SUBSIDIO EBD CPAD PER-ADOLESCENTES
JESUS ÚNICO MEIODE SALVAÇÃO 1 TRIMESTE 2016
CARTA
DE JOÃO 1.1-10,14.
1 - No princípio, era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
2 - Ele estava no
princípio com Deus.
3 - Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 - Nele, estava a vida e
a vida era a luz dos homens;
5 - e a luz resplandece
nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6 - Houve um homem
enviado de Deus, cujo nome era João.
7 - Este veio para
testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 - Não era ele a luz,
mas veio para que testificasse da luz.
9 - Ali estava a luz
verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
10 - estava no mundo, e o
mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
14 - E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do
Pai, cheio de graça e de verdade.
Professor, aguce a
curiosidade de seus alunos! Use para isso um dos símbolos cristãos primitivos.
O Cristianismo possui diversos símbolos que representam à fé cristã: a cruz, o
peixe, o lábaro de Constantino, entre outros. Mas, seus alunos sabem o
significado do “peixe” como símbolo cristão? Vejamos. As letras da palavra
“peixe”, em grego (ICHTHYS), formam um acróstico que representa a identidade e
a missão de Jesus: 0 “I” (iōta) corresponde a lēsous (Jesus); o “CH” (chi) a
Christos (Cristo); o “TH” (thēta) a tou Theou (de Deus); o “Y” (üpsilon) a
huiós (Filho); e o “S” (sigma) a Soter (Salvador). O símbolo significa: Jesus
Cristo de Deus Filho e Salvador.
Logos: Título cristológico
que designa o Senhor Jesus como o Eterno, o Criador e o verdadeiro Deus.
I. O SIGNIFICADO DO TERMO
“VERBO”
1. A revelação gloriosa.
O prólogo do Evangelho de João revela várias verdades a respeito da natureza e
deidade de nosso Senhor Jesus Cristo. Aprouve ao Espírito Santo revelar oito
maravilhosos títulos divinos de Cristo em Jo 1.1-51: Verbo (v.1); Vida (v.4);
Luz (v.7); Filho Unigênito de Deus (vv.18,49); Cordeiro de Deus (v.29); Messias
(v.41); Rei de Israel (v.49); e Filho do Homem (v.51). A deidade, natureza,
identidade, encarnação e missão de nosso glorioso Salvador manifestos em apenas
um capítulo! Prostremo-nos reverentemente diante do Senhor, e, assim como o
salmista, declaremos: “Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta, que
não a posso atingir” (Sl 139.6; Rm 11.33; Ef 1.3).
2. O Verbo Divino. O
termo “Verbo”, aplicado a Jesus, procede do original Logos e, apesar de seu
amplo significado secular, “palavra”, “razão”, ou “pensamento”, é usado no
versículo 1 com o sentido de “Verbo ou Palavra divina”. O mesmo vocábulo
aparece em 1 Jo 1.1 descrevendo o “Verbo da vida”, e no capítulo 5 versículo 7
da mesma epístola, apenas como “Palavra”.
Na Bíblia, o termo
“palavra”, quando vinculado a Deus, revela o seu infinito poder criador,
protetor e sustentador de todas as coisas criadas, visíveis e invisíveis (Gn
1.3; Sl 33.6,9; 107.20; Hb 1.3; 11.3).
Por conseguinte, em Deus,
o crente sempre estará seguro, pois Ele cuida dos seus filhos e, com a sua
destra, protege-os do mal (Sl 60.5; 118.15; Is 45.2-8; Mt6.13).
Quando o evangelho de
nosso Senhor Jesus Cristo foi anunciado pela igreja cristã no Século I, os
vocábulos, “A Palavra” e “O Verbo”, foram satisfatoriamente compreendidos pelos
judeus e gregos, pois essas expressões lhes eram conhecidas.
II. AS AFIRMAÇÕES
DOUTRINÁRIAS DE JOÃO 1.1
1. “No princípio era o
Verbo” (Jo 1.1a). Esse trecho afirma que Jesus é eterno. A Bíblia assevera: “No
princípio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Porém, em Jo 1.1 a Sagrada
Escritura vai infinitamente além do fato expresso em Gn 1.1 ao afirmar que “No
princípio era”, ou seja, o Verbo já existia. O Senhor Jesus existe antes de
todas as coisas, inclusive antes de o tempo ter início: “E ele é antes de todas
as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.17).
