SUBSIDIO
JOVENS 1 TRIMESTRE 2016 OS GENTIOS Atos 10.44-48;
11.15-18.
Atos 10
44 - E, dizendo Pedro
ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra.
45 - E os fiéis que eram
da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o
dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios.
46 - Porque os ouviam
falarem línguas e magnificar a Deus.
47 - Respondeu, então,
Pedro: Pode alguém, porventura, recusar a água, para que não sejam batizados
estes que também receberam, como nós, o Espírito Santo?
48 - E mandou que fossem
batizados em nome do Senhor. Então, rogaram-lhe que ficasse com eles por alguns
dias.
Atos 11
15 - E, quando comecei a
falar, caiu sobre eles o Espírito Santo, como também sobre nós ao princípio.
16 - E lembrei-me do dito
do Senhor, quando disse: João certamente batizou com água, mas vós sereis
batizados com o Espírito Santo.
17 - Portanto, se Deus
lhes deu o mesmo dom que a nós, quando cremos no Senhor Jesus Cristo, quem era,
então, eu, para que pudesse resistir a Deus?
18 - E, ouvindo estas
coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade, até aos
gentios deu Deus o arrependimento para a vida.
Deus seja louvado pela
sua iniciativa em prover, quer da perspectiva passada, presente ou futura,
graciosamente a salvação. Deus tem de ser louvado, porque nEle surge uma nova
comunidade que essencialmente derruba a antiga barreira racial existente entre
judeus e gentios. Esse acontecimento ocorre no contexto cuja vontade soberana
de Deus é exercida. Busquemos em Deus, no exemplo de seu Filho Jesus Cristo e
na força do Espírito Santo, uma vida autenticamente cristã onde não haja barreira
para os relacionamentos com os irmãos em Cristo, que são “a Igreja de Deus”.
Uma excelente e abençoada aula!
Gentio: Todo aquele nascido fora
da comunidade de Israel, e estranho às alianças que o Senhor Deus estabeleceu
com o seu povo.
Deus não faz acepção de
pessoas (At 10.34). Criador de tudo quanto existe, a todos preserva pela sua
bondade e justiça (At 17.25-28). Ele ama a todos indistintamente e deseja a
salvação de toda a humanidade (Jo 3.16) através de Jesus Cristo (Mt 1.21; At 4.12).
Esta é a mensagem que os apóstolos de Nosso Senhor proclamaram aos gentios. No
Filho, todos somos amados pelo Pai, sem quaisquer distinções. Está você também
disposto a anunciar o evangelho até aos confins da terra? Há muita terra ainda
a ser conquistada.
I. OS GENTIOS NO ANTIGO
TESTAMENTO
Toda a humanidade
descende de um único casal a quem Deus formara segundo a sua imagem e
semelhança (Gn 1.27; 5.2). Embora criado santo, justo e bom para a glória do
Senhor (Gn 5.1; Sl 115.1), o homem desobedeceu-lhe as ordens e veio a conhecer
experimentalmente o pecado. Com a sua apostasia, fez com que a maldade tomasse
conta do mundo (Gn 4.8,23). A Deus, então, não restou outra alternativa senão
destruir a primeira civilização através de um dilúvio universal (Gn 6-9).
1. Um novo começo com
Noé. Apenas Noé e a sua família salvaram-se daquele cataclismo. Por intermédio
dos filhos do piedoso e santo patriarca: Jafé (Gn 10.2-5), Cam (Gn 10.6-20) e
Sem (Gn 10.21-31), vieram a formarem-se as nações com as suas respectivas
geografias (Gn 10 - 11). Infelizmente, a humanidade porfiou em desobedecer a
Deus (Gn 11.1-9). Em meio a essa desolação espiritual e moral, Deus santifica
um descendente de Sem, Abraão, para que dele uma nova nação fosse formada (Gn
12.1-3). Em Abraão, fomos todos abençoados.
2. A exclusividade dos
descendentes de Abraão (Gn 15.5,6). Ao chamar Abraão, o Senhor dá início à
história de Israel (Gn 12.1-3). Seu propósito à nação judaica (Gn 18.18; 22.18)
era torná-la uma propriedade peculiar, um reino sacerdotal e um povo santo (Êx
19.5,6). Ele a constituiu para que esta lhe fosse uma possessão distinta e
particular (Is 44.1-2), a fim de que, por seu intermédio, alcançasse os
gentios.
A partir de então, todas
as demais etnias passaram a ser conhecidas como gôyim — gentios (Gn 15.18-21).
Isso não significa, porém, que Deus não ame as demais nações. Ele as ama, sim!
