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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Esperança de avivamento



                                   Esperança de Avivamento






                                       
“Quais são as perspectivas de haver um avivamento?” perguntei a um idoso servo de Deus. “Elas são tão brilhantes quanto as promessas de Deus,” foi a pronta resposta. Não poderia ter havido uma resposta mais verdadeira.
Nós sabemos que, nos últimos dias, haverá aqueles que falarão da esperança da volta de Cristo assim: “Onde está a promessa?” (II Pedro 3:4).
Mesmo assim, hoje, existem aqueles que questionam a expectativa de um avivamento porque não conseguem ver uma base para tal esperança na Palavra de Deus. “Onde,” eles nos perguntariam, “está a promessa de avivamento?”
Se, porém, estiverem certos em sugerir que não há tal promessa, então devem explicar por que, através dos séculos da história da igreja, o povo de Deus tem sido levado e movido a suplicar com Ele para fazer o que Ele realmente nunca prometeu fazer, e por que Ele fez isto tantas vezes em resposta às suas inflamadas orações. Mas será que não existe uma promessa?

Promessas de Avivamento no Velho Testamento

Vamos tomar o familiar capítulo 35 de Isaías como exemplo:
“O deserto e os lugares secos se alegrarão disto; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regozijará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, a excelência do Carmelo e Sarom, eles verão a glória do Senhor, a excelência do nosso Deus. Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos, não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará. Então os olhos dos cegos serão abertos e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará; porque águas arrebentarão no deserto e ribeiros no ermo. E a terra seca se transformará em tanques, e a terra sedenta em mananciais de águas” (versos 1-7).
Pode ser alegado, entretanto, que estas profecias do Velho Testamento se referem à nação de Israel, e que já tiveram seu cumprimento em outra dispensação que não a da igreja. Não contestamos que esta seja a aplicação básica de muitas das passagens, mas nós, certamente, cometemos um grande erro quando confinamos promessas tão gloriosas aos seus cumprimentos imediatos e literais. Deus nunca quis que limitássemos Sua palavra desta maneira, restringindo Suas preciosas promessas a compartimentos dispensacionais, pois Ele mesmo não o faz.
Quando o Espírito de Deus torna estas promessas do Velho Testamento vivas nos corações de Seus filhos, e dá-lhes fé para se apropriarem delas em oração e as declararem diante de Sua face, até que Ele responda do céu com avivamento, quem somos nós para sugerir que isto é uma aplicação errada das promessas de Deus para Israel? Os resultados são evidência conclusiva de que Deus não pensa assim. “Porque derramarei água sobre o sedento e rios sobre a terra seca” (Is 44:3) foi uma das promessas constantemente reivindicadas no Despertamento de Lewis (1949-1953), e Deus respondeu a suas súplicas. Tem sido assim em quase todo avivamento.

Promessas no Novo Testamento

A promessa de avivamento, entretanto, não está confinada ao Velho Testamento. O versículo citado: “Porque derramarei água sobre o sedento e rios sobre a terra seca” tem seu correspondente neo-testamentário: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba…quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (João 7:37-38). O ensinamento em ambas as passagens é o mesmo, e este é exatamente o princípio do avivamento: a sede pessoal – saciada pela água do Espírito – resultando em um transbordar de bênçãos para outros.
Em seguida há o depoimento de Pedro no dia de Pentecostes: “Nos últimos dias, disse Deus, Eu derramarei do Meu Espírito sobre toda a came”(Atos 2:17), onde ele correlaciona a profecia de Joel com a era da Igreja. Há, mais adiante, as palavras de Pedro no seu discurso na entrada do Templo: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da presença do Senhor venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus” (Atos 3:19-20).
A ordem colocada aqui é importante. Primeiramente, arrependimento e volta para Deus, em segundo lugar, períodos de refrigério da Sua presença, e em terceiro lugar, a volta de Cristo. Aqui está a promessa de avivamento: ‘tempos de refrigério,”antes da volta de Cristo, e tão certa quanto a promessa da própria volta Dele…

