Lições Bíblicas CPAD 1º Trimestre de
2013
Título: Elias e Eliseu — Um ministério de
poder para toda a Igreja
Comentarista: José Gonçalves
Lição 5: Um homem de Deus em depressão
Data: 3 de Fevereiro de 2013
TEXTO ÁUREO
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;
perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos,
mas não destruídos” (2 Co 4.8,9).
VERDADE PRÁTICA
Os conflitos de Elias o levaram a
enfrentar períodos de depressão e tristeza. Mas o Senhor ajudou-o superar.
HINOS SUGERIDOS
140, 193, 383.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Tg 5.18
Elias, um homem espiritual
Terça - Tg 5.17
Elias, um homem sentimental
Quarta - 1 Rs 19.3
Elias, um homem em fuga
Quinta - 1 Rs 19.4
Elias, um homem em isolamento
Sexta - 1 Rs 19.4,5,6
Elias, um homem em autocomiseração
Sábado - 1 Rs 19.7
Elias, um homem sob os cuidados divinos
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE
1 Reis 19.2-8.
2 - Então, Jezabel mandou um mensageiro a
Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a
estas horas não puser a tua vida como a de um deles.
3 - O que vendo ele, se levantou, e, para
escapar com vida, se foi, e veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu
moço.
4 - E ele se foi ao deserto, caminho de um
dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e
disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que
meus pais.
5 - E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro;
e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: Levanta-te e come.
6 - E olhou, e eis que à sua cabeceira estava
um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou
a deitar-se.
7 - E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o
tocou, e disse: Levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.
8 - Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e,
com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até
Horebe, o monte de Deus.
INTERAÇÃO
No
ambiente eclesiástico é comum pensar que o crente é imune às doenças da alma. É
como se o seguidor de Jesus vivesse dentro de uma redoma de vidro isolado e
“protegido” de qualquer desconforto psicossocial. Ledo engano! As Escrituras
falam claramente das fragilidades humanas e descreve-as na vida dos maiores
“gigantes espirituais”. A história da Igreja mostra-nos baluartes dos
movimentos de despertamentos e avivamentos espirituais — nos séculos XVIII e
XIX — que sofriam profundas crises na alma. Mas o Senhor não deixou de usá-los
por isso. Era o caso de David Brainerd, missionário norte-americano; John
Bunyan, profícuo escritor cristão e pregador britânico; William Cowper, poeta e
compositor britânico.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar
apto a:
- Compreender a humanidade do profeta Elias.
- Identificar as causas e sintomas da depressão
de Elias.
- Detalhar o tratamento de Deus à depressão de
Elias.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir a lição
dessa semana conceitue a depressão, suas causas e sintomas. (1) Depressão —
é um transtorno psiquiátrico ligado a um desequilíbrio das substâncias químicas
no cérebro. Portanto, depressão não é tristeza, é uma doença que precisa ser
tratada. (2) Causas e Sintomas —
genético, tipo de estilo de vida, alimentação, estresse e problemas de ordem
pessoal. Os sintomas gerais são: humor deprimido, isolamento social,
comportamento autodestrutivo, tentativa de suicídio, delírios, etc. Essa é
apenas uma sugestão para auxiliar na preparação de sua aula. Não deixe, pois,
de fazer a sua pesquisa. Use livros, revistas, internet, etc. As possibilidades
são muitas.
COMENTÁRIO
introdução
Palavra Chave
Depressão: Distúrbio mental
caracterizado por desânimo, sensação de cansaço, ansiedade em grau maior ou
menor.
Muitas vezes ficamos tão fascinados
com o registro bíblico sobre homens e mulheres de Deus que acabamos esquecendo
que todos eram humanos! Passamos a enxergá-los como heróis e como tal
acreditamos que eles não tinham falhas. Todavia, a Escritura mostra os homens
de Deus como de fato são — homens fiéis, vigorosos, destemidos, corajosos e
ousados — mas ainda assim humanos.
Com Elias também foi assim. Ele foi um
profeta que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual.
Um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão
profética. Por causa disso enfrentou soberanos, falsos profetas e o coração de
um povo dividido. Isso deixou uma sobrecarga sobre ele, e foi isso que fez
aflorar na vida do profeta de Tisbe todo o seu lado humano, frágil e carente da
ajuda divina.
I. ELIAS — UM HOMEM COMO OS OUTROS
1. Um homem espiritual. Elias
era um homem espiritual e vários fatos narrados nas Escrituras atestam essa
verdade. Primeiramente, vemos Elias como um profeta profundamente envolvido com
a Palavra de Deus: “E que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas” (1 Rs
18.36). Em segundo lugar, o profeta de Tisbe possuía uma profunda vida
devocional. Ele era um homem de oração: “E Acabe subiu a comer e a beber; mas
Elias subiu ao cume do Carmelo, e se inclinou por terra, e meteu o seu rosto
entre os seus joelhos. E disse ao seu moço: Sobe agora e olha para a banda do
mar. E subiu, e olhou, e disse: Não há nada. Então, disse ele: Torna lá sete
vezes” (1 Rs 18.42,43). Elias conhecia os infinitos recursos da oração!
