SUBSIDIO A GRANDE
TRIBULAÇÃO
Apocalipse
6.1-8.
1 - E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e
ouvi um dos quatro animais, que dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!
2 - E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava
assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e
para vencer.
3 - E havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo
animal, dizendo: Vem e vê!
4 - E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava
assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns
aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
5 - E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro
animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele
estava assentado tinha uma balança na mão.
6 - E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que
dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de cevada por um
dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
7 - E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do
quarto animal, que dizia: Vem e vê!
8 - E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava
assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado
poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome, e com peste, e
com as feras da terra.
Inicie a aula perguntando a seus alunos o que sabem
acerca do “Holocausto”. Incentive-os a contar o que leram ou ouviram a respeito
desse triste e vergonhoso episódio da História recente da humanidade. Após
colher algumas informações, compare-as com o conteúdo da lição. Diga a seus
alunos que a Grande Tribulação não é para a Igreja, mas para os judeus e
gentios. Nesse período, sob o comando do Anticristo, o anti-semitismo assumirá
formas mais rígidas e perversas. Ore ao final da aula pela conversão de Israel
à Cristo.
A Grande Tribulação será após o arrebatamento da
Igreja. Não há qualquer base bíblica que fundamente a ideia de que a Igreja
passará por aqueles tenebrosos e angustiantes dias. Segundo a visão
pré-tribulacionista, a Igreja, tanto os santos que agora dormem no Senhor,
quanto os que estiverem vivos na ocasião do arrebatamento, serão retirados da
terra “antes” de se iniciar a 70ª Semana de Daniel. Entretanto, alguns negam
esta realidade, são: os mesotribulacionistas (acreditam que a Igreja será
arrebatada no final do primeiro período da Tribulação); e os
pós-tribulacionistas (que admitem a passagem da Igreja pela Grande Tribulação,
sendo arrebatada na manifestação de Jesus em Glória). A Igreja de Cristo está
isenta deste período profético pelas seguintes razões: Ela será arrebatada
antes (2 Ts 2.3,6-8); é a Noiva do Cordeiro, não será maculada (2 Co 11.2); é
luz e sal da terra, não ficará nas trevas espirituais (Mt 5.13,14); é santa,
não sofrerá nas mãos do iníquo (2 Ts 2.8); tem o penhor e o selo do Espírito
Santo (Ef 1.13,14); e guarda com paciência a Palavra de Deus (Ap 3.10).
DIDÁTICA
Professor, para esta lição, usaremos um tipo de
gráfico denominado Efeito Global. Esse recurso é usado quando se deseja
apresentar a relação de diversos fatores com um mesmo tema. Na lição, temos um
evento mundial, a “Grande Tribulação”, e, vários assuntos vinculados ao mesmo.
O gráfico abaixo demonstra essa correspondência. Trata-se de um excelente
recurso para sintetizar a lição.
COMENTÁRIO
introdução
Os profetas e apóstolos discorreram de tal forma sobre
a Grande Tribulação, que basta uma leitura de seus escritos para
conscientizar-nos de sua realidade escatológica. Haja vista o livro de Sofonias
que, em termos proporcionais, foi o autor sagrado que mais tratou deste
importante tema.
A Grande Tribulação é o “dia do Senhor”, no qual Deus
entrará em juízo com um mundo altivo, rebelde e impenitente (Is 13.9-11; Ml
4.1).
Tendo como base as Sagradas Escrituras, observemos,
como poderemos definir esta tão importante doutrina.
I. O QUE É A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Definição. A Grande Tribulação é o período de maior
angústia da história humana, em que os ímpios serão obrigados a reconhecer quão
terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Na língua hebraica, a palavra angústia é
particularmente forte: tsará, que significa, ainda, necessidade e esposa rival.
Evoca este termo as contendas que havia, por exemplo, entre Penina e Ana, que
levaram esta a uma aflição quase que indescritível (1 Sm 1.15).
A Grande Tribulação recebe, outrossim, as seguintes
denominações na Bíblia Sagrada:
a) Dia do Senhor. “O grande dia do Senhor está perto,
está perto, e se apressa muito a voz do dia do Senhor; amargamente clamará ali
o homem poderoso” (Sf 1.14).
b) Dia da Angústia de Jacó. “Ah! Porque aquele dia é
tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó;
ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.7).
c) Ira do Cordeiro. “E os reis da terra, e os grandes,
e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se
esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado
sobre o trono e da ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e
quem poderá subsistir?” (Ap 6.15-17).
II. QUANDO TERÁ INÍCIO A GRANDE TRIBULAÇÃO
A Bíblia é clara a respeito da Grande Tribulação, que
terá início:
1. Após o arrebatamento da Igreja. “Como guardaste a
palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há
de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10).
Logo: a Igreja de Cristo não terá de experimentar a Grande Tribulação. Neste
período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao trabalho que
executamos na expansão do Reino de Deus. A promessa de Jesus à sua Igreja é a
de preservá-la desse sofrimento (1 Ts 1.10; 5.9; Lc 21.35,36).
2. Na metade da 70ª Semana de Daniel. “E ele firmará
um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o
sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o
assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador” (Dn 9.27).
A 70ª Semana de Daniel pode ser dividida em duas
metades distintas.
a) A primeira metade da semana será marcada pelo
reinado absoluto do Anticristo que, assentado no Santo Templo em Jerusalém,
será aceito tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles, tê-lo-ão como o
seu messias; estes, como o seu salvador. Essas duas metades da semana profética
de Dn 9.27 são mencionadas diversas vezes em Ap 11.2,3; 12.6,14; 13.5.
b) A Segunda metade será ocupada pela Grande
Tribulação propriamente dita: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança,
então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que
está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3).