Primeira e Última Chuvas Citadas Pelo Apóstolo Pedro

Há muitas referências nas Escrituras à longa “estação seca”na Palestina que começa em abril e dura até outubro, deixando o chão ressecado e os poços quase sem água. Somente aqueles que já experimentaram esta “estiagem” no Oriente podem entender o grande desejo pela chuva vindoura que enche o coração de todos os habitantes da região. Quão vívidas são as palavras de Davi neste sentido: “A minha alma tem sede de ti, meu corpo te almeja, numa terra árida, exausta, sem água” (Salmo 63:1; vertambém Isaías 32:2; 35:7).
Esperança de Avivamento
A estação chuvosa geralmente começa no fim de outubro com chuvas leves que amaciam a terra (SI 65:10), e depois continua com chuvas intermitentes e pesadas que, freqüentemente, duram por dois ou três dias, durante novembro e dezembro. Estas chuvas pesadas eram chamadas nas Escrituras de “as primeiras chuvas” ou “chuva temporã (hebraico yoreh ou moreh). O lavrador depende das primeiras chuvas para tornar o solo rochoso apropriado para arar a terra e semeá-la.
Um nativo da Palestina escreveu desta maneira: “Quando as chuvas vêm em quantidade suficiente, deve-se começar a arar. Talvez se tenha que arar enfrentando chuva de pedra e neve, temporal e tempestade, mas arar é necessário, pois se não arare semear com as primeiras chuvas, não dará para ceifar depois das últimas chuvas” (Pv 20:4; Ec 11:4) (Samuel Schor).
Quando estas chuvas pesadas terminam, chuvas menores ainda continuam intermitentemente. “Em nenhum período durante o inverno, cessa de chover totalmente” (Dicionário de Smith). Com a aproximação da colheita, entretanto, a chuva pesada volta para inchar o grão e o fruto a fim de prepará- los para o tempo da colheita. Isto era conhecido como “as últimas chuvas,” ou “chuva serôdia” significando a chuva da colheita, a qual era muito parecida com “a chuva temporã,” pois ambas são descritas pela palavra geshem, significando chuva abundante.
Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que nos dá a seu tempo a chuva, (geshem) a primeira e a última, que nos conserva as semanas determinadas da sega” (Jr 5:24; ver também Joel 2:23-24; Oséias 6:3).
Vemos aqui, que as primeiras e últimas chuvas são diferenciadas dos diversos outros tipos de chuva citados nas Escrituras (ao todo são usadas dez paJavras hebraicas diferentes) pelo próprio significado dos seus nomes, e pela descrição geshem ou “chuvas abundantes,” que caem copiosamente abundante. Também está claro que as primeiras e últimas chuvas não podiam ser esperadas para qualquer hora, pois tinham sua estações determinadas. Finalmente, ambas estavam relacionadas com a colheita ansiosamente aguardada, pois sem estas chuvas não haveria nem semeadura nem colheita.
Claramente, a semelhança entre esta estação chuvosa de Canaã e a era da igreja é impressionante. Assim como aquela estação era anunciada pelas chuvas preliminares que logo dariam lugar às chuvas abundantes da chuva temporã, assim também nos ministérios de João Batista (quando “saiam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão” Mt 3:5), de Cristo (quando “numerosas multidões da Galiléia, Decápolis, Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão O seguiam” Mt 4:25), podemos ver um mover distinto do Espírito que dizia a todos aqueles que estavam procurando a consolação de Israel que a estação seca tinha acabado, e que uma nova e gloriosa estação de chuva estava chegando.
No começo de Seu ministério o Senhor disse: “Maiores coisas do que estas verás” (João 1:50), e no final dele disse: “E outras obras maiores do que estas fareis” (João 14:12). A chuva temporã estava próxima, e o Pentecoste marcou o seu início. “Nos últimos dias, disse Deus, Eu derramarei do Meu Espírito.” O derramamento continuou através daquele primeiro século, gradualmente diminuindo em poder e freqüência à medida que o tempo passava e a fé e a espiritualidade declinavam.
