bem” (Sl 128.1,2).
VERDADE PRÁTICA
Para ter uma vida financeira
equilibrada e bem-sucedida, o crente deve administrar seus recursos com
sabedoria, prudência e comedimento.
HINOS SUGERIDOS
77, 79, 579.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Is 55.2
A repreensão por causa do desperdício
Terça - Pv 3.9
Honrando a Deus com os haveres
Quarta - Lc 3.14
Contentando-se com o salário
Quinta - Pv 1.19
A cobiça aprisiona a alma
Sexta - Rm 13.8
Não contraia dívidas
Sábado - Pv 11.15
Fugindo da fiança e das dívidas
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Timóteo 6.7-12.
7 - Porque nada trouxemos para este mundo e
manifesto é que nada podemos levar dele.
8 - Tendo, porém, sustento e com que nos
cobrirmos, estejamos com isso contentes.
9 - Mas os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína.
10 - Porque o amor do dinheiro é
a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se
traspassaram a si mesmos com muitas dores.
11 - Mas tu, ó homem de Deus,
foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a
mansidão.
12 - Milita a boa milícia da fé,
toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa
confissão diante de muitas testemunhas.
INTERAÇÃO
Professor,
você tem suas finanças sobre controle? Deus deseja abençoar-nos, mas precisamos
agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. O crente precisa ser
disciplinado na administração das suas finanças a fim de honrar os seus
compromissos. O ato de comprar parece simples e prazeroso, mas não é. Exige
planejamento e reflexão, jamais podemos comprar por impulso, sem pensar no
quanto estamos gastando. Quem compra por impulso e não segue um planejamento,
cedo ou tarde acabará tendo problemas financeiros.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Compreender quem é o dono do nosso dinheiro.
- Discutir a respeito dos efeitos maléficos do
consumismo e das dívidas.
- Saber que é possível livrar-se das dívidas com
sabedoria e planejamento.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Providencie cópias da tabela abaixo
para os alunos. Inicie a lição fazendo as seguintes indagações: “Você faz um
planejamento mensal dos seus gastos?”; “Costuma anotar em um caderno todas as
suas despesas?”. Ouça com atenção os alunos e explique que infelizmente muitos
não têm o hábito de seguir um orçamento. Enfatize o fato de que precisamos
tomar nota de todos os nossos gastos a fim de que não venhamos estourar nosso
orçamento. Distribua a tabela e conclua incentivando os alunos a utilizarem um
modelo de orçamento para contabilizar seus gastos. Diga que Deus deseja nos
abençoar, porém temos que administrar nossos recursos com sabedoria.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Dívida: Quantia que se tem de pagar.
Vivemos numa sociedade extremamente
consumista. Por isso, há tantas pessoas, até mesmo crentes, “atoladas na areia
movediça das dívidas”. Elas se esforçam para colocar a sua vida financeira em
ordem, porém já não sabem como fazê-lo e por onde começar. Na lição de hoje,
veremos que precisamos utilizar nosso salário com sabedoria, a fim de honrarmos
nossos compromissos, e glorificar ao Senhor em todas as áreas de nossa vida.
I. QUEM É O DONO DO NOSSO DINHEIRO
1. Dê a Deus o que lhe pertence. A
décima parte do nosso salário não nos pertence, pois é do Senhor. Há crentes
que fazem tanta dívida que acaba comprometendo a porção do Senhor. Para que
isso não venha a acontecer, priorize o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33).
Seja fiel na entrega dos dízimos e ofertas. Faça uso do seu dinheiro com
sabedoria. E, assim, você verá a bênção do Senhor sobre as suas finanças (Ml
3.10,11). Todavia, de nada adianta ser dizimista e, depois, sair por aí
comprando tudo o que se vê pela frente, arruinando irresponsavelmente o
orçamento doméstico. É preciso ser responsável com o nosso salário.
2. Disciplina e orçamento financeiro. Você
deseja ser bem-sucedido financeiramente? Então seja disciplinado. Não gaste
mais do que ganha. Não seja irresponsável. Há crentes que comprometem todo o
seu dinheiro em coisas supérfulas. A Palavra de Deus nos adverte quanto a isto:
“Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso
trabalho naquilo que não pode satisfazer?” (Is 55.2). Isso não significa que
você não possa vestir-se bem ou adquirir bens materiais. O que o texto bíblico
requer é que façamos bom uso do nosso dinheiro, não desperdiçando-o com
supérfulos.