2. Um homem sentimental. Mas
Elias não era apenas um homem espiritual, ele também era sentimental. O
apóstolo Tiago afirma que: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós
e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu
sobre a terra” (Tg 5.17). Tiago diz duas coisas importantíssimas sobre Elias
que nós parecemos esquecer: primeiramente “Elias era homem”. Elias foi um
gigante espiritual, mas era homem! Não era um anjo! Em segundo lugar, Elias
possuía “as mesmas paixões”. Elias não era apenas espiritual, era também
sentimental! Alegrava-se, mas também se entristecia! Talvez o que distingue
Elias dos demais mortais é que ele não maquiava seus sentimentos. Ele os punha
para fora.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Elias era um homem como outro qualquer.
Sujeito às intempéries da vida.
II. AS CAUSAS DOS CONFLITOS DE ELIAS
1. Decepção. O
capítulo 18 do Primeiro Livro de Reis narra a fantástica vitória que o profeta
Elias obtivera sobre os profetas de Baal. O Senhor havia respondido a oração do
seu servo, enviando fogo do céu em resposta à sua oração (1 Rs 18.38). O que
Elias esperava em resposta a esse avivamento era um total quebrantamento do povo,
incluindo a casa real. Todavia, o avivamento não alcançou as proporções
desejadas. A casa de Acabe ficou insensível. Jezabel mandou dizer a Elias, em
tom de ameaça: “Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a
estas horas não puser a tua vida como a de um deles” (1 Rs 19.2). Parece que a
vitória havia se convertido em derrota! Sem dúvida, Elias havia ficado
decepcionado, não com o seu Deus, mas com o príncipe de seu povo!
2. Medo. Diante
da ameaça de morte sentenciada pela rainha Jezabel, a reação de Elias foi
imediata: “O que vendo ele, se levantou, e, para escapar com vida, se foi, e
veio a Berseba, que é de Judá, e deixou ali o seu moço” (1 Rs 19.3). Elias teve
medo e fugiu! O homem que havia confrontado Acabe e os falsos profetas de Baal
e Aserá, agora fugia temendo morrer pela mão de uma mulher! Não devemos
esquecer que Elias era um homem semelhante a nós e sujeito aos mesmos
sentimentos (Tg 5.17). Os gigantes também possuem seus momentos de fraqueza!
Não há dúvidas que aqui os sentimentos falaram mais alto do que a fé!
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Os conflitos de Elias estavam associados
à decepção e o medo.
III. AS CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS
1. Fuga e isolamento. O
texto sagrado destaca a fuga do profeta Elias (1 Rs 19.3). O homem de Deus que
havia enfrentado situações tão adversas, agora se vê impotente diante das
ameaças de uma rainha pagã. Ele se viu sem escapatória diante dessa nova
situação e temeu por sua vida. Humanamente falando era ficar e morrer. Devemos
observar que o Senhor não recriminou Elias por isso; nós também não devemos
fazê-lo. Por outro lado, Elias não apenas fugiu; ele também se isolou. “E ele
se foi ao deserto” (1 Rs 19.4). Essa é a marca de uma pessoa deprimida — ela
busca o isolamento. Somos seres sociais e como tais, não podemos viver no
isolamento.
2. Autopiedade e desejo de morrer. Vemos
ainda as marcas do comportamento depressivo do profeta na sua atitude de
autopiedade — um termo sinônimo para autocomiseração, cunhado pelos psicólogos.
Elias achava que somente ele ficara como um servo fiel do Senhor: “Eu fiquei
só” (1 Rs 19.10). Ele achava ainda que todos haviam apostatado ou abandonado a
fé. Não havia mais fiéis, somente ele. Como o texto deixa claro, isso era ver a
realidade de forma distorcida. Deus possuía ainda seus sete mil (1 Rs 19.18).
Mas Elias foi mais além — ele agora queria morrer: “e pediu em seu ânimo a
morte” (1 Rs 19.4). Os psicólogos observam que este é o sintoma de uma pessoa
com depressão profunda. Ela perde o encanto pela vida. Elias, portanto,
precisava urgentemente da ajuda do Senhor.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Algumas características que podem
descrever a depressão de Elias são: desejo de fuga, isolamento, autopiedade e
desejo de morrer.
