SUBSIDIO BETEL ATAQUES A
FAMILIA N.4
Efésios
5.22-30.
22 - Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos,
como ao Senhor;
23 - Porque o marido é a cabeça da mulher, como também
Cristo é a cabeça da igreja: sendo ele próprio o salvador do corpo.
24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a
Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos.
25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também
Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da
água, pela palavra,
27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.
28 - Assim devem os maridos amar a suas próprias
mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si
mesmo.
29 - Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria
carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;
30 - Porque somos membros do seu corpo.
introdução
Palavra Chave
Conflito: Embate, discussão acompanhada de injúrias e
ameaças; desavença.
Os conflitos familiares vêm de tempos imemoriais. No
Éden, antes da Queda, havia um ambiente perfeito: harmônico e amoroso. Mas o
casal, ouvindo o tentador, perdeu a doce comunhão com Deus, e a consequência
não podia ser outra: o início de sérios conflitos familiares. A boa nova para os
nossos dias é saber da possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas
que, às vezes, afetam a família cristã.
I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
1. Temperamentos diferentes. Dentre os vários motivos
existentes para justificar os desentendimentos entre os cônjuges, o que mais se
destaca é o temperamento. Segundo os psicólogos, temperamento “é a combinação
de características inatas que herdamos dos nossos pais que, de forma
inconsciente, afetam o nosso comportamento”. De acordo com o conceito popular,
podemos dizer que o temperamento é a maneira própria pela qual reagimos aos
diversos estímulos e situações que se nos apresentam cotidianamente (Gn 25.27).
Mas, pelo amor, podemos (e devemos) vencer todas as nossas diferenças, a fim de
que tenhamos um casamento feliz (1Pe 4.8).
2. Fatores que trazem conflitos. Diversos são os
fatores que desencadeiam conflitos no lar. Eis alguns deles:
a) Falta de confiança. O casamento só tem sentido
quando é estabelecido na plena confiança do amor verdadeiro, pois o amor folga
com a verdade (1Co 13.6). Quando há amor entre o casal não há motivos para
desconfianças ou ciúmes (1Co 13.5b). Há quem pense que o ciúme desenfreado é
prova de amor. Grande engano! É loucura que pode, inclusive, colocar em risco a
estabilidade conjugal.
b) Tratamento grosseiro. Onde o Espírito Santo se faz
presente há perfeito amor, paz, alegria e longanimidade, que é a paciência para
se suportar as falhas alheias (Gl 5.22). Uma das formas de demonstrarmos o
fruto do Espírito é vista na maneira como usamos nossas palavras, pois a
palavra branda joga para longe o furor. Mas os conflitos entre os cônjuges
suscitam ira, ódio e destruição (Pv 15.1). E a forma com que tratamos uns aos
outros é vista por Deus como uma referência para designar quem é sábio ou não,
pois a sabedoria é manifesta em obras de mansidão (Tg 3.13).
c) Dívidas. As dívidas ocasionam muitos conflitos
familiares, chegando até mesmo a terminar um relacionamento conjugal. Quando
uma pessoa se endivida não pensa em mais nada a não ser nas dívidas. Algumas
pessoas até adoecem. Assim, precisamos ouvir a Palavra de Deus e nada dever a
ninguém (Rm 13.8). Através de um planejamento eficiente, bom senso e
autocontrole podemos fugir das dívidas. Faça isso para o bem-estar da sua
família (Pv 11.15; 22.7,26)!
d) Infidelidade. Quando o cônjuge encobre a sua
conduta pecaminosa o pecado vem a público inesperadamente (Lc 12.2). O
casamento sofre um duro golpe, os filhos ficam sem direção e a família
transtorna-se. É imperativo que os cônjuges evitem, a todo o custo, o
envolvimento extraconjugal. Além de ser um grave pecado contra Deus, é uma
ofensa contra o cônjuge, filhos e filhas (ler Pv 5.3-6). A infidelidade contra
o cônjuge é infidelidade contra Deus.
II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
1. A mulher no mercado de trabalho. Devido às modernas
demandas sociais, a mulher deixou de se dedicar exclusivamente às funções
domésticas, e passou também a exercer funções em empresas e organizações
diversas, ocupando a maior parte do seu tempo em atividades profissionais. Mas
essa mudança tem trazido sérias consequências. Há mais de uma década, para cada
dez homens que morria de infarto, apenas uma mulher sofria desse mal. Hoje, o
número de mulheres que morre desse mal subiu para quatro.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos.
Sem a presença dos pais, as crianças ficam desorientadas. Muitas vezes elas
convivem com pessoas que não têm a menor capacitação para educá-las. Por outro
lado, algumas crianças ficam o dia todo em frente da “babá eletrônica”, a
televisão, ou com a “mestra eletrônica”, a internet. Ali, são “educadas” pelos
heróis artificiais. As figuras do pai e da mãe presentes estão cada vez mais
escassas. Tal ausência é sentida quando os nossos filhos entram na
adolescência, uma fase de novidades e mudanças bruscas.
III. MÁ
EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. A melhor escola ainda é o
lar. Precisamos ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos na admoestação do
Senhor (Ef 6.4; Pv 22.6). Infelizmente, o excesso de ocupação dos pais relegou
a educação dos filhos às instituições educacionais. Esperando que tais
entidades construam o caráter dos seus filhos, os pais ignoram a família como
instituição responsável pela formação espiritual e moral da criança. Muitos não
acompanham a rotina escolar dos filhos e sequer a filosofia pedagógica adotada
pela instituição de ensino.
