RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE
SALOMÃO
Subsidio adultos Ezequiel
43.1-9.
1 - Então, me levou à porta, à porta que olha para o
caminho do oriente.
2 - E eis que a glória do Deus de Israel vinha do
caminho do oriente; e a sua voz era como a voz de muitas águas, e a terra
resplandeceu por causa da sua glória.
3 - E o aspecto da visão que vi era como o da visão
que eu tinha visto quando vim destruir a cidade; e eram as visões como a que vi
junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto.
4 - E a glória do Senhor entrou no templo pelo caminho
da porta cuja face está para o lado do oriente.
5 - E levantou-me o Espírito e me levou ao átrio
interior; e eis que a glória do Senhor encheu o templo.
6 - E ouvi uma voz que me foi dirigida de dentro do
templo; e um homem se pôs junto de mim
7 - e me disse: Filho do homem, este é o lugar do meu
trono e o lugar das plantas dos meus pés, onde habitarei no meio dos filhos de
Israel para sempre; e os da casa de Israel não contaminarão mais o meu nome
santo, nem eles nem os seus reis, com as suas prostituições e com os cadáveres
dos seus reis, nos seus altos,
8 - pondo o seu umbral ao pé do meu umbral e a sua
ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e
contaminaram o meu santo nome com as suas abominações que faziam; por isso, eu
os consumi na minha ira.
9 - Agora, lancem eles para longe de mim a sua
prostituição e os cadáveres dos seus reis, e habitarei no meio deles para
sempre.
Atualmente, os cristãos ocidentais não valorizam o
templo? Na Europa, os antiguíssimos e espaçosos templos, outrora tão
frequentados, estão vazios. Isso acontece devido ao esfriamento espiritual e a
dessacralização dos locais religiosos. No Brasil, apesar da enorme e crescente
quantidade de templos em todas as regiões, poucos são os que realmente lhes
atribuem valor sacro. Entretanto, o povo judaico sempre valorizou o templo como
lugar sagrado e de adoração a Deus. Hoje, eles ainda almejam a reconstrução do
Grande Templo, por considerá-lo, entre outras coisas, o símbolo da unidade da
nação com o Messias.
Os propósitos
principais do Templo dos judeus foram delineados nas planícies de Moabe em 1405
a.C. Embora não haja uma referência direta ao Templo, e sim ao local onde
Yahweh escolheria entre as tribos “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.4;11,14), a
narrativa de Deuteronômio é decisiva para a compreensão da importância de um
santuário central. O Templo serviria para: O Senhor habitar entre o povo (v.4);
Israel oferecer o seu culto (v.11); servir de unidade nacional (vv.10,14) e
livrar Israel da idolatria (vv.1-3,30).
Por fim, o Templo foi construído em Jerusalém, na
antiga eira de Araúna, no monte Moriá (2 Cr 3.1), em torno de 966 a.C. Após a
construção do Santuário, os preceitos básicos foram transgredidos: idolatria,
transferência da unidade nacional baseada no Templo para a monarquia e, por
conseguinte, a glória do Senhor ausentou-se do Santuário. Sucessivas reformas
procuraram restaurar o Templo: de Asa (1 Rs 14.9s.); Josias (2 Rs 22), mas
estas estavam condicionadas à fidelidade do rei. O Templo é destruído e
reconstruído (2 Cr 36.19,23), profanado por Antíoco Epifânio (168 a.C),
reconsagrado por Judas, o Macabeu (165 a.C), reformado por Herodes (20-19 a.C),
destruído pelo general Tito em 70 d.C e, por fim, ansiado pelos judeus.
DIDÁTICA
A fim de ilustrar a lição, transcreva para o
quadro-de-giz ou cartolina o esquema didático abaixo. Trata-se de um esboço
gráfico que apresenta as relações e progressos de um determinado assunto. Ele
tem por objetivo proporcionar uma visão panorâmica de todo o conteúdo da lição.
Observe no modelo abaixo as fases do Templo.
A profecia
concernente à reconstrução do Santo Templo, em Jerusalém, é um dos mais
eloquentes alertas quanto ao iminente retorno de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Apesar de não sabermos se o Templo será reerguido antes, ou depois, do
arrebatamento da Igreja, de uma coisa temos certeza: esta profecia está prestes
a se cumprir.
Os achados arqueológicos, contudo, estão a levantar
algumas interrogações. Onde ficava exatamente o templo? Se a mesquita de Omar
ocupa, de fato, a área do antigo templo, este projeto será possível? A única
coisa que sabemos é que as profecias sobre a reconstrução do Santo Templo hão
de se cumprir fielmente, como fielmente cumpriram-se as profecias a respeito da
restauração nacional de Israel em 14 de maio de 1948.
I. O QUE É O SANTO TEMPLO
O Santo Templo construído por Salomão não pode ser
visto apenas como um assombro arquitetônico; é a concretização de um ideal que,
tendo início com os patriarcas, fez-se realidade com o suntuoso edifício que o
filho de Davi ergueu em Jerusalém (Gn 28.10-17; 1 Rs 5-8).
1. Definição. O Santo Templo, por conseguinte, é o
santuário por excelência do povo israelita, onde não somente este, como também
os gentios, deveriam adorar e buscar ao Deus Único e Verdadeiro em espírito e
verdade (Mc 11.17).
2. Conceito teológico. Edificado em Jerusalém, possuía
o Santo Templo uma função teologicamente missionária: atrair os gentios ao Deus
de Abraão (2 Cr 6.32,33; Mt 12.42), fazendo com que estes, juntamente com os
judeus, viessem a constituir-se num só povo em Cristo Jesus.
