Lições Bíblicas CPAD
Jovens 1º Trimestre de 2016
Título: Justiça e Graça —
Um estudo da Doutrina da Salvação na carta aos Romanos
Comentarista: Natalino
das Neves
Lição 5: A justificação
pela fé
Data: 31 de Janeiro de
2016
TEXTO DO DIA
“[...] isto é, a justiça
de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque
não há diferença” (Rm 3.22).
SÍNTESE
Abraão foi a figura
didática adequada para a explicação paulina da justificação pela fé, pois foi
justificado antes da circuncisão e da lei, sem obras meritórias, mas somente
pela fé.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Rm 3.21
Somos justificados pela
fé
TERÇA — Gl 1.6,9
Alguns dos gálatas depois
de justificados, foram tentados a retroceder
QUARTA — Rm 4.1-8
A justificação de Abraão
foi um presente de Deus
QUINTA — Rm 4.9-16
Abraão foi justificado
antes da circuncisão e da lei
SEXTA — Hb 11.18
Abraão acreditava que
Deus poderia ressuscitar Isaque
SÁBADO — Gn 12.1-9
A justificação de Abraão
foi um protótipo da fé cristã
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
APRESENTAR a doutrina da
justificação pela fé;
CONSCIENTIZAR da
insuficiência da lei para a justificação;
EXPLICAR porquê Paulo
utilizou a figura de Abraão para esclarecer a doutrina da justificação pela fé.
INTERAÇÃO
Chegamos ao ponto central
da Epístola aos Romanos, o momento em que Paulo cuidadosamente preparou para
apresentar a grande novidade, a revelação da verdadeira justiça de Deus, que se
constitui na doutrina da justificação pela fé, já indicada em Romanos 1.17. Até
este momento, Paulo teve o cuidado para demonstrar que o judeu e o gentio
estavam em situação de igualdade, que todos pecaram e destituídos estavam da
glória de Deus. Ele conscientizou seus destinatários da dependência de uma
alternativa para salvação, de outra forma, estariam condenados. No auge da
expectativa, apresenta a solução, a salvação somente é possível por meio do
sacrifício de Cristo, pois os sacrifícios do Antigo Testamento foram
transitórios e somente encobriam os pecados. Qual o preço então? Paulo afirma
que o ser humano precisa apenas ter fé e aceitar o pagamento de sua dívida por
Cristo. Para comprovar aos judeu-cristãos ou cristãos judaizantes, utiliza o
maior argumento deles, a figura de Abraão. Ele era utilizado pelos judeus como modelo
da justificação pelas obras, mas, com base em Gênesis 15.6, Paulo demonstra que
Abraão não foi justificado pelas obras, mas pela fé, antes da circuncisão e da
lei. Com isso, o apresenta como pai de todo aquele que crê como ele, no Deus do
impossível e com poder para ressuscitar (Hb 11.18). O capítulo 4 é uma obra
prima do apóstolo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Sugerimos a simulação de
um júri. Para isso, você precisará dedicar pelo menos uns 25 minutos de sua
aula. Os alunos devem ler a parábola do fariseu e do publicano que se encontra
em Lucas 18.9-14. Divida a turma em dois grupos, um grupo para defender os
argumentos do fariseu e o outro para defender os argumentos do publicano. Dê
uns 5 minutos para os grupos se organizarem e definirem um representante de
cada grupo para defender (advogado) seu personagem escolhido (fariseu ou
publicano) diante do juiz, que será você professor(a). Dê oportunidade para que
cada um argumentar e depois contra-argumentar. No final, dê o veredito final,
conforme registrado em Lucas 18.9-14. Aproveite para explorar os conceitos da
doutrina da justificação pela fé.
TEXTO BÍBLICO
Romanos 3.21-31.
21 — Mas, agora, se
manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos
Profetas,
22 — isto é, a justiça de
Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não
há diferença.
23 — Porque todos pecaram
e destituídos estão da glória de Deus,
24 — sendo justificados
gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
25 — ao qual Deus propôs
para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela
remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;
26 — para demonstração da
sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador
daquele que tem fé em Jesus.
27 — Onde está, logo, a
jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não! Mas pela lei da fé.
28 — Concluímos, pois,
que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei.
29 — É, porventura, Deus
somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios,
certamente.
30 — Se Deus é um só, que
justifica, pela fé, a circuncisão e, por meio da fé, a incircuncisão,
31 — anulamos, pois, a
lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, iremos
estudar a doutrina da justificação pela fé, que foi o grande fundamento
teológico utilizado por Lutero na Reforma Protestante. Paulo vai esclarecer o
que ele já havia indicado no primeiro capítulo (Rm 1.17).
