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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Onde esta o AVIVAMENTO ?


                                


                        Onde Está o avivamento?
                         


Fora um dia extremamente exaustivo. O sol quente castigava impiedosamente a terra árida e endurecida. A multidão, que parecia ter ficado sob esse céu sem nuvens por uma eternidade, continuava assistindo em silêncio ao confronto decisivo entre Baal e Jeová. O time de Jeová estava em absurda desvantagem: 850 a 1, em favor de Baal.
Parecia que nem uma folha se mexia enquanto todos observavam e esperavam em suspense. Os profetas de Baal tentavam uma tática após outra para persuadir o deus do relâmpago e do fogo a se manifestar, provar sua existência e mandar fogo do céu. Suplicavam e clamavam. Como nada aconteceu, clamaram com mais insistência, fizeram propostas, exigiram que Baal lhes atendesse e mandasse fogo. Ainda assim, não veio resposta alguma. Nada de fogo do céu.
Contudo, não se intimidaram. Com persistência admirável, saltaram em cima do altar e cortaram-se até escorrer o sangue – em tentativas desesperadas e inúteis de demonstrar a Baal sua sinceridade e de conseguir alguma evidência, qualquer coisa que pudesse provar a realidade espiritual. Porém, não veio sinal algum de fogo do céu – nem sequer uma faísca.
Para dizer a verdade, há mais de três anos, não havia qualquer movimento dos céus, qualquer sinal de vida, de espécie alguma – nada de fogo, de chuva, de mensagem, de realidade. Esgotados com os exercícios fúteis, os representantes de Baal viram seu desejo transformar-se em desapontamento e, finalmente, em derrota.
Nesse ponto do relato de 1 Reis 18, é impossível deixar de observar algumas semelhanças muito evidentes com o tempo atual. O grande problema na igreja contemporânea é que, apesar de seu tamanho e da quantidade de atividades, não há uma verdadeira manifestação da glória da presença de Deus.
De modo geral, não nos faltam atividade, fervor e tentativas sinceras de obter poder espiritual. Pelo contrário, as agendas das igrejas estão inchadas de cultos, retiros, conferências e programas. Fazemos muito barulho. Estamos ocupados, intensos e, talvez, sinceros, mas o céu continua mantendo um silêncio ensurdecedor. Não há sinal de fogo.
Não é que não estejamos tentando. Estamos tentando e como! Aparentemente, porém, todos os nossos programas, promoções, reuniões, caravanas, orçamentos, batismos, comitês e convenções fracassaram. Não conseguiram produzir aquilo de que precisamos com mais urgência: fogo do céu.
Enquanto os líderes espirituais e ativistas correm para cá e para lá, tentando produzir faíscas, o membro normal de igreja continua agindo como espectador, esperando ao lado do restante do mundo e perguntando onde está o fogo.

Chamando fogo do céu

Entra em cena, neste instante, uma figura solitária. Três anos atrás, havia despertado a ira do rei e, desde então, tornara-se fugitivo. Seria de se imaginar que se intimidasse ao se apresentar diante do monarca ofendido. Afinal, corria grande risco de vir a perder a vida. No entanto, não foi isso que aconteceu; apresentou-se com segurança, confiança e ousadia.
Chamou a atenção do povo, que começou a aproximar-se lentamente, sem saber o que esperar. Esse homem sempre fora meio estranho – totalmente oposto aos demais líderes religiosos da época. Quando falava, encontrava pouca ressonância entre os ouvintes.
Sua mensagem contradizia tudo o que era tradicional e popular. O desafio de sair de cima do muro e definir-se por um ou por outro, ou por Baal, ou por Jeová, deixava quase todos desconfortáveis – preferiam não se comprometer.
Porém, não era um discurso que pretendia fazer. Ele os conduziu a um velho altar, o altar de Jeová. Abandonado há muitos anos, estava em ruínas. Uma por uma, selecionou doze pedras grandes e reedificou o altar caído. Preparou o sacrifício e colocou-o sobre o altar.
De repente, fez algo totalmente inesperado e sem sentido lógico. Ordenou que enchessem quatro tambores de água e a despejassem sobre o sacrifício.
O quê? Ele enlouqueceu? Qualquer um sabe que lenha molhada não pega fogo! Além disso, esse homem estranho não sabia que estavam há três anos sem chuva? Que desperdício insensato desse recurso precioso!
Para piorar, depois de seguirem suas ordens, ele ainda pediu que o fizessem novamente – e, depois, uma terceira vez!
Quando tudo estava pronto, ele fez uma oração simples e curta – mas com resultados imediatos: fogo!
Não havia fósforos nem querosene. Nada de truques mágicos, giros ou fingimentos. Somente fogo. Fogo genuíno. Fogo que lambeu a água e consumiu inteiramente o sacrifício, a lenha, as pedras – até o pó no chão. Fogo do céu. Fogo de Deus.