O ideal é que cada família elabore o
seu orçamento. Que o casal saiba exatamente o que pode e o que não pode gastar.
Anote todas as despesas mensais (impostos, contas de consumo, alimentação,
colégio dos filhos, combustível etc). Mesmo que o seu ordenado não seja dos
melhores, tome nota de tudo, e não deixe de fazer o seu orçamento (Lc
14.28-30).
3. Cuidado com a cobiça. A
cobiça de Acã trouxe-lhe completa destruição (Js 7.1-26). Até mesmo Israel foi
prejudicado, pois perdeu uma importante batalha. A cobiça, ou seja, o desejo
descontrolado de adquirir bens materiais tem levado alguns crentes a serem
incluídos no rol dos serviços de proteção ao crédito. Atraídos pelo desejo de
consumir insaciavelmente, compram e depois não podem pagar, perdendo toda a
credibilidade e, ainda, recebendo a fama de mau pagador. A Palavra de Deus
condena a ambição e a cobiça, pois elas são perigosas e fatais (Ec 6.7; Pv
27.20). O crente não deve permitir que nada o domine. Aliás, o domínio próprio
também é fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Como servos de Deus precisamos ser fiéis
na entrega dos dízimos e ofertas, fazendo uso do nosso dinheiro com sabedoria.
II. O CONSUMISMO E AS DÍVIDAS
1. Os males do consumo inconsciente. Todos
estamos sujeitos a experimentar privações e também abundância. Não existe
nenhum mal em desejar e adquirir bens com o resultado do nosso trabalho.
Todavia, precisamos aprender a estar satisfeitos em toda e qualquer situação
(Fp 4.11-13). Isso significa não ceder aos apelos da mídia nem se deixar
dominar pelo consumismo. Há muita gente que adquire o que não precisa só pelo
prazer de comprar e, depois, joga-o fora. Deus não se agrada de desperdício (Êx
36.3-7). Na multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus mandou que os discípulos
recolhessem os pedaços para que nada se perdesse (Jo 6.12). Algumas vezes,
contraímos dívidas porque agimos de forma compulsória e insensata (Is 55.2; Lc
15.13,14).
2. Adquirir o que se pode pagar. Somente
o insensato compra o que não pode pagar (Pv 21.20). Portanto, aja com sabedoria
e cautela; poupe e fuja das dívidas. Antes de adquirir algum bem, faça as
contas, pesquise. Cuidado com as liquidações que, às vezes, não passam de
armadilhas para atrair os incautos. Se for comprar a prazo, informe-se primeiro
a respeito das taxas de juros. Os economistas advertem: “Crédito imediato é
também dívida imediata!”.
3. Aja com integridade, fuja da
corrupção. Certa vez, João Batista exortou os soldados a se
contentarem com seus soldos e que não aceitassem suborno (Lc 3.14).
Contentar-se com o salário não significa acomodar-se e deixar de progredir
profissionalmente. A mensagem do Batista visava alertá-los a respeito do perigo
da cobiça e de práticas ilícitas e corruptas. Deus é santo e requer santidade
de nós em todas as áreas.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Comprar mais do que se pode pagar,
comprometendo as finanças, é tolice.
III. É POSSÍVEL LIVRAR-SE DAS DÍVIDAS
1. Cuidado com seu cartão de crédito
e com o cheque especial. Os juros cobrados pelas administradoras de cartões
de créditos costumam ser bem elevados e, às vezes, abusivos. As taxas bancárias
para o uso do cheque especial também são altas. Às vezes, paga-se o dobro, ou o
triplo, em relação ao bem adquirido. Por isso, tanto o cartão como o cheque
especial devem ser utilizados com muita sabedoria, planejamento e cautela. Tais
expedientes podem tornar-se uma “arma” letal, pronta a disparar a qualquer momento
contra você. Não seja levado, ou guiado, por impulsos, pois Deus já nos
concedeu um espírito de moderação e autocontrole: “Porque Deus não nos deu o
espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Tm 1.7).
2. Vivendo de modo simples, porém
tranquilo e santo. Os que amam o dinheiro acabam caindo em várias
tentações, concupiscências e dívidas. Por isso, atendemos à admoestação
apostólica:
“Mas os que querem ser ricos caem em
tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que
submergem os homens na perdição e ruína” (1 Tm 6.9). Ter dinheiro não é errado.
Não podemos, porém, amá-lo e nele colocar a nossa confiança (1 Tm 6.10,17-19).