I. A DOUTRINA DA
JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (Rm 3.21-26)
1. O que é a doutrina da
justificação pela fé? A doutrina da justificação pela fé é o cerne da teologia
paulina, utilizada especialmente quando em confronto direto com o ensino
judaico ou dos judeu-cristãos, que defendiam que o homem encontra a graça de
Deus quando cumpre a vontade divina por meio da lei judaica. Paulo
contra-argumenta que basta ao ser humano ter fé na eficácia do sacrifício de
Cristo na cruz para Deus o declarar justo. Os gálatas são chamados à atenção
por Paulo por desprezar este sacrifício e misturar a justificação com a
santificação, confiando nas obras de justiça (Gl 1.6,9), o que Paulo chama de
“outro evangelho”. Martinho Lutero quando traduziu Romanos 3.28, acrescentou
“somente” para dar ênfase, ficando assim o texto: “[...] pela fé somente”. Do
ponto de vista linguístico, Lutero tinha razão de traduzir assim, pois apesar
de o fato das palavras “somente” e “só” terem sido omitidas, esse é realmente o
sentido do texto.
2. O aspecto forense da
doutrina da justificação pela fé. O termo forense está relacionado ao sistema e
práticas judiciais. Neste caso, tem a ver com o conceito da declaração judicial
divina. Para facilitar o entendimento, vamos ilustrar a figura do supremo
tribunal de Deus. Neste tribunal, toda a humanidade tem uma dívida impagável.
Entretanto, Cristo por meio de sua morte na cruz deposita no “Banco do Céu” o
valor suficiente para saldar a dívida de toda a humanidade. Desse modo,
individualmente, quem reconhece o depósito efetuado por Cristo, pela fé,
requisita a Deus, o Supremo Juiz, a absolvição pelos pecados (dívida)
cometidos, indicando para pagamento o depósito feito por Jesus. O juiz divino,
ciente do depósito realizado, credita na conta do réu (Gn 15.6) e o declara
justo. Assim, aquele(a) que inicialmente estava condenado(a) pela ira de Deus,
com a justificação, passa a ter a sentença divina retirada, reconciliado com
Deus gratuitamente, em Cristo.
3. Jesus e a doutrina da
justificação pela fé. A doutrina da justificação pela fé está presente na
mensagem propagada por Jesus, como pode ser constatada em diversas parábolas e
também no seu próprio estilo de vida. Paulo apresenta uma compreensão da
mensagem de Jesus maior do que qualquer outro autor do Novo Testamento. Um
ensinamento tão crucial como a doutrina da justificação não poderia estar
ausente nos ensinamentos do “Mestre dos mestres”, o Senhor Jesus Cristo. Os
conceitos permeavam toda sua pregação do evangelho. Um dos exemplos clássicos é
o relato do encontro de Jesus com o ladrão que estava ao seu lado na cruz. Por
meio de sua fé em Cristo, o ladrão recebeu a promessa de que estaria com Ele no
paraíso (Lc 23.43), sem exigir nenhum sacramento, obra ou ritual para que
alcançasse a justificação. Outro exemplo é a parábola do fariseu e do
samaritano (Lc 18.9-14), que será analisada no tópico seguinte.
Pense!
A doutrina da
justificação pela fé foi o princípio fundamental da Reforma.
Ponto Importante
Apesar de Jesus não falar
especificamente ou de forma sistematizada sobre a doutrina da justificação pela
fé, seus conceitos permeiam seus ensinos e modo de vida.
II. A INSUFICIÊNCIA DA
LEI PARA A JUSTIFICAÇÃO (Rm 3.27-31; Lc 18.9-14)
1. A justiça do homem é
como trapo de imundícia (vv.27-30). Como poderia um pecador, um ser humano
decaído e miserável, sobreviver diante do tribunal de um Deus absolutamente
santo e justo? A justiça inerente do homem é insuficiente para a justificação,
considerada como trapos de imundícia (Is 64.6; Fp 3.8,9), sendo necessária uma
justiça superior que está fora do homem e que lhe seja atribuída. A essência da
justificação é de que o homem é perdoado com justiça, entretanto, é preciso
entender que tal justiça alcançada por Cristo por sua perfeita obediência e o
sacrifício de si mesmo, sendo posteriormente atribuída ao crente. Essa
justificação traz como efeito o perdão, a paz com Deus e a certeza da salvação.
As boas obras não são consideradas como causa, mas como consequências da
justificação. Antes da justificação, Deus é um juiz irado que mantém a
condenação da lei, mas após a justificação inocenta e trata o pecador como
filho.
