CONTEUDO PRE-ADOLESCENTES
Sumário 2016
1- A Necessidade de Um Salvador
2- Jesus, o Único Meio de Salvação
3- Sou Livre Para Escolher
4- Recebendo a Salvação
5- Eu Me Arrependo
6- Mudando de Direção
7- Fui Restaurado
8- Já Estou Justificado
9- Caminhando Em Santidade
10- Tenho Certeza da Salvação
11- Preservando a Salvação
12- Crescendo em Cristo
Is 43.11-13; Ef 1.4,5; Jo 3.16.
SUBSIDIO PRE-ADOLESCENTES LIÇÃO N.3 17/1/2016
"SOU LIVRE PARA ESCOLHER'
Isaías 43
11 - Eu, eu sou o Senhor,
e fora de mim não há Salvador.
12 - Eu anunciei, e eu
salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as
minhas testemunhas, diz o Senhor; eu sou Deus.
13 - Ainda antes que
houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos;
operando eu, quem impedirá?
Efésios 1
4 - Como também nos
elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e
irrepreensíveis diante dele em caridade,
5 - e nos predestinou
para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de
sua vontade.
João 3
16 - Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Professor, pergunte à
classe o significado bíblico da palavra "eleição". A seguir, explique
que "eleição", do grego eklegomai, significa "selecionar para
si; escolher". Este termo não quer dizer que Deus escolheu uns para a salvação
e outros para a perdição. Mas, que a salvação do homem não depende do que este
é ou faz, porém da vontade e amor de Deus (Ef 1.4,5). Deus ama e convida a
todos para a salvação; logo, não elege uns para a salvação e outros para a
perdição (2 Pe 3.9; 1 Tm 2.3,4). Por fim, ensine aos alunos que a eleição, em
conjunto com a predestinação, é a ação divina por meio da qual, o homem, em
Cristo, é eleito à salvação em razão de sua aceitação a Cristo.
Palavra Chave
Eleição: Do grego
"eklegomai"; selecionar para si; escolher.
Há diferentes formas de
interpretação quanto ao assunto "soberania de Deus e livre-arbítrio
humano"; todas envolvidas em intermináveis polêmicas e acirradas
discussões. Todavia, o que a Bíblia realmente ensina sobre o assunto? Nesta
lição, estudaremos, à luz das Escrituras, a relação entre a soberania divina, o
livre-arbítrio do homem e a salvação em Cristo. Oremos, pois, a fim de que,
através do estudo do Livro de Deus, possamos conhecer cada vez mais, o Deus do
Livro.
I. A ONIPOTÊNCIA DE DEUS
1. Deus é Onipotente. Ele
tudo pode:"... operando eu, quem impedirá?" (Is 43.13). Em Gênesis, o
Senhor afirma de si mesmo: "Eu sou o Deus Todo-Poderoso" (Gn 17.1). O
verdadeiro poder pertence ao Altíssimo (Sl 62.11; 1 Pe 4.11). Ele é o Criador
(Gn 1.1; Jo 1.1-4) e, pela sua força, todas as coisas são preservadas (At
17.25,26; Hb 1.2,3; Sl 104.24). Deus é o Senhor, Todo-Poderoso, que sustenta
sua criação através das leis por Ele estabelecidas (At 17.25; Sl 119.90,91).
2. A Onipotência e a
vontade de Deus. Os atributos de Deus revelam o seu maravilhoso e
irrepreensível caráter. Eles operam a vontade divina em perfeita harmonia e
equilíbrio. O amor de Deus, por exemplo, não anula sua justiça e vice-versa. O
Eterno jamais se contradiz e nunca entra em desacordo com sua revelação aos
homens. O mesmo se pode afirmar da onipotência de Deus e sua vontade. O Senhor
é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, todavia, só fará de fato o que está
de acordo com sua santa vontade.
Certo teólogo afirmou que
Deus "pode fazer tudo o que quer, mas não quer fazer tudo que pode".
Isso significa que o poder de Deus está sob o controle de sua sábia vontade.
Isto é, não há qualquer incoerência entre sua natureza santa e seu poder
ilimitado. O Senhor que tudo pode (Jó 42.2), só faz o que lhe agrada (Sl 115.3).
II. A SOBERANIA DE DEUS E
O LIVRE-ARBÍTRIO HUMANO
Deus, ao criar o homem,
proveu-o de livre-arbítrio. Mas... O que é "livre-arbítrio"? É a
faculdade mediante a qual o homem é dotado de poder para agir sem coações
externas, e de acordo com sua própria vontade ou escolha. Uma vez que o homem
fora criado livre, com capacidade de fazer suas próprias escolhas, como
conciliar esse direito com a vontade divina? Para responder a esta pergunta,
precisamos entender a vontade de Deus sob dois aspectos: ela é permissiva e
diretiva.