2. Quem são os professores? Infelizmente, são graves
os prejuízos à nação na área educacional. Os “mestres” das crianças, hoje, são
os artistas e as empresas de telecomunicação. É comum ver as nossas crianças e
adolescentes prostrados diante da TV, consumindo todo tipo de má educação. Mas
é raro vê-los nos cultos de oração e ensino da Palavra. Que a igreja local
invista nos professores de Escola Dominical. Que os professores da Escola
Dominical se preparem eficazmente para o grande desafio de ensinar a Palavra de
Deus num mundo que jaz no maligno (Rm 12.7).
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A ausência
de Deus é o inimigo número um do lar. É essencial que aqueles que constituem
família convidem Jesus, o maior educador de todos os tempos, a estar presente
em seu lar. É indispensável que os pais, com a assistência da Igreja, optem por
servirem a Deus, contrariando as propostas do mundo (Js 24.15). Realizemos o
culto doméstico e, juntamente com os nossos filhos, estudemos a Bíblia. Não nos
esqueçamos: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a
edificam” (Sl 127.1).
Sempre haverá conflitos nas relações familiares, mas a
família cristã precisa saber como contornar tais conflitos à luz da Palavra de
Deus. Com o amor verdadeiro no coração, poderemos não somente vencer, mas
igualmente evitar os conflitos. Basta ter a Jesus como o hóspede de nosso lar.
“Zelo Bíblico como Relacionamento
Nós acreditamos que o companheirismo permanece sendo o
propósito primário do casamento. Apesar de todas as coisas maravilhosas que
Deus criou no jardim do Éden, elas eram inadequadas para suprir as necessidades
de Adão. Nenhum dos animais, esplêndidos como devem ter sido antes da queda,
podiam oferecer uma companhia adequada para ele. Naquele momento o Senhor criou
a primeira família. Em Gênesis 2.18, Deus disse: ‘Não é bom que o homem esteja
só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja diante dele.’ Aqui está de novo —
paternidade segue a parceria. Paternidade depende de fidelidade. O papel
estratégico do relacionamento marido/esposa no casamento estabelece um ponto
central no alvo familiar. Tudo mais é secundário. Tudo o mais é inferior,
porque quando o companheirismo não funciona, a família não pode funcionar.
Nós, pais, permanecemos no pináculo estabelecido por
Deus, em nossa unidade familiar, por isso somos ao mesmo tempo gratos,
temerosos e esperançosos no que se refere a nossa tarefa de liderança e ao
nosso zelo divino (cuidado estabelecido pela aliança) por nossos
relacionamentos no casamento” (GANGEL, K. O. & GANGEL, J. S. Aprenda a ser
pai com o Pai: Tornando-se o pai que Deus quer que você seja. 1 ed., RJ: CPAD,
2004, pp.72-3).
“Esta passagem [Ef
5.19-21]
tem sido deturpada e fica quase irreconhecível em algumas interpretações.
Muitas vezes ouço pessoas fazendo malabarismos com essa passagem em favor
daquele versículo que diz que as esposas têm que se submeter aos seus maridos —
que os homens são o cabeça da casa. Mas pegar esse versículo isolado da
passagem anterior destrói o significado da Escritura. Nós podemos ser tentados
a controlar os outros, para transformá-los em alguma espécie de imagem que nós
formamos. Mas este tipo de intolerância não é o que Paulo está falando. A ideia
de Paulo era que maridos e esposas devem submeter-se mutuamente. Eles devem ser
sensíveis às necessidades um do outro e fazer o possível para alcançá-las. Eles
precisam ver seus cônjuges como distintos, como independentes deles, com
necessidades peculiares, e não devem controlar ou dominar o esposo, ou a
esposa, ou dizer a eles como devem viver. também não devem viver inteiramente
separados do seu parceiro. Paulo idealizou uma interação íntima e santa entre
marido e mulher: ‘Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria
mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido’ (Ef 5.33)” (HAWKINS, D.
9 erros críticos que todo casal comete: Identifique as armadilhas e descubra a
ajuda de Deus. 3 ed., RJ: CPAD, 2010, p.93).
Conflitos na Família
A vida em sociedade nunca foi livre de conflitos, e o
mesmo se dá no lar. Nenhuma família está isenta de passar por situações em que
seus membros não apenas possuem opiniões diferentes, mas apresentam muitas
vezes reações emocionais extremas quando contrariados. Independente da
existência de conflitos, eles devem ser tratados de forma coerente, bíblica e,
acima de tudo, de forma que Deus seja honrado e a unidade da família seja
preservada. Dentre as diversas formas de conflitos na família, destacamos:
Brigas na família — Cada pessoa na família possui um
temperamento diferente. Temperamento e, em síntese, a forma com que reagimos
diante de situações e estímulos. Ainda que tenham temperamentos diferentes,
somos desafiados a agir não de acordo com nossos temperamentos, mas sim de
acordo com a presença de Deus em nossas vidas.
Atividades dos pais — Em nossos dias, temos visto que
pais e mães de família têm se dedicado muito ao trabalho, devido aos muitos
desafios financeiros e o custo de vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar
a família, se os pais não tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos,
participar da educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de
tudo, repassar-lhes a fé em Deus e no evangelho.
Questões financeiras — Conflitos familiares podem
advir de questões financeiras. Um cônjuge que não possui controle de gastos e
tem propensões consumistas pode atrapalhar seu casamento, pois coloca em risco
a economia de toda a família. Os cônjuges precisam ter um controle correto de
seus gastos, aprender a gerir corretamente seus recursos financeiros e evitar
desconfortos que atrapalhem a convivência. É preciso aprender a poupar, tentar
comprar a vista os bens necessários e abster-se de adquirir coisas que não são
necessárias naquele momento. Todo cuidado nessa esfera é importante, a fim de
que a família não passe necessidade por culpa de um de seus membros que não
possui domínio próprio.
Fonte CPAD
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