O que é o fogo de Deus?

Não existe na Igreja hoje uma necessidade maior do que a necessidade que ela tem do fogo de Deus. Quando falamos sobre o fogo de Deus, estamos nos referindo à manifesta presença de Deus e à sua glória. Estamos falando sobre o poder sobrenatural de Deus.
Estamos falando sobre reuniões que não são apenas reuniões “boas” com boa música e boas pregações. Estamos falando sobre resultados que não podem ser explicados em termos de esforço humano. Estamos falando sobre aquilo que o homem não consegue programar, manipular, planejar ou fazer acontecer.
Estamos falando sobre algo que vai além da ação normal do Espírito Santo no meio do seu povo. Estamos falando sobre o derramamento extraordinário do Espírito que revela a glória de Deus nas vidas individuais e na igreja.
O que o fogo faz?
Quando o fogo cai, vemos Deus como ele realmente é. Tanto no Velho quanto no Novo Testamento, Deus é revelado como um Deus de fogo.
No Monte Sinai, onde foi dada a lei, Deus se revelou com relâmpagos, trovões e vozes. No último livro da Bíblia, o apóstolo João recebeu um vislumbre da sala do trono, no céu. Do meio do trono, saíam “relâmpagos, vozes e trovões” (Ap 4.5).
Quando o fogo cai, Deus assume o controle da Igreja. Quando Deus aparece, as pessoas se sentem melhor prostradas no chão do que sentadas nos bancos. Quando o fogo cai, ele consome tudo que não é santo, tudo que é terreno e humano.
O fogo de Deus purifica, separa, derrete e devora, “porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12.29). Deus é como o fogo do ourives (Ml 3.2) que traz impurezas à superfície, expondo-as e consumindo-as.
Quando o fogo cai, o pecado é julgado e tratado de forma meticulosa e radical – não apenas os pecados óbvios da carne, mas os pecados sutis e ocultos do espírito também. As máscaras da respeitabilidade são removidas, os disfarces rasgados e os corações dos homens expostos diante do olhar de um Deus que tudo vê, tudo sabe.
Quando o fogo cai, há profunda convicção e tristeza pelo pecado. O intenso holofote da santidade de Deus faz com que aquilo que antes era aceitável torna-se, de repente, abominável. A indiferença transforma-se em lamentação. A atitude casual para com o pecado é substituída por quebrantamento e arrependimento genuínos.
Quando o fogo cai, os esforços e as obras dos cristãos são provados. Grande parte daquilo que parecia atividade espiritual é revelada como nada mais do que esforço carnal a ser consumido como madeira, feno e palha.
Quando o fogo cai, nossos métodos e programas tradicionais rendem-se ao senhorio de Jesus, e o Espírito Santo começa a presidir as ações e o funcionamento de sua Igreja.
Quando o fogo cai, há poder. Há vida. Há pureza. Há espontaneidade. Há realidade.
Onde está o fogo de Deus hoje? Onde está a evidência de sua presença e poder? Onde está o senso de reverência, de admiração, de assombro e temor na sua presença?
Onde estão as lágrimas de quebrantamento e contrição? Onde se vê pessoas perdidas caindo prostradas, dominadas pela realidade da presença de Deus no meio do seu povo?
Que igreja em sua comunidade é conhecida por ter manifestações do fogo de Deus? Em qual classe de Escola Dominical, em qual família, em qual pai, mãe ou jovem você tem visto o fogo de Deus?

Por que não temos o fogo?

