SUBSIDIO ADOLESCENTE N.3 1
TRIMESTE 17/1/2016 LIÇÕES CPAD
ABRAÃO EXEMPLO DE OBEDIENCIA
E JESUS TAMBÉM
Sumário
1- A Imagem do Deus Invisível
2- Uma Pessoa Especial
3- O Filho Amado e Obediente
4- O Amigo Leal
5- A Unidade na Diferença
6- Mestre e Discipulador
7- O Semeador da Palavra
8- A Resistência contra a Tentação
9- Influenciando a Sociedade
10- Ética Cristã
11- O Perdão
12- A Vida de Oração
13- Vida Feliz
Deus
chamou Abraão de Ur dos Caldeus para usá-lo num elevadíssimo projeto: ser o pai
de uma grande nação. Não sabemos qual critério o Eterno utilizou para esse
chamamento. Poderia ter escolhido Enoque, o que fora transladado; ou Noé, o
justo (Gn 7.1). Todavia, preferiu Abraão. Resgatou-o de uma cultura idólatra,
perversa e imoral a fim de que lhe servisse por toda a vida.
I.
ABRAÃO ANTES DO SEU CHAMADO
1.
Ur dos Caldeus. Fundada cerca de 2.800 a.C, foi o centro de uma grande cultura
pagã. Era avançada nas ciências e proporcionava aos seus habitantes, excelente
estabilidade sócio-econômica. Além disso, Ur exerceu forte influência
religiosa, social e comercial em toda a região mesopotâmica e fora dela.
2.
Harã e Siquém (Gn 12.4-8). A despeito de acumular muitas riquezas em Harã, o
coração do patriarca não estava ali. Ele sabia que a vontade de Deus deveria
ser cumprida, por isso decidiu partir de Harã para Canaã, passando por Siquém.
Além disso, seu pai já estava morto, não havia nada que pudesse detê-lo. Sua
obediência e firme confiança em Deus fê-lo perseverar na jornada.
Em
Siquém, o Senhor aparecera a seu servo, reafirmou-lhe as promessas, mostrando
toda a terra de Canaã.
3.
Disposição para mudar. Abraão teve de ter fé e muita disposição para sair de
uma cidade tão rica e desenvolvida, e peregrinar numa terra totalmente
ignorada. O cristão que deseja fazer a vontade de Deus deve estar preparado
para mudanças profundas em todas as áreas da sua vida. Isso aconteceu com
Jonas, o profeta; com o apóstolo Paulo, Pedro e com muitos outros ao longo da
história. Você tem se colocado à disposição de Deus?
II.
CONSEQÜÊNCIAS DA PARCIALIDADE
Deus
ordenou a Abraão que se separasse de seus parentes. Exceto Sara, sua esposa,
nenhum outro membro da família deveria acompanhá-lo. Todavia, o patriarca,
certamente constrangido pela idade avançada de seu pai, e a presença de seu
sobrinho Ló, decidiu levá-los.
1.
Desgaste espiritual. Abraão, na verdade, confrontou a ordem divina (Gn 12.1,5;
13.1b). Ele devia ter evitado que os laços familiares atrapalhassem o caminho
que o Senhor lhe havia preparado. Escrevendo aos Romanos no capítulo 12,
versículos 1 e 2, o apóstolo Paulo nos apresenta um princípio infalível de
bem-estar espiritual para todo o crente: descobrir a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus. Este princípio, quando posto em prática, garante permanente
comunhão com o Altíssimo.
2.
Desgaste afetivo (Gn 13.1-18). Abraão teve de apaziguar uma desavença entre
seus pastores e os de Ló. Em razão de haver rebanho demais para pouca terra,
eles constantemente disputavam os pastos para seus bois e ovelhas. A situação
ficou tão insuportável que o patriarca precisou, inclusive, separar-se de seu
sobrinho.
3.
Desgaste econômico. Sendo inevitável a separação, Abraão deu a Ló o privilégio
de escolher seu território. Ló não teve dúvida, escolheu aparentemente a melhor
parte: uma campina fértil à beira do rio Jordão (Gn 13.10,11). Este episódio
nos mostra que o homem em desobediência a Deus pode sofrer conseqüências
desastrosas em qualquer área de sua vida.
III.
A CHEGADA EM CANAÃ
1.
Ratificando as promessas. Assim que Abraão chegou a Canaã, Deus lhe apareceu
mais uma vez a fim de ratificar a promessa feita em Harã: “à tua semente darei
esta terra” (Gn 12.7a). Era tudo que precisava para saber que estava no centro
da vontade de Deus, uma vez que há tantos anos o Senhor não lhe aparecia.
Esse
episódio nos faz concluir que o silêncio de Deus não tira o crente do rumo
certo. Compete a este permanecer firme nas promessas imutáveis do Senhor.
2.
O testemunho público. A entrada de Abraão em Canaã foi marcada por um culto de
adoração e ações de graças a Deus. O patriarca mostrou aos cananeus que ali
estava um homem comprometido com a adoração de um único e verdadeiro Deus.
Todos ficaram cientes de que Abraão era um homem de fé logo no primeiro momento
de sua chegada. Esta deve ser a conduta do crente: demonstrar que serve a Deus
em todo lugar e em qualquer circunstância (Mt 10.32; Lc 12.8).
IV.
ASPECTOS POSITIVOS DO CARÁTER DE ABRAÃO
O
que mais chama a atenção não é a derrota dos inimigos, mas sim a generosidade
do patriarca para com seu sobrinho. Ele não demonstrou nenhum indício de
ressentimento ou animosidade contra aquele que um dia lhe prejudicara.
O
“amigo de Deus” deixou-nos uma grande lição sobre como devemos proceder com
aqueles que direta ou indiretamente nos causam danos. Ponhamos em prática os
ensinos de Jesus (Lc 6.27b,28b).
