SUBSIDO
(1) ADOLESCENTES CPAD
INFLUENCIANDO A SOCIEDADE
Ética Cristã, Confrontando as
questões morais
“De tudo
o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque
este é o dever de todo homem” (Ec 12.13).
Romanos
14.22,23; 1 Coríntios 10.1-12,23,31,32.
Como
investigadora da conduta ideal, a ética propõe questões que avaliam os passos
do homem apreciadas do ponto de vista do bem e do mal.
Sendo
assim, seu estudo foge do âmbito estritamente humano e passa a ser motivo de
aferição fundamentada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada que não muda ao
sabor das circunstâncias.
Ética é
uma questão pessoal ou coletiva? Quais as implicações decorrentes do
comportamento antiético para a igreja local, para a comunidade onde ela está
inserida e para a comunidade cristã como um todo? É possível ser ético sem
afastar-se do convívio com não crentes? Isolar-se seria uma solução? A não
observação dos preceitos éticos é a mesma coisa que pecar?
Se fosse
possível reduzir o conceito de ética, a máxima poderia ser: “Portanto, tudo o
que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós...” (Mateus
7.12).
ORIENTAÇÃO
Prepare-se
convenientemente para as próximas lições! Como você pode constatar, os temas
deste trimestre não são fáceis. Portanto, não perca tempo, pesquise o máximo
que puder. Visite uma boa biblioteca. Estude com afinco todos os dias da
semana. Observe os seguintes princípios:
1.
Preparar cada lição, estudando-a como assunto novo, mesmo que este lhe pareça
conhecido.
2.
Estudar bem a lição até que o assunto se torne bem conhecido e bem claro.
3.
Estudar bem o assunto até que a lição se desenvolva em uma sequência lógica.
4. Ao
preparar a lição, procurar relacionar cada parte dela às necessidades dos
alunos.
5. Usar
métodos e materiais adequados.
6.
Planejar tudo de modo que todos os alunos participem.
7. Ter
alvos específicos: sabendo o que seus alunos devem sentir, saber, e fazer como
resultado do estudo desta lição.
Entender
o que é certo e o que é errado, num mundo em que estão invertidos os valores
morais gravados por Deus na consciência do ser humano e ao mesmo tempo exarados
no Livro do Senhor, não é tarefa fácil. Graças a Deus, temos o maior e melhor
referencial ético que o mundo já conheceu: a Palavra de Deus. Ela é lâmpada e
luz divinas, tanto para nosso ser interior como para nosso viver exterior.
Neste trimestre, apresentaremos uma visão panorâmica da Ética partindo do ponto
de vista bíblico sobre o qual o cristianismo fundamenta seus valores. Esperamos
contribuir para o entendimento do assunto, tecendo considerações sobre alguns
casos éticos típicos, considerando o limitado espaço dos comentários que não
permite uma abordagem mais ampla.
I.
CONCEITUAÇÃO E DEFINIÇÕES
1. Ética
como ciência secular. A Ética é um aspecto da filosofia. A Filosofia está segmentada
em seis sistemas tradicionais: Política, Lógica, Gnosiologia, Estética,
Metafísica e Ética que é o objeto de estudo de Lições Bíblicas neste trimestre.
Para
compreendermos melhor o sentido de Ética, vejamos, de forma sintética, em que
se constituem os outros aspectos aos quais ela está agregada no contexto
filosófico.
Dentre
suas muitas acepções, filosofia é o saber a respeito das coisas, a direção ou
orientação para o mundo e para a vida e, finalmente, consiste em especulações
acerca da forma ideal de vida. Em suma, é a história das ideias. Tudo isto sob
a ética humana. Precisamos aferir o pensamento humano com os ditames da Palavra
de Deus que são terminantes, peremptórias, finais. O homem, seja ele quem for,
é criatura, mas Deus é o Criador (Os 11.9; Nm 23.19; Rm 1.25; Jó 38.4).
Todos os
campos de pensamento e de atividades têm suas respectivas filosofias. Há uma
filosofia da biologia, da educação, da religião, da sociologia, da medicina, da
história, da ciência etc. Consideremos entretanto, os seis sistemas acima
mencionados que foram sistematizados por três antigos pensadores: Sócrates,
Platão e Aristóteles.
a)
Política — Este vocábulo vem do grego polis e significa “cidade”. A política
procura determinar a conduta ideal do Estado, pelo que seria uma ética social.