Na maioria dos casos, não temos o fogo de Deus porque não achamos que precisamos dele. Estamos contentes em viver sem a sua glória.
De maneira geral, nosso país, nossas igrejas, lares e vidas estão destituídos da glória e do poder de Deus. Se alguém pergunta sobre nossas necessidades, falamos que precisamos de maiores prédios, mais dinheiro, mais voluntários, uma equipe melhor ou mais equipamentos. Por que não conseguimos enxergar que nossa maior necessidade é do próprio Deus?
Temos pecado contra Deus, e ele retirou sua presença manifesta de nós; no entanto, nossos olhos acostumaram-se com a penumbra. Estamos habituados a funcionar com o próprio esforço. Quando ninguém questiona a autenticidade dos resultados.
Ficamos cegos à nossa verdadeira condição e necessidade espiritual. Como a igreja de Laodiceia, achamos que somos ricos e abastados, que não precisamos de coisa alguma (Ap 3.17).
Ouço líderes cristãos falando que a Igreja está prosperando. Outros insistem que estamos experimentando sucessivas ondas de avivamento.
Se é assim, então por que toda forma de impureza moral continua alastrando-se livremente em nossas igrejas evangélicas, fundamentadas na pregação da Palavra? Por que a taxa de divórcio está tão alta na Igreja quanto no mundo?
Por que a vasta maioria dos cristãos nunca apresenta Cristo a ninguém? Por que as pessoas desejam uma experiência cristã de tempo parcial, de final de semana, que lhes seja conveniente, sem custo real? Por que os pastores precisam usar força e coação para conseguir levar as pessoas a realmente servirem ao Senhor?
Por que divisão nas igrejas é tão comum? Por que tantos que se chamam cristãos são estéreis, vazios, feridos e incapazes de se livraram da escravidão espiritual? Por que o mundo está tão pouco interessado naquilo que temos a oferecer?
Enquanto pensarmos que estamos fazendo tudo certo, nunca clamaremos a Deus para enviar fogo do céu.
Outra razão de não termos o fogo de Deus é que, na verdade, não o queremos. Oh sim, dizemos que queremos, mas geralmente queremos o tipo de fogo que atrai atenção à nossa igreja, que lota os auditórios, aumenta as ofertas e soluciona todos os nossos problemas.
Não queremos o tipo de fogo que consome, destrói, expõe, queima e machuca. Temos medo do que poderia acontecer se Deus aparecesse entre nós. Queremos uma experiência religiosa bem domesticada, fácil de se controlar.
Além disso, não queremos o tipo de pregação que vem antes do avivamento. Tenho observado que as pessoas só querem encorajamento e amor do púlpito. Não querem a verdade!
Pregar sobre pecado, arrependimento, santidade, quebrantamento ou confissão é considerado muito negativo. “Você está colocando uma carga de culpa no povo. Vai destruir sua autoestima”.
Quisera que nos preocupássemos menos com o que as pessoas pensam de si mesmas e mais com o que pensam de Deus! Enganados pelo mundo, seguimos uma teologia egocêntrica muito mais voltada à nossa autoimagem do que à imagem de Deus.
Não temos o fogo de Deus porque não acreditamos que ainda existe esse tipo de coisa hoje. Para justificar nossa impotência, temos usado a interpretação de dispensações para tirar o efeito de grande parte da Palavra de Deus. “Isso é Velho Testamento!” “Deus não age mais dessa forma hoje.”
Um estudo sério da história de avivamentos mostra que todo avivamento é, de certa forma, uma repetição do que aconteceu no dia de Pentecostes. O Espírito é derramado sobre seu povo de maneira extraordinária, e a manifesta presença e poder de Deus são liberados.
Entretanto, no nosso afã de evitar os excessos e abusos de certos movimentos, temos negado totalmente a possibilidade de um derramamento sobrenatural do Espírito Santo. Não oramos por milagres porque acreditamos que Deus não opera mais como no passado!
Finalmente, não temos o fogo de Deus porque não estamos dispostos a pagar o preço para recebê-lo. Queremos um avivamento instantâneo, sem custo e sem dor. Queremos todos os resultados e benefícios positivos do avivamento com pouco ou nenhum custo para nós.
Queremos lucro sem dor. Queremos a alegria do nascimento de nova vida sem passar pelas dores de parto. Queremos cura sem cirurgia. Queremos alegria sem choro.
Queremos entrar no poder da ressurreição sem antes passar pela agonia da cruz. Queremos manter nossos cronogramas e programas e instituições, exatamente como estão. Queremos o mínimo de interferência com nossos planos ou tradições.
O avivamento envolve um processo – primeiro para arar o terreno endurecido e abandonado do coração, depois plantar a semente e, finalmente, fazer a colheita. Arar é um processo doloroso, mas não pode ser ignorado, e exige bastante tempo.
Sim, o tempo é uma parte inevitável do preço. Mini-avivamentos de final de semana podem ser mais convenientes para caber na agenda, mas dificilmente resultarão em avivamentos genuínos.
Elias passou por um processo de preparação e purificação durante três anos e meio antes de Deus enviar o fogo. E o povo de Israel precisou sofrer as consequências de seus pecados durante esse mesmo período, até ficar desesperado o suficiente para Deus enviar o fogo.
Estamos todos ocupados demais para ouvir Deus. Deus se encontra com aqueles que esperam por ele (Is 64.4), mas preferimos que ele envie o fogo dentro do nosso cronograma. E é melhor que consiga concluir tudo antes do meio-dia!
Querido amigo, Deus simplesmente não aceitará ser encaixado em nossos planos, nossa agenda ou nosso cronograma. Ele é Deus! Precisamos dar a ele a liberdade de agir conforme deseja, de acordo com seu próprio cronograma.
Se Deus vai enviar fogo, precisamos estar dispostos, se necessário, a descartar nossas tradições humanas, nossos métodos, estruturas e programas e dar espaço para ele. Não é que tais coisas são erradas em si mesmas, mas tornaram-se ídolos para a maioria de nós. Qualquer coisa que é mais importante para nós do que a presença de Deus faz parte do preço que certamente nos será exigido.
Com certeza, não haverá fogo até que o sacrifício seja oferecido. Para o povo de Israel, significava colocar sua reserva de água no altar. Deus não precisava de água, mas quando lhe deram a reserva de água, deram suas próprias vidas. Era isso que ele queria desde o princípio.
Não sei que tipo de sacrifício Deus poderá pedir de você ou da sua igreja. Pode ser que ele peça que entregue a sua reputação. Pode ser que peça que suporte crítica, desentendimento e rejeição da parte de pessoas que são muito importantes para você.
Ele pode pedir que você deixe seu emprego. Pode pedir que coloque as economias de toda sua vida ou o fundo de aposentadoria no altar.
Em última análise, o que Deus realmente quer é nossa vida inteira. Quando Deus a recebe no altar, então, e só então é que ele enviará fogo do céu para revelar seu poder a um mundo que está esperando e duvidando.