Entretanto, através dos séculos seguintes da idade medival escura, as chuvas continuaram aqui e ali, de vez em quando. Registros históricos como a Igreja Peregrina de Broadbent mostram que em tempo algum, nem mesmo nas épocas mais escuras, as chuvas de bênçãos cessaram inteiramente, embora derramamentos mais poderosos de avivamento tenham sido poucos e distantes entre si. Depois da Reforma tem havido derramamentos mais distintos e freqüentes.
As últimas chuvas vêm em preparação para o dia da colheita. É a última época da estação chuvosa antes da colheita final. Mas quando e o que é a colheita? Na parábola do joio o Senhor explicou que “a ceifa é a consumação do século” quando “o Filho do homem enviar os Seus anjos que ajuntarão do Seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade” (Mt 13:39,41). Será o dia em que a palavra será dada Àquele “semelhante a filho de homem” sentado sobre uma nuvem branca: ‘Toma a tua foice e ceifa, pois chegou a hora de ceifar.” Ele, então, passará a sua foice (ou seja, os anjos; Mt 13:39,41) sobre a terra,” e a terra será ceifada (Ap 14:14-16). Nas Escrituras, a colheita está claramente associada à vinda de Cristo no final dos tempos.
Já foi demonstrado que esta era da Igreja é o tempo das chuvas. Podemos considerar o Pentecoste como o início da chuva temporã, pois foi durante aquelas primeiras e poderosas efusões do Espírito, que o evangelho foi espalhado pelo mundo civilizado e o solo preparado para a colheita final. Antes que chegue o final dos tempos com a volta pessoal de Cristo e o tempo da ceifa, devemos esperar a chuva serôdia da promessa, ou as chuvas da colheita.
Como pode vir o dia da ceifa antes deste período final de derramamento do Espírito, tão vital para a maturidade final da colheita espiritual? Assim como a estação chuvosa de Canaã terminava com o mesmo tipo de chuva que ocorria no início, o geshem ou chuva pesada, da mesma forma devemos esperar, antes da vinda de Cristo, uma período de poderosos derramamentos que ofuscará tudo o que a Igreja já experimentou desde a Reforma, e cujas características e poder somente poderão ser comparados com os da chuva temporã do início da Igreja.
Tiago não deixa dúvidas quando diz: “Sede, pois, irmãos, pacientes, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes, e fortalecei os vossos corações, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5:7-8).
Estamos ansiosos pelo dia da ceifa? Aguardamos impacientes pela vinda do Senhor? É como se o apóstolo quisesse acalmar os nossos espíritos irrequietos, e exortasse-nos a ser pacientes, lembrando-nos que o Lavrador celestial esteve esperando por longas estações, esperando pelo cumprimento dos Seus propósitos, aguardando pelo precioso fruto da terra no tempo da colheita. Devemos ser imitadores do “Deus da paciência,” que esta esperando há muito mais tempo do que nós.
O Lavrador sabe, e aqueles que trabalham como servo Dele também o deveriam saber, que antes que o dia da colheita final possa raiar na vinda do Senhor, o fruto da terra tem que receber as primeiras e últimas chuvas. Se nós, hoje, podemos olhar para trás e ver as primeiras chuvas, ainda temos que olhar para frente em direção às últimas chuvas, a época final dos tempos, antes do dia da colheita.
Deixando de lado, por um momento, o testemunho das Escrituras neste ponto, uma pessoa só precisa olhar sem preconceitos para a seara do reino de Deus e a condição espiritual daquilo que está crescento dentro dos campos para se convencer da absoluta necessidade das últimas chuvas do Espírito antes que o fruto da terra possa estar maduro para a colheita.
Se conseguimos mostrar que na Palavra de Deus há uma promessa de reavivamento para nós hoje, se há alguma evidência de que estamos, nos propósitos de Deus, caminhando em direção às últimas chuvas, então demos ouvidos à Palavra de Deus para Israel, e façamos o que Israel ainda fará um dia: “Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias, ao Senhor, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro (geshem) (Zc 10:1)
Derrama Teu Espírito mais uma vez, querido Senhor;
Nosso clamor sobe a Ti pela “chuva serôdia”: Une o Teu povo em “um só coração,” E dias Pentecostais virão novamente!
E. M. Grimes
Reimpresso de O Dia Do Teu Poder, de Arthur Wallis, com permissão da Cityhill Publishing.(jornal o arauto da sua vinda)