2.
Firmeza. Abraão revelara este aspecto de seu caráter quando aguardava o
cumprimento da Palavra do Senhor. A despeito de viver em Canaã, a promessa que
Deus lhe fizera não havia se cumprido integralmente. Faltava-lhe um legítimo
herdeiro. Contudo, Abraão permaneceu fiel, aguardando a concretização dos
planos divinos em sua vida (At 7.2; Gn 12.1,2).
3.
Fidelidade. A fidelidade de Abraão é demonstrada no momento em que se encontrou
com Melquisedeque (Gn 14.18,19), rei e sacerdote do Deus Altíssimo. O fiel
servo do Senhor entregou-lho o dízimo de todos os seus bens.
4.
Integridade. Ao regressar da batalha dos quatro reis contra cinco, Abraão
recebeu uma tentadora proposta do líder de Sodoma. O patriarca ficaria com
todos os despojos da peleja, enquanto ele (o rei de Sodoma) teria direito sobre
os prisioneiros de guerra. É claro que o servo do Senhor não aceitou esse
acordo (Gn 14.22,23). Ele não queria riquezas que o prendesse a Sodoma. E, além
disso, aqueles bens tinham procedência mundana e profana. O cristão deve ser
vigilante quanto à origem do que vem às suas mãos para que sua adoração não
seja rejeitada (Sl 24.1-5).
5.
Submissão. Abraão foi duramente provado quando Deus lhe pediu Isaque em
holocausto (Gn 22.3). Certo de que o Senhor poderia ressuscitá-lo, não
titubeou: partiu para o lugar do sacrifício, levando consigo seu único filho e
dois criados (Gn 22.1-3; Hb 11.17,18). O caráter submisso de Abraão é uma
referência para todos que desejam viver em santa obediência ao Senhor.
Submissão e fé são imprescindíveis à vida cristã (Rm 1.5; At 5.32). Urge
vivermos em constante oração para que a vontade de Deus esteja sempre diante de
nossos olhos (Rm 12.1,2). Os que confiam no Senhor recebem dele o necessário
provimento, a exemplo de Abraão, que encontrou um cordeiro para o holocausto
(Gn 22.13).
V.
ASPECTOS NEGATIVOS DO CARÁTER DE ABRAÃO
1.
Medo. Nenhum homem de Deus está livre de sentir-se inseguro em determinadas
situações. Isso aconteceu com Abraão após o resgate de Ló. Deus, porém, lhe
apareceu em uma visão, à noite, dizendo: “Não temas, eu sou o teu escudo” (Gn
15.1). O mesmo ocorreu com Gideão (Jz 7.10), com os discípulos (Mc 6.49,50) e
ainda hoje com diversos servos de Deus. Em todos os casos, o Senhor se faz
presente.
2.
Fingimento. Abraão propôs a Sara que fingisse ser sua irmã. Por ser muito
formosa, o patriarca pensou que se ela se passasse por sua irmã, os egípcios
não o matariam (Gn 12.11-13). Abraão omitiu a verdade absoluta, usando de
subterfúgios. A palavra do crente deve ser sim, sim e não, não (Mt 5.37). O
fingimento é uma forma de mentira, e a Bíblia o condena taxativamente (1 Pe
2.1; Pv 25.23).
Por
seu íntimo relacionamento com o Senhor, Abraão recebeu o título de “amigo de
Deus” (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23). Foi o único a conquistar tamanho
privilégio. Tendo saído de uma terra carregada de idolatria, Deus o honrou
sobremaneira. Sua submissão ao Senhor foi o ponto forte de toda sua vida, como
lemos no texto áureo desta lição.
Não
obstante todas as falhas humanas, Abraão tornou-se o maior modelo de fé e
obediência a Deus. Sigamos, pois, o seu exemplo.
“História de Abraão
Abraão
iniciou sua vida em Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia. Dali, Terá, seu pai,
mudou-se com a família para Harã. Tanto Ur como Harã eram centros de adoração
da lua. O nome de seu pai, Terá, provavelmente significasse ‘Ter é (o divino)
irmão’. Acredita-se que ‘Ter’ seja uma variação dialética para o deus lua e era
especialmente popular no distrito de Harã como foi confirmado pelos registros
assírios. Mas Abraão foi convocado pela voz de Deus a deixar o seu cenário pagão,
para ir a uma terra divinamente prometida à sua semente.
Após
sua chegada à Palestina, Abraão passou muitos dias principalmente nas
proximidades de três centros no sul, Betel, Hebrom (Manre) e Berseba.
Entretanto, nas proximidades de Betel, Abraão construiu o seu segundo altar (Gn
12.8; 13.3) e invocou o nome do Senhor Jeová [...]”.(PFEIFFER, C. F. Dicionário
bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2006, p.11.)
Abraão
peregrinou por terras longínquas e inóspitas. Enfrentou todas as dificuldades
comuns aos viajantes nômades. Para as caravanas que cruzavam a estrada, lá
estava mais um pastor nômade vagando pelo ermo. Porém, Abraão via o invisível e
conhecia o incognoscível! Ele caminhava em direção à Terra Prometida - ao seu
lar de inefável alegria! O ardor do estio que crestava-lhe a tez, não era mais
forte do que a fé rubra que incendiava-lhe a alma! Assim também peregrinamos
pelos vales desse mundo. Os que atravessam o caminho não vêem o que vemos; não
discernem o que conhecemos!
Estamos
caminhando em direção ao nosso lar celeste. As chamas das vicissitudes não são
maiores do que a nossa esperança no Sol da Justiça. Permaneça firme até o
encontro celestial.
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PAZ DO SENHOR
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