                       A Glória do Avivamento
                           
Nunca é tarde para Deus enviar um avivamento e reverter o seu juízo – até que tal juízo se torne definitivo. Mesmo quando a nação de Israel enfrentava juízo máximo por meio de iminente invasão, guerra e cativeiro, Deus ainda procurava alguém que ficasse diante dele na brecha (Ez 22.30).
Por causa de sua compaixão, Deus não queria trazer juízo. Tudo o que ele queria era um homem, ao menos um homem que fizesse a diferença.
Mais tarde, em sua profecia dos ossos secos (Ez 37), Ezequiel previu que Deus enviaria um avivamento para seu povo. Em visão, o profeta foi levado pelo Espírito a um vale deserto cheio de ossos secos espalhados por toda parte.
“Estes ossos são toda a casa de Israel”, disse Deus ao profeta (v.11). Então o Senhor prometeu enviar o seu Espírito sobre eles para que pudessem viver e ser restituídos à sua terra (v.14). Ezequiel profetizou, e os ossos se juntaram; pelo poder do Espírito de Deus, eles reviveram.
Avivamento é uma ação sobrenatural que flui soberanamente da mão de Deus. É o próprio Vivificador agindo na vida íntima de sua igreja. Ninguém pode produzir avivamento ou fabricar seus resultados. Podemos orar por ele, chorar por ele, arrepender-nos dos nossos pecados e esperar pelo mover de Deus, mas não podemos fazer o avivamento acontecer.
Esforços humanos por meio de propaganda e estratégias promocionais, música eletrônica, listas de visita computadorizadas ou simples empenho e dedicação, em si mesmos, não produzirão avivamento. Tudo isso pode ser bom em seu devido contexto, mas não é suficiente para produzir uma visitação de Deus na igreja.
Avivamento genuíno é o mover extraordinário do Espírito Santo que traz profunda convicção de pecado e uma obra muito mais ampla de purificação espiritual em nossa vida. No avivamento, a glória de Deus é manifesta e sua presença é evidente. A igreja inteira fica incendiada!
Avivamento restaura o primeiro amor por Cristo. Repõe o foco exclusivamente nele, e só nele. Redireciona as energias para servir somente a ele. Reorganiza as prioridades para obedecer somente a ele. Avivamento genuíno traz de volta a glória de Deus que tantas vezes tem-se afastado de nós. Restaura a alegria do nosso relacionamento com Deus e uns com os outros.
Avivamento também resolve o conflito na igreja. Quando nosso coração está quebrantado, o amor de Deus flui para todos ao redor. O verdadeiro sinal de que uma igreja precisa de avivamento é quando prevalecem o ciúme e o conflito. O avivamento altera tudo isso porque remove a amargura, renova a mente, refresca o espírito e redireciona as energias para servir a Deus.