3. Confie em Deus. Há
crentes que se acham numa situação financeira difícil, não porque se deixaram
levar pelo consumismo, mas por haverem perdido o emprego ou ficado enfermos. E,
justamente, por isso, não puderam honrar seus compromissos. Seja qual for a
situação em que você se encontre, ore e confie em Deus. Ele é fiel! Deus é o
nosso socorro: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra” (Sl
121.2). Deus está vendo a sua aflição, não desanime, pois o socorro vem do
Senhor (Gn 21.14-21).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Com a ajuda de Deus, oração e sabedoria,
podemos nos livrar das dívidas.
CONCLUSÃO
Deus deseja abençoar-nos, mas
precisamos agir com sabedoria e sermos íntegros financeiramente. Devemos
administrar nossas finanças de tal maneira que possamos pagar todas as nossas
contas em dia. Comprar sem planejamento e por impulso só geram problemas financeiros.
Seja sábio e administre seu dinheiro como um bom despenseiro de Deus.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
BARNHILL, J. A. Antes
que as Dívidas nos Separem: Respostas e cura para os conflitos financeiros em
seu casamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2003.
Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.
Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed., RJ: CPAD, 2005.
EXERCÍCIOS
1. Em
relação à porção do Senhor, o que não nos pertence?
R. A
décima parte do nosso salário.
2. Segundo
a lição, o que é preciso fazer para ser bem-sucedido financeiramente?
R. É
preciso ter disciplina e orçamento financeiro.
3. O
que devemos fazer antes da adquirir algum bem?
R. Fazer
as contas e pesquisar preço.
4. O
que Paulo ensina sobre as riquezas?
R. Ele
ensina que “os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas
concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína”
(1 Tm 6.9).
5. Você
crê que com planejamento, responsabilidade, oração e confiança no Senhor suas
crises financeiras podem ser controladas?
R. Resposta
pessoal.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Vida Cristã
“Tratar
do Crédito com Cuidado
As intermináveis pressões de ‘mês
mais comprido que o dinheiro’ é o bastante para separar famílias. Mas, em
alguns casos, ter mais dinheiro não é solução. Devemos começar a administrar
corretamente o que temos. O marido e a esposa têm de trabalhar juntos (e haverá
o tempo e o lugar para envolver os filhos). Olhe além dos pagamentos mensais.
Faça uma imagem mental de toda a dívida em destaque. Damos graças a Deus porque
uma taxa de crédito nos permitirá tomar dinheiro emprestado, mas não nos
enganemos: os juros serão altos. Cartões de crédito têm sido a ruína de muitos
lares. Melhor deixar de comprar a crédito, a menos que tenha disciplina e
limite. Abandone o uso de cartões de crédito, se você sabe que não haverá
dinheiro para pagar. Pague suas contas no vencimento. Quando os pagamentos não
puderem ser efetuados, comunique ao credor.
Deixar de dizimar é retirar-se da
terra da bênção. Deus não honrará a má administração. Precisamos ser mordomos
fiéis. Devemos honrar ao Senhor com as nossas riquezas (Pv 3.9,10). As riquezas
são mais que o dízimo. O dízimo pertence a Deus. Somos chamados a honrar a Deus
com a parte que nos resta depois de dizimar” (Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3.ed.,
RJ: CPAD, 2005. p.146).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Vida Cristã
“Evitando
dívidas fora do seu alcance
Muitos têm ficado em situação
difícil, por causa do uso irracional do cartão de crédito (na verdade, cartão
de débito). As dívidas podem provocar muitos males, tais como falta de
tranquilidade (causando doenças); desavenças no lar; perda da autoridade e
independência. Devemos lembrar: ‘O rico domina sobre os pobres, e o que toma
emprestado é servo do que empresta’ (Pv 22.7). Outro problema é o mau
testemunho perante os ímpios, quando o crente compra e não paga.
Evitando os extremos
De um lado, há os avarentos, que se
apegam demasiadamente à poupança, em detrimento do bem-estar dos familiares.
São os ‘pães-duros’. Estes preferem ver os filhos sob um padrão baixo de
conforto, não adquirindo os bens necessários, somente com o desejo de ‘poupar’,
de entesourar para o futuro.
De outro lado, há os que gastam tudo
o que ganham, e compram o que não podem, às vezes para satisfazer o
exibicionismo, a inveja de outros, ou por mera vaidade. Isso é obra do Diabo”
(LIMA, E. R. Ética Cristã: Confrontando
as Questões Morais do Nosso Tempo. 1.ed.,
RJ: CPAD, 2002. p.172).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PAZ DO SENHOR
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.