SUBSIDIO PRE-ADOLESCENTES
RECEBENDO A SALVAÇÃO.
João 3.14-21. N.4
14 - E, como Moisés levantou a serpente no deserto,
assim importa que o Filho do Homem seja levantado,
15 - para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.
16 - Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.
17 - Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para
que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 - Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê
já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19 - E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e
os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.
20 - Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e
não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
21 - Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim
de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.
PONTO DE CONTATO
Professor, a doutrina da salvação não deve ser apenas
compreendida. É necessário que seja experimentada pelos seus alunos. Conhecer
os profundos e confortadores ensinos concernentes à redenção é um bálsamo para
o peregrino cristão. No entanto, o conhecimento teórico de pouco adianta se a
obra salvífica de Cristo não for experimentada. Portanto, ministre a lição com
objetividade, conhecimento da doutrina e amor pela conversão e salvação de seus
alunos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conceituar a doutrina da salvação.
Descrever os objetivos da graça.
Explicar a predestinação bíblica.
SÍNTESE TEXTUAL
A doutrina da salvação, chamada de Soteriologia,
ocupa-se do estudo do plano salvífico (Ef 1.3-14), da obra de Cristo (Rm
3.24-26), e da aplicação da salvação ao homem (Ef 2.8-10), de acordo com a
Escritura. O termo procede do grego sōtēria, traduzido por “salvação”,
“libertação” e “preservação”. Nos textos de Lc 1.69,71 e Hb 11.7, o vocábulo é
usado com o sentido de “livrar ou preservar de um perigo eminente”. A palavra
equivalente usada no Antigo Testamento é yeshû‘â (o nome Jesus no grego,
procede desse termo hebraico, Mt 1.21), isto é, “salvação”, “livramento”. O
termo hebraico é usado, em Gn 49.18, como referência à salvação do Senhor (ver
Dt 32.15; 1 Sm 12.1), e, em Ez 37.23, com o significado de “livrar” dos
pecados. Portanto, salvação, quer no Antigo ou Novo Testamento, significa
libertação, livramento ou preservação de um perigo eminente.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Professor, antes que o homem pudesse pensar em Deus,
ele já estava presente no pensamento de Deus. A Escritura em inúmeras passagens
atribui a salvação a uma ação e iniciativa completamente divina: Deus elege,
predestina e chama (Ef 1.4,5,18; 2.8-10; Rm 8.28-30; Fp 2.15,16; 2 Ts 1.11; Hb
3.1; 2 Pe 1.10). No entanto, é necessário que o homem responda positivamente a
vocação celeste: recebendo-o (Jo 1.12), crendo (Jo 3.16), indo ao encontro dEle
(Jo 6.37), invocando-o (Rm 10.13), entre outros. A obra inicial do Espírito
Santo, a fim de que o pecador seja salvo, é convencer o homem do pecado, da
justiça e do juízo (Jo 16.8-11). Portanto, há um completo envolvimento da
deidade e do homem na salvação. O gráfico a seguir representa esses conceitos.
Apresente aos alunos após o tópico III.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Afirma Matthew Henry que a nossa “salvação é tão bem
projetada, tão bem harmonizada, que Deus pode ter misericórdia dos pobres
pecadores e estar em paz com eles, sem nenhum prejuízo de sua verdade e
justiça”. Quem há de contestar o irmão Henry? Certo teólogo, aliás, chegou a
declarar que o Plano de Salvação é tão eterno quanto o próprio Deus.
Neste domingo, veremos o que a Bíblia ensina acerca da
salvação; é um tema que se estende do Gênesis ao Apocalipse.
I. O QUE É A SALVAÇÃO
1. Definição etimológica. Na língua original do Novo
Testamento, a palavra sōtēria, além de salvação, traz as seguintes
significações: “libertação de um perigo eminente. Livramento do poder e da
maldição do pecado. Restituição do homem à plena comunhão com Deus” (Dicionário
Teológico).
2. Definição teológica. Doutrina segundo a qual, Deus,
em seu insondável amor, ofereceu o seu Unigênito para salvar pela graça, por
intermédio da fé, os que o aceitam como o único e suficiente Salvador (Ef
2.8-10). A salvação é amorosamente inclusiva; contempla a humanidade por
inteiro, visto que todos nós, em Adão, caímos no pecado pela transgressão da
Lei de Deus; logo: todos precisamos ser resgatados por Cristo. Ler Rm
5.12,17,18; Gl 4.4,5; Is 43.27.