O Filho de Deus, além de
existir por si mesmo (Jo 5.26), estava com o Pai antes da criação do mundo (Jo
17.5,24). Ele existe por si mesmo e sustenta “todas as coisas pela palavra do
seu poder” (Hb 1.3). Isto é consolo e restauração espiritual para o crente,
pois o propósito dessa gloriosa encarnação do Verbo divino é prover a
“purificação dos nossos pecados”, como afirma a parte final de Hb 1.3 (cf. Jo
1.14). Louvemos ao Verbo, o Criador, Sustentador e Fim de todas as coisas (Ap
1.8).
2. “E o Verbo estava com
Deus” (Jo 1.1b). O texto é inequívoco: O Filho Unigênito estava com o Pai (Jo
1.18). O Verbo, o Emanuel, não é apenas eterno, mas também distinto do Pai.
Essa ortodoxa afirmação aniquila o falso ensino dos modalistas e unicistas que,
embora defendam a divindade de Jesus, negam a santa doutrina bíblica da
Trindade. Segundo os hereges, Pai, Filho e Espírito Santo são uma só pessoa.
Eles não crêem na doutrina da existência de um só Deus que subsiste em três
distintas e Santíssimas Pessoas (Mt 28.29). Todavia, esse ensinamento está
claramente exposto nas Escrituras. O batismo de Jesus (Mt 3.16,17), sua oração
sacerdotal (Jo 17), e a declaração da sua suprema autoridade são refutações
clássicas contra essas heresias (Jo 8.17, 18; 1 Jo 2.22-24). Crer e defender a
santa doutrina da Trindade não é um privilégio, mas um dever de cada cristão (1
Pe 3.15; Jd v.3).
3. “E o Verbo era Deus”
(Jo 1.1c). Observe que o conceito expresso nesse versículo é progressivo. Uma
declaração (1a; 1b) esclarece a outra até culminar com uma verdade enfática: “e
o Verbo era Deus” (1c). Se o prólogo do evangelho de João (1.1-14) fosse o
único lugar nas Escrituras em que a divindade do Verbo é afirmada, já teríamos
subsídios suficientes para crer e confessar a doutrina. Todavia, esse ensino é
asseverado em todo o contexto bíblico (Jo 5.18, 10.30; Cl 2.9). Portanto,
inúmeras e inegáveis provas bíblicas atestam que a crença na divindade de Jesus
é indispensável para a salvação da alma (1 Co 15.1-4; 1 Tm 6.15,16; Hb 1.1-3; 1
Pe 1.2-5; 1 Jo 5.5.1-13).
III. QUALIDADES DIVINAS
DO VERBO
Após apresentar o Verbo
divino, enfatizando sua preexistência, natureza e igualdade com o Pai, João
descreve alguns de seus atributos e prerrogativas.
1. Criador (vv.3,10). O
Verbo é apresentado nas Escrituras como o Deus Criador: “Todas as coisas foram
feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (v.3). Ele “estava no
mundo, e o mundo foi feito por ele” (v.10). Essa doutrina invalida a crença dos
grupos religiosos que dizem ser o Verbo uma mera criatura, e não o Criador.
Contudo, a Bíblia é categórica: “Porque nele foram criadas todas as coisas que
há no céu e na terra” (Cl 1.16). O Verbo divino não faz parte da criação;
transcende-a, pois é o Criador de todas as coisas (Hb 1.1,2,10). Quando a
Bíblia afirma que Jesus é o Criador, atribui-lhe o mesmo título pelo qual o Pai
é conhecido no Antigo Testamento (Gn 1.1; Jó 33.4; Sl 138.13-18). Assim como o
salmista prorrompeu em júbilo diante do Deus Criador, façamos o mesmo perante o
Filho, o Criador de todas as coisas: “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos!
Ajoelhemos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95.6).
2. “Nele estava a Vida”
(v.4). Jesus declarou que além de possuir a “vida em si mesmo” (Jo 5.26) era a
“ressurreição e a vida” (Jo 1 1.25; 5.25). No Antigo Testamento, o Pai é
identificado como a fonte e o manancial da vida (Gn 2.7; Dt 30.20; Sl 36.9).
Era um título que pertencia exclusiva e unicamente ao Criador de toda vida (Sl
133.3).
Cristo, entretanto,
atribuiu a si mesmo essa designação divina (Jo 5.21,26) e, como tal, foi
reconhecido seja através de seus ensinos (Jo 5.32-35; 11.25) seja por meio de
seus atos milagrosos (Jo 11.42-45; Mt 9.18,19,23-25).