                                    Cisternas Rotas

                              Arnold Cook


Editado de uma mensagem dada na Conferência “Clamor de Coração por Avivamento” em Lancaster Pensilvânia (EUA), em maio de 1998. Arnold Cook foi missionário na America do Sul, e atualmente e presidente da Aliança Cristã e Missionária no Canadá.
Como um líder na igreja, estou preocupado com o assunto do avivamento. Converti-me com a idade de onze anos, numa igreja que estava quase morrendo bem no interior. Anos depois, Deus providencialmente me levou a uma igreja bem avivada que deixou marcas profundas do sobrenatural que permaneceram durante toda minha vida.
Tive contato com o sobrenatural no evangelismo espontâneo que acontecia ali. Uma cruzada evangelística de duas semanas foi estendida por mais quatro, porque as pessoas não paravam de se converter. Vi também nesta igreja o poder da oração coletiva. Aprendi sobre uma vida mais dedicada e profunda com Deus. Vi vidas sendo transformadas de forma milagrosa. E tive meus primeiros contatos com missionários.
Anos depois tive experiências com avivamentos no Canada em 1971 e 1972. e três anos depois no Peru. onde centenas de pessoas estavam se convertendo todos os meses. Nunca havia visto tanta fome pela Palavra de Deus. Havia tanto impacto pelas conversões e mudança de vida, que o aeroporto procurava grupos de crentes de igrejas evangélicas para tomar conta de todas as operações de segurança e imigração porque sabia que podia confiar neles por serem honestos. Despertamentos que impactam a sociedade são realmente genuínos!
Agora já no crepúsculo da minha vida, com a herança espiritual que Deus me deu de avivamentos e experiências sobrenaturais. eu pergunto: o que minha geraçao vai passar para a próxima geração? Como podemos passar o sobrenatural para uma outra geração?

Necessidade Desesperada de uma Visitação de Deus!

O que vejo nas igrejas hoje me preocupa. Ha cada vez mais conflitos e brigas internas e cada vez menos ênfase sobre avivamento. Os seminários e cursos sobre sucesso, crescimento e conflitos interiores são cada vez mais populares. mas ninguém se interessa pela oração. O entusiasmo por mudanças estruturais è grande, enquanto a fome por renovação espiritual é rara. As igrejas crescem por transferência de membros ou por pessoas que gostam das programações, mas há pouco crescimento por genuínas conversões. Um bom sinal e que algumas vozes proféticas estão levantando para falar sobre estas coisas.
Precisamos desesperadamente de uma visitação de Deus entre nos! Há uma tendência de todas as organizações, inclusive da igreja, de ter muita força e visão no começo. Tornam-se movimentos fortes e sadios. Mas depois começam a decair, e se esta tendência não for revertida. chegará ao estágio onde Deus retira sua mão e começa a andar com outros grupos e igrejas. Deus escreve em cima destes movimentos estagnados: “Icabode — a Glória se apartou dele”. Isto tem acontecido e está acontecendo em muitos lugares ainda hoje.
Pela minha observação, tenho concluído que este processo é inevitável, a menos que seja revertido por uma visão forte e corajosa, capaz de tomar decisões duras no caminho descendente, e/ou por uma renovação ou avivamento enviado por Deus.
Vejamos a passagem de Jeremias 2.11-13. O ministério de Jeremias estendeu-se durante os reinados de cinco reis. Ele ministrou durante o tempo do rei Josias, e por isso presenciou avivamento e renovação naquela época. Mas apesar deste avivamento ter sido muito importante e poderoso, so durou até a morte de Josias.
Veja o que Jeremias disse:
“Houve alguma nação que trocasse os seus deuses. posto que não eram deuses? Todavia o meu povo trocou a sua Gloria por aquilo que e de nenhum proveito. Espantai-vos disto, o ceus, e horrorizai-vos! ficai estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de aguas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as aguas.”
Cisternas são necessárias: são legitimas: existe um uso apropriado delas. Mas o problema com cisternas ou recipientes de água é que apesar da sua utilidade para captar e guardar a água da chuva para épocas quando não há chuva, podem também tornar-se em lugares de poluição e estagnação, e podem ficar trincados e vazar. Neste caso. ficam inúteis.
O povo de Israel estava num lugar onde ignoravam seu Deus completamente. Jeremias 2.5 diz que haviam se afastado dele, e no versículo 7 diz que fizeram da herança de Deus uma “abominação”. Os sacerdotes estavam calados. Os governantes tinham transgredido, e os profetas estavam profetizando por meio de outros deuses. Era uma hora negra na historia do povo de Israel. Abandonaram a Deus, e colocaram no lugar “cisternas rotas”, feitas por si mesmos.