IV. O SOCORRO DIVINO
1. Provisão física. O
socorro do Senhor chegou até o profeta na forma de provisão física e material:
“E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e
lhe disse: Levanta-te e come” (1 Rs 19.5). Os psicólogos veem aqui um dos
sintomas da depressão de Elias — a inapetência ou alteração dos hábitos
alimentares. Nesse estado, a pessoa pode não querer comer como também pode
possuir um apetite exagerado. Em ambos os casos é necessário o auxilio de
terceiros. No caso do profeta, o anjo do Senhor é quem o auxilia
providenciando-lhe alimento. Ele precisava alimentar-se e Deus fez com que isso
fosse providenciado: “E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido
sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se”
(1 Rs 19.6).
2. Provisão espiritual. Elias
alimentou-se de pão e água — elementos de natureza material. Todavia, a forma e
o instrumento usado por Deus para fazê-los chegar até ao profeta eram de
natureza espiritual. Como já vimos, o texto sagrado diz que um anjo do Senhor
foi quem providenciou aqueles víveres para o profeta (1 Rs 19.5,6). Mas não for
apenas um anjo que prestou auxilio ao profeta; o próprio Deus a quem Elias
servia o conduziu durante todo o tempo. A própria ida de Elias ao monte Horebe
fez parte dessa terapia. Ali, Elias seria revitalizado não apenas na sua vida
espiritual, mas também na sua vida emocional (1 Rs 19.8-15).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O socorre divino trouxe provisão física
e espiritual ao profeta Elias.
CONCLUSÃO
Acabamos de observar que os homens de
Deus também têm conflitos. Padecem também dos males comuns a todos os mortais.
Todavia, é perceptível que o servo de
Deus conta com uma forma de auxílio diferenciado — ele não está sozinho neste
mundo. Por isso, não depende apenas dos recursos humanos que são tão limitados.
O Senhor faz-se presente nas horas conflituosas da vida e presta-nos o seu
auxílio. Lemos nos Salmos: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem
presente na angústia” (Sl 46.1).
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
DEVER, M. A
Mensagem do Antigo Testamento: Uma
Exposição Teológica e Homilética.
1 ed., RJ: CPAD, 2008.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
SEAMANDS, S. Feridas que Curam: Levando Nossos Sofrimentos à Cruz. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
EXERCÍCIOS
1. Segundo
a lição, o que deve ser destacado sobre o lado humano de Elias?
R. Como
homem, Elias possuía sentimentos, não somente se alegrava, mas também se
entristecia.
2. Cite
peto menos duas causas da depressão de Elias.
R. Decepção
e medo.
3. Além
de “fuga” e “isolamento”, quais foram as outras consequências da depressão de
Elias?
R. Autopiedade
e desejo de morrer.
4. De
que forma o Senhor mostrou o seu cuidado para com o profeta Elias?
R. Provendo
recursos materiais e espirituais.
5. Que
forma de auxílio diferenciado o servo de Deus conta?
R. Ele
não está sozinho neste mundo.
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“[Uma
Resposta de Deus a Elias]
Em um determinado ponto da história,
Elias, totalmente triste, disse: ‘E eu fiquei só’, achando que era o único
israelita que se arrependeu, que creu e que conheceu o perdão de Deus (1 Rs
19.14). O Senhor repreende-o e afirma: Também eu fiz ficar em Israel sete mil:
todos os joelhos que se não dobraram a Baal5 (1 Rs 19.18). Em sua Epístola aos
Romanos, Paulo cita essa história, com queixa de Elias e a repreensão do
Senhor, e acrescenta logo depois: ‘Assim, pois, também agora neste tempo ficou
em resto, segundo a eleição da graça’ (Rm 11.5).
Por que Deus é tão gracioso que nos
escolhe? Porque Ele quer um nome para si mesmo. Na consagração do Templo,
Salomão ora para que Deus abençoe seu povo: ‘Para que todos os povos da terra
saibam que o Senhor é Deus e que não há outro’ (1 Rs 8.60).
[...] Deus chama um povo para ser seu
para a sua glória. Ouvir a esse chamado e aceitá-lo é a estrada para frente e
para cima. Recusar esse chamado, por menor que se inicie a recusa, leva apenas
ao declínio. E o fim não é bom. Oro para que seu fim seja bom e para que suas
escolhas, mesmo hoje, caminhem nessa direção” (DEVER, M. A Mensagem do Antigo Testamento:Uma Exposição Teológica e Homilética. 1 ed., RJ: 2008, p.322).