Senhor, Faze-o de Novo

Aparentemente foi a lembrança de um derramar do Espírito de Deus que instigou o salmista a escrever as palavras do Salmo 85. Nos três primeiros versículos, sua oração pode ser resumida mais ou menos assim: “Senhor, tu já fizeste isso antes”. Ele reflete sobre a liberdade (v.1), o perdão (v.2) e a comunhão restaurada (v.3) que Deus havia propiciado ao seu povo em épocas passadas.
A lembrança de manifestações do poder de Deus no passado motiva-nos a buscá-lo por um novo mover em nosso meio. Por isso, o salmista clama nos versículos 4-7: “Faze-o de novo, Senhor!”.
Esse é o brado do coração de um homem que não está contente com essa versão acomodada, racionalizada e subnormal do cristianismo. Ele fala em nome daqueles de nós que anelam ver a expressão mais completa possível do poder e da pureza de Deus manifestada por meio de seu povo.
O salmista clamou: “Não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?” (v.6). Observe que é o povo de Deus, não os perdidos, que necessita de avivamento.
Reavivar significa trazer de volta à vida. Os perdidos nunca tiveram vida espiritual, portanto precisam ser regenerados. Antes que a igreja possa, efetivamente, atingir um mundo perdido e necessitado, ela precisa ser reavivada, purificada e esvaziada do pecado e do ego e cheia do Santo Espírito. Em nosso atual estado esmorecido, não temos nada para atrair pecadores perdidos a Jesus.
A Palavra de Deus adverte-nos que o juízo deve começar na casa de Deus (l Pe 4.17). No Velho Testamento, quando Deus deu a Ezequiel uma visão do iminente juízo a ser enviado por causa do pecado, ele deu ordens para começar “pelo meu santuário” (Ez 9.6).
O avivamento não é somente para o povo de Deus em geral, mas, mais especificamente, devo reconhecer que eu mesmo preciso dele. Como diz a letra de velho spiritual: “Não é meu irmão, não é minha irmã, mas sou eu, Senhor, que preciso de oração”.
Temos uma sensibilidade aguda às limitações e falhas das pessoas ao nosso redor, ao mesmo tempo em que ficamos cegos com a maior facilidade às nossas próprias necessidades. Embora Deus possa graciosamente derramar sua presença e poder sobre a coletividade de crentes em determinada região, é impossível participar de um avivamento como espectador. É algo intensamente pessoal. Alguém já observou sabiamente: “Avivamento é o dedo de Deus apontado para mim!”.
Nas conferências que organizamos, temos costume de pedir às pessoas que preencham cartões com pedidos de oração para serem levados à equipe de oração. Invariavelmente, durante os primeiros dias da conferência, as pessoas pedem oração para que o marido ou a esposa, os filhos ou amigos que estão longe de Deus, ou os diáconos e oficiais da igreja experimentem avivamento.
Mas, quando o Espírito de Deus começa a atingir os corações, aqueles cartões começam a trazer pedidos mais parecidos com este: “Eu pensava que era meu cônjuge que precisava de avivamento – mas Deus me mostrou que sou eu quem precisa”. Quando começamos a perceber as próprias necessidades, então podemos crer que Deus logo virá e se encontrará conosco num avivamento genuíno!
As melhores evidências do verdadeiro avivamento são os resultados que ele provoca na vida do povo de Deus.