Substitutos para a Realidade na Igreja Hoje

Quero mostrar algumas coisas que os evangélicos usam hoje como substitutos para “funcionar”. Obviamente, embora pensemos que estamos funcionando com estes substitutos, estamos fazendo o que Paulo disse para não fazer: comparar-nos conosco mesmos (2 Co 10.12). Temos os padrões errados para medir o sucesso. Sentimos que temos vida porque estamos crescendo. Mas um exame mais minucioso revelará provavelmente que estamos crescendo de formas não muito saudáveis.
Estou usando a palavra “substituto”. Eu poderia usar a palavra “ídolo”. Poderia usar a palavra usada em 2 Crônicas 7.14: “maus caminhos”. Seria mais correto.

1) Quero começar com tecnologia sem limites. A tecnologia exerceu uma influência poderosa sobre esta geração em particular. Foi documentado que esta geração viu mudanças mais rápidas do que qualquer outra geração anterior na face da terra. Esta mudança rápida em tecnologia nos afetou como indivíduos e também afetou a igreja que convive com esta sociedade de ritmo acelerado.
Tecnologia sem limites substitui a intervenção sobrenatural de Deus. Sempre tem algo mais que os pastores podem tentar para motivar, ou trazer crescimento e ânimo: mais um programa, mais uma técnica, mais um truque. Recorremos a estas coisas, e deixamos de buscar uma intervenção sobrenatural de Deus. Assim demora mais para esgotarmos nossos próprios recursos e depender Dele.

2) O segundo é evangelismo sem convicção de pecados em contraste com arrependimento radical. No anseio de ter crescimento e sucesso, temos nos excedido em tornar o nosso produto atraente e em procurar satisfazer o “cliente”.
As pessoas vêm para Cristo sem realmente confrontar sua culpa e seu pecado. A maneira como se tem o primeiro encontro com Cristo tem grande influência em como se crescerá Nele. É muito difícil edificar uma vida cristã num fundamento sem arrependimento.

3) Terceiro, aconselhamento cristão está substituindo o retorno à cruz. Se o aconselhamento cristão não direciona as pessoas à cruz, à morte para si mesmo, e à plenitude do Espírito Santo, estamos ensinando um atalho mais fácil. Mas será uma solução temporária e logo as mesmas pessoas estarão de volta na sala de aconselhamento precisando de mais ajuda, de mais uma muleta. Temos de voltar à cruz para mostrar que Cristo não só morreu por nós. mas que nós morremos com Ele, e que podemos ser libertos da vida carnal e do pecado, e viver uma vida vitoriosa. Infelizmente, o aconselhamento nem sempre leva as pessoas a voltar para a cruz.

