O GOVERNO DO
ANTICRISTO
Apocalipse
13.1-9.
1 - E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar
uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez
diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.
2 - E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os
seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o
seu poder, e o seu trono, e grande poderio.
3 - E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a
sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
4 - E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar
contra ela?
5 - E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes
coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois
meses.
6 - E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para
blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.
7 - E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e
vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação.
8 - E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,
esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto
desde a fundação do mundo.
9 - Se alguém tem ouvidos, ouça.
Em Apocalipse 13, a Palavra de Deus apresenta-nos uma
tríade do mal: O Dragão (o Diabo), a Besta que emerge do mar (o Anticristo) e a
que emerge da terra (o Falso Profeta). O Apocalipse nos mostra que o Anticristo
e o Falso Profeta são agentes utilizados pelo Diabo para estabelecer um falso
governo de paz e, desde o início da era mundial, executar seu plano para
destruir a humanidade. As Escrituras descrevem algumas características
singulares para a realidade desse tempo, os últimos dias: Apostasia (2 Ts
2.3,7); Grande Tribulação (Mt 24.29,30); e Revelação do Homem do Pecado (Dn
7.24,25; 2 Ts 2.3,8,9).
Prezado professor, use o esquema abaixo para explicar
o terceiro tópico da presente lição. Mostre aos alunos que o governo do
Anticristo se dará através de uma tríade apresentada no capítulo treze do livro
de Apocalipse. Diga-lhes que tal período (A Grande Tribulação) será o mais
assombroso da história humana. Apesar de a Grande Tribulação iniciar numa
pretensa paz, iminentemente a humanidade será enlevada por uma repentina
destruição (1 Ts 5.3).
A TRÍADE MALIGNA
O Dragão
“Um gigantesco dragão de muitas cabeças e muitos
chifres. Este dragão é identificado, no versículo 10 [Cap. 12], como Satanás.
Assim como o cavalo vermelho, em 6.3, significa sangue e morte, também o
vermelho deste dragão é uma referência ao fato de Satanás ser um assassino
desde o princípio (Jo 8.44)” (Horton, pp.160,61).
O Anticristo
“Apesar de João não usar o nome ‘Anticristo’, o grego
anti primariamente significa ‘em vez de’. Ele buscará ser o substituto daquele
que foi Deus ungido. Noutras palavras o Anticristo não admitirá ser o
Anticristo. Clamará ser o Cristo real, o fidedigno cumprimento das profecias
que apontam para o rei que está vindo para implantar o seu reino” (Horton,
p.172).
O Falso Profeta
“[...] O Falso profeta estará a frente da igreja
apóstata durante a primeira parte da Grande Tribulação (os verdadeiros crentes
já terão sido arrebatados para o encontro com o Senhor Jesus nos ares). Assim,
o Falso Profeta tornar-se-á o líder do sistema religioso mundial que o
Anticristo estabelecerá na última parte da Grande tribulação [...]” (Horton,
p.181).
Palavra Chave
Governo: Capacidade ou possibilidade de exercer
controle sobre um povo.
Se lermos atentamente os jornais, concluiremos que o
cenário já está montado para a ascensão de um governo único no mundo. O que era
apenas ensaio há três décadas, já começa a ser encenado no Ocidente com os
aplausos do Oriente.
As nações, fustigadas pela globalização, suspiram por
um líder com poderes ilimitados, a fim de reordená-las econômica e
politicamente. É o que se depreende dos discursos proferidos nos organismos
internacionais. O caos parece iminente.
Abramos, agora, a Bíblia. As profecias mostram-nos
como fato o que parecia ficção: o guia mundial, a quem a Palavra de Deus
denomina de Anticristo, está mais próximo do que supomos. Ele aguarda apenas o
momento apropriado, para assumir o controle absoluto da terra sob a proteção de
Satanás.
Igreja do Senhor, preparemo-nos para a volta de Jesus!
I. QUEM É O ANTICRISTO
A Bíblia apresenta o Anticristo como um personagem
real. Não é lenda nem ficção literária.
1. Definição etimológica. De origem grega, a palavra
Anticristo significa, etimologicamente, aquele que se levanta contra Cristo,
colocando-se em seu lugar (1 Jo 2.22).
2. Definição teológica. O Anticristo é o representante
máximo de Satanás. É a sua mais perfeita representação (1 Jo 2.18). Trata-se de
um homem que, aliciado pelo Diabo, colocar-se-á à sua inteira disposição, com o
intuito de governar o planeta em seu nome.
Ele é conhecido também como a “besta que sobe do mar”
e o “homem da iniquidade” (Ap 13.1; 2 Ts 2.3). Daniel no-lo mostra como o
“assolador” (Dn 9.27).
II. O APARECIMENTO DO ANTICRISTO
1. Tempo. O Anticristo manifestar-se-á logo após o
arrebatamento da Igreja. A sua chegada coincidirá com a Septuagésima Semana de
Daniel (Dn 9.27). E o seu governo terá a duração de três anos e meio (Ap 13.5).
Após esse período, enfrentará a ira do Cordeiro: a Grande Tribulação.
2. Lugar. A sede política de seu governo será a cidade
que, no Apocalipse, chama-se Babilônia (Ap 14.8). A hermenêutica profética
permite-nos identificá-la com a metrópole que, no passado, sediou o Império
Romano. Quando este reedificar-se, o Anticristo haverá de tomar a cidade de
Roma como sede administrativa.
Sua capital religiosa será Jerusalém que,
espiritualmente, recebe do Evangelista os cognomes de Sodoma e Egito (Ap 11.8).