E de tal maneira amou-as, que deu o seu Único Filho, para que todo aquele que
nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Além do mais, em Abraão foram
benditas todas as nações da terra (Gn 12.3).
II. OS GENTIOS EM O NOVO
TESTAMENTO
O Novo Testamento faz
questão de realçar o amor de Deus não somente por Israel, mas por todos os
povos. João 3.16 deixa isso bem claro. Não resta dúvida: a salvação vem dos
judeus, mas não se restringe aos judeus, mas através dos judeus deve alcançar a
todos os não-judeus.
1. Nos Evangelhos. Nos
evangelhos há várias referências aos gentios (Mt 6.7,32: Mc 10.33; Lc 12.30;
18.32). Descritos às vezes com certa reserva (Mt 20.19; Mc 10.33), são eles
vistos como a grande seara a ser alcançada pelos apóstolos que, no cumprimento
da Grande Comissão, deixariam Jerusalém e a Judeia para evangelizar e ensinar
todas as nações (Mt 28.18-20). Aliás, Isaías já destacava a missão do Cristo
entre os gentios (Is 42.1-4). Durante o seu ministério terreno, o Senhor Jesus
agraciou alguns destes como a mulher cananeia (Mt 15.21-28) e o centurião (Lc
7.1-10).
2. Nos Atos dos
Apóstolos. Embora Atos 1.8 estabeleça a obrigatoriedade da missão entre os
gentios, somente no capítulo 9 e versículo 15, após a conversão de Paulo, é que
se declara aberta e enfaticamente a evangelização das nações (ver At 13.44-47).
A resistência inicial dos apóstolos em discipulá-Ios (At 10.9-16) é vencida
quando Cornélio, sua família e demais assistentes, recebem o batismo com o
Espírito Santo (At 10.44-48). O fato trouxe perplexidade no colégio apostólico
(At 11.1-3,18), mas após a apologia de Pedro (At 11.4-17 ver 15.7-11), a Igreja
glorificou a Deus pelo fato de os gentios serem também objeto do amor de Deus
(At 10.45).
3. Missão e Salvação
entre os Gentios. Se Pedro, com o evangelho da circuncisão, é proeminente nos
capítulos de 1 a 12 de Atos, nos capítulos de 13 a 28, destaca-se Paulo com o
evangelho da incircuncisão (Gl 1.7). O primeiro diz respeito aos judeus, o
segundo aos gentios (At 13.44-47). Trata-se, porém, de um só evangelho — o
evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Paulo estava consciente
de que fora chamado por Deus para anunciar o evangelho aos gentios (At 9.15),
sem os entraves da lei (At 15.19,28,29; Rm 4.9-16). Em suas viagens
missionárias, não foram poucos os gentios que se converteram ao Senhor (At
11.1,18) e de bom grado ouviram a exposição da graça divina (At 13.42).
Você se preocupa com a
evangelização transcultural? Se você não foi chamado ao campo, coopere
financeiramente com a Obra Missionária e ore pelos que se acham além-fronteira
falando do amor de Deus. A responsabilidade pelo “Ide” também é sua.
III. JUDEUS E GENTIOS
UNIDOS POR DEUS MEDIANTE A CRUZ
1. A Igreja de Deus. Ao
defender a difusão do Evangelho entre as nações, afirmou Pedro: “[...] Deus
visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome” (At 15.14). Esse
povo é a Igreja formada por judeus e gentios em Cristo (Rm 9.24-33). De ambos,
fez Ele um só povo, derribando a parede de separação que estava no meio, e,
pela cruz, reconciliou ambos com Deus em um corpo (Ef 2.14-16).
Dessa maneira, o Espírito
Santo revela a Paulo (Ef 3.4,5) que os gentios não são mais estrangeiros
(gôyim) e nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos, da família de Deus (Ef
2.11-22; 1 Pe 2.5), co-herdeiros e participantes da promessa em Cristo pelo
evangelho (Ef 3.6).
2. Expansão da Igreja
entre os gentios. Através de suas viagens missionárias, Paulo propagou o
evangelho entre os povos e culturas conhecidos naqueles dias (Rm 15.19,20). Em
várias regiões, estabeleceu ele igrejas constituídas notadamente por gentios
(Rm 16.4).
A evangelização dos povos
é o maior desafio da igreja moderna. A responsabilidade é nossa. O Senhor
confiou-nos a Grande Comissão para que, sem remissões, alcancemos os confins da
terra. Ele deseja que todos os gentios sejam salvos. Você sabia que muitos
povos ainda não ouviram falar de Jesus? Como responderá você a esse grande
desafio? Se o Senhor o chama à Obra Missionária, responda prontamente: “Eis-me
aqui, Senhor. Envia-me a mim”.