Infelizmente, o Santo Templo foi transformado, por
reis infiéis e apóstatas, num centro ecumênico, onde cada povo tinha ali um
altar para o seu deus (1 Rs 11.1-13). Dessa forma, Israel perdeu a sua maior
oportunidade de expandir o Reino de Deus até aos confins da terra.
II. O TEMPLO DE SALOMÃO
A construção do Santo Templo teve início por volta do
ano 966 a.C. O autor sagrado dedica a este empreendimento três capítulos do 1º
Livro dos Reis. Terminada a obra, que consumiu os sete primeiros anos do
glorioso reinado de Salomão, e que mobilizou todo o Israel e os países
vizinhos, assim testemunha o cronista com respeito à glória do Senhor que
sobreveio àquele santuário:
1. A glória do Senhor enche o templo. “A casa se
encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor; e não podiam os sacerdotes
ter-se em pé, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor
encheu a Casa de Deus” (2 Cr 5.13.14).
2. A glória do Senhor deixa o templo. Salomão, que tão
bem começara o seu reinado, desvia-se do Senhor para seguir os deuses de suas
muitas mulheres gentias (1 Rs 11.1-13). E, assim, induz Israel à apostasia. Em
consequência, o Senhor decide destruir Jerusalém e, com esta, o Santo Templo
(Jr 7.1-16).
Antes, porém, que viessem os exércitos babilônicos,
retira Ele a sua glória do lugar santíssimo (Ez 11.23). Como haviam predito os
profetas, a Casa de Deus é posta em desolação por 70 anos (Dn 9.2).
III. A RECONSTRUÇÃO DO SANTO TEMPLO
1. O templo de Zorobabel. Terminados os 70 anos de
exílio, suscita o Senhor o espírito de Zorobabel, a fim de que reconstrua o
Santo Templo (Ed 3.1-13). Passados quase cinco séculos, eis que Herodes põe-se
a reformá-lo, objetivando transformá-lo numa das mais notáveis edificações do
Império Romano. Neste empreendimento, o perverso monarca compromete quarenta e
seis anos de seu governo (Jo 2.20). A construção era sobremodo majestosa,
servindo inclusive de introdução ao Sermão Profético de Nosso Senhor (Mc 13.1).
No ano 70, os exércitos romanos, sob o comando de Tito,
destroem completamente o Santo Templo, conforme antecipara o Senhor Jesus (Mt
24.2). Desde então, os judeus, privados de seu santuário, não mais puderam
oferecer a Deus os sacrifícios prescritos no Antigo Testamento. Mas, com muito
anelo, aguardam a reconstrução do Santo Templo em Jerusalém.
2. O templo da 70ª Semana. Eis as profecias que fazem
referência à reconstrução do templo da 70ª Semana.
a) Daniel (Dn 9.27); b) Jesus (Mt 24.15); c) Paulo (2
Ts 2.3-9).
3. O templo do Milênio. Este templo, por suas
características descritas por Ezequiel, difere do templo da 70ª Semana pois
será edificado sobre um monte localizado na parte central do território sagrado
dos sacerdotes (Ez 40.2). Os seus átrios serão murados para se evitar a sua
profanação (Ez 48.8-22). Neste templo, a glória de Deus haverá de manifestar-se
a Israel e ao mundo. E sobre ambos os povos estará governando o Cristo de Deus
como o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Apesar da importância profética do Santo Templo, nós,
que recebemos a Cristo Jesus como o nosso Salvador e Redentor, devemos ter
sempre em mente as palavras de Cristo àquela samaritana que se achava mui
preocupada com o verdadeiro lugar de adoração: “Mas a hora vem, e agora é, em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o
Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23,24).
A reconstrução do Santo Templo, entretanto, deve ser
encarada como um dos mais fortes sinais da volta de Cristo Jesus. Não sabemos
quando se dará este fato: antes ou depois do arrebatamento? O que realmente
sabemos é que Cristo em breve virá buscar a sua Igreja.
Querido Jesus, os sinais tornam-se cada vez mais
fortes e extraordinários. Não permitas que os teus filhos adormeçam na
incredulidade. Ajuda-nos a ser mais precavidos. Em teu nome. Amém!
“O Templo que será erguido e que certamente
será profanado pelo Anticristo tem sido bastante discutido pelos judeus de todo
o mundo. Quando Israel conquistou a parte velha da cidade de Jerusalém com as
ruínas do Templo, em 1967, o velho historiador judeu Israel Eldad, segundo
citação da ‘Revista Time’, teria dito: ‘Agora estamos no mesmo ponto em que
Davi estava, quando libertou Jerusalém das mãos dos jebuseus’. E acrescentou:
‘Daquele dia até o momento em que Salomão construiu o Templo passou-se apenas
uma geração. Assim também acontecerá conosco’.
Recentemente declarou um rabino judeu: ‘Estamos
prestes a ver o grande Templo reconstruído’, isto é, o Templo da Grande
Tribulação. E, sendo indagado por um Jornal bastante badalado: ‘Quem o
reconstruirá: os judeus ou o Anticristo?’ Ele respondeu: ‘O Templo é chamado de
‘...o Templo de Deus’ (Dn 8.11,14; Mt 24.15; 2 Ts 2.4; Ap 11.1) e,
evidentemente só os judeus (ou através deles) serão autorizados por Deus para
sua construção’.
[...] É sabido hoje que já há projeto em Israel para a
construção do Novo Templo. Os judeus políticos dizem: A construção do Templo
será um ato político de primeira categoria, pois somente assim a anexação de
Jerusalém se tornará uma realidade política. Além disso, também motivos
religiosos forçam a construção do Templo”. (SILVA, S. P. Escatologia: doutrina
das últimas coisas. 12.ed., RJ: CPAD, 2000, pp.79-80).
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