4) O quarto substituto é homilética focada no homem em contraste à prega¬ção que aponta para Deus. Consiste em pregar sobre os desejos e necessidades do homem, ao invés de pregar sobre os desejos e plano de Deus. A maioria das pessoas na congregação está interessa¬da em resolver os próprios problemas. O pregador sabe disso, e por isso dá um pouco de Palavra e um pouco de psico¬logia. Ministra para as necessidades conscientes, e as pessoas voltam para casa com uma solução temporária que dura poucos dias. Estas pessoas preci¬sam é de serem apresentadas a Deus! Precisam conhecer a Ele! Grande parte da congregaçao não sabe quem é o ver¬dadeiro Deus.

5) Um outro substituto é mediação profissional no lugar de reconciliação bíblica. Não é raro atualmente que uma igreja ou denominação inteira se envolva com processos legais e litígios. Ignora-se quase que universalmente a instrução de 1 Coríntios 6, onde os cristãos são instruídos a não irem ao tribunal diante de incrédulos. Gastam-se quantias enormes de dinheiro nestes processos.
Será que nos esquecemos que os cristãos receberam a mensagem de reconciliação e o ministério da reconciliação? Mas geralmente deixamos isto de lado nas igrejas e recorremos a mediação profissional no lugar daquilo que Deus proveu.

6) Outro substituto é oração focalizada no grupinho proprio ao invés de intercessão publica para a igreja universal e o mundo. Graças a Deus pelos grupinhos de oração: nasceram junto com a primeira igreja. Mas geralmente o grupinho de oração focaliza quase que exclusivamente em preocupações pessoais, familiares e do proprio grupo. Não é o tipo de oração ampla que traz progresso em missões ou conduz a igreja em vitó¬ria nesta era pós moderna.

7) Depois temos a ortodoxia evangélica no lugar de encontros verdadeiros com o Espírito Santo. É muito fácil ser evangelicamente ortodoxo e concordar com uma declaração de fé, mas é algo bem diferente levar nosso povo a uma experiência com o Espírito Santo. Ele é a Pessoa que foi enviada para formar Cristo em nos. e para fazer de nos um povo santo e consagrado. Esta é a Sua tarefa. Não temos caminhado muito com Ele neste proposito.
8- Um outro substituto é contribuir visando beneficio próprio, ao invés de contribuir para o Reino. A. B. Simpson certa vez pregou um sermão sobre sete tipos de contribuição. Destes, seis eram classificados como voltados para si mesmo. Por exemplo, contribuir para o salário do pastor traz benefícios pois ele serve a você e á sua família. Ajudar comprar instrumentos musicais para a igreja também tem um retorno pessoal. Não são formas erradas de contribuir mas não representam a forma mais difícil que e realmente dar onde não há possibilidade de ganhar algo de volta. E dar heroicamente, fora do seu círculo de benefícios. Isto ocorre quando voce da a missões, a trabalhos de recuperação, ao evangelismo. Isto é bem mais raro.

9) Mais um substituto e a nova cruz vérsus a velha cruz. Foi A. W. Tozer que mostrou esta diferença entre a nova e a velha. Segundo ele, “a nova cruz não mata o pecador; apenas oferece-lhe uma nova direção. Estimula-o a viver de maneira mais limpa e mais feliz, e resgata seu auto-respeito. Aqueles que gostam de se afirmar, diz: ‘Venha e se afirme em Cristo’. Ao egoísta, diz: ‘Venha e gabe-se no Senhor’. Aquele que anda procurando sensações e emoções, diz: Venha e delicie-se nas sensações tremendas que há na comunhão e no louvor cristão’.
“Mas a velha cruz é um símbolo de morte. Representa o final abrupto e violento do ser humano. O homem que tomasse a sua cruz e começasse a caminhar nos tempos romanos já havia dado adeus aos seus amigos. Ele não voltaria. Não estava apenas redirecionando a sua vida; iria terminá-la. A cruz não negocia. não modifica parte da vida. não poupa nada: mata o homem por completo e para sempre…”
Estamos conduzindo as pessoas hoje a uma cruz que foi desinfetada, polida e que não trata com o velho homem, como o faz a velha, rude cruz. Todos sabemos que a cruz e um enorme tropeço. É difícil “satisfazer o cliente” e oferecer uma religião baseada na cruz. Temos tentado fazer justamente isso. mas e um fracasso total.