II. A GRAÇA DE DEUS NA SALVAÇÃO DO HOMEM
Agostinho realça a doutrina da graça divina: “A graça
de Deus não encontra homens aptos para a salvação, mas torna-os aptos a
recebê-la”. Nesta admirável definição, temos a essência do que é e do que
representa a graça de Deus.
1. Definição etimológica.Tanto a palavra hebraica
hessed, quanto a grega charis, trazem a idéia de favor imerecido. Esta é a mais
universal e clássica definição de graça.
2. Definição teológica. A graça, portanto, é o favor
imerecido que Deus, gratuitamente, concede à raça humana, capacitando-nos a
compreender, a aceitar e a usufruir, de imediato, das bênçãos do Plano de
Salvação (Ef 2.8,9).
3. Objetivos da graça de Deus. A graça tem por
objetivos: 1) salvar o homem da condenação do pecado; e 2) restringir a ação
deste, levando o ser humano a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus (Rm
5.2; Ef 2.8). A graça é operada mediante a fé.
III. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO
Conforme Efésios 1.4,5, a eleição (v.4) precede a
predestinação (v.5) que, embora infinita e insondável, não é a salvação em si.
A predestinação é “para a salvação” (2 Ts 2.13), a fim de sermos filhos de
adoção (Ef 1.5)
1. Eleição (Ef 1.4,5). Antes mesmo de o Universo ter
sido criado, nós já havíamos sido eleitos por Deus para usufruir plenamente da
salvação. Leia também 1 Pe 1.1,2.
2. Predestinação. O apóstolo afirma que fomos não
somente eleitos, mas igualmente predestinados à vida eterna (Ef 1.5).
Isto não significa, porém, que Deus tenha amado apenas
uma parte da raça humana; amou-a por completo. Pois a promessa do Salvador foi
feita em primeiro lugar a Adão — o pai de todas as famílias da Terra e
representante de toda a humanidade (Gn 3.15). Portanto, basta o homem receber a
Cristo para desfrutar, de imediato, dos benefícios da eleição e da
predestinação. Em sua presciência, Deus elegeu, em seu Filho, aqueles que,
aceitando o Evangelho, experimentam o milagre da regeneração.
IV. A REGENERAÇÃO
Neste tópico, entraremos a ver por que a regeneração é
tão importante à união do ser humano com Deus. Vejamos, pois, o que é a
regeneração?
1. Definição etimológica. A palavra regeneração
significa gerar de novo, nascer outra vez.
2. Definição teológica. A regeneração é a obra
fundamental e instantânea de Deus que concede gratuitamente ao pecador uma nova
vida espiritual através dos méritos de Cristo. É a natureza divina operando no
crente por intermédio da ação do Espírito Santo (2 Pe 1.1-5).
3. A necessidade da regeneração. É necessária para se
entrar no céu (Jo 3.3); para se resistir ao pecado (1 Jo 3.9); para se ter uma
vida de retidão (1 Jo 2.29).
V. A JUSTIFICAÇÃO
1. Definição etimológica. A palavra justificação é
oriunda do hebraico tsādēq e do grego dikaios. Significa, declarar justo pelos
méritos de Cristo.
2. Definição teológica. Justificação é um termo
forense e traz esta rica conotação: declarar alguém justo, como se este jamais
houvera cometido quaisquer iniqüidades. Logo: é mais do que absolvição; é
colocar o pecador arrependido no lugar de justo.
3. Benefícios da justificação. Estes são alguns dos
benefícios da justificação: 1) um novo relacionamento com a Lei (At 13.39); 2)
um novo relacionamento com Deus (Rm 5.1,9); uma nova concepção sobre a própria
culpa (Rm 8.33); uma nova perspectiva quanto ao futuro (Tt 3.7).
VI. A ADOÇÃO
Antes de aceitarmos a Cristo, éramos apenas criaturas;
agora, co-herdeiros de Cristo Jesus com pleno acesso a todas as bênçãos que,
nEle, reservou-nos o Pai Celeste (Ef 1.13; 1 Co 3.21). A adoção, portanto, é
uma das mais belas e confortadoras doutrinas da Bíblia.