Ela procura definir quais são o caráter, a natureza e os alvos do governo.
Trata-se do estudo do governo ideal.
b)
Lógica — É um sistema que aborda os princípios do raciocínio, suas capacidades,
seus erros e suas maneiras exatas de expressão. Trata-se de uma ciência
normativa, que investiga os princípios do raciocínio válido e das inferências
corretas quer seja partindo da lógica dedutiva quer seja da indutiva.
c)
Gnosiologia — É a disciplina que estuda o conhecimento em sua natureza, origem,
limites, possibilidades, métodos, objetos e objetivos.
d)
Estética — É empregada para designar a filosofia das belas-artes: a música, a
escultura e a pintura. Esse sistema procura definir qual seja o propósito ou
ideal orientador das artes, apresentando descrições da atividade que apontam
para certos alvos.
e)
Metafísica — Refere-se a considerações e especulações concernentes a entidades,
agências e causas não materiais. Aborda assuntos como Deus, a alma, o livre
arbítrio, o destino, a liberdade, a imortalidade, o problema do mal etc.
f) Ética
— É a investigação no campo da conduta ideal, bem como sobre as regras e
teorias que a governam. A ética, o homem distanciado de Deus por sua
incredulidade e seus pecados, a estuda, entende e até se propõe a observá-la,
mas não consegue, por estar subjugado pelo seu eu, pelos vícios, pelo mundo,
pelo pecado (Rm 2.15-19). Já os servos de Deus, pelo Espírito Santo que neles
habita, triunfam sobre o pecado (Rm 8.2).
Existem
inúmeros argumentos e considerações acerca deste tema, que será tratado aqui do
ponto de vista da ética bíblica a qual expõe Deus como fundamento e alvo da
conduta ideal.
2.
Origem da palavra. Ética vem do grego, ethos, que significa “costume”,
“disposição”, “hábito”. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade,
costume, uso, regra.
3.
Definição. Ética é, na prática, a conduta ideal e reta esperada de cada
indivíduo. Na teoria, é o estudo dos deveres do indivíduo, isolado ou em grupo,
visando a exata conceituação do que é certo e do que é errado. Reiterando,
Ética Cristã é o conjunto de regras de conduta, para o cristão, tendo por
fundamento a Palavra de Deus. Para nós, crentes em Jesus, o certo e o errado
devem ter como base a Bíblia Sagrada, a nossa “regra de fé e prática”.
O termo
ética, ethos, aparece várias vezes no Novo Testamento, significando conduta,
comportamento, porte e compostura (habituais).
A ética
cristã deve ser fundamentada no conhecimento de Deus como revelado na Bíblia,
principalmente nos ensinos de Cristo, de modo que “...ele morreu por todos,
para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles
morreu e ressuscitou” (2 Co 5.15; Ef 2.10).
II.
VISÃO GERAL DA ÉTICA SECULAR E DA ÉTICA CRISTÃ
1.
Antinomismo. Esse ensino errôneo é humanista e secular. Tudo depende das
pessoas, e das circunstâncias. O filósofo incrédulo e existencialista Jean Paul
Sartre, um dos seus promotores, afirma que o homem é plenamente livre. Num dos
seus textos, ele escreve: “Eu sou minha liberdade; eu sou minha própria lei”.
a) Posicionamento
cristão. Esta teoria não serve para o cristão. Nela, o homem se faz seu próprio
deus. A Bíblia diz: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são
os caminhos da morte” (Pv 14.12). “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a
Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem” (Ec
12.13). O antinomismo é relativista, isto é, cada um age como quiser. É o que
ocorria com o povo de Israel quando estava desviado, sem líder e sem pastor (Jz
17.6 e 21.25).