A vida em Cristo é eterna
não apenas no sentido de sua duração, mas por sua qualidade (Cl 3.4; 1 Tm 1.1;
2 Tm 1.10). A vida que provém de Deus é cheia de gozo, paz e alegria. Jesus
asseverou-nos: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim” (Jo 14.6).
3. “A luz verdadeira”
(v.9). A Palavra de Deus ensina enfaticamente que Deus é Luz (1 Jo 1.5; Sl
27.1) e que “habita na luz inacessível” (1 Tm 6.16). Esse título divino seria
também uma designação do Messias, o Servo do Senhor (Is 42.6,7; 9.2; Mt 4.16).
O termo “luz” aparece cerca de 20 vezes no evangelho de João (1.4,5,89; 3.19;
8.12; 12.46), e, na maioria das ocasiões, refere-se a Jesus como a luz do mundo
(Jo 8.12). No relato da Criação, lemos que Deus, pelo poder de sua Palavra, fez
surgir a luz, que desfez o caos (Gn 1.2,3). O Senhor Jesus é a “luz que alumia
a todo homem que vem ao mundo” (v.9), e por isso, desfaz o caos da vida humana
(2 Co 4.6).
Em Jesus estão reunidas
todos os atributos divinos que o descrevem como o único e suficiente Salvador
da humanidade. Sua história e suas obras não se limitam ao período entre seu
nascimento e sua morte (Hb 13.8). O Filho de Deus esteve presente eternamente,
atuando especialmente na História da Salvação. Ele veio como homem e sua glória
foi vista pelos de sua geração; realizou a obra da redenção na cruz do
Calvário, e retornou ao Céu, de onde dirige a sua Igreja e voltará em glória
para estabelecer a paz universal.
Subsídio Teológico
“A Palavra na Eternidade
(1.1-5)
Os versículos 1 a 4
narram o estado preexistente de Jesus e como Ele agia no plano eterno de Deus.
‘No princípio’ (v.1a) fala da existência eterna da Palavra (o Verbo). As duas
frases seguintes expressam a divindade de Jesus e sua relação com Deus Pai.
Esta relação é uma dinâmica na qual constantemente são trocadas comunicação e
comunhão dentro da deidade. O versículo 2 resume o versículo 1 e prepara para a
atividade divina fora da relação da deidade no versículo 3. No versículo 4 Ele
é o Criador mediado. O uso da preposição ‘por’ informa o leitor com precisão
que o Criador original era Deus Pai que criou todas as coisas pela Palavra. Os
verbos que João usa nestes versículos fazem distinção entre o Criador
não-criado, a Palavra (o Verbo) e a ordem criada. Numa boa tradução, a RC
observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’ mas ‘todas as coisas foram
feitas’. O versículo 4 conta várias coisas para o leitor: 1) A Palavra divina,
como Deus Pai, tem vida em si mesma, vida inchada (ou seja, é a fonte da vida
eterna). 2) Esta vida revelou a pessoa e natureza de Deus para todas as
pessoas. 3) ‘Luz’ neste ponto pertence à revelação autorizada e autêntica de
Deus [...]”.(ARRINGTON, F. L; STRONSTAD, R. (eds.) Comentário bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed., RJ: CPAD, 2004, p. 496.)
“No princípio, era o
Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”.As três incisivas
afirmações a respeito da deidade de Jesus são formuladas com base nos diversos
sentidos do verbo “eimi”, ou “eu sou”: era, estava, era.Na primeira expressão,
“era o Verbo”, o sentido de “era” é “existir”: “No princípio, havia, existia o
Logos”. Afirma a preexistência ou eternidade do Filho de Deus.
Na segunda sentença, “o
Verbo estava com Deus”, “estava” refere-se à posição do Filho de “estar frente
a frente com Deus”, idéia reforçada pela preposição “pros” que significa “face
a face” ou “frente a frente”. O Logos, portanto, estava “face a face com Deus”.
Isto atesta que o Filho é distinto do Pai, mas de natureza idêntica.
Na última oração, “o Verbo
era Deus“, é asseverado o “ser” ou a “natureza” da Palavra: Aquele que existe
por si mesmo. Por conseguinte, o Verbo era divino. Portanto, no princípio
existia o Verbo, e o Verbo estava face a face com Deus, e o Verbo era Deus
verdadeiro.
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PAZ DO SENHOR
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