1. Definição etimológica. A palavra adoção,
considerada literalmente, significa colocar na posição de filho.
2. Definição teológica. No Novo Testamento, o vocábulo
descreve o ato pelo qual Deus recebe, como filho, alguém que, legal e
espiritualmente, não desfruta do direito de tê-lo como Pai. A partir desse
momento, passa esse alguém, mediante o sacrifício de Cristo no Calvário, a
desfrutar de todos os privilégios que Deus preparou àqueles que aceitam a
Cristo como único e suficiente Salvador. O termo adoção encontra-se apenas nas
epístolas paulinas (Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5).
3. Os privilégios da adoção. Adotado por Deus, o
crente é considerado como filho do Pai Celeste (1 Jo 3.2); como irmão de Jesus
(Hb 2.11); como herdeiro dos céus (Rm 8.17). De igual modo, é libertado do medo
(Rm 8.15) e desfruta de segurança e certeza de vida eterna (Gl 4.5,6).
VII. A SANTIFICAÇÃO
A doutrina da santificação é uma das mais
negligenciadas de nosso púlpito. Apesar disso, sua validade e reivindicações
continuam tão eloqüentes hoje como nos tempos bíblicos. O que é, todavia, a
santificação?
1. Definição etimológica. A palavra santificação, nos
seus dois principais termos das Sagradas Escrituras (qōdesh, no A.T., e
hagiazō, no N.T.), significam: separação do mundo e consagração a Deus.
2. Definição teológica. Tendo por base a graça divina,
a santificação leva o crente a separar-se do mundo, de sua filosofia de vida e
de suas vis concupiscências, a fim de consagrar-se totalmente a Deus e ao
serviço de seu Reino.
3. A santificação é um processo. Se a regeneração é um
ato instantâneo, a santificação é um processo, através do qual o homem,
continuamente, torna-se, pela ação do Espírito Santo, mais parecido com Deus
(Pv 4.18; Fp 3.12-14; 2 Co 3.18).
4. Os propósitos da santificação. Levar o homem a
identificar-se com o seu Criador (Lv 19.2; Gl 2.19) e constranger o homem a
dedicar-se ao serviço de Deus (Êx 19.6).
5. Os meios da santificação. Estes são os meios
através dos quais Deus opera, em nós, a santificação: a Palavra (Jo 17.17); o
sangue de Jesus (Hb 13.12); o Espírito Santo (2 Ts 2.13); a fé em Deus (At
26.18).
CONCLUSÃO
Como é maravilhoso experimentar a salvação em Cristo
Jesus! Todavia, o melhor está por vir. Quando Ele voltar para buscar a sua
Igreja, haveremos de experimentar a salvação em toda a sua plenitude. Conforme
ensina o apóstolo Paulo, os salvos seremos transformados num abrir e fechar de
olhos ante o toque da última trombeta. E, assim, estaremos para sempre com o
Senhor. Aleluia! Você já experimentou a salvação? Aceite a Cristo
imediatamente.
“O Alcance da Salvação
1. A salvação é para o mundo inteiro. Através do
sacrifício perfeito de Cristo, todos os habitantes da Terra foram
representados, e os seus pecados foram potencialmente perdoados. Cristo ‘é a
propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas
ainda pelos do mundo inteiro’ (1 Jo 2.2).
2. A salvação é para os que crêem. Apesar de Cristo
haver morrido pelos pecados do mundo inteiro, há um sentido em que a expiação é
uma provisão divina feita especialmente por aqueles que crêem. Paulo apresenta
Jesus Cristo como o ‘Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis’ (1
Tm 4.10). Deste modo, apesar de a salvação estar à disposição de toda a
humanidade, de forma experimental ela se aplica exclusivamente àqueles que crêem.
3. Alguns abandonarão a salvação. A Bíblia dá a
entender que muitos daqueles pelos quais Cristo morreu, aceitarão a sua
provisão salvadora, mas depois abandonarão, perdendo com isto o direito à vida
eterna [...]”.
(OLIVEIRA, R. As grandes doutrinas da Bíblia. 7.ed.,
RJ: CPAD, 2003, p.217-8.) FONTE CPAD
fonte comentario biblico Mathew Henry, novo testamento
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PAZ DO SENHOR
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