AUXÍLIO
BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Devocional
“Distúrbios
psicossomáticos
A revista Isto É,
em sua edição número 2004 [...] faz uma análise do poder das emoções e os males
que as emoções negativas causam ao coração. Esta reportagem científica da Isto É,
trata especialmente dos prejuízos do coração. Fala que o primeiro caminho a ser
seguido para atingir o coração é através do sistema nervoso autônomo (SNA). Ele
envia sinais elétricos, recebidos por fibras nervosas presentes no tecido
cardíaco. Seu papel é acelerar ou diminuir o ritmo cardíaco. A outra via é
química. Seu principal agente são os hormônios, como a adrenalina, por exemplo,
secretados por algumas glândulas. Eles entram em ação após receber as ordens do
hipotálamo, parte do sistema límbico, gerando sérios problemas ao coração.
Quando as pessoas têm raiva,
irritação, ansiedade, tristeza e depressão acontece o seguinte: as glândulas
adrenais, situadas acima dos rins, aumentam a produção de adrenalina e provoca:
•
Diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, elevando a pressão arterial.
•
Maior produção de fatores pró-coagulante, deixando o corpo mais vulnerável à
formação de coágulos que podem entupir as artérias.
•
Desequilíbrio na atividade do endotélio, tecido que reveste as paredes dos
vasos. Ele produz substâncias que ajudam na dilatação das artérias e outras
envolvidas em processos inflamatórios. Como resultado, há maior estreitamento
dos vasos e produção de compostos inflamatórios.
•
Pelo sistema nervoso, são emitidos sinais que elevam a frequência cardíaca.
•
Há prejuízo no sistema de defesa do corpo, ficando nosso corpo sujeito às
várias doenças.
•
A depressão, por exemplo, aumenta o batimento cardíaco e prejudica sua
vulnerabilidade. Se não há variação, há sobrecarga do músculo cardíaco.
Tudo isso aumenta as chances de infarto
em portadores de fatores de risco, como alto colesterol e hipertensão.
Enfim, as emoções prejudicam
terrivelmente o coração, mas também prejudica o estômago, a pele, as vias
respiratórias e todos os demais órgãos do corpo.
[...] A melhor prevenção de doenças é
ter equilíbrio espiritual e emocional. É trabalhar com tranquilidade e paz. É
vencer o ódio, o ressentimento, a preocupação e a ansiedade” (FERREIRA, I. A. As emoções de um líder: Como administrar corretamente as suas emoções. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, pp.117-18).
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
Um homem de Deus em depressão
Após ter feito descer fogo do céu com
sua oração e mostrado que Jeová é o Deus de Israel, Elias mata os profetas de
Baal e é ameaçado por Jezabel. Essa ameaça, mais o cansaço dos últimos
acontecimentos (Elias desafiou Acabe e os profetas de Baal, reconstruiu o altar
do Senhor, ofereceu o holocausto, fez descer fogo do céu, viu Deus respondendo
sua oração e matou os profetas de Baal), fizeram com que Elias adoecesse. Há
psicólogos que diagnosticaram o caso de Elias como a síndrome do pânico, e não
necessariamente como depressão, mas essa possível divergência de pensamento não
retira do texto algumas realidades a seguir:
Elias era um homem de Deus. O
fato de ter adoecido não retira de Elias a certeza de que ele era uma pessoa
que estava com Deus. Não raro, há pessoas que imaginam estarem sós quando
passam por momentos difíceis e de doenças. Nesses momentos, é preciso lembrar
que nossa vida está nas mãos do Senhor, e que Ele sabe como cuidar de nós.
Doenças e outros problemas não são o método de se medir se uma pessoa é ou não
de Deus.
A fuga e o isolamento de Elias. A
doença de Elias o fez fugir e se isolar de outras pessoas. Fugir dos problemas
não faz com que eles sejam resolvidos e se isolar das pessoas não é a melhor
forma de tratamento quando se passa por problemas. É certo que há situações em
que precisamos passar um tempo a sós com Deus, mas elas não nos podem
transformar em ermitões. O isolamento continuado nos faz fugir da realidade e
de nossa vocação, e não ajuda a resolver os problemas que existem. Portanto, se
passaremos algum tempo a sós, que seja acompanhado da presença de Deus, e por
um período determinado, para que possamos ser novamente usados por Ele.
Elias sob os cuidados divinos. Ainda
havia muita coisa para que Elias fizesse, mas o profeta precisava de socorro em
seu isolamento e desânimo. O próprio Deus cuidou do profeta, enviando seu anjo,
dando-lhe alimento, deixando-o descansar e falando com ele. Naquele momento,
Deus não exigiu que Elias retornasse a Israel para terminar Sua obra, mas falou
mansamente com seu servo e proporcionou a Elias um período de descanso.
Observemos tal coisa: precisamos ter momentos de descanso, para que não nos
sintamos sobrecarregados e desanimados. O descanso não representa uma fuga da
obra de Deus, mas um momento de renovação para o nosso corpo e nossa mente, a
fim de que tenhamos o equilíbrio necessário para a continuidade do ministério.
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PAZ DO SENHOR
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