2. A parábola do fariseu
e do publicano (Lc 18.9-14). Os fariseus observavam os mais rigorosos padrões
legalistas com jejuns, orações, esmolas e outros rituais que excediam as leis
cerimoniais mosaicas. Jesus apresenta por meio da parábola algo que chocou seus
ouvintes: colocar um cobrador de impostos, considerado traidor pelos judeus, em
melhor posição, quanto à justificação, do que um fariseu. A lição de Jesus é
clara: O publicano reconhecia que sua dívida era muito alta e não tinha
condições de pagá-la, a única coisa que poderia fazer era rogar pela
misericórdia de Deus. Não recorreu a obras que havia realizado, nem ofereceu
fazer nada, simplesmente rogou que Deus fizesse por ele o que ele próprio não
podia fazer, somente baseado na fé e misericórdia divinas. Por outro lado, o
fariseu demonstrou arrogância, confiando que os jejuns realizados, dízimos e
outras obras consideradas justas, o tornariam aceito por Deus. Uma cobrança de
retribuição. Porém Jesus afirma que dos dois, somente o publicano foi
justificado.
3. A justificação pela fé
e a santificação (v.31). O apóstolo tem o cuidado para não ser entendido como
um libertino, sem regras e disciplina. A justificação pela fé não significa que
uma vez justificado, o crente pode fazer o que bem entender. Precisa-se tomar
cuidado com algumas afirmações teológicas, como por exemplo, a que ensina que
“uma vez salvo, salvo para sempre”. A justificação, como já vimos, é imediata,
instantânea. No entanto, uma vez justificado, o crente deve manter sua vida de
comunhão com Deus e desenvolver a santificação, que é progressiva. Alguns
críticos da Bíblia afirmam que Paulo contradiz Tiago, porque este assegura que
a fé é comprovada pelas obras. Isto é um equívoco, pois eles tratam de momentos
diferentes da salvação. Paulo fala da justificação, que é mediante a fé e
acontece instantaneamente na conversão (ato estático), enquanto Tiago fala da
santificação que vai sendo desenvolvida após a conversão (processo contínuo).
Pense!
Jovem, já pensou em quão
grandiosa é a misericórdia de Deus e quão infinito é seu amor, a ponto de dar
seu único filho para morrer e pagar o preço pela dívida que era sua?
Ponto Importante
Não se pode confundir
justificação com santificação.
III. ABRAÃO COMO EXEMPLO
DA JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ (Rm 4.1-25)
1. A justificação de
Abraão não foi por obras meritórias (vv.1-8). Paulo não evita o campo escolhido
pelos seus adversários, mas refreia os judeus que se gloriavam por serem filhos
de Abraão. Ele cita Gênesis 15.6 por fazer parte da Escritura hebraica,
totalmente aceita pelos judeus, para demonstrar que Abraão foi justificado,
pela fé e não por qualquer obra efetuada. Paulo passa a trabalhar com o
significado de “creditar” usado pela primeira vez na epístola para demonstrar
que Abraão foi justificado não porque tinha crédito com Deus, mas porque a fé
demonstrada de que Deus pode justificar o ímpio gratuitamente foi creditada em
sua conta, o suficiente para sua justificação. Para reforçar o argumento, Paulo
utiliza também a figura de Davi, citando o Salmos 32.1,2 Portanto, a
justificação vem a nós gratuitamente como um presente.
2. A justificação de
Abraão não foi por meio da circuncisão (vv.9-16). Um dos argumentos mais fortes
utilizados pela epístola aos Romanos é da paternidade de Abraão de todos
aqueles que creem, desenvolvido em Romanos 4.9-12. O período em que Abraão foi
declarado justo pela sua fé na palavra de Deus, conforme descrito em Gênesis
15.6, correspondia a uma época bem anterior à sua circuncisão. Se a fé e a
justificação de Abraão ocorrem antes da circuncisão, ele também é pai dos
gentios, que creem independentes de circuncisão. Os versículos 13 a 16 trazem
um novo elemento, a antítese entre a lei e a promessa. Esclarece que a lei
mosaica foi estabelecida depois da promessa e justificação de Abraão pela fé
(430 anos depois). Portanto, não influenciou na justificação. Dessa forma,
Abraão foi justificado antes da circuncisão e do estabelecimento da Lei, por
não serem requisitos necessários para a justificação.
Pense!
Abraão demonstrou uma fé
ainda maior, pois creu na ressurreição de seu filho (Hb 11.18), mesmo antes de
haver qualquer menção de ressureição na Bíblia.
Ponto Importante
Se tivesse alguém que
pudesse ser justificado por obras, Abraão o seria, com toda certeza. Mas o
apóstolo contrapõe a justificação pelas obras citando o livro de Gênesis 15.6
que afirma ter sido Abraão justificado pela fé, e não pelas obras.
CONCLUSÃO
Aprendemos que a
justificação pela fé é uma doutrina bíblica que acertadamente exclui a
necessidade de obras meritórias para a salvação do ser humano, porém não abre
possibilidade para o antinomismo e precede a santificação.
ESTANTE DO PROFESSOR
GILBERTO, Antônio. O
Fruto do Espírito: A plenitude de Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 2004.