10) Estamos adorando o louvor no lugar de adorar a Deus. Estudamos o louvor. conversamos sobre o louvor, dissecamos o louvor, para ver que tipo de louvor faz sentido para nos. Até discutimos sobre o louvor. Esquecemo-nos que o louvor e para Deus. e não para nos.
Os Substitutos Não Funcionam
Por quanto tempo a igreja evangélica vai tentar viver com os substitutos? A verdade é que os substitutos não funcionam. No principio. Deus falou claramente sobre substitutos Ele rejeitou a oferta de Caim como inaceitável, e aceitou a oferta de Abel. No segundo mandamento. Deus reforçou que “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma …” (Êxodo 20.4). Em Atos 8.18- 24. lemos que Simão, o ex-mágico, foi severamente repreendido porque julgava “adquirir por meio de dinheiro o dom de Deus” (o Espirito Santo). Em Apocalipse 2 e 3. Deus nos lembra das igrejas no primeiro século que já estavam tentando funcionar com substitutos, depois de apenas 35 a 40 anos. e cinco das sete foram exortadas a se “arrependerem”!
Precisamos compreender que quando usamos substitutos, estamos roubando Deus da sua gloria. Ele já disse: “Eu sou o Senhor teu Deus. Deus ciumento…”(Êxodo 20.5). “A minha glória não a darei a outrem” (Isaias 42.8). Estamos roubando Deus da sua glória quando tentamos funcionar com substitutos. Estamos levando nosso povo por caminhos errados. Estamos dando a impressão que está tudo bem. Tudo não está bem. Estamos tentando viver com cisternas rotas.
Precisamos reconhecer que pagamos um preço muito elevado por substitutos — preço elevado em relação a nossos filhos, pois podemos perde-los por nunca terem visto o sobrenatural na vida de seus pais. Isto não transmitira o cristianismo para a geração deles. O cristianismo sempre está a apenas uma geração de extinção. Veja a terra da Turquia, por exemplo, aquela terra das igrejas do Novo Testamento (as sete igrejas do Apocalipse, e muitas outras, como da Galácia). Hoje há somente quinhentos a seiscentos cristãos entre os mais de 60 milhões da população total. O cristianismo pode extinguir-se. Não podemos sobreviver com substitutos.
Estou fazendo agora a oração de Salmo 71.17.18: “Tu me tens ensinado, ó Deus desde a minha mocidade. e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas. Não me desampares, pois, ó Deus, até a minha velhice e às cãs, até que eu tenha declarado a presente geração a tua força, e às vindouras, o teu poder.”
Eu achava antes que éramos responsáveis somente por uma geração, aquela em que vivemos. Não penso mais assim. Somos responsáveis por esta geração e pela próxima, a geração de nossos filhos. Temos de passar a fe para eles, e agora estou acrescentando mais uma, a geração dos nossos netos.
Deus é um Deus de Abraão, Isaque, e Jacó. Ele é um Deus que guarda Sua aliança para mil gerações, e Seu plano desde o principio era que uma geração o passasse para a próxima, e assim sucessivamente. Não podemos perder uma única geração.

Qual é o Segredo?

O segredo é encontrado em palavras como “obras maravilhosas”, poder” e “obras tremendas” — expressões que refletem todo esse assunto do sobrenatural. Nossos filhos e netos precisam ver o sobrenatural nas nossas vidas, se é que vão abraçar a fé na sua geração. Agostinho disse que cada geração precisa se apoiar nos ombros da geração anterior, e alcançar posições cada vez mais altas e mais profundas. Esta é minha oração por todos nós.
Ó Deus, estamos pagando um preço altíssimo por substitutos! Levanta pastores e lideres que ensinem o povo e que guiem a Igreja a renovação e avivamento. Oramos em nome de Jesus!
fonte o arauto da sua vinda 


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