1. Vontade permissiva e
livre arbítrio. Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. O que faz dele um
ser moralmente semelhante ao Criador, é justamente a capacidade de fazer suas
próprias escolhas; inclusive, aquelas que não estão de acordo com a vontade
divina. Isto é o que se entende por vontade permissiva. O Eterno tem poder para
impedir que o homem faça o mal ou bem, entretanto, lhe dá o direito de escolha
(Gn 2.15-17; 3; 4.7; Dt 30.15-20; Gl 6.7-10). Na vontade permissiva, a soberania
e a onipotência de Deus não violam o livre-arbítrio humano. No âmbito da
salvação, Deus sabe perfeitamente quem o rejeitará, embora jamais interfira
nesta decisão. A vontade de Deus é que todos os homens "se é salvem e
venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.11). Todavia, como está patente
em Is 1.19,20; Dt 30.19; Js 24.15; 1 Tm 1.19; 1 Co 10.12, o homem pode rejeitar
a salvação.
2. Vontade diretiva e
predestinação. A vontade diretiva de Deus opera em conformidade com sua
sabedoria e soberania. Ele rege o curso da história, e controla o universo de
acordo com seus eternos propósitos (Sl 33.11; At 2.23; Ef 1.4-9). Tudo o que
planejou certamente será executado: "Ainda antes que houvesse dia, eu sou;
e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando eu, quem
impedirá?" (Is 43.13). Ler Is 14.26,27.
Absolutamente nada escapa
à vontade diretiva de Deus. É nesse ponto que nos deparamos com a doutrina da
predestinação. O Eterno, em seu profundo e inigualável amor, predestinou todos
os seres humanos à vida eterna. Ninguém foi predestinado ao lago de fogo que,
conforme bem acentuou Jesus, fora preparado para o Diabo e seus anjos (Mt
25.41). Mas o fato de o homem ser predestinado à vida eterna não lhe garante
essa bem-aventurança. É necessário que creia no Evangelho. Somente assim poderá
ser considerado eleito. Tudo depende de como recebemos o chamamento do
Evangelho: quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crê será
condenado. Deus predestinou a Igreja para ser "conforme à imagem de seu Filho"
(Rm 8.29); para "filhos de adoção em Cristo" (Ef 1.5).
A vontade divina é
permissiva e diretiva. As duas vontades operam em conformidade com os atributos
divinos e com o livre-arbítrio humano.
III. PREDESTINAÇÃO E
LIVRE-ARBÍTRIO
1. A predestinação e o
livre-arbítrio. A Bíblia enfatiza tanto a doutrina da predestinação divina,
quanto o ensinamento do livre-arbítrio humano. Todavia, não encontramos nas
Escrituras uma predestinação fatalista, em que uns são destinados à vida eterna
e outros, à perdição. Da mesma forma, ela também não ensina uma livre-escolha
absoluta, como se a salvação dependesse de obras, esforços ou méritos humanos.
Os extremos nesse assunto são muito perigosos e acabam afirmando o que a
Palavra de Deus não ensina. Portanto, devemos evitar dois graves erros:
enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-escolha humana; e enfatizar
o livre-arbítrio humano em prejuízo da soberania divina.
A ênfase inconsequente à
soberania de Deus leva o indivíduo a crer que sua conduta nada tem a ver com a
sua salvação. Enquanto que a ênfase exagerada à livre-vontade do homem conduz a
pessoa ao engano de que a salvação é dependente de boa conduta e obras humanas.
2. A obra redentora e a
presciência de Deus. Uma interpretação bíblica livre de qualquer preconceito
mostrará claramente que Deus predestinou todos os homens à salvação, mediante a
obra redentora de Jesus (1 Tm 2.4; Is 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2). A despeito
de Deus conhecer, antecipadamente, os que rejeitarão seu plano salvífico, sua presciência
não interfere nem viola o livre-direito de escolha do homem. A predestinação é
para os que desejam a salvação em Cristo, conforme lemos em 2 Ts 2.13:
"elegidos desde o princípio para a salvação". Isso concorda com o que
Paulo escreveu a Timóteo: "Tudo sofro por amor dos escolhidos, para que
também eles alcancem a salvação" (2 Tm 2.10).
Portanto, a predestinação
fatalista contradiz dois atributos divinos: a justiça e o amor. Primeiro,
porque torce a justiça divina, pois, nesse caso, Deus destinaria as pessoas
antes mesmo de seu nascimento à perdição eterna. E segundo, porque põe em
dúvida o ilimitado amor de Deus, por ensinar que o Senhor destinou os pecadores
ao inferno sem lhes dar o direito e a oportunidade de arrependerem-se.