Por ocasião da Septuagésima Semana de Daniel, o Santo Templo já estará
reconstruído. E nele assentar-se-á o Anticristo como se fora Deus,
reivindicando uma adoração que cabe apenas a Deus (Dn 9.27; Mt 24.15; 2 Ts
2.4).
De Roma e de Jerusalém, a Besta que sobe do mar
governará o mundo todo por quarenta e dois meses (Ap 13.5). Nessa empreitada,
será sustentado pelo Dragão e pelo Falso Profeta.
III. O SUSTENTO DO GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo contará com o suporte de dois tenebrosos
personagens: um espiritual: o Dragão; e o outro humano: o Falso Profeta.
1. O Dragão. O Dragão é identificado no Apocalipse
como a Antiga Serpente (Ap 12.9). Conhecido também como Diabo e Satanás, foi o
responsável pela primeira apostasia da humanidade, ao induzir Adão e Eva ao
pecado (Gn 3.1-7). Nos últimos dias, seduzirá a raça humana a cometer a segunda
grande apostasia da história: adorá-lo como deus na pessoa do Anticristo.
Os historiadores futuros certamente verão essa última
rebelião da família adâmica como a Queda das quedas e a Apostasia das
apostasias.
2. O Falso Profeta. Embora não passe de um embuste, o
Falso Profeta será convincente e irresistível. Seus milagres e prodígios serão
de tal forma grandiosos que até fogo fará descer do céu (2 Ts 2.9; Ap 13.13). O
apóstolo Paulo chama seus milagres de mentirosos. Ele realizará dois grandes
sinais. O primeiro será uma falsa ressurreição: fará com que o Anticristo, dado
como morto num possível atentado, volte à vida (Ap 13.3). Diante do acontecido,
a humanidade exclamará: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra
ela?” (Ap 13.4).
Se o primeiro sinal causou admiração e espanto, o que
não diremos do segundo? Ele ordenará aos que habitam na terra que ergam uma
imagem à besta que sobrevivera à ferida mortal. Em seguida, dará vida à
estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15). Com esses prodígios, convencerá
todos a aceitarem a plataforma de governo do Anticristo.
IV. A PLATAFORMA DE GOVERNO DO ANTICRISTO
O Anticristo usará de todos os artifícios, quer
naturais quer sobrenaturais, visando:
1. A promoção da mentira. Representante do pai da
mentira, o Anticristo terá por objetivo apagar toda a verdade que Deus imprimiu
na Bíblia, na consciência humana e na história. Somente assim, conseguirá
aprisionar a humanidade (2 Ts 2.11). Ele já começou o seu trabalho
relativizando a verdade, inclusive a teológica.
2. A promoção do pecado. O Anticristo é conhecido
também como o “homem do pecado” (2 Ts 2.3). Hoje ele promove o homossexualismo,
o aborto e a eutanásia, como se tais pecados e iniquidades fossem virtudes
teológicas. Amanhã, quando assumir o governo do mundo, promoverá o genocídio
dos que não lhe aceitarem o sinal, e não haverá ninguém para levantar a voz
contra esse crime (Ap 20.4).
3. A promoção do culto a Satanás. Durante o seu
governo, constrangerá a humanidade a adorar o Dragão e seus demônios (Ap 9.20).
A fim de que a idolatria, em seu mais alto grau, espalhe-se por toda a terra, o
Anticristo levantar-se-á contra Deus e contra os que o adoram (2 Ts 2.4).
4. A promoção de uma economia única. O Anticristo sabe
que, somente controlando a economia do mundo, conseguirá subjugar a política
internacional. Por isso, instituirá um código, conhecido como a marca da besta,
para que sem o seu número ninguém possa comprar ou vender (Ap 13.16-18). Com a
globalização da economia, os governos caminham nesse sentido, não pressentindo
o que os espera num futuro bem próximo.
Quando o Anticristo proclamar já ter alcançado todos
os seus objetivos, o Dia do Senhor virá e ele sofrerá repentina destruição (1
Ts 5.3). Isso acontecerá após o seu quadragésimo segundo mês de governo (Ap
13.5).
O que a Bíblia chama de Grande Tribulação abater-se-á
sobre o reinado do Anticristo, levando-o à completa ruína. É a ira do Cordeiro
sobre o império do mal (Ap 6.16).
Jesus Cristo destruirá o império do Anticristo, para
implantar o Reino de Deus em sua plenitude: “Os reinos do mundo vieram a ser de
nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).
“ A Marca da Besta
Através da história, vem-se tentando identificar o
Anticristo nos ditadores e tiranos. Quando me encontrava em Israel em 1962, um
judeu convertido disse-me para prestar atenção no nome de Richard Nixon, pois
vertido em hebraico soma exatamente 666. Mais tarde, um irmão da Itália
contou-me que a inscrição dedicada ao papa, e que pode ser vista no interior da
basílica de São Pedro, em Roma, em algarismos latinos, também soma 666. É digno
de nota que alguns escribas antigos substituíssem o número 666, por 616, para
que se encaixasse com o nome de calígula. A igreja primitiva, unanimemente,
rejeitou o artifício.
O Apocalipse, contudo, nada fala sobre a soma de
números do nome da besta. A única chave é esta: ‘é o número de um homem’.
Expositores da Bíblia interpretam o seis para simbolizar a raça humana. O três
para designar a Trindade. A tripla repetição — 666 — pode simplesmente
significar que o Anticristo é um homem que crê ser um deus, membro de uma
trindade composta pelo Anticristo, Falso Profeta e Satanás (2 Ts 2.4; Ap 13.8)”
(HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ:
CPAD, 2001, p.185).FONTE CPAD
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