Novo Amor por Deus

O avivamento produz, em primeiro lugar, um novo amor por Deus. Quando um judeu, perito na lei, perguntou a Jesus qual seria o maior de todos os mandamentos, ele respondeu sem hesitação: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento” (Mt 22.37). Se o maior dos mandamentos é amar a Deus com todo o coração, então o maior pecado deve ser amar a Deus com qualquer coisa menos do que isso!
Jesus elogiou a igreja de Éfeso por sua atividade diligente, sua doutrina equilibrada, sua separação do mundo e sua perseverança. Mas lamentou que tivessem deixado o primeiro amor (Ap 2.4). E advertiu-lhes que se não se lembrassem de onde caíram, se não se arrependessem e voltassem à devoção original, ele os tornaria inúteis, fazendo com que seu castiçal não brilhasse mais.

Nova Aversão pelo Pecado

Diante da manifesta presença de um Deus santo, começamos a nos enxergar da maneira que realmente somos e a detestar todo e qualquer desvio do seu caráter de justiça na nossa vida. Vez após vez, lemos na Palavra de Deus como pessoas que eram consideradas espirituais ficaram chocadas pela falsidade e maldade da própria carne quando se encontraram face a face com Deus
Isaías foi um homem escolhido por Deus para comunicar sua verdade para uma geração ímpia. No começo do ministério, ele recebeu uma visão do Senhor dos Exércitos – exaltado, reinando sobre tudo e três vezes santo. Em contraste, quando olhou para si mesmo, ele se viu totalmente impuro, indigno e desesperadamente necessitado de purificação no altar.
Jó era um homem justo que honrava e adorava a Deus. Por meio de intenso sofrimento, uma raiz de justiça própria e orgulho em sua visão de si mesmo foi revelada. Depois de ouvir em silêncio as longas defesas que Jó apresentou de si mesmo e de sua justiça, Deus falou com ele para parar de falar e ouvir a revelação do caráter e dos caminhos de Deus.
A partir daquele terrível e ofuscante encontro com Deus, Jó emergiu com uma visão radicalmente alterada de si mesmo. “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem. Por isso me abomino, e me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.5-6).
A igreja hoje em dia parece ter muito pouco temor de Deus. Poucos de nós podemos honestamente dizer que odiamos o mal e apegamo-nos ao bem (Rm 12.9).
Em congresso após congresso, aconselhamos crentes professos que estão se entregando a estilos de vida carnais, apegando-se com tenacidade a pecados de estimação, ignorando as ordens explícitas da Palavra de Deus. Tenho observado entre os cristãos uma tendência crescente de tratar pecados conhecidos em sua vida de maneira casual.
O avivamento exige que vejamos a nós mesmos e aos nossos pecados como Deus os vê e que cooperemos com ele desarraigando da nossa vida tudo o que é impuro. Uma igreja avivada é uma igreja pura.

Nova Alegria na Jornada

O salmista lembra que Deus aviva para podermos nos alegrar nele (Sl 85.6). Na condição esmorecida da igreja, geralmente encontramos alegria em circunstâncias, programas, entretenimento e elementos que apelam à carne.
Contudo, alegria verdadeira e permanente é encontrada somente na presença de Deus por meio de Jesus, que está sentado à direita do Pai (Sl 16.11). Vemos em Neemias 8.17 que um dos subprodutos do grande avivamento que aconteceu diante da Porta das Águas foi “mui grande alegria”.
Alegria, risos e cânticos são sinais de um povo avivado. Não é de se admirar que o salmista tenha exclamado: “Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua de júbilo” (Sl 126.1-2).
Geralmente, na primeira semana dos nossos congressos, as pessoas relutam em exteriorizar-se em cânticos – o que não é surpreendente, considerando quão vazia e infeliz parece ser a média dos cristãos.
Mas à medida que elas começam a esvaziar-se do pecado e encher-se do Espírito, a nova plenitude interior começa a expressar-se em cânticos. A partir daí, não há mais necessidade da equipe de louvor. As pessoas não conseguem se conter e entoam a própria música para o Senhor.
Nada pode apagar a alegria transbordante que se manifesta quando o coração das pessoas é purificado, a consciência é limpa e o mais profundo do ser está cheio do Espírito Santo.