“Israel e a Igreja
Nos capítulos iniciais de
Atos dos Apóstolos, a recepção judaica à mensagem do evangelho foi poderosa e
inquietou os líderes judaicos. Mas, depois, iniciou-se a reação e a perseguição
judaicas para que a Igreja se dispersasse. Em alguns locais, a mensagem foi
tirada da sinagoga e oferecida diretamente aos gentios que responderam de forma
favorável (At 13.46; 18.6; 28.28). Esse padrão híbrido de recepção judaica,
perseguição e busca dos gentios foi comum, em especial, no ministério de Paulo.
Os apóstolos iniciaram na sinagoga, pois criam que a mensagem de Cristo era
também para os de Israel. As igrejas locais desenvolveram-se por necessidade de
sobreviver em face da rejeição. Essas realidades fizeram com que Lucas, em Atos
dos Apóstolos, falasse de forma reiterada sobre os mensageiros da Igreja ‘se
voltarem para os gentios’ e ‘advertirem Israel’. Esses temas, com frequência,
aparecem lado a lado e dominam o último terço do livro de Atos dos Apóstolos.
Eles mostram que a Igreja não era Israel e que essa distinção tornou-se uma
realidade do ponto de vista histórico” (ZUCK, R. B., et al. Teologia do Novo
Testamento. 1.ed. RJ: CPAD, 2008, pp. 160-61).
“A inclusão
dos Gentios na Única e Nova Humanidade em Cristo (Ef 2.13-18)
Paulo continua a
descrever como a obra da redenção torna as pessoas um só povo em Cristo. O
verso 13 começa com duas frases importantes: ‘Mas, agora’ que aparece em
contraste com ‘antes’ (v.11) e ‘naquele tempo’ (v.12); e ‘em Cristo Jesus’, que
aparece em contraste com ‘sem Cristo’ (v.12). Essas duas expressões enfatizam
como a situação dos gentios seria drasticamente modificada, de estarem ‘longe’
para chegarem ‘perto’. Essa nova aproximação de Deus é tanto ‘em Cristo Jesus’
como ‘pelo sangue de Cristo’. Essa última se refere ao evento histórico da
morte de Jesus na cruz; e a primeira está relacionada à conversão dos infiéis e
sua presente união com Cristo. Os cinco versos seguintes explicam o que foi
alcançado pela morte redentora de Cristo na cruz.
Os versos 14-18 revelam o
âmago da mensagem de reconciliação de Paulo, e como Deus deu início ao ser
eterno plano de reconciliação cósmica (embora não universal) (1.10). A palavra
principal nessa passagem é paz, e ela aparece quatro vezes (vv.14,15, e duas
vezes no verso 17).
O verso 14 começa com uma
declaração enfática: ‘Porque ele [Cristo] é a nossa paz’. Cristo, e somente
Cristo, nos deu a solução para esse problema que infesta a raça humana, isto é,
a separação de Deus e de outras pessoas. Ele é a Reconciliação do povo com Deus
e a Reconciliação das pessoas, umas com as outras. Assim, o evangelho torna-se
uma mensagem de reconciliação (2 Co 5.17-21). Por causa de seu sangue redentor
(2.14), nesse ponto de Efésios Paulo anuncia, em dois sentidos, o próprio Cristo
Jesus como sendo a ‘nossa paz’:
1) Como pecadores, Ele
nos reconcilia com Deus pela cruz (v.16) e
2) Reconcilia grupos
mutuamente hostis entre si (tais como judeus e gentios) e ‘de ambos os povos
faz um’ (v.14b; também vv.15-18).
A reconciliação é o tema
central desta passagem. Nada, a não ser o evangelho, poderá nos oferecer,
genuinamente, a paz com Deus (Rm 5.1), ‘e nada, a não ser o evangelho, poderá
remover as barreiras que dividem a humanidade em grupos hostis em sua própria
época’ (Bruce, 1961, 54). A paz entre judeus e gentios exigia a destruição da
‘parede de separação que estava no meio’ (v.14c). Nenhuma distinção de cor,
conflito étnico, separação por classes ou divisão política era mais absoluta
que a barreira entre judeus e gentios no primeiro século d.C. Bruce acrescenta:
‘O maior triunfo do evangelho na era apostólica foi que ele venceu essa antiga
e longa desavença e permitiu que judeus e gentios se tornassem verdadeiramente
um único povo em Cristo’” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento.
2.ed. RJ: CPAD, 2004, pp.1219-20).
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PAZ DO SENHOR
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