IV. OBSERVAÇÕES DOUTRINÁRIAS
O assunto que estamos
estudando tem sido alvo de muitas interpretações. Porém, a Palavra de Deus
nunca se contradiz, especialmente a respeito da salvação do homem. Essas
doutrinas devem ser analisadas à luz da Bíblia e de forma equilibrada. Vejamos:
1. A segurança salvífica.
O crente está seguro quanto a sua salvação enquanto ele permanece em Cristo (Jo
15.1-6). Não há segurança salvífica fora de Jesus e de seu aprisco, como também
não há segurança espiritual para alguém que vive em pecado. Jesus guarda o
crente do pecado, não no pecado. Lembremos que "mediante a fé"
estamos guardados na "virtude de Deus, para a salvação já prestes a se
revelar no último tempo" (1 Pe 1.5; Rm 1.17). Portanto, o crente deve
obedecer a Deus, não para que a sua obediência o salve ou o mantenha salvo, mas
como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da sua gratidão para com
Aquele que o salvou.
2. A predestinação
fatalista. Este ensino só considera a soberania de Deus, e não sua graça e
justiça (Rm 11.5; 3.21; Tt 2.11). Em Ez 18.23; 33.11 Deus assevera o seu desejo
de que o ímpio se converta, e não apenas os "eleitos" e
"predestinados" (ver 1 Tm 2.4; Jo 3.16). Deus jamais predestinará
alguém para o inferno, sem lhe dar oportunidade de salvação. Isso aviltaria a natureza
de Deus. Se todos já estão predestinados quanto ao seu destino eterno, então
não há lugar para escolha, decisão, ou livre-arbítrio por parte do homem, o que
contradiz os textos de Dt 30.16-19; Js 24.15; 1 Rs 18.21; Sl 119.30,173; Lc
13.34; Ap 22.17.
As doutrinas da
predestinação divina e do livre-arbítrio humano não estão na Bíblia para
motivar controvérsias, especulações ou coisas semelhantes, mas para encorajar o
crente. Através desses ensinamentos, o Senhor demonstra-nos todo o seu amor,
justiça e graça, pois antes que o mundo existisse e o homem fosse criado, Ele
já havia previsto todas as dificuldades que encontraríamos em nosso caminho.
Seu propósito é mostrar-nos que Ele é poderoso para conduzir-nos a salvo para
seu reino celestial (Fp 1.6; 2 Tm 4.18; Jd v.24).
"Graça Irresistível
Poder-se-ia afirmar,
então, que a expressão 'graça irresistível' é tecnicamente imprópria? Parece
ser um oximoro, como 'bondade cruel', porque a própria natureza da graça
subentende que um dom gratuito é oferecido, e tal presente pode ser aceito ou
rejeitado. E assim acontece, mesmo sendo o presente oferecido por um Soberano
gracioso, amoroso e pessoal. E sua soberania não será ameaçada ou diminuída se
recusarmos o dom gratuito. Este fato é evidente no Antigo Testamento. O Senhor
diz: 'Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde' (Is 65.2). E: 'chamei, e
não respondestes; falei, e não ouvistes' (Is 65.12). Os profetas deixam claro
que quando o povo não acolhia bem as expressões da graça de Deus, nem por isso
ficava ameaçada a sua soberania. Estevão fustiga os seus ouvintes: 'Homens de
dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao
Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais' (At 7.51). Parece claro que
Estevão tinha em vista a resistência à obra do Espírito Santo, que desejava
levá-los a Deus. O fato de alguns deles (inclusive Saulo de Tarso) terem crido
posteriormente não serve como evidência em favor da doutrina da graça
irresistível".(PECOTA, D. A Obra Salvífica de Cristo. In HORTON, S. M.
Teologia Sistemática: uma perspectiva Pentecostal. RJ: CPAD, 1996, p.366.)
Deus tem todas as coisas
submissas à sua vontade. Ele controla tudo e nada acontece sem o seu
conhecimento e vontade. Das aves dos céus ao lodo incrustado às margens do
riacho, tudo Ele conhece e preserva. Embora tenha poder para fazer tudo o que
deseja, não fará nada que esteja em desacordo com sua sábia e santa natureza.
Apesar de o Senhor Deus ser Absoluto e Soberano, estabeleceu certos limites em
seu relacionamento com o homem pecador. Ele jamais invade o coração do homem! O
Senhor não obriga nenhum ímpio a servi-lo, amá-lo, ou adorá-lo: "Dá-me,
filho meu, o teu coração" (Pv 23.26); é o convite salvífico do Senhor. Ele
espera uma entrega voluntária, ou um convite gracioso para habitar no coração
do homem. Não queres ainda hoje anuir ao convite célico? Não desejas convidá-Lo
a fazer morada em tua vida? Lembre-se, Ele pode todas as coisas, mas para
entrar em tua casa, você precisa convidá-Lo: "Eis que estou à porta e
bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com
ele cearei, e ele, comigo" (Ap 3.20).
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