Novo Amor pelos Outros

Amam muito aqueles que foram muito perdoados (Lc 7.47). Crentes que enfrentaram, face a face, a própria pecaminosidade e foram perdoados pela graça de Deus não sentem mais dificuldade em amar os outros.
O amor pelo povo de Deus é a consequência natural do amor por Deus. Numa igreja avivada, a amargura, o ressentimento, o espírito crítico, a ira e o conflito são substituídos por genuíno amor, perdão, humildade e unidade.
Em nenhum outro lugar esse resultado de avivamento pode ser visto com mais clareza do que no lar. Malaquias profetizou que na preparação para a vinda de Jesus o coração dos pais se converteria aos filhos e o coração dos filhos se converteria aos pais (Ml 4.6). O avivamento, como o enchimento do Espírito, é conhecido por meio de esposas submissas, maridos amorosos e filhos obedientes.

Nova Liberdade

O Velho Testamento descreve, muitas vezes, o avivamento como o retorno do cativeiro (Sl 85.1; 126.1; Is 61.1-3).
A narrativa da ressurreição de Lázaro em João 11 ilustra a liberdade que vem junto com verdadeiro avivamento. Lázaro passou por três etapas distintas. Primeiro, quando Jesus chegou em Betânia, Lázaro estava morto.
Em seguida, Jesus ordenou: “Lázaro, vem para fora!”. E ele veio mesmo, mas a Escritura relata que ainda estava amarrado com ataduras e envolto com várias camadas de panos e especiarias usados para o sepultamento. Ele voltou a viver, mas estava amarrado.
Que quadro descritivo da maioria dos cristãos – vivos, mas amarrados! Para qualquer efeito prático, há muito pouca diferença entre o cristão não avivado e o não crente.
Mas Jesus não deixou Lázaro nessa condição. Ele deu a ordem: “Desatai-o, e deixai-o ir!” E é exatamente isso que Deus faz conosco em tempos de avivamento – ele tira aquilo que prende e nos liberta!
Numa manhã cedinho, durante um congresso, ouvi uma batida na porta do meu trailer. Quando abri a porta, o homem que estava lá fora prorrompeu em lágrimas e disse: “Estou livre! Estou livre!”.
Com frequência, são essas as primeiras palavras que saem da boca daqueles que foram avivados. O que significam?
Significam que antes de serem avivados, eles eram prisioneiros. Estavam escravizados ao pecado, à culpa, à amargura, à impureza moral ou a hábitos que não conseguiam eliminar. Mas Jesus veio para libertar os cativos e desamarrar os laços do pecado.
Por meio da morte e ressurreição de Jesus e do poder da vida dele que habita em nós, as portas da prisão foram escancaradas, e ficamos eternamente livres! Palavras não podem descrever a sensação de alívio que acontece quando os cristãos descobrem e apropriam-se da verdade que os liberta.

Novo Poder   
                                                              
A igreja não avivada é uma igreja sem poder. Todos os resultados que ela consegue produzir podem ser. expressos em termos de habilidade, esforço e energia naturais. O falecido dr. J. Edwin Orr, um historiador de avivamentos, ressaltou: “Quando a igreja não está avivada, os cristãos correm para encontrar pecadores. Mas, na igreja avivada, os pecadores vêm correndo para se encontrarem com o Salvador!”
Um mundo perdido não consegue fugir do impacto de avivamento genuíno na igreja. Na verdade, virtualmente todo movimento de reforma social, todo impulso evangelístico e todo movimento missionário na história nasceram de avivamentos.
Na esteira de verdadeiro avivamento, cristãos tímidos, que nunca ousaram falar de sua fé para os perdidos, descobrem unção e poder para testemunhar. Repetidamente, tenho visto Deus liberando a língua de jovens, donas de casa, homens de negócios e, sim, até de pregadores, com liberdade e ousadia.
A igreja avivada é uma igreja dotada de poder sobrenatural do alto. É por isso que o clamor ouvido com freqüência no Avivamento do País de Gales era: “Dobra a igreja para salvar o mundo”.
A igreja primitiva era conhecida pelos sinais e maravilhas de Deus em operação no meio deles. Cheios de poder e energizados pelo Espírito Santo, diante de imensa oposição e enormes obstáculos, em pouco tempo eles alcançaram todo o mundo conhecido com o Evangelho de Jesus. A igreja avivada é uma igreja em que Deus libera continuamente seu poder sobrenatural.
fonte jornal o arauto da sua vinda 



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