HORA DA REVISÃO
1. Conceitue a da
doutrina da justificação pela fé.
A doutrina da
justificação pela fé é o cerne da teologia paulina, utilizada especialmente
quando em confronto direto com o ensino judaico ou dos judeu-cristãos, que
defendiam que o homem encontra a graça de Deus quando cumpre a vontade divina
por meio da lei judaica.
2. De acordo com a lição,
qual é a situação final da pessoa que está condenado pela ira de Deus e
reconhece o sacrifício vicário de Cristo e requisita sua justificação ao
Supremo Juiz?
Aquele(a) que
inicialmente estava condenado(a) pela ira de Deus, com a justificação é
retirada a sentença divina (declarado justo), reconciliado com Deus
gratuitamente, em Cristo.
3. Cite uma parábola de
Jesus que demonstra que a lei e as obras são insuficientes para a justificação
diante de Deus.
A parábola do fariseu e
do samaritano (Lc 18.9-14).
4. Explique qual a
diferença entre a justificação e a santificação (Paulo x Tiago).
A justificação se dá
mediante a fé e acontece instantaneamente na conversão (ato estático), enquanto
a santificação que vai sendo desenvolvida após a conversão (processo contínuo).
5. Por que Paulo utilizou
a figura de Abraão para exemplificar a doutrina da justificação pela fé?
Porque o exemplo de
Abraão demonstra que ele foi justificado antes da circuncisão e da lei, e sua
fé constitui um protótipo da fé cristã, por crer incondicionalmente em Deus e
no seu poder de ressuscitar.
SUBSÍDIO I
Caro professor, “Deus nos
ordena que ensinemos os jovens. Os jovens de hoje são os líderes de amanhã.
Eles estabelecem metas, fazem escolhas e vivem a vida levando em conta suas
decisões. O ministério de ensino de jovens deve ser excelente.
Os jovens encontram-se
numa encruzilhada. As pessoas que estão em contato com as crianças de hoje têm
a sensação agourenta de uma crise acelerada e problemática. Algo deve ser
feito. Há uma urgência sobre o ministério da mocidade, e aqueles que a consideram
de baixa prioridade.
Ensinar os jovens é
importante para a nossa igreja, por causa do período em que se encontram na
vida. Decisões cruciais são tomadas à medida que passam para a maioridade. Nós
os ensinamos, não apenas para ampará-los como jovens, mas também para ajudá-los
a se tornar líderes adultos.
Procuramos formar neles
as qualidades e características da maioridade cristã. Nosso mais profundo
desejo é que o andar cristão dos jovens torne-se um estilo de vida, no
conhecimento da Palavra de Deus e de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Os jovens procuram
respostas, e, na maioria das vezes, seguem seus líderes” (GANGEL, Kenneth O;
HENDRICKS, Howard, G. Manual de Ensino para o Educador Cristão. 1ª Edição. RJ:
CPAD, 1999, p.149).
SUBSÍDIO II
“Por Jesus Cristo, somos
libertos da antiga lei, para andarmos ‘em novidade de vida’ (Rm 6.4; veja
também Jr 31.31-34). O que quer isso dizer? Que por estarmos livres da Lei,
podemos viver como bem quisermos? Certamente que não! Significa que agora o
Espírito de Cristo em nós habita e que a nossa nova natureza da parte de Deus
está no controle. Esta nova natureza nada tem a ver com a satisfação de desejos
maus ou egoístas; seu propósito e prazer é obedecer e agradar a Deus. A nova
natureza possibilita ao crente obedecer a Deus e viver uma vida que agrada ao
Senhor. [...]. Quanto mais o crente viver e andar segundo o Espírito, e tendo a
Palavra de Deus como a sua regra de fé e modo de proceder, ele viverá
vitoriosamente neste mundo, vitória esta sobre os adversários de nossa alma, a
saber: o pecado, o mundo, nós mesmos (a carne) e o Diabo e seus poderes (veja
Gl 5.16-18,25; Rm 8.1-16). [...] Resumamos o que isto significa: 1) A pessoa
que é salva pela fé em Jesus Cristo e assim permanece já não está sob o jugo da
lei do Antigo Testamento; 2) A partir de sua conversão a Cristo, o Espírito
Santo passa a habitar no crente e lhe comunica uma nova natureza espiritual; 3)
Enquanto o crente entrega incondicionalmente o controle de sua vida ao Espírito
Santo, ele vive uma vida cristã vitoriosa sobre o pecado, o mundo, o Diabo e o
‘eu’; 4) O que determina a conduta do crente doravante é o controle do Espírito
sobre sua vida, à medida que ele o permite. Em Cristo, o crente, como nova
criatura espiritual, não está mais sob o domínio da Lei, nem da velha natureza
e suas inclinações” (GILBERTO, Antônio. O Fruto do Espírito: A plenitude de
Cristo na vida do crente. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.148).
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