2. Generalismo.
Essa falsa doutrina prega que devem haver normas gerais de conduta, mas não
universais. A conduta de alguém para ser chamada de certa ou errada depende de
seus resultados. É o que ensinava, no século XV, o descrente, político e
filósofo italiano Nicolau Maquiavel: “Os fins justificam os meios”.
a)
Posicionamento cristão. O generalismo não se coaduna com a ética cristã, pois,
para o crente em Jesus, não são os fins, nem os meios, que indicam se uma
conduta ou ação é certa ou errada. A Palavra de Deus é que é a regra absoluta
que define se um ato é certo ou errado. Ela tem aplicação universal. O dever de
todo homem é temer a Deus e guardar seus mandamentos (Ec 12.13). A Palavra de
Deus não muda de acordo com as circunstâncias, os meios ou os resultados. Deus
vela para a cumprir (Jr 1.12b; Mc 13.31).
Há
outras modalidades, formas e expressões da ética secularista, como o
situacionismo, o absolutismo e o hierarquismo, mas nada disso se coaduna ou se
enquadra na ética bíblica, tanto a declarativa, como a tipológica e a
ilustrativa. Estamos mencionando estas formas aqui porque o mundo fala muito
nelas, mas não as cumpre.
O
cristão ortodoxo na sua fé, e fiel ao seu Senhor, terá sempre no manancial da
Palavra de Deus tudo o que carece sobre a ética, na sua expressão prática em
forma de conduta, compostura, costumes, usos, hábitos e práticas diuturnas da
nossa vida para agradar a Deus e dar bom testemunho dEle diante dos homens.
As
abordagens éticas humanas são todas contraditórias. Como seus autores, humanos
e falhos. Uma, como vimos, procura suprir as deficiências das outras. As
abordagens éticas conflitam entre si, deixando um rastro de dúvida e confusão
em sua aplicação. Por isso, devemos ficar com a Palavra de Deus, que não
confunde o crente, nem pode ser deixada de lado ao sabor dos meios, dos fins ou
das situações. A Palavra de Deus satisfaz plenamente.
“Princípios
morais, que são os mais abrangentes e importantes conceitos éticos, não se
aplicam a algumas atividades, mas a todas.
São,
portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de
conveniência. ‘Que é o que o Senhor pede de ti... senão que pratiques a
justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?’ (Mq 6.8).
Nunca estamos dispensados de agir em justiça e amor.
Observe
esses dois princípios neste contexto. Ambos se referem a pessoas, à maneira
justa de tratá-las, e interesse em seu bem (bem mais elevado, e não apenas
alegria ou sucesso na vida). ‘O Senhor faz... justiça a todos os oprimidos’ (Sl
103.6) e devemos fazê-lo também. Leis justas, governo justo, economia justa,
preços justos, salários justos, relações equânimes entre marido e mulher fiéis
um ao outro, relação pacífica equânime também entre as nações deste mundo.
Devem ser esses os nossos conceitos, pois procedem de Deus (Is 9.2-7; 11.1-5).
A justiça é um princípio distributivo que trata igualmente as pessoas” (Ética:
As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pág.60).
“A
relevância do sal e da luz pode ser notada pelos efeitos que exercem. Se o sal
for insípido, perderá totalmente o seu valor. Se a luz estiver apagada ou
escondida, nenhum benefício trará ao ambiente. Partindo desse pressuposto, há
três aspectos em que se espera a valorização da relevância cristã.
O
primeiro é pelo exemplo. Atitudes falam mais alto do que mil palavras. Quando o
nosso comportamento não condiz com o que falamos, de nada adianta eloquência e
verbosidade, porque o que fica é a marca do que fazemos. As palavras vão ao
vento, mas os traços do nosso exemplo, bom ou ruim, permanecem. A falta de
lisura e nitidez em nossas ações leva-nos à perda da credibilidade naquilo que
propomos e à consequente ausência de relevância do ponto de vista da fé. Foi o
testemunho de Eliseu que permitiu à sunamita identificá-lo como homem de Deus.
Nossos
atos podem ser positivos ou negativos e sempre terão influência para o bem ou
para o mal. Quanto mais a nossa vida é exposta ao público, os rastros de nossas
ações terão número cada vez mais considerável de seguidores, que, em muitos
casos, não questionarão o que fazemos, mas simplesmente copiarão o nosso modelo
tal é a força do exemplo” (A Transparência da Vida Cristã. CPAD, pp.51,52).FONTE
CPAD
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PAZ DO SENHOR
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