III. QUAL O OBJETIVO DA GRANDE TRIBULAÇÃO
A Grande Tribulação será deflagrada, visando a
aplicação dos juízos divinos sobre a terra e a reconciliação de Israel com o
seu verdadeiro Messias. Ela também possui como objetivos:
1. Levar os homens a se arrependerem de seus pecados.
“E, por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus
do céu e não se arrependeram das suas obras” (Ap 16.11).
2. Destruir o império do Anticristo. “E o quinto anjo
derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e
os homens mordiam a língua de dor” (Ap 16.10).
3. Desestabilizar o atual sistema mundial. “Estavas
vendo isso, quando uma pedra foi cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos
pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro,
o barro, o cobre, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das
eiras no estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a
pedra que feriu a estátua se fez um grande monte e encheu toda a terra” (Dn
2.34,35).
4. Implantar o reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.
“Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será
jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá
todos esses reinos e será estabelecido para sempre” (Dn 2.44).
IV. QUEM PASSARÁ PELA GRANDE TRIBULAÇÃO
Há dois grupos distintos que passarão pela Grande
Tribulação:
1. Os judeus que não tiverem aceitado a Cristo. “Ah!
Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de
angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (Jr 30.1-7). Leia também
Apocalipse 12.1-7. Nesta passagem, Israel é tipificado pela mulher que,
perseguida pelo dragão, vai procurar refúgio no deserto. E o dragão, que é o
próprio Diabo, buscando sempre arruinar os planos de Deus, sai para fazer
guerra aos descendentes da mulher que se acham espalhados pelo mundo.
2. Os gentios. “Depois destas coisas, olhei, e eis
aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e
povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando
vestes brancas e com palmas nas suas mãos” (Ap 7.9,13,14). Nesta passagem,
somos apresentados aos gentios que serão salvos durante a Grande Tribulação.
V. AS QUATRO FASES DA GRANDE TRIBULAÇÃO
Durante a 70ª Semana de Daniel, na qual situa-se a
Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
1. A falsa paz oferecida pelo Anticristo. “E olhei, e
eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e
foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Ap 6.2).
Não podemos confundir este cavaleiro com o Senhor
Jesus Cristo que, em Apocalipse 19.11, aparece gloriosamente, voltando à terra
para implantar o Reino de Deus (Ap 19.11). A paz a ser oferecida pelo
Anticristo é ilusória e passageira (1 Ts 5.3).
2. A guerra. “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que
estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se
matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Ap 6.4).
3. A fome. “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o
terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que
sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos
quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas
de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho” (Ap 6.5,6).
4. A morte. “E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a
voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e
o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e
foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome,
e com peste, e com as feras da terra” (Ap 6.7,8).
Os quatro primeiros selos do Apocalipse são uma
admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande Tribulação. Em primeiro
lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz esta, aliás, que, por ser
estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar guerras e
desinteligências entre as nações. Como acontece em períodos de conflagrações,
os conflitos armados trarão a fome que, por seu turno, haverá de gerar
epidemias e pestilências.
VI. HAVERÁ SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
Quando se estuda a Grande Tribulação, a pergunta é
inevitável: haverá salvação neste período? O livro do Apocalipse mostra dois
grupos distintos de salvos: os israelitas e os gentios (Ap 7.4-14). Isto
significa que, apesar da oposição do Anticristo, a Bíblia continuará a ser
divulgada em escala mundial. Enganam-se, portanto, os que afirmam que, após o
arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras perderão a sua inspiração
sobrenatural e única. Tal ensinamento não conta com qualquer respaldo bíblico.
Afirma o profeta Isaías: “Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de
nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).
CONCLUSÃO
Estejamos devidamente apercebidos, a fim de que não
sejamos pegos de surpresa no arrebatamento da Igreja. Os que não subirem, terão
de enfrentar a ira do Cordeiro. Infelizmente, muitos são os que se acham
adormecidos espiritualmente. É hora de despertar deste sono! Caso contrário,
como haveremos de escapar dos horrores da Grande Tribulação?
Senhor, não permitas que sejamos dominados pela
sonolência espiritual. Queremos estar apercebidos, a fim de que, naquele grande
dia, possamos estar para sempre contigo. Amém!
Após o arrebatamento, haverá um tempo de terrível
tribulação e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel
refere-se a uma tribulação jamais dantes experimentada (Dn 12.1). Mateus
24.21-29 descreve-a como a Grande tribulação. E Apocalipse 3.10 descreve-a como
‘a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam
na terra’. Jeremias, por sua vez, predisse que essas trevas seriam o ‘tempo de
angústia para Jacó’ (Jr 30.4-7). Tanto Isaías quanto Zacarias falaram acerca
desta indignação de Deus contra os habitantes da terra (Is 24.17-21 e Zc
14.1-3).
Quando terá início a Grande Tribulação?
Mateus 24.30 localiza a Grande tribulação como tendo
lugar por ocasião do glorioso retorno de Cristo. É evidente, pois, que a
tribulação ocorra entre o arrebatamento e a revelação de Cristo. Temos outras
garantias de que o arrebatamento, realmente, ocorrerá antes da tribulação (1 Ts
5.9-11).
[...] Fica evidente, pois, que nenhuma parte da Igreja
de Cristo será deixada na terra para sofrer os julgamentos de Deus durante a
tribulação” (MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: Uma perspectiva
pentecostal. RJ: CPAD, 1995, pp.232-3).
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PAZ DO SENHOR
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